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CURSO ON-LINE –ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TEORIA E EXERCÍCIOS 
TRT 8ª. REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
PROFESSOR: MARCO AURÉLIO CORRÊA 
AULA DEMONSTRATIVA 
Prof. Marco Aurélio Corrêa www.pontodosconcursos.com.br 1
Olá pessoal, 
É com muita satisfação que inicio aqui no Ponto o curso de Administração 
Pública (Teoria e Exercícios) destinado aos candidatos ao cargo de 
Analista Judiciário – Área Administrativa do Tribunal Regional do Trabalho 
da 8ª. Região (PA e AP). 
Antes de explicar melhor sobre nosso curso, permitam que me apresente: meu 
nome é Marco Aurélio Corrêa e Cunha, sou bacharel em Administração pela 
UFES – Universidade Federal do Espírito Santo, pós-graduado em Direito do 
Estado e pós-graduando em Auditoria Governamental. 
Exerço atualmente o cargo de Auditor Federal de Controle Externo no 
Tribunal de Contas da União (TCU), carreira que tenho muito prazer e 
orgulho em integrar. Antes de chegar ao TCU – que sempre foi minha meta – 
exerci os cargos de Analista Administrativo na Anatel e de Analista de 
Administração no Ministério das Comunicações, tendo obtido o 1º lugar em 
ambos os concursos. 
Obtive êxito também no concurso do MPU, que ocorreu em 2010, no qual fui 
aprovado em 4º lugar para o cargo de Analista de Controle Interno. Porém, 
apesar de ter sido nomeado na primeira chamada, não tomei posse, pois, na 
ocasião, optei por ficar na ANATEL. 
Enfim, minha preparação para esses e outros certames me proporcionou certa 
experiência em provas de concursos. Espero neste curso poder compartilhar 
essa experiência e conhecimentos acumulados e contribuir, de forma efetiva, 
para a aprovação de vocês. 
Sabemos que a trajetória para a aprovação em um concurso público é um 
pouco árdua. No entanto – com foco, metodologia, disciplina, perseverança e 
bom material de apoio – tenho certeza de que lograrão êxito na empreitada. 
Para a nossa matéria, não existe um livro único que abranja todo o conteúdo 
cobrado no edital. Assim, em minha opinião, não é interessante tentar estudar 
por livros. Vários autores teriam que ser consultados para que fosse possível 
reunir todo o material necessário à cobertura do edital. 
Dessa forma, muito tempo seria desperdiçado e, além disso, haveria o risco de 
estudar assuntos que não são tão importantes para a prova. Não creio que 
essa seja uma boa estratégia. 
Então, fiquem tranquilos. Estudem pelas aulas. Assumo com vocês o 
compromisso de compilar bons materiais para que as aulas fiquem o mais 
simples, focadas e objetivas possível. Minha estratégia será a de concentrar o 
estudo naquilo que realmente interessa para a prova. 
 
CURSO ON-LINE –ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TEORIA E EXERCÍCIOS 
TRT 8ª. REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
PROFESSOR: MARCO AURÉLIO CORRÊA 
AULA DEMONSTRATIVA 
Prof. Marco Aurélio Corrêa www.pontodosconcursos.com.br 2
A metodologia utilizada incluirá as seguintes estratégias didáticas: 
 
Exposição Teórica 
A exposição teórica sobre os assuntos abordados será a 
mais sucinta possível, até o limite que não comprometa 
o aprendizado do aluno. 
 
Exposição em 
Forma de 
Perguntas 
Formularei com frequência algumas perguntas como se 
tivessem sido formuladas pelo próprio aluno. Darei a 
resposta em seguida. Isso ajudará a criar um “clima” 
de aula presencial, além de dinamizar o aprendizado. 
 
Caiu na 
Prova 
Sempre que possível, serão incluídas questões logo 
após a exposição teórica de um determinado assunto, 
com breve comentário que remeta ao conteúdo recém-
apresentado. Isso é importante para criar uma 
conexão direta entre a teoria e a prática de prova, ou 
seja, entre o conteúdo e a forma com que o ele é 
cobrado em provas de concursos. 
 
Fique 
Atento 
Esta seção terá como objetivo chamar a atenção do 
aluno acerca dos pontos importantes da matéria como, 
por exemplo, os assuntos muito cobrados em prova, os 
que não podem passar despercebidos pelo leitor ou os 
que podem gerar confusão de interpretação e 
entendimento. 
 
Tabelas 
Comparativas, 
Quadros 
Sinóticos, Mapas 
Mentais, Linhas 
do Tempo etc. 
Essas ferramentas são de grande utilidade, pois 
permitem revisões do assunto de forma rápida e facilita 
a necessária e muito importante revisão de véspera de 
prova. 
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Questões 
Comentadas 
Além das questões inseridas e comentadas ao longo da 
explanação teórica, ao final de cada aula será 
apresentada uma lista complementar de questões 
acerca do tema exposto, com comentários que 
retomarão a teoria abordada. 
 
 
AAvviissoo 
Pessoal, em regra, as provas do CESPE fora de Brasília adotam o 
tipo “múltipla escolha”. Para o nosso concurso não será diferente. 
Conforme o item 8.2 do edital, “as questões das provas objetivas 
serão do tipo múltipla escolha, com cinco opções (A, B, C, D e 
E), sendo uma única resposta correta, de acordo com o comando 
da questão”. 
Assim, serão utilizadas, preferencialmente, questões de provas 
recentes, aplicadas pela mesma banca de nosso concurso. No 
entanto, eventualmente, poderão ser utilizadas questões de 
múltipla escolha de outras bancas, bem como questões de Certo e 
Errado do próprio CESPE. Afinal, avaliar uma questão de múltipla 
escolha nada mais é do que julgar se cada uma das cinco 
alternativas está certa ou errada. 
Ao final da aula, será apresentada uma lista de todas as questões comentadas 
na aula, somente com os gabaritos, para aqueles que, por já possuírem algum 
conhecimento da matéria, prefiram resolver as questões antes mesmo de 
iniciar a leitura da parte teórica da aula. 
Gostaria de ressaltar que críticas e sugestões acerca da metodologia utilizada 
ou de qualquer outro aspecto relacionado a nosso curso serão muito bem-
vindas e, sempre que possível, consideradas e implementadas. 
Se ainda persistirem dúvidas acerca do conteúdo, da metodologia utilizada ou 
da organização do curso, fiquem à vontade para entrar em contato pelo e-mail 
marco.correa@pontodosconcursos.com.br. 
Bom pessoal. É isso. Tentei reunir neste curso algumas metodologias e 
ferramentas que eu próprio, na minha época de candidato, julgava importantes 
e considerava que ajudavam bastante na minha preparação. Espero que 
gostem e que contribuam efetivamente para a conquista da tão sonhada 
aprovação. 
O conteúdo do nosso curso não seguirá a mesma sequência com que os 
assuntos foram apresentados no edital do certame. Por motivos didáticos, foi 
organizado obedecendo a uma ordem que permitirá que o aluno conheça 
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assuntos que são pré-requisitos para o próximo tópico, o que proporcionará 
um aprendizado gradativo. 
Nosso curso on-line será composto por oito aulas (incluindo esta Aula 
Demonstrativa). Cada aula conterá, aproximadamente, sessenta a oitenta 
páginas. 
Conforme a proposta do curso, as aulas serão apresentadas de acordo com a 
seguinte divisão e cronograma: 
Aula Assunto Data 
Demonstrativa 
� 1 Características básicas das organizações 
formais modernas: tipos de estrutura 
organizacional, natureza, finalidades e 
critérios de departamentalização. 
15/7/2013 
Aula 1 � 6 Processo organizacional: planejamento, direção, comunicação, controle e avaliação. 17/7/2012 
Aula 2 
� 4 Comunicação na gestão pública e gestão de 
redes organizacionais.� 2 Convergências e diferenças entre a gestão 
pública e a gestão privada. 
24/7/2013 
Aula 3 
� 7 Gestão estratégica: planejamentos 
estratégico, tático e operacional. 
� 3 Gestão de resultados na produção de 
serviços públicos. 
31/7/2013 
Aula 4 � 12 Gestão da qualidade: excelência nos serviços públicos. 7/8/2013 
Aula 5 � 9 Gestão por processos. 
� 10 Gestão por projetos. 14/8/2012 
Aula 6 � 11 Gestão de contratos. 28/8/2013 
Aula 7 
� 8 Gestão de pessoas do quadro próprio e 
terceirizadas. 
� 5 Gestão de desempenho. 
4/9/2013 
Bem, como podem ver, temos bastante trabalho pela frente. Porém, vencida 
esta fase do concurso público, tenham certeza de que terão uma recompensa 
muito gratificante: ser servidor público federal, desenvolver um trabalho que 
proporciona benefícios para a sociedade e ainda ser bem remunerado para 
isso. Bom demais pessoal! 
Vamos começar então? Vamos com muito ânimo e muita fé! 
 
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 Conteúdo da Aula 
Aula 
Demonstrativa 
� Características básicas das organizações formais modernas: tipos de 
estrutura organizacional, natureza, finalidades e critérios de 
departamentalização. 
 
1 Características Básicas das Organizações Formais Modernas ...................................................... 6 
1.1 Conceito, Finalidades e Natureza ................................................................................................ 6 
1.2 Organizações: Algumas Classificações ...................................................................................... 8 
1.3 Princípios Básicos de Organização ........................................................................................... 12 
1.4 Estrutura Organizacional ............................................................................................................. 22 
1.4.1 Tipos de Estrutura Organizacional ..................................................................................... 24 
1.4.1.1 Organização Linear ............................................................................................... 24 
1.4.1.2 Organização Funcional ......................................................................................... 26 
1.4.1.3 Organização Linha-Staff ....................................................................................... 29 
1.4.1.4 Organização do Tipo Comissão ............................................................................ 31 
1.4.2 Critérios de Departamentalização ...................................................................................... 34 
1.4.2.1 Por Funções .......................................................................................................... 36 
1.4.2.2 Por Produtos ou Serviços ...................................................................................... 38 
1.4.2.3 Por Localização Geográfica .................................................................................. 39 
1.4.2.4 Por Clientes ........................................................................................................... 41 
1.4.2.5 Por Fases do Processo ........................................................................................... 43 
1.4.2.6 Por Projetos ........................................................................................................... 44 
1.4.2.7 Matricial ................................................................................................................ 45 
2 Questões Comentadas ........................................................................................................................ 50 
3 Questões Utilizadas na Aula ............................................................................................................... 68 
4 Referências ............................................................................................................................................ 79 
 
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1 Características Básicas das Organizações Formais Modernas 
Conforme mencionado em nosso edital, dentro do contexto que denominou de 
“características básicas das organizações formais modernas”, a banca exigiu do 
candidato o conhecimento acerca dos seguintes tópicos: natureza, finalidades, 
tipos de estruturas organizacionais e os critérios de departamentalização. 
Estudaremos nesta aula cada um desses tópicos, bem como outros aspectos a 
eles inerentes, que são indispensáveis ao seu aprendizado. 
1.1 Conceito, Finalidades e Natureza 
CCOONNCCEEIITTOO 
Para Chiavenato, a palavra organização pode assumir dois significados: 
� Organização como função administrativa e parte integrante do 
processo administrativo: nesse sentido, organização significa o ato de 
organizar, estruturar e integrar os recursos e os órgãos incumbidos de 
sua administração e estabelecer suas atribuições bem como as relações 
entre eles. Além da organização, o denominado processo administrativo 
engloba as funções de planejamento, direção e controle. 
� Organização como uma entidade social: é a organização social dirigida 
e estruturada para o alcance de objetivos específicos. É uma entidade 
social porque é constituída por pessoas. É dirigida para objetivos porque 
é estruturada (desenhada) para alcançar resultados – como gerar lucros 
(empresas em geral) ou promover o bem comum (organizações do 
governo). 
O sentido que interessa para nosso concurso é o de organização como uma 
entidade social. Sob esse enfoque, a organização é deliberadamente 
estruturada devido ao fato de que o trabalho é dividido e seu desempenho é 
atribuído aos seus membros. 
Nesse sentido, a organização representa um empreendimento humano 
moldado intencionalmente para atingir determinados objetivos, os quais são 
estabelecidos pelos administradores, a quem compete administrar e guiar a 
organização de forma a alcançá-los. 
Importante destacar a definição que Meireles elaborou de organização: 
A organização é um artefato que pode ser abordado como um conjunto 
articulado de pessoas, métodos e recursos materiais, projetado para um dado 
fim e balizado por um conjunto de imperativos determinantes (crenças, valores, 
culturas etc.). 
Em virtude de sua clareza e didática, importante ainda destacar a definição de 
Moraes: 
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Organizações são instituições sociais e a ação desenvolvida por membros é 
dirigida por objetivos. São projetadas como sistemas de atividades e 
autoridade, deliberadamente estruturados e coordenados, elas atuam de 
maneira interativa com o meio ambiente que as cerca. 
FFIINNAALLIIDDAADDEESS 
Para Maximiano, a sociedade humana é feita de organizações, as quais 
fornecem os meios para o atendimento das necessidades das pessoas. 
Serviços de saúde, água e energia, segurança pública, controle de poluição, 
alimentação, diversão, educação etc., ou seja, praticamente tudo depende das 
organizações. 
Assim, a organização pode ser entendida como um sistema de recursos que 
visa à realização de determinadas finalidades e objetivos. Pode-se 
afirmar, com propriedade, que objetivos e recursos são fatores determinantes 
que definem as organizações, jáque são elas que fornecem os mecanismos 
para se conseguir o atendimento das necessidades humanas. 
 
Ainda conforme Maximiano, as organizações transformam recursos para 
fornecer produtos e serviços, com o objetivo de resolver problemas dos seus 
usuários e das pessoas que as criam. Portanto, o desempenho de uma 
organização é satisfatório quando os problemas de seus clientes são resolvidos 
por meio da correta utilização dos recursos. 
Em relação às finalidades organizacionais, Coelho afirma que o motivo da 
existência das organizações é a necessidade que a sociedade possui em 
relação a bens e serviços. São as organizações as responsáveis por produzir 
esses bens e serviços. Portanto, elas existem para atender às necessidades e 
desejos da sociedade e do mercado. 
Para Maximiano, de acordo com os seus objetivos, as organizações são criadas 
para obtenção de produtos e serviços, com a finalidade de lucro ou não. 
Possuem algumas características que são básicas e comuns a quase todas as 
existentes. As organizações possuem objetivos desde seu início, pois foram 
criadas para atender a necessidades específicas. 
Recursos
• Pessoas
• Informações
• Conhecimentos
• Instalações
• Capital
• etc.
ORGANIZAÇÃO
• Recursos 
organizados de 
forma 
estruturada, 
com vistas ao 
alcance de 
finalidades 
específicas
Objetivos
• Alcançar lucro
• Promover o 
bem comum
• etc.
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NNAATTUURREEZZAA 
Moraes afirma que as organizações são criadas para prover produtos e serviços 
e podem ser de natureza econômica ou social. 
� Natureza econômica: são as organizações que têm caráter específico 
de empresa e buscam finalidade lucrativa. Estas assumem riscos, e são 
dirigidas por uma filosofia de negócios. 
� Natureza social: são as organizações voltadas às ações comuns ou de 
utilidade pública. Fundamentam-se na aceitação dos valores e das 
normas sociais, sem finalidade lucrativa. 
Maximiano apresenta uma espécie de desdobramento da classificação proposta 
por Moraes: 
� Organizações do governo: que são administradas pelo governo e 
possuem como objetivo prestar serviços à comunidade em geral. São 
mantidas pela arrecadação de impostos, taxas e contribuições. 
� Organizações empresariais: são organizações que têm como 
finalidade o lucro na produção ou comercialização de bens e serviços, 
podendo ser classificadas de acordo com o seu tamanho, natureza 
jurídica e área de atuação. 
São criadas com recursos próprios (dos proprietários em forma de capital 
social) e também com recursos de terceiros, como fornecedores e 
credores em geral (como empréstimos e financiamentos). O seu 
resultado é distribuído aos sócios e o restante é mantido como reservas 
de lucros para a empresa. 
� Organizações do terceiro setor: compreende as organizações de 
utilidade pública, sem fins lucrativos, e são criadas por pessoas sem 
vínculo com o governo, entre elas estão as ONG (organizações não-
governamentais) e outras entidades com finalidades filantrópicas. 
1.2 Organizações: Algumas Classificações 
Dentro dessa visão de organização como entidade social dirigida estruturada 
para o alcance de objetivos específicos, algumas classificações das 
organizações modernas podem ser estabelecidas: 
OORRGGAANNIIZZAAÇÇÕÕEESS FFOORRMMAAIISS XX IINNFFOORRMMAAIISS 
� Organizações formais: são as organizações baseadas em uma divisão 
de trabalho racional, que especializa órgãos e pessoas em determinadas 
atividades. É, portanto, a organização planejada ou a organização que 
está definida no organograma, sacramentada pela direção e comunicada 
a todos os membros. Enfim, é a organização formalizada oficialmente. 
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� Organização informal: é a organização que emerge espontânea e 
naturalmente entre as pessoas que ocupam posições na organização 
formal e a partir de seus relacionamentos humanos como ocupantes de 
cargos. Formam-se a partir das relações de amizade (ou de 
antagonismos) e do surgimento de grupos informais que não estão 
explicitamente representados no organograma ou em qualquer outro 
documento formal. 
 
CCaaiiuu nnaa 
PPrroovvaa!! 
1. (CESPE – SEGER/ES 2013 – Analista do Executivo - Área 
Administração) A estrutura organizacional bem definida facilita 
a consecução dos objetivos organizacionais, incrementa os 
resultados e auxilia a gerência de recursos materiais, humanos e 
financeiros da instituição. A respeito desse tema, assinale a 
opção correta. 
 
A) Para aumentar o controle sobre a organização, é importante 
que a alta administração elimine a estrutura informal presente. 
B) O fluxo de autoridade descendente da estrutura informal 
representa mais um privilégio que um direito. 
C) Redes de relações sociais e pessoais não mapeadas no 
organograma da empresa não interferem nos processos 
decisórios da organização. 
D) No contexto organizacional, é imprescindível que os 
executivos saibam identificar o líder informal para assegurar que 
essa liderança acompanhe os objetivos organizacionais. 
E) O empowerment contribui para a formação de grupos 
informais pela descentralização do processo decisório da 
organização. 
Alternativa A: Errada. Para Chiavenato, os aspectos formais não ignoraram 
os problemas humanos, porém, não conseguiram dar um tratamento 
sistêmico à integração das pessoas nem aos conflitos intraorganizacionais e 
ao processo decisório. 
Dessa forma, o comportamento do indivíduo não pode ser compreendido sem 
se considerar a organização informal, considerada esta como um conjunto de 
interações e relacionamentos que se estabelecem entre as pessoas em 
paralelo à organização formal. 
Para o autor, tanto a abordagem formal quanto a informal deve ser levadas 
em consideração no processo desenho organizacional. Assim, não poderia a 
alta administração trabalhar no sentido de eliminar a estrutura informal. Essa 
estrutura também é importante e deve ser considerada. 
Alternativa B: Errada. O fluxo de autoridade da estrutura informal de fato 
representa mais um privilégio do que um direito. No entanto, a alternativa 
erra ao afirmar que esse fluxo é descendente. 
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Diferentemente do fluxo descendente da autoridade formal, a autoridade 
informal flui, em regra, de maneira ascendente ou horizontalmente. É 
geralmente mais instável que a autoridade formal, pois está sujeita aos 
sentimentos pessoais. Devido à sua natureza subjetiva, a estrutura informal 
não está sujeita ao controle da direção, como o está a estrutura formal. 
Alternativa C: Errada. A estrutura informal exerce influência no processo 
decisório da organização, na medida em que complementa sua estrutura 
formal. Assim, a estrutura informal é importante e deve ser considerada no 
processo de desenho organizacional. 
Alternativa D: Certa. Conforme já vimos, a estrutura informal complementa a 
estrutura formal da organização. Ela é importante, pois influencia as ações da 
empresa, muitas vezes executadas por meio de sua estrutura formal. 
Assim, é realmente importante que a administração saiba identificar os 
líderes informais e atuem no sentido de assegurar que os propósitosdessas 
lideranças acompanhem os objetivos traçados pela organização. 
Alternativa E: Errada. Empowerment pode ser entendido como a delegação 
de autonomia para a tomada de decisões e da participação ativa dos 
colaboradores na gestão do negócio da organização. 
Por meio do empowerment a empresa descentraliza suas decisões, 
estabelece um estilo de gestão extremamente mais participativa e 
proporciona maior autonomia a seus colaboradores. As vantagens são a 
melhoria nos níveis de motivação, de satisfação das pessoas, de agilidade e 
flexibilidade e, portanto, de competitividade. 
Assim, empowerment pode ser entendido como uma descentralização de 
poder. Como esse processo de dá por meio das linhas formais de autoridade 
e responsabilidade estabelecidas na empresa, a banca considerou não haver 
relação entre esse fenômeno e o surgimento de grupos informais. 
Logo, nosso gabarito é a letra D. 
OORRGGAANNIIZZAAÇÇÕÕEESS MMEECCAANNIICCIISSTTAASS XX OORRGGÂÂNNIICCAASS 
� Organizações mecanicistas: recebem essa denominação porque seu 
funcionamento é equiparado ao de uma máquina. A organização 
mecanicista possui estrutura rígida e estritamente controlada, 
caracterizada por alta especialização, extensa departamentalização, 
margens estreitas de controle, alta formalização, rede de informação 
limitada, comunicações descendentes e pequena participação de 
membros do baixo escalão na tomada de decisões. 
As organizações mecanicistas permanecem, ainda hoje, apoiadas em 
suas forças organizativas, caracterizadas com base na existência de 
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tarefas contínuas a serem desempenhadas, ambiente suficientemente 
estável (para assegurar que os produtos sejam exatamente os mesmos 
ao longo do tempo) e foco nas metas pré-estabelecidas. Seus 
funcionários são pessoas submissas, que se comportam conforme foi 
planejado. 
Em virtude das características acima apresentadas, as organizações 
mecanicistas são consideradas sistemas fechados, pois possuem 
limitações relacionadas à grande dificuldade em se adaptarem a 
circunstâncias de mudança, alto nível de burocracia indesejável e 
sem sentido, interesses individuais com precedência sobre os 
objetivos da organização e tratamento das pessoas como robôs, 
especialmente aquelas posicionadas em níveis mais baixos da hierarquia 
organizacional. 
Enfim, as organizações mecanicistas são, em regra, utilizadas em 
ambientes estáveis, com bastante segurança, previsibilidade para 
tomada de decisão, os quais envolvem atividades rotineiras e 
burocráticas. 
� Organizações orgânicas: recebem essa denominação por serem 
comparadas a organismos vivos. Segundo essa concepção, os grupos 
atuam mais eficazmente quando suas necessidades individuais são 
satisfeitas de forma integrada às necessidades organizacionais. Essa 
dupla atenção, a respeito dos aspectos técnicos e humanos da 
organização, reflete-se na visão das organizações como sistemas 
sociotécnicos. 
As organizações orgânicas possuem estrutura achatada (poucos níveis 
hierárquicos), utilizam-se de equipes para combinar departamentos 
funcionais com níveis organizacionais hierárquicos, possuem pouca 
formalização e uma rede abrangente de informações (utilizam 
comunicação lateral, ascendente e descendente) e envolvem, 
ativamente, todos os funcionários nas tomadas de decisões. 
A flexibilidade da estrutura orgânica permite que ela mude rapidamente 
de acordo com as necessidades. Apesar de também possuir como base a 
divisão do trabalho, as funções desempenhadas pelas pessoas não são 
padronizadas. Os funcionários são altamente treinados e estimulados a 
tomar decisões. 
As estruturas orgânicas tendem a recorrer bastante ao trabalho em 
equipe. Assim, os funcionários necessitam de pouca supervisão direta e 
um grau mínimo de regras formais. Suas altas qualificações, treinamento 
e o apoio fornecido por outros membros da equipe tendem a tornar 
desnecessários a alta formalização e os controles administrativos rígidos. 
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Dessa forma, a organização orgânica é uma forma oposta à mecanicista, 
pois é adaptável a mudanças, solta e flexível, enquanto a organização 
mecanicista é rígida e estável. 
 
CCaaiiuu nnaa 
PPrroovvaa!! 
2. (FCC – METRÔ/SP 2008 – Analista Treinee – Área 
Administração de Empresas) A visão mecanicista de Frederick 
Taylor sobre as pessoas e as organizações era essencialmente 
uma perspectiva de sistema 
 
A) quantitativo. 
B) aberto. 
C) contigencial. 
D) sistêmico. 
E) fechado. 
A organização mecanicista possui estrutura rígida e estritamente controlada, 
margens estreitas de controle, alta formalização, rede de informação 
limitada. Apóiam-se em suas forças organizativas, caracterizadas com 
base na existência de tarefas contínuas a serem desempenhadas, ambiente 
suficientemente estável (para assegurar que os produtos sejam exatamente 
os mesmos ao longo do tempo). 
Conforme as características apresentadas, a organização mecanicista é auto-
referida, voltada para seus processos internos, pouco interage com seu 
ambiente externo, o qual precisa ser estável, já que essas organizações 
possuem grande dificuldade de se adaptarem a mudanças. Essas são as 
características de um sistema fechado. Gabarito letra E. 
 
1.3 Princípios Básicos de Organização 
Antes de estudarmos os diversos modelos de estruturas organizacionais 
existentes, importante conhecermos os princípios básicos e outros aspectos 
que envolvem o tema. 
UUNNIIDDAADDEE DDEE CCOOMMAANNDDOO,, CCAADDEEIIAA EESSCCAALLAARR EE DDIISSCCIIPPLLIINNAA 
� Unidade de comando: prevê que cada empregado deve receber ordens 
de apenas um superior. É o chamado princípio da autoridade única. 
� Cadeia escalar: linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao 
mais baixo, em virtude do princípio do comando. 
� Disciplina: obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito 
aos acordos estabelecidos. 
 
 
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DDIIVVIISSÃÃOO DDOO TTRRAABBAALLHHOO,, EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO EE HHIIEERRAARRQQUUIIAA 
� Divisão do trabalho: maneira pela qual um processo complexo pode 
ser decomposto em uma série de pequenas tarefas que o constituem. Por 
intermédio da divisão do trabalho, é possível alcançar maior 
produtividade e eficiência da organização, bem como redução dos custos 
de produção. 
Com a divisão do trabalho, que começou a ser praticada com o advento 
da Revolução Industrial, a organização passou a desdobrar-se em três 
níveis administrativos: 
o Nível institucional, composto pelos dirigentes. 
o Nível intermediário, composto por gerentes. 
o Nível operacional, composto por supervisores e demais 
operários executores. 
� Especialização: surgiu como consequência da divisão do trabalho, a 
partir da qual, cada órgão passou a ter funções e tarefas específicas e 
especializadas. 
� Hierarquia: estrutura montada para dirigir as operações dos níveis 
subordinados. Representa o princípio da hierarquia (ou princípio escalar), 
o qual também surgiu como consequência do princípio da divisão do 
trabalho. É a hierarquia que divide a organização em níveis de 
autoridade.SSIISSTTEEMMAA DDEE AAUUTTOORRIIDDAADDEE XX SSIISSTTEEMMAA DDEE RREESSPPOONNSSAABBIILLIIDDAADDEE XX DDEELLEEGGAAÇÇÃÃOO 
� Sistema de autoridade: é o resultado da distribuição do poder, 
constituído por amplitude administrativa (ou amplitude de controle), 
níveis hierárquicos, delegação e centralização ou descentralização. A 
autoridade representa o direito de tomar decisões, de dar ordens e exigir 
que sejam obedecidas etc. 
Assim, a autoridade possui três características básicas: 
o É alocada em relação a posições da organização e não a 
pessoas. 
o É aceita pelos subordinados, por acreditarem que o superior 
possui o direito legítimo, atribuído pela organização, de dar 
ordens e esperar pelo seu cumprimento. 
o Flui de cima para baixo, por intermédio da hierarquia 
verticalizada. 
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� Sistema de responsabilidade: é resultado da alocação de atividades e 
constituído por departamentalização, linha e assessoria e especialização 
do trabalho. Representa o dever de desempenhar a tarefa para a qual o 
funcionário foi designado. 
O grau de autoridade é proporcional ao grau de responsabilidade 
assumida pela pessoa. Assim, quanto maior a responsabilidade, maior 
será a autoridade delegada, para que a pessoa possa se desincumbir de 
suas atribuições. 
Enquanto a autoridade emana do superior para o subordinado, a 
responsabilidade é a obrigação exigida do subordinado, para que realize 
determinadas atividades. Vejamos no esquema abaixo a representação 
gráfica dessa relação: 
 
 
CCaaiiuu nnaa 
PPrroovvaa!! 
3. (CONSULPLAN – Prefeitura de Porto Velho 2012 – 
Administrador) O sistema de ____________________ é 
resultante da distribuição do poder nas organizações, 
caracterizando-se pelos seguintes fatores: alocação feita em 
níveis organizacionais e não em pessoas; aceitação pelos 
subordinados; e, estrutura verticalizada. 
 
De acordo com os sistemas componentes da estrutura 
organizacional, assinale a alternativa que completa corretamente 
a afirmativa anterior. 
 
A) autoridade 
B) comunicação 
C) delegação 
D) departamentalização 
E) responsabilidade 
Conforme vimos, o sistema de autoridade é o resultado da distribuição do 
poder. É constituído por amplitude administrativa, níveis hierárquicos, 
delegação e centralização ou descentralização. 
Vimos ainda que as três características básicas do sistema de autoridade são: 
• Alocação em relação a posições da organização e não a pessoas. 
Superior
Ocupante de 
determinado cargo
Subordinado
 Responsabilidade 
Autoridade 
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• Aceitação pelos subordinados 
• Fluidez de cima para baixo, por intermédio da hierarquia verticalizada. 
Essas foram exatamente as características mencionadas pelo enunciado do 
item. Assim, a letra A está correta. 
Vamos dar uma olhada rápida nos outros conceitos mencionados pela 
questão? 
• Comunicação: é a interação entre as várias unidades da organização. 
• Delegação: é a transferência de autoridade e responsabilidade para 
posições inferiores na hierarquia. 
• Departamentalização: conforme estudaremos ainda nesta aula, é a 
forma organizar as atividades da empresa, por meio do agrupamento 
dos componentes organizacionais em departamentos ou divisões. 
• Responsabilidade: é o dever que possui um funcionário de 
desempenhar a tarefa para a qual foi designado 
Assim, nosso gabarito é a letra A. 
� Delegação: é o processo por meio do qual é transferida autoridade e 
responsabilidade para posições inferiores na hierarquia. Desde que 
corretamente aplicada, a delegação apresenta algumas vantagens, tanto 
para o gestor como para toda a organização: 
o Permite ao gestor ter tempo para se dedicar às ações de caráter 
estratégico. 
o Prepara os delegados para maiores responsabilidades. 
o Aperfeiçoa as competências e melhora o espírito de equipe. 
o Ajuda os colaboradores a desenvolver o seu potencial. 
o Permite ao gestor observar, de forma sistemática, o 
desenvolvimento dos seus colaboradores. 
o Proporciona maior satisfação dos objetivos profissionais e 
pessoais dos colaboradores. 
o Proporciona um progressivo aumento da autonomia dos 
colaboradores e a consequente evolução da organização. 
Fayol (apud Lacombe) estabeleceu o princípio da exclusividade da 
responsabilidade, segundo o qual afirma que ninguém se livra, por 
meio da delegação, da sua própria responsabilidade pelas atividades dos 
subordinados. Mesmo que um chefe tenha delegado uma atividade, 
continuará responsável por ela perante sua própria chefia. 
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Lacombe ensina, ainda, que o administrador pode pedir aos subordinados 
que obtenham informações, estudem alternativas e façam 
recomendações, mas não pode delegar as decisões finais sobre 
planejamento, organização, coordenação, motivação, comando e 
controle das atividades que lhe cabem, tampouco as que se referem 
à admissão, demissão e promoção dos seus subordinados diretos. 
Para Lacombe, o processo de delegação abrange as seguintes quatro 
etapas: 
1. Definição das metas: determinação com clareza do que se 
deseja alcançar e do que se espera de quem recebeu a delegação. 
2. Delegação da permissão para agir: determinação da 
autoridade para assumir compromissos, empregar recursos e 
praticar os atos necessários para cumprir o que se espera e para 
alcançar as metas definidas. 
3. Criação da obrigação de executar o que foi delegado da 
forma esperada: responsabilidade de quem recebeu a delegação 
de cumprir as tarefas da melhor forma possível e prestar contas 
dos resultados. 
4. Criação da obrigação de avaliar a execução: quem delegou 
possui a responsabilidade de exigir informações sobre o andamento 
do trabalho e a prestação de contas dos resultados. Deve sempre 
efetuar a avaliação e, quando necessário, orientar a execução e 
motivar os executantes. 
 
CCaaiiuu nnaa 
PPrroovvaa!! 
4. (CONSULPLAN – Conselho Regional de Engenharia, 
Arquitetura a Agronomia - CREA 2011 – Tecnólogo) 
“Delegar significa atribuir a outrem, no todo ou em parte, a 
responsabilidade pelo planejamento, decisão ou execução de 
alguma coisa.” O processo de delegação abrange as seguintes 
etapas, EXCETO: 
 
A) Definição de metas. 
B) Delegação da permissão para agir. 
C) Criação da obrigação de executar o que foi delegado de forma 
esperada. 
D) Criação da obrigação de avaliar a execução. 
E) Criação do relacionamento com fornecedores 
Das etapas mencionadas pela questão, a única que não faz parte do conjunto 
das quatro etapas do processo de delegação proposto por Lacombe é a 
criação do relacionamento com fornecedores. Assim, o gabarito é a letra E. 
AAMMPPLLIITTUUDDEE AADDMMIINNIISSTTRRAATTIIVVAA EE CCOOMMUUNNIICCAAÇÇÃÃOO 
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� Amplitude administrativa: também chamada de amplitude de controle 
ou, ainda, de amplitude de comando, representa o número desubordinados que um administrador possui sob sua supervisão. 
Uma amplitude estreita (menor), com um maior número de níveis 
hierárquicos, produz uma estrutura organizacional alta e alongada 
(verticalizada). De forma contrária, uma amplitude larga (maior), com 
poucos níveis hierárquicos, produz uma estrutura organizacional 
achatada (horizontalizada). 
Atualmente, as organizações estão reduzindo seus níveis hierárquicos, no 
intuito de tornarem-se mais simples e enxutas. A ideia é aproximar a 
base do topo, com o objetivo de melhorar a comunicação, ganhar 
agilidade e, com isso, tornar-se mais competitiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Normalmente, o processo de redução de níveis hierárquicos em uma 
organização está relacionado a uma técnica administrativa denominada 
downsizing. 
Surgido a partir da década de 1970 nos Estados Unidos, o downsizing 
representou uma resposta na busca por maior competitividade por parte 
das empresas americanas, as quais se viram obrigadas a eliminar custos 
e, principalmente, a reduzir a burocracia e a demora no processo de 
tomada de decisão inerente ao modelo gerencial aplicado até então. 
Assim, pode-se afirmar que o termo downsizing (achatamento, em 
tradução livre) é usado na administração para designar um processo de 
reestruturação organizacional baseado na redução dos níveis 
hierárquicos de uma empresa. 
 
CCaaiiuu nnaa 
5. (CESPE – TJ/RO 2012 – Analista Judiciário - Área 
Administração) Assinale a opção que apresenta o termo que 
designa a redução do número de níveis hierárquicos em uma 
organização. 
 
Organização alta, verticalizada. 
Amplitude de comando estreita 
(menor), com poucos subordinados por 
chefia e muitos níveis hierárquicos. 
 
 
 
 
 
 
Organização achatada, horizontalizada. 
Amplitude de comando larga (maior), 
com muitos subordinados por chefia e 
poucos níveis hierárquicos. 
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PPrroovvaa!! 
A) turn over 
B) empowerment 
C) downsizing 
D) outsourcing 
E) rotatividade disfuncional 
Conforme acabamos de estudar, o downsizing representa uma técnica 
administrativa surgida na década de 1970 e que designa a redução do 
número de níveis hierárquicos em uma organização. Gabarito letra C. 
Alguns fatores são capazes de influenciar a amplitude administrativa de 
uma organização, os quais podem ser divididos em quatro grupos: 
o Características do chefe: obrigações pessoais, capacidade 
pessoal do chefe em lidar com os subordinados, capacidade 
profissional do chefe, tipo de liderança existente, possibilidade 
de restrições pessoais à amplitude administrativa etc. 
o Características dos subordinados: capacidade dos 
subordinados em se relacionar com seus pares, capacidade 
profissional dos subordinados, grau de motivação dos 
subordinados, possibilidade de restrições pessoais à amplitude 
administrativa etc. 
o Características da organização: grau de estabilidade interna 
da empresa, nível de delegação de autoridade aceitável na 
organização, nível de utilização de assessores, grau de 
interdependência entre as unidades organizacionais, grau de 
coordenação e controle exercido etc. 
o Natureza das tarefas a serem realizadas: grau de clareza, 
comunicação e aceitação dos objetivos, grau de definição, 
simplicidade e repetitividade das atividades dos subordinados 
etc. 
Os fatores que influenciam a amplitude administrativa encontram-se 
dispostos de forma resumida na tabela a seguir: 
Amplitude de Controle Menor 
(Estreita) 
Amplitude de Controle Maior 
(Larga) 
Trabalho criativo e inovador Trabalho rotineiro e previsível 
Tarefas diversificadas Tarefas similares 
Dispersão física das pessoas Concentração física das pessoas 
Necessidade de orientação Pessoal treinado e preparado 
Gerente pouco capacitado Gerente muito capacitado 
Ausência de regras e procedimentos Regras e procedimentos 
Cargos distintos no mesmo departamento Cargos equivalentes no mesmo 
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departamento 
Poucos sistemas de suporte Sistemas de apoio e suporte 
Muitas atividades não-administrativas Poucas atividades não-administrativas 
Preferências pessoais Preferências impessoais 
Custo administrativo maior Custo administrativo menor 
 
 
CCaaiiuu nnaa 
PPrroovvaa!! 
6. (CONSULPLAN – Indústrias Nucleares do Brasil S.A. - 
INB 2006 – Administrador) José Alberto de Souza é 
responsável pelo novo desenho organizacional da empresa onde 
trabalha, a SIGA Ltda. Com base nos seus conhecimentos de 
downsizing e empowerment, José busca um número ideal de 
subordinados que se reportam diretamente a um supervisor, isto 
é, uma amplitude de controle ótima para a sua estrutura. 
 
Para tal, José deve considerar que a amplitude deve ser maior 
quando: 
 
A) O trabalho não é rotineiro. 
B) O administrador não é altamente capacitado. 
C) Os cargos são diferentes e as medidas de desempenho 
comparáveis. 
D) Os subordinados não são altamente treinados. 
E) Os subordinados preferem ter autonomia a um controle 
cerrado da supervisão. 
Alternativa A: Errada. Quando o trabalho não é rotineiro, e sim criativo e 
inovador, sua execução requer maior atenção e acompanhamento da 
gerência. Isso se torna mais viável quando o gerente possui menos 
subordinados sub seu comando (amplitude menor). 
Alternativa B: Errada. Um administrador menos capacitado deve possuir 
menos subordinados sob sua coordenação (amplitude menor). 
Alternativa C: Errada. Quando os cargos em um departamento são muito 
diferentes, as particularidades de cada um deles tornam mais difícil o 
trabalho da gerência. Assim, nesse cenário, para gerenciar com eficiência, o 
chefe precisa ter menos subordinados sob seu controle (amplitude menor). 
Alternativa D: Errada. Subordinados que não estão devidamente treinados 
requerem um acompanhamento mais de perto por parte da chefia. Para se 
desincumbir dessa função com eficiência, o chefe deve possuir um número 
reduzido de subordinados sob sua responsabilidade (amplitude menor). 
Alternativa E: Certa. Quando os subordinados preferem a autonomia a um 
controle rigoroso da supervisão, o chefe poderá possuir um número maior de 
funcionários sob seu comando (amplitude maior), já que não há necessidade 
de controlar, de forma mais rígida, cada subordinado. 
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Assim, nosso gabarito é a letra E. 
� Sistema de comunicações: resultado da interação entre as várias 
unidades da organização. É o processo por meio do qual uma mensagem 
é enviada por um emissor, por intermédio de um determinado canal, e 
recebida e entendida por um receptor. 
CCEENNTTRRAALLIIZZAAÇÇÃÃOO XX DDEESSCCEENNTTRRAALLIIZZAAÇÇÃÃOO 
� Centralização: os termos centralização e descentralização referem-se 
ao nível hierárquico no qual as decisões são tomadas. A centralização 
enfatiza as relações escalares, isto é, a cadeia de comando. Em uma 
empresa centralizada, uma autoridade alocada no topo da organização 
centraliza o processo de tomada de decisão. 
� Descentralização: a descentralização faz com que as decisões sejam 
pulverizadas nos níveis mais baixos da organização. A descentralização 
se baseia na ideia deque a autoridade para tomar decisão ou iniciar 
determinada ação deve ser delegada, para que fique o mais próximo 
possível do local onde essa decisão deve ser tomada ou essa ação 
executada. 
Organizações modernas possuem uma tendência à descentralização, 
para melhor aproveitar o talento de seus recursos humanos. O grau de 
descentralização aumenta à medida que as decisões são tomadas nos 
níveis mais baixos da hierarquia organizacional. Aumenta, também, 
quando a supervisão sobre as decisões tomadas é pequena, pois a 
descentralização pressupõe relativa autonomia e independência do 
delegado para tomar essas decisões. 
A descentralização possui as seguintes vantagens: 
o Os gerentes ficam mais próximos do ponto onde as decisões 
devem ser tomadas. 
o Aumenta a eficiência da organização e a motivação dos 
funcionários que recebem a delegação. 
o Melhora a qualidade das decisões e alivia a sobrecarga das 
chefias para tomarem decisões. 
o Torna mais rápido o processo de tomada de decisões, pois estas 
são pulverizadas nos níveis mais baixos da estrutura 
organizacional. 
o Reduz gastos de coordenação, devido à maior autonomia de 
níveis hierárquicos mais baixos na tomada de decisões. 
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o 
 
 
 
 
 
Há alguns elementos que contribuem para aumentar o grau de 
descentralização em uma organização, a saber: 
o A complexidade dos problemas organizacionais, pois a 
descentralização possibilita a utilização de mais recursos para 
solucioná-los. 
o A delegação de autoridade, processo pelo qual a autoridade é 
descentralizada. 
o Demanda por mudança e de inovação, pois quanto maior essa 
demanda maior será a necessidade de descentralizar 
atribuições, responsabilidades e autoridades. 
o Ambiente de estabilidade, pois os neoclássicos indicam a 
descentralização para situações de certeza e previsibilidade. 
Contrariamente, em situações de risco, de crise ou de 
dificuldade, a autoridade costuma ser centralizada no topo 
enquanto perdurar a situação. 
Esse aspecto é um pouco controverso, pois, atualmente, alguns 
autores afirmam que quanto mais complexo, mais 
descentralizado tende a ser o poder, devido à impossibilidade de 
um único gerente centralizar todas as decisões, em virtude da 
complexidade do ambiente e dos assuntos a ele inerentes. 
 
CCaaiiuu nnaa 
PPrroovvaa!! 
7. (CESPE – TJ 2011 – Analista Judiciário – Administração) 
A realização de descentralização é mais recomendada em 
situações de certeza e estabilidade do que em momentos de 
incerteza e instabilidade. 
Para os neoclássicos, a descentralização é mais recomendada para ambientes 
de certeza e estabilidade. Contrariamente, em situações de risco, de crise ou 
de dificuldade, a autoridade costuma ser centralizada no topo enquanto 
 
Organização Centralizada. 
 
Organização descentralizada. 
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perdurar a situação. 
 
FFiiqquuee 
AAtteennttoo!! 
Esse aspecto é um pouco controverso, pois, atualmente, 
alguns autores afirmam que quanto mais complexo, mais 
descentralizado tende a ser o poder, devido à impossibilidade 
de um único gerente centralizar todas as decisões, em virtude 
da complexidade do ambiente e dos assuntos a ele inerentes. 
Mas não vamos entrar nessa discussão pessoal. Para nós, o 
que importa é o entendimento da banca. Assim, conforme 
indica a questão recente (2011), o CESPE considera que para 
tempos de certeza e estabilidade, é indicada a 
descentralização, do que se pode inferir que, para a banca, em 
tempos de instabilidade e incerteza deve ser adotada a 
centralização. 
Questão Certa. 
EESSTTRRUUTTUURRAA FFOORRMMAALL XX IINNFFOORRMMAALL 
� Estrutura formal: é o mecanismo por meio do qual a autoridade é 
distribuída, as atividades (desde o nível mais baixo até a alta 
administração) são especificadas e um sistema de comunicação é 
delineado. Essa estrutura permite que as pessoas realizem as atividades 
e exerçam a autoridade que lhes competem, para o alcance dos objetivos 
organizacionais. 
É a estrutura planejada e oficial da organização. A estrutura formal é 
mais estável, sujeita ao controle da direção e pode crescer a um 
tamanho imenso, dependendo da organização e de seus objetivos. O 
estudo da estrutura organizacional possui foco na estrutura formal. 
� Estrutura informal: surge da interação social estabelecida entre as 
pessoas. Desse modo, progride espontaneamente à medida que as 
pessoas se reúnem. Traduz as relações que, em regra, não são 
representadas no organograma. 
São comportamentos pessoais e sociais que não são documentados e 
reconhecidos oficialmente entre os membros da empresa mas que 
aparecem, inevitavelmente, em decorrência das necessidades pessoais e 
grupais dos empregados. 
1.4 Estrutura Organizacional 
O tema estrutura organizacional relaciona-se com a forma de organizar e de 
estruturar a empresa, ou seja, de alinhar seus recursos (inclusive humanos) 
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em função de seus interesses e do alcance da máxima eficiência. Assim, a 
estrutura organizacional define o tipo de organização e o modelo de 
departamentalização adotado, aspectos que veremos a seguir. 
 
CCaaiiuu nnaa 
PPrroovvaa!! 
8. (CESPE – MS 2008 – Gestão da Estratégia e de 
Processos) Qualquer que seja o modelo de estrutura 
organizacional adotado, seu objetivo básico será o de ordenar e 
agrupar as atividades e recursos da empresa, de forma a se 
atingir os objetivos estratégicos estabelecidos. 
A estrutura organizacional relaciona-se com a forma de organizar e de 
estruturar a empresa, ou seja, de alinhar seus recursos (inclusive humanos) 
em função de seus interesses, do alcance da máxima eficiência e da 
consecução de seus objetivos. Questão Certa. 
Por meio da estruturação da organização, são definidos, por exemplo, os 
setores, os cargos, qual o trabalho que compete a cada um desses setores e 
cargos e quais os seus níveis de responsabilidade e de autoridade. Assim, é 
coerente afirmar que a estrutura organizacional diz respeito a aspectos 
que envolvem a ligação entre as pessoas e o trabalho a ser realizado, 
para que a organização alcance os objetivos propostos. 
 
Professor! Organização é a mesma coisa que estrutura 
organizacional? 
Essa é a típica pergunta de um aluno atento que, em breve, será Analista 
Judiciário do TRT! Os termos organização e estrutura organizacional não 
são sinônimos e tampouco transmitem a mesma ideia. 
Conforme estudamos, a organização, quando vista como uma entidade 
social, é a união de pessoas, ideias, ideologias, e recursos para atingir 
objetivos. Já a estrutura organizacional trata da forma como esse conjunto 
de recursos (a organização) será estruturado e racionalizado, sempre da 
maneira mais adequada possível à consecução dos objetivos organizacionais. 
A estrutura organizacional é a forma como as empresas se articulam para 
desenvolverem suas atividades. Essa estrutura depende das circunstâncias de 
cada organização, em determinado momento. 
A estrutura organizacional de uma empresa é constantemente ajustada às 
suas estratégias, e leva em consideraçãovariáveis como a estratégia, o 
ambiente em que a organização está inserida, a tecnologia de que ela dispõe 
para operar etc. 
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1.4.1 Tipos de Estrutura Organizacional 
Uma das características mais importantes de uma organização formal é o 
racionalismo. Uma organização é um conjunto de cargos funcionais e 
hierárquicos cujas prescrições e normas de comportamento aplicam-se a todos 
os seus membros. 
Assim, cada organização possui uma estrutura organizacional, a qual foi 
projetada, entre outros aspectos, com base em seus objetivos. Cada um dos 
tipos tradicionais de organização possui a sua racionalidade específica. 
Raramente, esses tipos são encontrados exatamente como previstos no 
modelo teórico apresentado, situação que requer que tais modelos sejam 
estudados com certa relatividade. 
Uma estrutura organizacional é representada pelo organograma, diagrama 
utilizado para mostrar as relações hierárquicas existentes em uma organização 
ou, simplesmente, a distribuição dos setores, unidades funcionais e cargos e a 
comunicação entre eles. Veremos nesta aula vários exemplos de organograma, 
ao estudarmos as estruturas organizacionais e os critérios de 
departamentalização. 
Apesar das diversas divergências existentes entre os principais autores, 
normalmente são definidos três tipos tradicionais de organização, a saber, a 
linear, a funcional e a linha-staff. Estudaremos cada um desses modelos a 
seguir. 
1.4.1.1 Organização Linear 
O tipo linear constitui a forma mais antiga e simples de organização. O termo 
“organização linear” denota a existência de linhas diretas e únicas de 
autoridade e responsabilidade entre superiores e subordinados. Em virtude 
dessa característica, possui formato piramidal. 
 
Na organização do tipo linear, as linhas de comunicação são rigidamente 
estabelecidas. É uma forma de organização típica de pequenas empresas ou de 
empresas em estágios iniciais. 
CCAARRAACCTTEERRÍÍSSTTIICCAASS 
Indústria de 
Condutores Elétricos
Produção
Setor de 
Esmaltados
Rabichos e 
cordoalhas
Comercial
Marketing Vendas
Financeiro
Contas a 
Pagar/Receber
Investimentos
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TRT 8ª. REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
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AULA DEMONSTRATIVA 
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A organização do tipo linear apresenta as seguintes características: 
� Autoridade linear ou única: decorrente do princípio da unidade de 
comando (típica das organizações militares), a autoridade única constitui 
a principal característica desse tipo de organização. A autoridade do 
superior sobre seus subordinados é única e absoluta. 
Significa dizer que cada subordinado recebe ordens única e 
exclusivamente do seu superior imediato e, da mesma forma, reporta-se 
somente a ele. A autoridade linear é uma autoridade de comando. 
� Linhas formais de comunicação: as comunicações são feitas 
unicamente por intermédio das linhas existentes no organograma. 
Existem, em regra, somente dois canais de comunicação. O primeiro é 
orientado para cima, que liga um determinado órgão ou cargo ao seu 
superior (denotando sua responsabilidade). O segundo é orientado para 
baixo e liga um determinado cargo ou órgão a seus subordinados (o que 
representa sua autoridade). 
Assim, as comunicações são formais e lineares. Significa dizer que se 
limitam, exclusivamente, às relações formais definidas no organograma. 
� Centralização de decisões: a autoridade linear que comanda toda a 
organização centraliza-se no topo do organograma e os canais de 
responsabilidade são conduzidos até ele, de forma convergente, por meio 
dos níveis hierárquicos. Essa autoridade máxima centraliza todas as 
decisões, bem como o controle da organização. 
� Aspecto piramidal: à medida que se sobe na escala hierárquica, 
diminui o número de cargos ou órgãos. Dessa forma, conforme 
representado na figura acima, a organização linear possui formato que 
lembra uma pirâmide. 
VVAANNTTAAGGEENNSS EE DDEESSVVAANNTTAAGGEENNSS 
Organização Linear 
Vantagens Desvantagens 
Estrutura simples, econômica e de fácil 
compreensão. As relações formais são, em 
regra, mínimas e, dessa forma, elementares. 
À medida que a empresa cresce, a estrutura 
linear provoca o congestionamento das 
linhas de comunicação, principalmente em 
seus níveis mais altos. 
Clara delimitação de atribuições e de 
responsabilidade dos órgãos. Nenhum órgão 
intervém na área de outros. 
A unidade de comando torna o chefe um 
generalista, ao qual não é dada a 
oportunidade de se especializar em 
determinado assunto, já que tem que 
acumular todos os assuntos relacionados à 
sua área. 
Facilidade de operacionalização, de controle e 
de disciplina, devido a seu reduzido número 
de relações formais, a sua estrutura simples e 
A autoridade baseada no comando único e 
direto pode tornar-se autoritária, provocar 
rigidez na disciplina, bitolar e dificultar a 
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a sua clara delimitação de autoridade. capacidade de cooperação e de iniciativa das 
pessoas. 
Estabilidade e constância nas relações, em 
virtude da centralização do controle e da 
rígida disciplina que é proporcionada pela 
unidade de comando. 
A estabilidade pode conduzir a organização 
à rigidez e à inflexibilidade, o que pode 
gerar dificuldades para a implementação de 
inovações, para a adaptação a novas 
situações ou condições externas e, 
consequentemente, para responder 
rapidamente a mudanças. 
 As comunicações tornam-se demoradas, 
pois se sujeitam a intermediários e ficam 
suscetíveis a distorções. 
CCAAMMPPOO DDEE AAPPLLIICCAAÇÇÃÃOO 
A organização do tipo linear aplica-se nos seguintes casos: 
� Em empresas pequenas, que não demandem especialização por tarefas 
técnicas, e em empresas em seu estágio inicial de funcionamento. 
� Em empresas cujas tarefas são padronizadas, rotineiras e com pouca 
previsão de mudanças, já que a estrutura, como vimos, é estável. 
� Quando a empresa prioriza a rapidez na execução, em detrimento da 
qualidade do trabalho. 
� Quando a organização opta por consultorias externas, em vez de criar 
órgãos internos de assessoria. 
1.4.1.2 Organização Funcional 
A organização funcional recebe essa denominação por adotar o princípio 
funcional ou, como também é denominado, principio da especialização das 
funções. 
Esse princípio distingue e especializa os membros da organização em virtude 
do trabalho que desenvolvem. Assim, o mestre de produção, por exemplo, 
torna-se um especialista no que disser respeito a assuntos de produção e, em 
regra, não respondem por questões que envolvam outro tipo de assunto. 
 
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Na estrutura funcional, cada subordinado poderá reportar-se a muitos 
superiores, simultaneamente. Porém, o faz somente nos assuntos de 
especialidade de cada um deles. 
De forma equivalente, nenhum superior possui autoridade total sobre os 
subordinados. A autoridade de cada superior sempre é parcial ou relativa e 
também decorre de sua especialidade.Assim, no organograma acima apresentado, que representa a estrutura 
funcional de uma determinada indústria, um funcionário da área de vendas 
poderia reportar-se, simultaneamente, a um superior funcional da área 
comercial e a outro da área financeira, dependendo do assunto para o qual 
necessitasse de suporte. 
De forma equivalente, esse mesmo funcionário poderia receber ordens 
simultâneas desses dois superiores, também com base no assunto relacionado 
à especialização de cada um deles. 
Essas características representam total negação ao princípio da unidade de 
comando ou supervisão única, tão valorizado por Fayol, o qual preconiza que 
cada subordinado deve prestar contas a somente um chefe. 
CCAARRAACCTTEERRÍÍSSTTIICCAASS 
A organização do tipo funcional possui as seguintes características: 
� Autoridade funcional ou dividida: a autoridade é funcional, dividida 
entre vários superiores, com base na especialização de cada um deles. 
Assim, pode ser denominada uma autoridade do conhecimento. 
Conforme vimos anteriormente, não se aplica, a esse tipo de 
organização, o princípio da unidade de comando. 
� Linhas diretas de comunicação: as comunicações entre os órgãos da 
organização são efetuadas diretamente, sem a necessidade de percorrer 
linhas de autoridade existentes no fluxograma. 
� Descentralização das decisões: as decisões são delegadas aos órgãos 
ou cargos especializados, os quais possuem conhecimentos necessários 
para melhor decidir acerca dos assuntos de sua especialidade. Assim, as 
decisões não são tomadas com base na hierarquia, e sim na 
especialização. 
� Ênfase na especialização: há uma separação das funções de acordo 
com as especialidades envolvidas. Dessa forma, as responsabilidades são 
delimitadas também com base nessas especializações. 
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FFiiqquuee 
AAtteennttoo!! 
Percebam futuros Analistas Judiciários do TRT, que as 
características da estrutura funcional representam o contrário das 
características pertencentes à estrutura linear. 
Isso decorre do fato de a estrutura linear ser totalmente baseada 
no princípio da unidade de comando, enquanto a estrutura 
funcional nega esse princípio. 
Então, para a prova, fiquem espertos. Muito comum a banca 
afirmar que uma determinada característica pertence a uma 
estrutura, quando, na verdade, pertence à outra. 
VVAANNTTAAGGEENNSS EE DDEESSVVAANNTTAAGGEENNSS 
Organização Funcional 
Vantagens Desvantagens 
Proporciona o máximo de especialização nos 
diversos órgãos e cargos da organização. 
Com isso, os órgãos não precisam se 
preocupar com tarefas acessórias, e ficam 
livres para sua atuação unicamente no seu 
trabalho e na sua função. 
Apresenta problemas quanto à delimitação 
das responsabilidades, já que possui 
subordinação múltipla, pois, cada 
subordinado se reporta funcionalmente a 
muitos superiores. 
Proporciona excelência na supervisão técnica, 
já que cada órgão ou cargo reporta-se aos 
especialistas em seu campo de atuação. 
A substituição da autoridade linear pela 
funcional gera dificuldades para que órgãos 
superiores controlem o funcionamento dos 
órgãos inferiores, pois a autoridade de 
comando fica diluída entre os diversos 
especialistas. Assim, a exigência de 
obediência e a imposição de disciplina, 
aspectos típicos da organização linear, não 
constituem pontos fortes da estrutura 
funcional. 
As comunicações são diretas, sem 
intermediações, e, com isso, mais rápidas e 
menos suscetíveis a distorções de 
transmissão. 
Há uma tendência à concorrência entre os 
especialistas. Como cada órgão é 
especializado em determinadas atividades, 
há uma tendência em impor seu ponto de 
vista ao restante da organização, o que 
pode levar à perda da visão de conjunto. 
 
Há nítida separação entre as funções de 
planejamento e as de execução e controle. 
Devido ao princípio da especialização, cada 
órgão que participa da elaboração do 
planejamento, o faz para todos os demais 
órgãos da organização, em sua respectiva 
área de especialização. Porém, cada órgão 
responsável pela execução e controle só se 
encarrega dessas tarefas em sua área 
específica. 
Tendência ao surgimento de conflitos. A 
competição e a concorrência entre os 
especialistas, aliada à perda da visão do 
todo, levam a divergências que fazem surgir 
tensões e conflitos entre os especialistas. 
CCAAMMPPOO DDEE AAPPLLIICCAAÇÇÃÃOO 
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A organização do tipo funcional é normalmente aplicada nas seguintes 
situações: 
� Em organizações pequenas que possuem uma equipe bem entrosada de 
especialistas, que se reporta a um dirigente eficaz e orientado para a 
consecução de objetivos comuns. 
� Em determinadas circunstâncias nas quais a organização delega, durante 
um período de tempo pré-definido, a autoridade funcional a algum órgão 
especializado em um assunto, com a finalidade de, por exemplo, 
implantar alguma rotina que se relacione com a especialização desse 
órgão. 
1.4.1.3 Organização Linha-Staff 
Este tipo de estrutura organizacional é o resultado da combinação dos tipos de 
organização linear e funcional. Assim, a organização do tipo linha-staff buscou 
potencializar as vantagens desses dois tipos de organização e mitigar suas 
desvantagens. 
Na organização do tipo linha-staff coexistem órgãos de linha (órgãos de 
execução) e órgãos de assessoria (órgãos de apoio e de consultoria – staff). 
Enquanto aos órgãos de linha compete a autoridade linear, aos órgãos de staff 
cabe a prestação de assessoria e de serviços especializados. 
 
 
 
Na estrutura linha-staff, as atividades de linha estão direta e intimamente 
ligadas aos objetivos primários da organização, ou seja, fazem parte do que 
constitui a atividade fim da empresa. Já os órgãos de staff relacionam-se 
somente de forma indireta com esses objetivos. 
Em regra, os órgãos de linha voltam-se para fora da organização, pois é no 
ambiente externo que se situam seus objetivos. De forma diversa, os órgãos 
de staff são intra-orientados, pois se destinam ao assessoramento de outros 
Indústria de 
condutores 
Elétricos
Produção (Linha)
Assessoria de 
Produção (Staff)
Comercial (Linha) Financeiro (Linha)
Assessoria 
Financeira (Staff)
Assessoria da 
Presidência 
(Staff)
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órgãos internos à organização, que podem ser de linha ou, até mesmo, outros 
órgãos de staff. 
Outra distinção entre linha e staff é o fato de os órgãos de linha possuírem 
autoridade para decidir e executar as atividades principais da organização, as 
quais se vinculam diretamente aos seus objetivos (autoridade de linha, ou, 
autoridade linear). Os órgãos de staff, por seu turno, possuem autoridade de 
assessoria, de planejamento e controle, de consultoria e recomendação 
(autoridade funcional, de staff). 
 
CCaaiiuu nnaa 
PPrroovvaa!! 
9. (CESPE – MPU 2010 – Técnico Administrativo) Os órgãos 
de assessoria da organização em estrutura linha-staff exercem 
autoridade de linha sobre os colaboradores dos demais setores, 
com o intuito de alcançar os objetivos organizacionais. 
Em uma estrutura linha-staff,os órgãos de linha possuem autoridade 
para decidir e executar as atividades principais da organização, as quais se 
vinculam diretamente aos seus objetivos (autoridade de linha ou 
autoridade linear). 
Os órgãos de staff, por seu turno, prestam assessoria e serviços – em suas 
respectivas áreas de especialização – para as demais áreas da organização. 
Eles possuem autoridade de assessoria, de planejamento e controle, de 
consultoria e recomendação (autoridade funcional, de staff). 
Dessa forma, os órgãos que exercem autoridade de linha sobre os demais 
setores são os órgãos de linha. Os de staff exercem autoridade funcional. 
Questão Errada. 
CCAARRAACCTTEERRÍÍSSTTIICCAASS 
A estrutura organizacional de linha-staff possui as seguintes características: 
� Fusão entre as estruturas linear e funcional, com predomínio da 
linear: a organização do tipo linha-staff também respeita o princípio da 
unidade de comando, na medida em que cada órgão se reporta a apenas 
um órgão superior. Porém, cada um desses órgãos também recebe 
assessoria e serviços especializados de diversos órgãos de staff. 
Assim, além da autoridade linear existente entre um órgão de linha e 
seus subordinados, existe também a autoridade funcional de um órgão 
de staff, no que diz respeito a assuntos de sua especialidade, em relação 
aos demais órgãos da organização. 
� Coexistência entre linhas formais e linhas diretas de 
comunicação: a comunicação entre superiores e subordinados, 
devidamente representados na hierarquia, é feita de maneira formal. Já 
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a comunicação feita pelos órgãos de staff, as quais representam a oferta 
de assessoria e de serviços especializados, é efetuada de maneira 
informal. 
� Nítida separação entre órgãos operacionais (de linha) e de 
assessoria (staff): enquanto aos órgãos de linha compete a execução 
das operações básicas e essenciais da organização, os órgãos de staff 
são incumbidos de prestar serviços e assessoria em sua área de 
especialização. 
� Contraposição entre hierarquia e especialização: apesar da 
coexistência, relativamente harmônica, entre as funções lineares e 
funcionais, na organização linha-staff há forte predominância dos 
aspectos lineares. Mesmo não abrindo mão da especialização, esse tipo 
de organização mantém o princípio da hierarquia (cadeia escalar), que 
possui como foco a unidade de comando. 
VVAANNTTAAGGEENNSS EE DDEESSVVAANNTTAAGGEENNSS 
Organização Linha-staff 
Vantagens Desvantagens 
Garante assessoria especializada e inovadora 
e, ao mesmo tempo, mantém o princípio da 
autoridade única (unidade de comando). 
Pode incorrer em indesejáveis desequilíbrios 
e distorções, pois os especialistas de staff 
tendem a forçar suas sugestões e a impor 
suas ideias aos demais órgãos assessorados. 
Existência de atividade conjunta e 
coordenada entre órgãos de linha e de staff. 
Enquanto estes se responsabilizam pelos 
serviços especializados (planejamento, 
recursos humanos etc.) aqueles se ocupam 
da execução das atividades básicas da 
organização (produção, vendas etc.). 
Existência de conflitos entre órgãos de linha 
e de staff. O pessoal de linha tende a 
acreditar que o pessoal de staff pretende 
tomar-lhes parcelas cada vez maiores de 
autoridade, pois, o assessor é um técnico 
com mais especialização, enquanto o 
homem de linha tem sua atuação mais 
baseada na prática do trabalho e na sua 
experiência. 
CCAAMMPPOO DDEE AAPPLLIICCAAÇÇÃÃOO 
A organização do tipo linha-staff é, atualmente, a mais aplicada e utilizada 
forma de organização, por permitir a incorporação de serviços especializados e 
indispensáveis dos diversos assessores, a um custo razoável. 
1.4.1.4 Organização do Tipo Comissão 
As comissões recebem uma variedade de denominações sinônimas, tais como 
comitês, juntas, conselhos, grupos de trabalho etc. Algumas comissões 
desempenham funções administrativas, outras técnicas, outras estudam 
problemas e apresentam recomendações etc. 
Existe bastante divergência acerca da natureza das comissões, dado o variável 
grau de autoridade atribuído a elas. Conforme a autoridade de que é revestida, 
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uma comissão pode ter autonomia para a tomada de decisão sobre os seus 
membros (comissão administrativa) ou pode possuir somente natureza de 
aconselhamento (comissão de assessoria). 
Em resumo, a comissão constitui um grupo de pessoas a quem é dado um 
determinado assunto a ser estudado e para o qual devem ser apresentadas 
propostas de solução. Atualmente, as comissões são empregadas, 
principalmente, em grandes organizações públicas, nas quais normalmente 
recebem o nome de grupos de trabalho. 
A comissão não é um tipo de organização propriamente dito, mas sim, uma 
excelente ferramenta de trabalho, que pode ser utilizada em qualquer tipo de 
organização, para o desenvolvimento de ideias e de recomendações acerca de 
decisões a serem tomadas. 
A utilização de comissões deve ser estruturada sobre os seguintes aspectos 
básicos: 
� Aplicam-se aos casos em que cada departamento, quando tomado 
isoladamente, não se mostra capaz de solucionar um problema ou 
estudar determinado assunto que envolva outras áreas da organização. 
� Deve ser oferecida oportunidade de participação a todos os membros 
envolvidos com o assunto e o pessoal deve ser adequado ao tipo de 
problema a ser tratado pela comissão. 
� Para serem bem sucedidas, devem possuir autoridade, responsabilidade 
e objetivos claramente definidos. 
� Seus benefícios devem superar seu custo de implantação. 
� Devem possuir tamanho (número de membros) bem definido, assim 
como uma agenda bem preparada e escalonada, para que não se 
estenda indefinidamente no tempo. 
� Possui funcionamento baseado na cooperação entre seus membros. Os 
integrantes da comissão pertencem a órgãos diferentes da empresa e 
não recebem autoridade linear por parte do coordenador dos trabalhos. 
 
CCAARRAACCTTEERRÍÍSSTTIICCAASS 
São as seguintes as principais características aplicáveis à maioria das 
comissões: 
� Não constitui um órgão integrante da estrutura organizacional: a 
comissão possui objetivo que abrange vários órgãos, pois, em regra, lida 
com assuntos interdepartamentais e, assim, envolve normalmente 
pessoal e recursos de diversos órgãos. 
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Dessa forma, diferentemente do órgão, a comissão não tem posição 
definida na estrutura organizacional, pois é alocada em termos de 
assessoria e de dependência a um determinado órgão. 
A comissão também não funciona de forma ininterrupta, como ocorre 
com os órgãos. Funcionam somente durantes certos dias e horários pré-
estabelecidos, de forma esporádica e intermitente. A comissão é, ainda, 
provisória e instável, pois possui duração somente enquanto seu objetivo 
não for atingido ou a tarefa para a qual foi criada não for totalmente 
realizada. 
� Possuem tipos diferentes: a comissão pode assumir os seguintes 
tipos: 
o Formais: quando fazem parte da estrutura formal da 
organização, com autoridade e deveres delegados. 
o Informais: quando são organizadas para desenvolver algum 
estudo, plano ou decisão

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