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PUBLICIDADE INFANTIL

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PUBLICIDADE INFANTIL
O Código de Autorregulamentação Publicitária é o principal e mais detalhado conjunto de normas sobre a publicidade dirigida a crianças. Porém, no Brasil o tema também é tratado direta ou indiretamente em várias outras leis.
Constituição Federal: Fala sobre a proteção à pessoa e da família diante da programação de meios eletrônicos em relação à boa qualidade cultural e educativa, respeito aos valores éticos e sociais.
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): Define até que idade (12 anos) considera-se publico infantil e tem uma referência explicita à publicidade em seu artigo 79, que proíbe publicar anúncios de bebidas alcoólicas, tabaco, armas e munições para o público menor de 18 anos.
Código de Defesa do Consumidor (CDC): Proíbe toda propaganda enganosa, abusiva e define a pena para essas irregularidades. Segundo esse código, é passível de punições os anúncios para o publico infantil capazes de induzir a erro, sejam discriminatórios, que gerem violência ou explorem o medo da criança
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA): Apesar de não regular nem fiscalizar a publicidade voltada para crianças, a ANVISA atua através de instruções normativas sobre o conteúdo e a melhor maneira de exposição de informações de alimentos e medicamentos em embalagens e nos pontos de venda.
Código de Ética da Publicidade: Destaca que o publicitário deve utilizar seu conhecimento de persuasão apenas em campanhas que visem o consumo de bons serviços, progresso de boas instituições e difusão de ideias sadias. Também diz que esse profissional, para atingir seus fins, jamais induzirá o consumidor ao erro, usará mentiras ou disseminará desonestidade e o vício.
Publicidade Infantil só é boa para quem investe nela. Anunciantes são os grandes defensores da prática que facilita a vida de quem deseja vender qualquer produto ou serviço para crianças assediando os menores de idade para compra e não os pais, responsáveis pelos menores e pelas compras. Abaixo listamos 10 motivos para evitar publicidade infantil a todo custo:
1 – É ilegal  – Apesar de ainda não termos uma Lei federal específica para lidar com a abusividade da publicidade infantil, nosso ordenamento jurídico nos confere elementos suficientes para poder afirmar que material de marketing dirigido à crianças com linguagem Infantil, personagens do universo das crianças e dialogo direto com o público de 0 a 12 anos é ilegal. Veja aqui toda a legislação relativa ao tema, em vigor e em tramitação http://criancaeconsumo.org.br/advocacy/legislacao-nacional/ ;
2 -É imoral – A veiculação de propaganda, por uma empresa bilionária, com intuito de vender produtos alimentícios não saudáveis para crianças usando cores fortes, música e brinquedos dos personagens dos últimos lançamentos do cinema mundial pode ser considerada ética? A sedução irresistível por parte das empresas sobre as crianças é razoável? Pensamos que não;
3 – Engorda –  Continuando no exemplo acima, crianças que se alimentam habitualmente de produtos com altos índices de colesterol, açúcar e sódio possuem boas chances de.sofrerem com doenças crônicas ligadas a obesidade no futuro próximo. No Brasil, segundo dados da Organização Mundial de Saúde, um terço das crianças acima do peso ou obesas;
4 -Estimula o consumismo – Precisamos de tantas coisas? Tantos brinquedos, eletrônicos e roupas? Precisamos de tantos sapatos e acessórios? Quem disse? A publicidade é um indicador dos nossos desejos ou um criador de desejos que sequer existiam? Quantos itens de consumo eu preciso para ser feliz? Quantas bonecas? Quantos heróis de brinquedo? Quantos brinquedos quase nunca usados são descartados de sua casa todos os anos? Quantos foram comprados por impulso? Quantos seu filho ganhou de alguém mesmo contra sua vontade? A quem interessa tanto consumismo senão as empresas que vendem os itens desnecessários?;
5 – Subverte valores  – Uma das coisas que mais me incomoda com a propaganda é quando ela afirma, ou sutilmente demonstra, que você será alguém melhor dentro do seu grupo social se adquirir o bem de consumo que ela está tentando vender. Para os homens a propaganda vende imagem de sucesso, para as mulheres vende poder de sedução. Para as crianças, a propaganda vende amigos. Se você tiver o brinquedo da moda, terá mais amigos. A quem interessa supostos amigos que só se interessam por seus brinquedos? Alguém quer amigos assim para os filhos? Só mesmo a propaganda;
6 – Fala com a criança e não com o adulto – Quando a publicidade elimina o responsável pela criança da comunicação, criando material exclusivamente para o público infantil, está pegando o melhor atalho para concretizar sua venda. Afinal, é muito mais fácil vender para alguém que ainda não está preparado para lidar com as artimanhas do vendedor do que para um adulto que conhece a linguagem sedutora da propaganda e consegue resistir ao assédio e julgar a conveniência da compra. Crianças são vulneráveis à comunicação mercadológica;
7 – Separa ao invés de agregar – Criando a ilusão de que determinados bens de consumo são importantes para aceitação em grupos sociais, a propaganda infantil contribui para separar e isolar aqueles que por algum motivo não cederam aos seus apelos. Seja porque resistem à propaganda, seja por não terem condições de arcar com a compra do bem, crianças que não cedem a propaganda tendem a ser alijadas do convívio social e existem poucas coisas mais doentias do que isso;
8 – Vende a falsa ideia de felicidade – Para um adulto, é preciso muita predisposição para ser enganado para acreditar que um refrigerante, uma boneca, um biscoito recheado podem garantir a felicidade. Para uma criança a ideia é vendida bem facilmente. Não podemos esquecer que junto a ideia de felicidade embutida no produto vem embalada em cores vibrantes, muita música, sorrisos e personagens queridos da garotada. Golpe baixo;
9 – Invade o espaço da infância – Muito mais importante que o brinquedo é a brincadeira. Quando a propaganda massifica a ideia de que determinados brinquedos são imprescindíveis para a vivência infantil está prestando um desserviço sem tamanho e invadindo o espaço da infância e do imaginário infantil. Nossos filhos não são reféns de indústrias de brinquedos e são capazes de serem plenamente felizes brincando com simplicidade;
10- É chato pra caramba . Pergunte a qualquer criança o que ela acha de filmes publicitários invadindo a programação dos seus desenhos preferidos, normalmente em volume bem mais alto e repetindo-se a exaustão?
O Brasil é um pais muito falado em questão de publicidade, ainda mais quando se refere a crianças.
O publico infantil é muito grande, então boa parte, ou melhor dizendo grande parte delas são direcionadas as crianças. O publico infantil é muito influenciado em questão de propagandas, desenhos animados, ofertas de prêmios e até mesmo brindes. E de certa forma, elas acabam influenciando até mesmo os pais, que acabam caindo na lábia dos filhos, depois de tantas propagandas para influencia-las. No Brasil hoje existe um grande percentual de publicidades que influenciam bastante a molecada, do tipo que até tornam reais, que é o caso de pessoas que se fantasiam de personagens de televisão só para atrair o publico infantil.
Mas nem sempre essas publicidades fazem bem a criançada, algumas chegam a deixar algumas atividades de rotina, só para verem seu programa de tevê favorito, ou jogar no seu video game, e isso é consequência das inumeras propagandas que acabaram influenciando a todos.

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