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PRATICA TRABALHISTA - modelo de contestação por abandono de emprego

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE DOURADOS-MS
Processo nº 0025000-00.0021
NEVE 100 – LTDA, pessoa jurídica de direito privado, localizada na rua xxx, nº xxx, bairro xxx, com sede no centro de Dourados- MS, sob o CEP de nº xxx, vem por meio de seu advogado que esta subscreve, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO, por forca do artigo 847 da CLT c.c artigo 336 e seguintes do CPC, aplicados subsidiariamente ao processo do trabalho por forca do artigo 769 da CLT, a R.T. postulada por JADSON SILVA, já devidamente qualificado nos autos, nos termos que segue:
I- SÍNTESE DOS FATOS 
Aduziu o reclamante na inicial que foi contratado em 10.06.2017, para exercer a função de promotor de vendas, com remuneração mensal de R$ 4.000,00 reais. Foi demitido por justa causa em 01.03.2018, na modalidade Abandono de emprego, devido sua ausência injustificada ao trabalho por todo o mês de fevereiro de 2018 e tendo suas verbas rescisórias quitadas em 09.03.2018, por meio de deposito bancário. Dessa forma, pleiteia por meio da Reclamação Trabalhista a reversão da demissão por justa, declarando não haver gravidade suficiente e imediatidade para embasar a dispensa, configurando o perdão tácito do empregador. Argumenta que o ônus da prova desta circunstância pertence a reclamada. Objetiva, consequentemente, o pagamento de aviso prévio indenizado; 1/12 férias + 1/3; 1/12 sob 13º salario, liberação do FGTS por alvará e multa. Todavia os pleitos não merecem guarida, pelo teor a seguir exposto.
II- DO MÉRITO
A) DO ABANDONO DE EMPREGO
O cartão ponto apresentado pelo representante da empresa Sr. Amauri, demonstra a ausência injustificada do reclamante por todo o mês de fevereiro de 2018 de forma ininterrupta, sem a apresentação de qualquer justificativa ou aviso médico. Houve, ainda, o recebimento de 02 advertências e 01 suspensão nos meses de dezembro de 2017 e janeiro de 2018, em razão de faltas injustificadas, demonstrando o descaso do reclamante para com seu serviço. Em razão da omissão do reclamante em comparecer ao emprego, o empregador lhe enviou uma notificação no dia 24.02.2018 para retornar a empresa, porém o empregado apenas compareceu no dia 28.02.2018, declarando que não iria mais voltar ao trabalho, sendo dispensado e assinando o TRCT. 
Resta evidente nos autos a caracterização da modalidade abandono de emprego por parte do empregado, prevista no artigo 482, alínea ‘’i’’ da CLT, por estarem presentes os elementos objetivo e subjetivo, tendo em vista o reclamante ter faltado por 28 dias ininterruptos sem qualquer justificativa e demonstrado sua intenção inequívoca de não retornar mais ao serviço, mesmo após ter sido notificado pela reclamada, quando se manteve inerte e compareceu dias depois, apenas para declarar que não mais retornaria ao emprego.
Uma vez inequívoco o desejo de não retornar, o contrato poderá ser rescindido, inclusive antes dos 30 dias, quando poderá ser aplicada a rescisão por justa causa - abandono de emprego, somente sendo devido saldo de salário e férias vencidas, conforme súmula do TST: 
‘’Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer.’’ Súmula nº 32 do TST - ABANDONO DE EMPREGO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003.
O fato de a justa causa haver sido aplicada antes de decorridos os 30 dias a que se refere o enunciado do TST em nada obsta a demissão justa quando caracterizado o animus abandonandi, sendo o referido mera presunção legal que pode ser inferior quando presentes as circunstâncias evidenciadoras dessa disposição. 
A teor do que orienta a Súmula nº 212 do TST e artigo 818 da CLT, o ônus de provar o termino do contrato de trabalho é do empregador quando este nega a existência de despedida sem justa causa, tendo em vista que o principio da continuidade da relação de emprego constitui presunção a favor do empregado. 
Pois bem, analisando o universo fático-probatório dos autos conclui-se que resta incontroverso que o reclamante deixou injustificadamente de comparecer ao trabalho, fato comprovado pelo cartão ponto presente nos autos. Bem como foi enviado ao reclamante correspondência notificando-o e certificando-o para que se apresentasse ao emprego, com alerta de que sua atitude poderia caracterizar abandono de emprego e ensejar a rescisão contratual justificada, porém este se manteve inerte e apenas compareceu para declarar que não mais trabalharia, demonstrando claramente sua intenção em abandonar seu posto na empresa. Resta comprovado, portanto, os requisitos necessários para a caracterização da modalidade abandono de emprego.
B) DA AUSÊNCIA DE PERDÃO TÁCITO
No que diz respeito a imediatidade da punição, nota-se que não houve inércia da parte do empregador e nem mesmo lapso temporal entre a conduta faltosa e a aplicação da punição. Visto que a ausência injustificada do obreiro se deu durante todo o mês de fevereiro de 2018, e que nesse mesmo mês, no dia 24.02.2018, o empregador lhe enviou carta de notificação pelo correio para que voltasse a empresa sob pena de incorrer em abandono de emprego, porém o reclamante apenas compareceu no dia 28.02.2018 para avisar que não mais trabalharia. O empregador então realizou a demissão justa no dia 01.03.2018, ou seja, no outro dia, bem como realizou o pagamento das verbas rescisórias devidas no dia 09.03.2018. 
Assim, o perdão tácito apenas se configura quando houver inércia do empregador além do tempo razoavelmente necessário para a devida apuração do ocorrido. Dessa forma, se torna evidente a imediatidade entre a conduta do obreiro e a aplicação da punição feita pelo empregador, bem como a gravidade da situação, visto que o empregador já demonstrava anteriormente insatisfação com as faltas injustificadas do reclamante, motivo pelo qual este recebeu 02 advertências e 01 suspensão. O Reclamante alega que suas faltas foram justificadas por consultas medicas, porém não houve a juntada dos atestados médicos.
Portanto, preenchidos e comprovados os requisitos objetivo e subjetivo caracterizadores da modalidade abandono de emprego, aceita como hipótese de justa causa presente no artigo 482, alínea ‘’i’’ da CLT e súmula 32 do TST, se torna evidente o direito do empregador em rescindir o contrato, visto se tratar de medida proporcional frente a gravidade da conduta obreira, ensejadora de justa causa. 
 C) DO PAGAMENTO DE VERBAS RESCISÓRIAS
Objetiva o autor na inicial o recebimento de aviso prévio indenizado; 1/12 férias + 1/3; 1/12 sob 13º salario, liberação do FGTS por alvará e multa. Todavia os pleitos não merecem guarida, pois uma vez configurado o abandono de emprego, cabe a empresa apenas o pagamento das verbas rescisórias devidas por rescisão contratual com justa causa, nas quais já foram quitadas pela empresa no dia 09.03.2018 por deposito bancário, respeitando o prazo estabelecido em lei, conforma comprovante em anexo. Dessa forma, não há que se falar em pagamentos de verbas rescisórias pleiteadas na inicial, tampouco na multa prevista no artigo 477, parágrafos 6º e 8º da CLT.
III- DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, por meio de documentos, testemunhas, pericias, depoimento pessoal do autor e todas as demais provas que se fizerem necessárias ao esclarecimento da verdade.
IV- DOS PEDIDOS DIANTE DO EXPOSTO, pede e requer:
A) Requer a Vossa Excelência o recebimento da presente Contestação, bem como sua apreciação para julgar improcedente a presente demanda, e que no mérito seja mantida a demissão por justa causa, caracterizada pelo abandono de emprego. 
B) Pretende provar o alegado por todo o gênero de provas admitido em Direito, máxime por meio de documentos, testemunhas, pericias, depoimento pessoal do autor e todas as demais provas que se fizerem necessárias;
C) Requer a condenação do Reclamante ao pagamentodas custas processuais e honorário advocatícios no importe de 15% sobre o valor da causa, na qual se atribuiu o valor de R$ 7.913,33 reais.
 Nestes Termos 
 Pede deferimento.
 Dourados – MS, 15.05.2018
 ___________________________ 
 ADVOGADO
 OAB/XXX

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