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Resumão SOC → Objeto de estudo da sociologia A sociologia se iniciou na França no séc. XIX e a partir da sua criação sociólogos e especialistas das Ciências Sociais tiveram, em vão, amplos debates para definir o objeto de estudo da Sociologia. Dentre todos os sociólogos, três são considerados clássicos da Sociologia: Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber. • Vejamos o que eles dizem sobre o objeto de estudo da sociologia: 1. Émile Durkheim Objeto de estudo: “Fatos sociais” São considerados “fatos sociais” aqueles que têm tais características * Geral: na maioria da população. * Exterior: inevitável, independente da vontade individual. * Coercitivo: se não cumpre, há punição, represão, censura. - O indivíduo não possui autonomia diante o coletivo (sociedade). A sociedade molda o indivíduo. 2. Karl Marx Objeto de estudo: modo de produção/economia/estrutura Segundo Marx, é preciso entender a economia para entender a sociedade. No seu ponto de vista, a economia é a estrutura que forma a superestrutura, que seriam todas as características de uma sociedade, como costumes, religião, cultura, etc. Um conjunto de indivíduos pode transformar a sociedade. 3. Max Weber Objeto de estudo: ação social Se peocupava com o sentido da ação. As ações se classificam em: racional, afetiva (emocional) e tradicional. As ações do indivíduos é que moldam a sociedade. → Identidade Veja um resumo no seguinte site: http://protarciso.blogspot.com.br/2012/09/o- processo-de-construcao-da-identidade.html. Segundo Sérgio Buarque de Holanda, a marca da identidade do povo brasileiro é cordialidade. O homem cordial é aquele movido pelos instintos do coração/afeto; sendo cordialidade diferente de gentileza. → Família Segundo Durkheim a família, independentemente de sua modernidade, deve ser sempre considerada instituição, na medida em que implica normas e regras exteriores ao indivíduo e tem uma função integradora decisiva na manutenção da ordem social. - 1ª instituição socializadora do indivíduo. → Religião - Para Durkheim, as religiões são maios para a sociedade encontrar a coesão social, que seria o equilíbrio/ a harmonia. - Para Marx, a religião é o ópio do povo (droga) pois ela mascara as desigualdades e reflete o que falta na sociedade, sendo uma idealização das aspirações do povo que não podem ser satisfeitas de imediato. - “Para Weber, a religião possui importância significativa. Foi através de sua obra "A ética protestante e o espirito do capitalismo" que ele demonstrou a efetivação do moderno sistema econômico, que teria sido impulsionado por uma mudança comportamental provocada pela Reforma Luterana do séc. XVI, ocasião quando dela emergiu a seita dos calvinistas com seu forte senso de predestinação e vocação para o trabalho. Seu estudo sobre a ética protestante apresenta uma gênese da base racional que se construirá em argamassa para a própria racionalidade. WEBER observa a unidade das práticas religiosas como primordialmente racionais, pelo menos relativamente, e voltadas para o mundo físico: "ainda que seja necessariamente uma ação orientada por meios e fins, orienta-se, pelo menos, pelas regras e experiência". Percebe-se que, em todas elas, há necessidades ou propósitos sociais ligados a um fim, cujo desenvolvimente, em sua grande maioria, tem alcance político e econômico.” – Resumindo para Weber as praticas religiosas são racionais, e que está ligada ao mundo físico (não celestial), em que essa prática social está vinculada a um propósito final, estando diretamente ligada a política e a economia de uma sociedade. → Escola Para Durkheim, é a mais importante e poderosa instituição capaz de preparar os indivíduos para a sociedade, impondo-lhes o comportamento mais correto e a visão da consciência coletiva. Marx e Weber não se referiram diretamente a este tema nas suas obras. → Padrões de Sociedade para Durkheim O ser social é aquele que vive em sociedade,onde a sociedade molda o indivíduo (Segundo Durkheim). * Solidariedade: Relações sociais/ divisão do trabalho no interior da sociedade. Durkheim difere dois padrões de sociedade: Solidariedade mecânica Solidariedade orgânica - divisão de trabalho é pequena - coletivo se impõe ao indivíduo - sociedade mais simples, com valores tradicionais - rural/tribos - sociedade urbano-industrial - mais complexa - maior divisão do trabalho social - permite uma relativa liberdade para o indivíduo → Trabalho para Karl Marx O trabalho diferencia os homens dos animais, pois os homens aprimoram o trabalho e os animais apenas o repetem. O capitalismo transforma o homem cada vez mais em um animal. O trabalhador, além de ser explorado, não se reconhece no fruto do seu trabalho; gerando alienação. O valor excedente do produzido pelo operário é o que Marx chama de MAIS- VALIA. * Mais-valia absoluta : obtida pelo aumentando a jornada de trabalho. * Mais-valia relativa: obtida pelo melhoramento da tecnologia de produção. → As divisões de classe social No capitalismo é possível observar a luta de classes: burguesia x proletariado. Assim, para Marx estas são as classes da sociedade capitalista; onde a burguesia/proprietários possuem o controle dos meios de produção e o proletáriado tem a força de trabalho. → Estratificação social : Max Weber A estratificação é fruto das desigualdades sociais. A estratificação social facilita a compreensão de classe (em um sentido imediato, uma categoria de pessoas com características em comum), pois indica a existência de diferenças e desigualdades entre pessoas de uma determinada sociedade. Três tipos de estratificação devem ser feitos: 1. Estratificação econômica: se baseia na renda, fazendo com que haja pessoas ricas, pobres e em situação intermediária. 2. Estratificação política: baseia-se no posicionamento político, grupos que têm e grupos que não têm poder. 3. Estratificação profissional: baseia-se nos diferentes graus de importância atribuídos a cada profissional pela sociedade (prestígio social). Por exemplo, em nossa sociedade, valorizamos muito mais a profissão de advogado do que a de pedreiro. → Cultura Séc. XIX: Surgimento da Antropologia com influências das teorias de Darwin e com dois conceitos básicos. Etnocentrismo: é entender uma outra cultura usando os valores da minha própria cultura, é um olhar tanto quanto preconceituoso da outra cultura. Também pode ser entendido como Evolucionismo, que Edward Taylor defendia, em que uma cultura é mais “evoluída” que outra. Definições comuns: primitivo/ civilizado; simples/ complexos; atrasado/ moderno. Relativismo cultural: entender que existe uma diversidade cultural, e que para entender realmente uma outra cultura é preciso viver nessa cultura, para saber os significados de alguns atos e perceber o quanto ela pode ser rica. Destaca a importância do trabalho de campo, da diversidade cultural, e principal pensador é Franz Boas que defendia o culturalismo, em que não existe uma relação necessária entre as culturas, portanto, um pensamento como o do relativismo cultural. → Ideologia Conceito de Ideologia: http://www.significados.com.br/ideologia/. Para Marx é uma falsa consciência com influência do capitalismo. É na verdade uma consequência do estado de alienação do individuo, pois ele toma por certo muitas vezes a ideologia criada pela elite e tem uma percepção incompleta da sociedade em que vive. Em outras palavras, a ideologia faz com que o individuo não perceba que a diferença entre classes sociais por exemplo, é algo muito mais complexo do que simplesmente algo natural. Ou ainda pode- se dizer que ela oculta a verdadeira realidade. → Indústria Cultural Conceito desenvolvido no século XX; no contexto de 2ª Guerra Mundial Desenvolvido pela escola de Frankfurt: Max Horkheimer/ Hebert Mercuse/ Theodor Adorno/Walter Benjamin No mundo moderno a cultura seria produzida como uma mercadoria, que aliena as pessoas. Cultura: música, livro, cinema e etc. Produzida: Seguiria um modelo de produção industrial e, por isso padronizado. Mercadoria: Como mercadoria o objetivo principal é o lucro. → A questão do Estado • O Estado A partir da vivência do ser humano em sociedade; sua segurança e sua liberdade, que agora recebem o nome de direitos, passam a ser garantidos por uma entidade única, que monopolizará o uso da força: o Estado. O Estado deve concentrar o poder. A aplicação das leis deve ser feita pelo Estado a fim de garantir a justiça. Tais leis darão origem à divisão de Estado nos três poderes. São necessárias políticas de reorganização urbana que recuperem áreas pobres ou degradadas e que permitam que o Estado ocupe o vácuo institucional e regulatório das últimas décadas e torne-se novamente presente no imaginário dos indivíduos. • Maquiavel -A obrigação do governante (O príncipe) deve ser a de conquistar e manter o poder. Para isso, ele deve adotar algumas estratégias. -Política: ética própria diferente da ética religiosa -Ética política: a política não é mais vista como parte constituinte da natureza humana, mas como uma arte de governar, típica dos homens fortes. • Hobbes -Defende o abslutismo -O Estado deveria garantir a segurança -Estado de Natureza: guerra de todos contra todos; o homem por natureza guerreia com todos buscando a sobrevivência. As relações entre as pessoas seriam regidas, então, pela “lei do mais forte”. Os obstáculos à sobrevivência no estado de natureza ultrapassam as possibilidades de cada pessoa, obrigando-a a unir-se e agir em conjunto. -Livro: O Levietã • Locke -Estado de natureza: homem livre -Liberarismo político: cabe ao Estado não invadir os direitos fundamentais do homem, motivo de várias revoluções, remonta a democracia. - Liberdade individual/ propriedade privada -Sociedade civil → defesa da liberdade • Adam Smith -Liberarismo econômico: livre mercado - “ Mão invisível”: que equilibra a economia - Smith acreditava que a iniciativa privada deveria ser deixada agir livremente, com pouca ou nenhuma intervenção governamental. A competição livre entre os diversos fornecedores levaria forçosamente não só à queda do preço das mercadorias, mas também a constantes inovações tecnológicas, no intuíto de baratear o custo de produção e vencer os competidores. • Montesquieu -Divisão do poder em três poderes • Jean Jacques Rousseau -O homem por natureza é livre, o que o corrompe é a sua vivência em sociedade. -A favor da democracia, pois esta defende a vontade geral. • Marx e o Estado -O capitalismo induz o Estado a defender apenas uma classe social, a burguesia.Estado capitalista favorece e atende aos interesses da burguesia. -O Estado defende os exploradores em detrimento dos explorados. -Estado defende a propriedade privada. - “ Para Marx, o Estado é o instrumento no qual uma classe domina e explora outras classes. O Estado seria necessário para proteger a propriedade e adotaria qualquer política de interesse da burguesia, seria o comitê executivo da burguesia.” • Weber O Estado é o único que contém o Monopólio Legitimo da Força. Ou seja, é a única instituição que tem o direito único de usar a força/violência para ordenar uma sociedade. E na ausência de tal instituição a própria população criaria meios de manter a ordem e assegurar a relativa paz e segurança. • A dominação para Weber segue três vertentes: Dominação Legal: Em virtude do estatuto. Seu tipo mais puro é a dominação burocrática. Ou seja, não há sentimentos envolvidos em tal submisão, apenas a relação de hierarquia existente na empresa. Um claro exemplo de tal dominação é a relação de submissão entre chefe e funcionário, o funcionário só obedece pelo fato de existir uma lei por detrás. Dominação Tradicional: Em virtude da crença na santidade dos poderes senhoriais existentes há muito tempo. Ela ocorre de modo claro na relação interna da família patriarcal pois, o pai tem uma posição de respeito e superioridade apenas pelo fato de ser um costume/crença passada de geração em geração. Dominação Carismática: Em virtude de devoção afetiva a pessoa por seus dotes especiais, qualidades e orátória sobrenatural. A forte emoção ou arrebatamento emotivo é a causa da devoção, não dependendo de alta posição social ou qualificação profissional. Tal dominação geralmente vai de encontro com os principios vigentes na sociedade. Um bom exemplo é a relação de submissão de fiéis a um pastor ou padre. • Durkheim - O Estado concentra e expressa a vida social, com função moral. - O Estado é uma organização com um conteúdo inerente, ou seja, com os interesses coletivos. → Movimentos sociais, direitos e cidadania -Movimentos sociais: grupo de pessoas (ou indivíduos) que se unem para tentar mudar ou manter algo na sociedade, levando em conta seus valores (ideologia), o contexto histórico e a identidade social. Busca por direitos. -Greve: evidência da luta de classes (Marx), anomia (enfraquecimento moral). → Durkheim: a greve é um problema, já que as instituições ajudam a manter a harmonia na sociedade. -Direitos: O direito é um conjunto de normas que são criadas e postas em vigor pelo Estado. São divididos em: → Direitos civis: é o conjunto de normas reguladoras dos direitos e obrigações de ordem privada concernentes às pessoas, aos bens e às suas relações. → Direitos políticos: garantem a participação no poder político → Direitos sociais: garante segurança, bem-estar... -Gilberto Freyre - Livro: “Casa grande e senzala” (1936) - Influêciado pelo pensamento de Franz Boas (cultura) - Busca uma análise cultural do Brasil - Brasil → Miscigenação (Cultural/Social) - Mito da Democracia Racial -Cidadania: Cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis,políticos e sociais estabelecidos na constituição. Uma boa cidadania implica que os direitos e deveres estão interligados, e o respeito e cumprimento de ambos contribuem para uma sociedade mais equilibrada. Exercer a cidadania é ter consciência de seus direitos e obrigações e lutar para que sejam colocados em prática. Exercer a cidadania é estar em plena consciência das disposições constitucionais. Preparar o cidadão para o exercício da cidadania é um dos objetivos da educação de um país
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