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Resumo cena 3 , terceiro ato lino castellani

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Cena 3
A EDF e o Esporte não corresponderam às expectativas da classe dirigente na questão referente ao princípio do Desenvolvimento, Segurança e Desenvolvimento com Segurança, caro à Doutrina da Segurança Nacional defendida pelos civis e militares do movimento de 1 de abril de 1964.
No início dos anos 1970, começou a ganhar corpo o Movimento "Esporte para Todos", o EPT. artigo publicado no periódico "Corpo e Movimento", de abril de 1985: "... Braço direito do Desporto de massa, apresentado como uma proposta de esporte não formal, inspirado no quadro teórico da Educação Permanente, encontrou o EPT campo fértil para a sua propagação em nosso país. O EPT, assim, seria a comprovação de que, ao desenvolvimento econômico alcançado no início da década de 1970, 
correspondia o desenvolvimento social da sociedade brasileira.
Já no espaço institucional escolar teve a EDF aprovada sua obrigatoriedade no ensino primário e médio. Não se cogitava, até então, e também no ensino superior. Anos mais tarde, em 1966, o Conselho Federal de Educação deixou transparecer sua posição a esse respeito, quando, no Parecer n. 424, assim se expressou: "Todos reconhecemos a necessidade e o benefício de exercícios físicos em qualquer idade, desde que devidamente adaptados. Entretanto, a razão de ser da obrigatoriedade prescrita em lei não é tanto o benefício, e sim o papel de fator formativo, que inclui atitudes físicas, mentais e morais. 
Dois anos após esse parecer, a Lei da Reforma Universitária n. 5.540 de 28 de novembro, parecia concordar com tal pensamento, quando em seu artigo incitava as instituições de ensino superior a estimularem as atividades desportivas, vindo, por intermédio do Decreto lei n. 464, de 11 de fevereiro de 1969, dizer ser através de orientação adequada e instalações especiais a maneira pela qual deveria se dar tal estímulo. 
Entretanto, não demorou mais do que cinco meses para que a EDF por força do Decreto lei n. 705 de 25 de julho passasse a ter a sua obrigatoriedade estendida a todos os níveis e ramos de escolarização, contrariando, dessa maneira, tudo o que se configurava nos pronunciamentos do Conselho Federal de Educação.
A União Nacional dos Estudantes, UNE, extremamente combativa, incomodava por demais 
os dirigentes, fazendo com que, já em 1964, tivessem eles que lançar mão de mecanismos legais ao lado da sempre presente e ativa repressão física. Em 9 de novembro daquele ano, foi promulgada a Lei n. 4.464, a Lei Suplicy. Isso, porém, não altero a combatividade da UNE e sua legitimidade, fazendo com que o governo promulgasse, em 14 de janeiro de 66, um outro documento legal, o Decreto n. 57.634, que suspendia, por 6 meses, a partir daquela data, as suas atividades. Mesmo assim, na clandestinidade a partir de então, a UNE continuou presente nos debates acerca das questões nacionais, manifestando sempre a intenção de ver de volta, implementados, os planos políticos pré-64, como também presente esteve nas questões propriamente educacionais: como aquelas que diziam respeito à reforma universitária em gestação, colocando-se contrária aos convênios MEC-Usaid então ensaiados. As retaliações sofridas por ela em 1966, somadas à incapacidade demonstrada de após um momento de clímax do movimento, alcançado 
em setembro daquele ano.
Nesse ano de 1968 e início de 1969, sofreu ela, sua revitalização, toda sorte de pressões, sendo praticamente aniquilada,exceto a violência dos aparelhos repressivos por força da promulgação do Ato Institucional n. 5, de 13 de dezembro de 1968, e dos Decretos-lei n. 464 e 477 de fevereiro de 1969. Nesse cenário, coube à Educação Física o papel de, entrando no ensino superior, colaborar, através de seu caráter lúdico-esportivo, com o esvaziamento de qualquer tentativa de rearticulação política do movimento estudantil. Evidenciava-se, dessa forma, os traços alienados e alienantes absorvidos pela "personagem" vivida pela Educação Física.
Em 1971, o Decreto n. 69.450, ao fazer mensão à forma de organização da Educação Física no ensino superior, apresenta-nos a figura dos clubes esportivos universitários.

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