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nulidades e princípio da correlação Emendatio libelli Mutatio libelli

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2a Fase OAB – Direito Penal - Rogério Cury 
1 
 
 
2ª FASE OAB – Direito Penal 
Aula Online 
Professor: Rogério Cury 
 
 
 
 
MATERIAL DE APOIO - MONITORIA 
 
 
Índice 
 
I. ANOTAÇÕES DE AULA 
II. LOUSAS 
 
 
I. ANOTAÇÕES DE AULA 
 
 
NULIDADE 
 
Nulidade é uma sanção estabelecida judicialmente, ou seja, uma sanção aplicável ao processo ou ato 
processual porque houve inobservância da forma devida ou praticada pela forma proibida pela lei 
processual. 
 
Natureza Jurídica: defeito ou vicio que torna ineficaz o processo (todo ou parte). Aquele ato será 
declarado nulo, ou seja, considerado não realizado. 
 
 
Atos Inexistentes, Atos Irregulares e Atos Nulos 
 
 Ato inexistente: ato que não tem vida por si só (Não Ato segundo Francesco Carnelutti). Ato que se 
quer ingressa no mundo jurídico por falta de elemento essencial, não produzindo efeitos jurídicos. 
Ex.: sentença proferida por pessoa que não é juiz. 
 Ato irregular: não previsto na lei processual. Ato cuja imperfeição não gera o objetivo pretendido. 
Defeitos de mínima relevância para o processo que não afetam a validade do ato. Não afeta a 
validade do ato, pois não compromete a eficácia de um principio constitucional ou processual que 
ele tutela. 
Ex.: O juiz que não cumpre prazo legal para proferir a sentença com réu solto. 
 Ato Nulo: ato que produz efeitos enquanto não sofrer a sanção. 
 
 
Nulidade Absoluta e Relativa 
 
Nulidade Absoluta: ocorre quando causa violação a norma cogente que tutela o interesse público. Violação 
de princípio constitucional, pois é insanável por não se convalidar. Pode ser reconhecida a qualquer 
momento pelo Poder Judiciário, inclusiva de ofício. 
Ex:. processo sem defensor; alegações finai não apresentada; sentença juiz absolutamente incompetente. 
Fundamentação (CPP): Arts. 564, I, II, III, “a”b”c”e (1ª parte)”f”i”j”k”l”m”n”o”p” 
 
 
 
 
 
 
 
2a Fase OAB – Direito Penal - Rogério Cury 
2 
 
 
 
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: 
 
I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz; 
 
NULIDADE ABSOLUTA – Art. 69 a 91, CPP e art. 251 a 257, CPP 
Incompetência Absoluta (incompetência razão matéria/ratione materiae e incompetência 
prerrogativa de função/ratione personae). Aqui, sequer os atos instrutórios poderão ser 
aporveitados, devendo o processo iniciar-se novamente. 
Incompetência Relativa – (demais formas de fixação de competência) – Nulidade dos atos 
decisórios, não contaminando os atos instrutórios (art. 567, CPP). 
Suspeição ou Suborno do Juiz – interpretação extensiva, inclusive para abranger o 
impedimento – 
Suspeição – deve ser alegada na primeira oportunidade, após tomar conhecimento do fato; 
Impedimento e o Subordo – podem ser reconhecidos e/ou alegados a qualquer tempo. Não 
há convalidação do vício de impedimento ou suborno. São mais graves do que a suspeição; 
 
II - por ilegitimidade de parte; 
 
NULIDADE ABSOLUTA – qdo se tratar de ilegitimidade ‘ad causam” (condição da ação). Vício 
insanável 
OBS – parte da doutrina reconhece que a ilegitimidade “ad processum” (pressuposto 
processual) – nulidade relativa, pois poderá ser convalidada, ou seja, o vício é sanável; 
 
 
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: 
 
a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a 
portaria ou o auto de prisão em flagrante; 
HÁ NULIDADE EM CASO DE INEXISTÊNCIA OU DEFEITO DA INCIAL ACUSATÓRIA OU DA 
REPRESENTAÇÃO; 
 
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 
167; 
Crimes que deixam vestígios o exame de corpo de delito, direto ou indireto, indispensável. 
Qdo os vestígios desaparecem, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. 
 
c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao 
menor de 21 anos (revogado tacitamente); 
nulidade absoluta – ausência de defesa técnica, logo há afronta ao princípio constitucional da 
ampla defesa. Para tanto, vale citar a Súmula 523 STF “No processo penal, a falta de defesa 
constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova do prejuízo para 
o réu”. 
 
d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da 
intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública; 
NÃO É HIPÓTESE DE NULIDADE ABSOLUTA – É NULIDADE RELATIVA; 
 
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos 
concedidos à acusação e à defesa; 
Nulidade Absoluta – 1ª parte. A citação é imprescindível para o exercício do princípio 
constitucional do contraditório (ciência e participação). 
Nulidade Relativa – 2ª parte 
 
 
 
 
2a Fase OAB – Direito Penal - Rogério Cury 
3 
f) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o rol de testemunhas 
(EXTINTO – LEI 11.689/08), nos processos perante o Tribunal do Júri; 
Nulidade Absoluta – ausência ou grave defeito na decisão de pronúncia. Grave defeito é o 
excesso de linguagem; 
 
 
g) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei não 
permitir o julgamento à revelia; 
NULIDADE RELATIVA 
 
h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos termos 
estabelecidos pela lei; 
NULIDADE RELATIVA 
 
i) a presença pelo menos de 15 jurados para a constituição do júri; 
Nulidade Absoluta – sorteados 25 jurados. Presença de, ao menos, 15 jurados para a abertura 
da sessão plenária do júri com o sorteio dos jurados para composição do Conselho de Sentença 
(7 jurados) 
 
j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua incomunicabilidade; 
Nulidade Absoluta 
OBS – incomunicalidade – sobre o processo 
 
k) os quesitos e as respectivas respostas; 
ausência de formulação de quesitos ou a formulação com impropriedade – nulidade absoluta; 
vício macula respostas – nulidade absoluta; 
 
 
l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento; 
Nulidade absoluta – qdo acusação e defesa são exercidas com grave deficiência; Súmula 523, 
STF; 
 
 
m) a sentença; 
Nulidade Absoluta – qdo houver inobservância de formalidade legal na sentença. Ex. Sentença 
proferida sem fundamentação (afronta princípio constitucional da motivação das decisões 
judiciasis – Art. 93, IX, CF) 
 
n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido; 
Sentenças / Decisões – reexame necessário 
Exs. 
Sentença conceder HC – art. 574, I, CPP; 
Decisão que conceder Reabilitação criminal – art. 746, CPP; 
Súmula 423 STF 
 
 
o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças e despachos de 
que caiba recurso; 
Nulidade Absoluta – a ausência de intimação constitui cerceamento do direito de defesa / 
acusação 
 
p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação (TJ / TRF / TRE), o quorum legal 
para o julgamento; 
 
 
IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato. 
 
 
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4 
A formalidade é essencial quando faz parte do ato, ou seja, o ato não existe ou não produz 
efeito, sem a tal formalidade. Ex. Denúncia não descreve todos os elementos da figura típica; 
 
 
Parágrafo único. Ocorrerá ainda a nulidade, por deficiência dos quesitos ou das suas respostas, 
e contradição entre estas. (Incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
 
 
 
 
 
Nulidade Relativa: é vicio/ defeito que não é tão grave quanto as hipóteses que dão ensejo à nulidade 
absoluta. Violaçãode norma que tutela interesse privado. Segundo previsão do STJ, a nulidade relativa 
não pode ser reconhecida de oficio pelo juiz (Súmula 33). É um vício sanável (convalida) e não há 
prejuízo presumido. 
Art. 564, III, “d” “e (2° parte)” “g” “h”; IV, CPC 
Arts. 568, 569, 570, CPC 
 
 
Princípio da Correlação/ Congruência da Sentença Penal : é o liame entre acusação e sentença, ou seja, é 
a necessidade de que a sentença amolde-se ao fato descrito na ação penal. Com efeito, não poderá o juiz 
ao decidir, ir além da narrativa da inicial acusatória sob pena de estar julgando “ultra ou extra petita” e 
gerando nulidade da sua decisão. Se desrespeitado causa nulidade por afronta ao princípio da correlação. 
 
Princípio da Consubstanciação: é o principio segundo o réu defende se dos fatos descritos na ação penal e 
não da capitulação feita na inicial acusatória. 
 
 
 
 
Emendatio libelli, prevista no artigo 383 do CPP, aqui o juiz ao condenar ou pronunciar o acusado dá 
nova definição jurídica ao fato descrito na ação penal, sem, porém, acrescentar a esse mesmo fato 
qualquer elemento ou circunstância que já não estivessem descritos na inicial acusatória e da qual o 
acusado, portanto, não se tenha defendido. 
Espécies: 
 Emendatio libelli por defeito na capitulação: o juiz profere sentença condenatória ou decisão de 
pronúncia em conformidade exata com a inicial, entretanto, o juiz reconhece que o fato se amolda 
a dispositivo penal diverso daquele que constou na ação penal. Ex.: a denúncia atribui 
responsabilidade por crime de roubo, mas capitula o crime de ameaça. 
 Emendatio libelli por supressão de circunstância: o magistrado atribui nova capitulação do fato em 
razão de não constatação pelas provas angariadas de elemento ou circunstância que estejam 
contidos na inicial. Muda-se para menos. Ex.: denuncia de roubo e capitula roubo, porém na 
instrução verifica que não houve violência ou grave ameaça neste caso o juiz entende como furto. 
Mutatio libelli, prevista no artigo 384 do CPP, é a situação em que o juiz atribui ao fato narrado na ação 
penal uma nova definição jurídica, mediante o acréscimo de circunstancias ou elementos, antes não 
referidos. Surge ao longo da instrução elementar os fatos diversos daqueles que contavam da inicial, o 
juiz pode fazer nova definição jurídica dos fatos ao final da instrução probatória. 
 
 
 
 
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II – Lousa 
 
 
 
 
 
 
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