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Exames Laboratoriais Prof. Leandro Bernardino Exames Laboratoriais • O interesse pelos métodos laboratoriais como auxiliares na avaliação nutricional surge na medida em que se evidenciam alterações bioquímicas precoces, anteriores às lesões celulares orgânicas • No entanto, uma avaliação bioquímica isolada não deve ser conclusiva sobre o estado nutricional do paciente. Podem fornecer informações sobre: • Suprimento dietético • Estoque de nutrientes • Resposta ao tratamento Exames Laboratoriais Vantagens: • Possibilidade de detecção de deficiência subclínica • Valores de referência objetividade • Graduação do resultado permite classificação de gravidade Desvantagens: • Custo elevado • Procedimento invasivo • Dependente da qualificação dos profissionais para coleta de amostras • Acurácia das técnicas de análise Vantagens e Desvantagens Gerais Avaliação da Massa Muscular Corpórea • Usadas para auxiliarem a identificação das condições do compartimento muscular. • O músculo esquelético estriado atua como o principal reservatório de aminoácidos durante as situações de injúria. • Ocorre mobilização de massa magra para a gliconeogênese, com aumento das perdas urinárias de nitrogênio e outros metabólicos protéicos. • Índice Creatinina Altura (ICA) A degradação intensa do músculo esquelético pode ser aferida a partir da dosagem da creatinina urinária. Avaliação da Massa Muscular Corpórea Nos processos carenciais, quando ocorre diminuição da massa muscular Menor produção de creatinina e menor excreção urinária de creatinina • Índice Creatinina Altura (ICA) *Excreção urinária ideal de creatinina- Homens: 23 mg X PESO kg Mulheres: 18 mg X PESO kg Avaliação da Massa Muscular Corpórea Índice creatinina= Excreção urinária de creatinina 24h Excreção urinária ideal de creatinina* X 100 • Índice Creatinina Altura (ICA) • Interpretação do resultado: 90 a 100%= Normal 89 a 75% = depleção leve 74 a 45% = depleção moderada < 60% = depleção severa Avaliação da Massa Muscular Corpórea • Índice Creatinina Altura (ICA) Desvantagens: Necessário coleta da urina de 24 horas; Restrições a pacientes nefropatas (elevação de creatinina); Restrições para idosos (fisiologicamente mais elevada); Avaliação da Massa Muscular Corpórea • Índice Creatinina Altura (ICA) Desvantagens: Recomendado que 24 a 48 horas antes da coleta da urina os pacientes façam uma dieta restrita em carne e derivados; Pacientes em trauma é contra indicado (excreção de creatinina elevada nesta fase). Avaliação da Massa Muscular Corpórea • 3-Metil Histidina Urinária É um metabólito formado a partir da histidina na síntese das proteínas musculares actina e miosina. A sua excreção faz por via urinária e está relacionada ao catabolismo muscular, consumo exagerado de carne na dieta, exercício físico intenso. Histidina Avaliação da Massa Muscular Corpórea • 3-Metil Histidina Urinária Dosagem: Método de cromatografia, sendo a sua utilização restrita e pouco acessível na prática médica. Atualmente sua aplicação é direcionada a estudos experimentais e clínicos. Histidina Avaliação da Massa Muscular Corpórea Massa Protéica Visceral • A restrição alimentar prolongada, bem como as situações de injúria, comprometem a integridade visceral. • A maioria dos órgãos tem redução de sua massa proporcionalmente à perda de massa corpórea total, exceto o cérebro. • A dosagem de algumas proteínas sintetizadas por estes tecidos, em associação com outros parâmetros, são úteis na avaliação do comprometimento visceral e no diagnóstico nutricional. Massa Protéica Visceral • Albumina - É a mais abundante proteína circulante no plasma e dos líquidos extracelulares. - Exerce a função de proteína de transporte (cálcio, cobre, ácidos graxos, remédios) - A hipoalbuminemia pode estar relacionada à desnutrição e, portanto, a dosagem dessa proteína representa uma medida de avaliação do estado nutricional Albumina Albumina x Edema x Desnutrição Interpretação do resultado: > 3,5 g% = normal 3,0 – 3,5 g% = depleção leve 2,4 – 2,9 g% = depleção moderada < 2,4 g% = depleção severa Massa Protéica Visceral • Albumina Massa Protéica Visceral • Albumina Desvantagens Longa vida média (18 a 20 dias)→ Baixa sensibilidade (não permitindo ver alterações em períodos curtos); Outros fatores podem determinar hipoalbuminemia→ Baixa especificidade (pode está alterada em doenças hepáticas e em enfermidades graves durante a fase aguda) Massa Protéica Visceral • Albumina Vantagens Baixo custo; Se mostra eficiente como indicativo de prognóstico nutricional e de risco de complicações durante a internação. A hipoalbunemia como “índice de doença” parece útil, enquanto o seu valor diagnóstico ou de rastreamento de desnutrição é atualmente objeto de revisão crítica Massa Protéica Visceral • Transferrina É uma proteína de síntese hepática relacionada com o transporte sérico de ferro. Vida Média: 7 a 8 dias, mais sensível nos casos de desnutrição aguda e no controle de intervenções dietoterápicas. Transferrina Massa Protéica Visceral • Transferrina Aumenta na carência de ferro, na gravidez, na fase precoce das hepatites agudas. Diminui nas infecções crônicas, nas doenças hepáticas crônica, nas neoplasias e na sobrecarga de ferro. Transferrina Massa Protéica Visceral Pode ser determinada diretamente por meio de radioimunodifusão ou a partir da capacidade total de ligação com o ferro (CTLF) Transferrina: (0,8xCTLF)-43 • Transferrina Massa Protéica Visceral • Transferrina Interpretação dos resultados: 150 a 200 mg/dl = depleção leve 100 a 150 mg/dl = depleção moderada < 100 mg/dl = depleção grave Transferrina Massa Protéica Visceral • Transferrina Desvantagens Sua utilização como parâmetro de avaliação do estado nutricional deve ser restrita em condições como: doenças hepáticas e neoplasias Vantagens Mais sensível que a albumina devido à meia-vida mais curta. Glicose de Jejum: A sua monitoração permite acompanhamento da evolução do nível de glicose no sangue. Para o paciente diabético necessita fazer de forma constante • Método: enzimático/automatizado • Coleta: jejum obrigatório (12 h) Carboidratos Glicose de Jejum: Segundo: ADA, American Diabetes Association.(2004) 65,0 a 99,0 mg/dL : Normal 100,0 a 125,0 mg/dL : Alterado (investigar) > 126,0 mg/dL : Sugere diabetes (confirmar) Carboidratos Carboidratos GLICOSE DE JEJUM: Elevada: diabetes melitus, infecções graves, trauma, desnutrição crônica, desidratação, deficiência de tiamina, doença hepática crônica, hipertireoidismo, pancreatite aguda, inatividade física prolongada,deficiência de potássio, AVC, anestesia geral, IRA, uso de cafeína, álcool. Uso de Medicamentos: corticosteróides, doses altas de antihipertensivos, antidepressivos, bloqueadores beta-adrenérgicos, diuréticos, estrogênios, infusões endovenosas de glicose.Carboidratos GLICOSE DE JEJUM: Reduzida: dose excessiva de insulina, deficiência de glucagon, abuso de álcool, privação alimentar prolongada, exercício extenuante, carcinoma de pâncreas, hipotireoidismo, pancreatite, interrupção abrupta de NPT, sobrecarga hídrica. Uso de Medicamentos: esteroides anabólicos, insulina. Carboidratos GLICOSE PÓS-PRANDIAL: Método: enzimático/automatizado Elevada: diabetes melitus, diabetes gestacional, estresse agudo, terapia com corticosteróide, com diurético, doença hepática grave, Insuficiência Renal Crônica, hipertireoidismo, desnutrição. Reduzida: dose excessiva de insulina, insulinoma, hipotireoidismo, má-absorção. Valor de referência: Após 60 min: até 200 mg/dL Após 120 min: 140 mg/dL Aula Prática!!!!
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