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Responsabilidades em matéria ambiental 
 
 
Responsabilidade administrativa 
A responsabilidade administrativa resulta da infração a normas administrativas, 
sujeitando o infrator a uma sanção de natureza também administrativa. Toda ação ou 
omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do 
meio ambiente consiste em uma infração administrativa ambiental, tornando o infrator 
passível a sanções administrativas, conforme previsto no artigo 70, Lei de Crimes 
Ambientais (Lei n. 9.605/98). 
 
Lei n. 9.605/98, art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda 
ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção 
e recuperação do meio ambiente. 
 
A Lei n. 9.605/98, artigo 72, incisos I ao XI e o Decreto n. 6.514, de 22 de julho de 
2008, artigo 3o , incisos I a X, apresentam os tipos de sanções para quem comete 
infração administrativa ao meio ambiente. 
Lei n. 9.605/98, art. 72. As infrações administrativas são punidas com as 
seguintes sanções, observado o disposto no art. 6º: 
I - advertência; 
II - multa simples; 
III - multa diária; 
IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, 
instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza 
utilizados na infração; 
V - destruição ou inutilização do produto; 
VI - suspensão de venda e fabricação do produto; 
VII - embargo de obra ou atividade; 
VIII - demolição de obra; 
IX - suspensão parcial ou total de atividades; 
X – (VETADO) 
XI - restritiva de direitos. 
 
Decreto 6.514/08, art. 3o: As infrações administrativas são punidas com as 
seguintes sanções: 
I - advertência; 
 
II - multa simples; 
III - multa diária; 
IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora e demais 
produtos e subprodutos objeto da infração, instrumentos, petrechos, 
equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração; 
V - destruição ou inutilização do produto; 
VI - suspensão de venda e fabricação do produto; 
VII - embargo de obra ou atividade e suas respectivas áreas; 
VIII - demolição de obra; 
IX - suspensão parcial ou total das atividades; e 
X - restritiva de direitos. 
 
A administração Pública, no limite de sua competência, exerce o poder administrativo. 
Entre os poderes administrativos da administração pública merece destaque o poder de 
polícia administrativo ambiental dos órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente 
(SISNAMA). 
 
Responsabilidade penal ambiental ou responsabilidade criminal 
A responsabilidade penal surge com a ocorrência de uma conduta omissiva ou comissiva 
que, ao violar uma norma de direito penal, pratica crime ou contravenção penal, ficando 
o infrator sujeito à pena de perda da liberdade ou à pena pecuniária. 
 
Os crimes contra o meio ambiente ou crimes ambientais, só existem na forma definida 
em lei. O bem jurídico protegido consiste no meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo, conforme previsto pelo artigo 225, caput da 
CRFB, que abrange o meio ambiente natural, cultural e artificial. 
 
O legislador tornou expressa a responsabilidade penal das pessoas jurídicas, conforme 
consta no artigo 3° da Lei 9.605 /98 (Lei de Crimes Ambientais), desde que a infração 
ambiental tenha sido originada de decisão de seu representante e que tenha por 
motivação beneficiá-la. 
Lei 9.605 /98, art. 3º. As pessoas jurídicas serão responsabilizadas 
administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em 
que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou 
contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua 
entidade. 
 
 
 
Cabe, ainda, esclarecer que a responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das 
pessoas físicas, autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato, parágrafo único, artigo 
3º. 
Lei 9.605 /98, art. 3º. 
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das 
pessoas físicas, autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato. 
A Lei n. 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) veio para sistematizar o regime 
sancionatório ambiental, tipificar novas condutas degradadoras e adequar os 
instrumentos punitivos aos objetivos próprios do direito ambiental. Caberá ao Ministério 
Público, quanto ocorrer a responsabilidade penal por dano ou crime ambiental, propor a 
ação penal pertinente ao caso, na forma prevista no Código de Processo Penal. 
 
Responsabilidade civil ambiental 
O Direito Ambiental possui três esferas de atuação, são elas: Preventiva, reparatória e 
repressiva. Na responsabilidade civil ambiental tem-se a reparação do dano, que se 
opera por meio das normas de responsabilidade civil. A recomposição do dano pode se 
dar pela obrigação de fazer (status quo ante) ou/e através de uma importância em 
dinheiro (indenização). 
 
O crescente processo de industrialização, fruto do desenvolvimento econômico, somado 
à crise ambiental, trouxe a necessidade de melhor proteção do bem ambiental, uma vez 
que as atividades danosas ao meio ambiente se proliferam. Desse modo, a 
responsabilidade civil ambiental tem como objetivo traçar os parâmetros para a 
verificação do dano causado e a responsabilização do agente causador, seja ele pessoa 
física ou jurídica, de direito público ou privado. 
 
Em matéria ambiental, a responsabilidade civil possui alguns critérios que a diferenciam 
de outros ramos do Direito. Isso ocorre porque, normalmente, quando há um dano a 
terceiros, se impõe a obrigação de reparar o dano causado. Trata-se do resultado de 
uma conduta antijurídica, seja de uma ação, seja de uma omissão, que se origina em um 
prejuízo a ser ressarcido. 
 
 
A Política Nacional do Meio Ambiente, Lei n. 6.938/81, artigo 4º, inciso VII, impõe como 
um de seus objetivos “à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de 
recuperar e/ou indenizar os danos causados”. Ao poluidor, portanto, haverá a obrigação 
de recuperar, sempre que possível, o bem ambiental, caso o mesmo se configure 
irrecuperável caberá ao poluidor indenizar os danos causados através de um valor em 
dinheiro, que deverá ser revertido à preservação do meio ambiente. A norma aqui 
trouxe a alcance o princípio do poluidor-pagador. 
 
Em sede de responsabilidade civil ambiental, vigora a teoria da responsabilidade civil 
objetiva, em que “é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, 
a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados 
por sua atividade”, conforme expressamente prevê o artigo 14, §. 1º da Política 
Nacional do Meio Ambiente (PNMA). 
Lei n. 6.938/81, art 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação 
federal, estadual e municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à 
preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela degradação 
da qualidade ambiental sujeitará os transgressores: 
§ 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o 
poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou 
reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua 
atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para 
propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio 
ambiente. 
 
 
Atenção! 
É desnecessária a comprovação do dolo ou culpa para caracterização da 
responsabilidade civil, bastando provar o dano e o nexo causal para impor ao infrator 
o dever de indenizar pelo dano a que deu causa.

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