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APOSTILA 2.017 – PARTE V AVISO AOS LEITORES – ESTA APOSTILA NÃO ATENDE A INTERESSES COMERCIAIS. ASSIM, PODE SER LIDA, COPIADA E DISTRIBUÍDA A VONTADE, INCLUSIVE UTILIZANDO TEXTOS COMO SE FOSSEM SEUS. NÃO ASSUMIMOS A RESPONSABILIDADE POR EVENTUAIS ERROS. COMO EX-FISCAL ADUANEIRO (20 ANOS), EX-ADVOGADO ADUANEIRO (30 ANOS), EX-PROFESSOR ADUANEIRO TENHO CONSCIÊNCIA DE COMO É DIFÍCIL ACOMPANHAR A DINÂMICA DA LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E IGUAL CONSCIÊNCIA DA FALIBILIDADE HUMANA.. AGRADECEMOS SE NOS INFORMAREM SOBRE POSSÍVEIS ENGANOS PELO E- MAIL gueirosh@terra.com.br AOS CANDIDATOS A DESPACHANTE ADUANEIRO: A MATÉRIA É VASTA E POUCOS SÃO AQUELES QUE ESTÃO PREPARADOS PARA A PROVA. ESTA APOSTILA ESTÁ CHEIA DE LINKS, QUE LEVAM AO DETALHAMENTO DO ASSUNTO. ACONSELHAMOS AQUELES QUE NÃO SE SENTEM BEM PREPARADOS A NÃO USAREM O LINK. LEIA SOMENTE O QUE ESTÁ NO TEXTO. A PROVA SERÁ NO INÍCIO DO ANO QUE VEM E NÃO HÁ TEMPO PARA CONHECER DETALHES. AOS DESPACHANTES CANDIDATOS A OEA – VOCÊ PRECISA DE NOTA ALTA. CERTAMENTE JÁ ESTÁ PREPARADO. ACONSELHO-OS A VISITAR OS LINKS QUE LHES INTERESSEM. BOA SORTE. HAROLDO GUEIROS ……………………………………………………………………………………………………………………………… CONTEÚDO DESTA PARTE V 1. Controle Administrativo no Comércio Exterior. Órgãos anuentes. Tipos de controles exercidos. Tratamento administrativo das importações. Licenciamento de importação – LI. Importações dispensadas de licenciamento. Importações sujeitas a licenciamento automático. Importações sujeitas a licenciamento não automático. Registro, análise e deferimento do LI. Prazos de validade. Prazos para deferimento. Substituição do licenciamento. Autorização para embarque. Restrição de data de embarque. Exceções à regra geral. Efeitos da não observância do prazo para embarque. Tratamento administrativo das exportações. Registro de Exportação – RE. Requisitos específicos. Produtos dispensados de RE. Produtos sujeitos a procedimentos especiais. Produtos sujeitos a manifestação de órgãos anuentes. Produtos sujeitos a imposto de exportação. Produtos contingenciados. Produtos com exportação suspensa. Situações previstas. ……………………………………………………………………………………….. Controle Administrativo no Comércio Exterior. O controle administrativo no comércio exterior é exercido pela SECEX por expressa determinação legal, conforme dispõe o Dec. 7.096/10: Art. 15. À Secretaria de Comércio Exterior compete: I – formular propostas de políticas e programas de comércio exterior e estabelecer normas necessárias à sua implementação; Esta missão ela exerce por meio de sua divisão, denominada DECEX, que tem as seguintes atribuições: Art. 16. Ao Departamento de Operações de Comércio Exterior (DECEX) compete: I – desenvolver, executar e acompanhar políticas e programas de operacionalização do comércio exterior; II – acompanhar, participar de atividades e implementar ações de comércio exterior relacionadas com acordos internacionais que envolvam comercialização de produtos ou setores específicos, referentes à área de atuação do Departamento; III – desenvolver, executar, administrar e acompanhar mecanismos de operacionalização do comércio exterior e seus sistemas operacionais; IV – analisar e deliberar sobre Licenças de Importação, Registros de Exportação, Registros de Vendas, Registros de Operações de Crédito e Atos Concessórios de Drawback, nas operações que envolvam regimes aduaneiros especiais e atípicos; drawback, nas modalidades de isenção e suspensão; bens usados; similaridade e acordos de importação com a participação de empresas nacionais; V – fiscalizar preços, pesos, medidas, classificação, qualidades e tipos, declarados nas operações de exportação e importação, diretamente ou em articulação com outros órgãos governamentais, respeitadas as competências das repartições aduaneiras; VI – coordenar o desenvolvimento, a implementação e a administração de módulos operacionais do Sistema Integrado de Comércio Exterior – SISCOMEX no âmbito do Ministério, assim como coordenar a atuação dos demais órgãos anuentes de comércio exterior visando à harmonização e operacionalização de procedimentos de licenciamento de operações cursadas naquele ambiente; VII – representar o Ministério nas reuniões de coordenação do SISCOMEX; VIII – elaborar estudos, compreendendo: a) avaliações setoriais de comércio exterior e sua interdependência com o comércio interno; b) criação e aperfeiçoamento de sistemas de padronização, classificação e fiscalização dos produtos exportáveis; c) evolução de comercialização de produtos e mercados estratégicos para o comércio exterior brasileiro com base em parâmetros de competitividade setorial e disponibilidades mundiais; d) apresentar sugestões de aperfeiçoamentos de legislação de comércio exterior; e IX – participar de reuniões em órgãos colegiados em assuntos técnicos setoriais de comércio exterior, e de eventos nacionais e internacionais relacionados ao comércio exterior brasileiro. Orgãos anuentes. O site da SECEX arrola como órgãos anuentes os saguintes: ANCINE – Agência Nacional do Cinema ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica ANP – Agência Nacional de Petróleo ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear COMEXE – Comando do Exército DECEX – Departamento de Operações de Comércio Exterior DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral DPF – Departamento de Polícia Federal ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial MAPA – MInistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia Vemos, pois, que são órgãos Anuentes aqueles pertencentes à administração pública com funções legais para intervir no comércio exterior. Na parte 1 da Apostila foram estudados os ÓRGÃOS INTERVENIENTES, que não pertencem à administração pública mas prestam auxílio, no exercício de suas funções, ao comércio exterior. Estes estão arrolados no art. 1º da IN RFB 1.273/12 abaixo: Art. 1º O controle pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) dos intervenientes do comércio exterior, inclusive dos despachantes aduaneiros e dos ajudantes de despachante aduaneiro, e da representação das pessoas físicas e jurídicas, para fins de atuação nas operações de comércio exterior, será exercido por meio do Cadastro Aduaneiro Informatizado de Intervenientes de Comércio Exterior, Sistema CAD- ADUANA. Parágrafo único. Considera-se interveniente do comércio exterior, o importador, o exportador, o beneficiário de regime aduaneiro ou de procedimento simplificado, o despachante aduaneiro e seus ajudantes, o transportador, o agente de carga, o operador de transporte multimodal (OTM), o operador portuário, o depositário, o administrador de recinto alfandegado, o perito, o assistente técnico, ou qualquer outra pessoa que tenha relação, direta ou indireta, com a operação de comércio exterior. A prova técnica para Ajudante de Despachante de 2012 apresentou a questão abaixo (resposta correta em vermelho) que traz alguma luz a esta questão: 67– São órgãos anuentes, na importação de mercadorias, entre outros, exceto: a) Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), do Ministério da Saúde (MS). b) Banco Central do Brasil (BACEN). (resposta considerada certa) c) Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento (MAPA). d) Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) do Ministério do Meio Ambiente (MMA). e) Exército Brasileiro do Ministério da Defesa (MD). Pelo gabarito vemos que dos acima arrolados somente o BACEN não é anuente. Os demais são órgãos públicos, o que nos leva a crer que são considerados anuentes os que intervêm no comércio exterior porém como órgãos públicos. Concluindo, para responde à questão formulada indicamos como órgãos públicos anuentes aqueles arrolados pela SECEX e transcritos no início deste item. Tipos de controles exercidos. Os tipos de controles exercidos variam de acôrdo com a natureza jurídica do órgão que vai intervir no comércio exterior, segundo a sua competência legal. Pode ser um controle antes do embarque no exterior, após a descarga mas antes do desembaraço aduaneiro e pode ser posterior, conforme o caso. Tal controle pode ser apenas documental, feito à distância ou um controle visual, devendo seus representantes comparecerem aos recintos de conferência para exercerem seu mister antes do desembaraço aduaneiro. Tratamento administrativo das importações. As importações têm 3 tratamentos principais: o fiscal, que compete à Receita Federal; o administrativo, que compete à SECEX e o cambial, que compete ao Banco Central. A SECEX tem como principal ferramenta para exercer o controle administrativo a competência para emitir licenças de importação e exportação. A licença de importação segue estudada abaixo. Licenciamento de importação O Brasil ainda adota o sistema de licenciamento das importações. Antes da implantação do SISCOMEX o documento era denominado Guia de Importação – G.I. A PORTARIA SECEX 23/11 consolida todas as normas do controle administrativo das importações e quanto a emissão de guia de importação assim disciplia a matéria. Se desejar conheça-las CLIQUE AQUI. O indice dessa Portaria, que tem 160 páginas, segue abaixo: CAPÍTULO I – REGISTROS E HABILITAÇÕES Seção I. Habilitação para Operar no SISCOMEX (Arts. 2º – 7º) Seção II. Registro de Exportadores e Importadores (Arts. 8º – 11º) CAPÍTULO II – TRATAMENTO ADMINISTRATIVO DAS IMPORTAÇÕES Seção I. Licenciamento das Importações (Arts. 12 – 29) Seção II. Aspectos Comerciais (Art. 30) Seção III. Importações Sujeitas a Exame de Similaridade (Arts. 31 – 40) Seção IV. Importações de Material Usado (Arts. 41 – 59) Seção V. Importação Sujeita à Obtenção de Cota Tarifária (Arts. 60 – 62) Seção VI. Importação de Produtos Sujeitos a Procedimentos Especiais (Art. 63) Seção VII. Descontos na Importação (Art. 64) Seção VIII. Verificação e Controle de Origem Preferencial (Art. 65) Seção IX. Países com Peculiaridades (Art. 66) CAPÍTULO III – DRAWBACK Seção I. Aspectos Gerais do Regime (Arts. 67 – 86) Seção II. Modalidade Suspensão Integrado, Fornecimento ao Mercado Interno e Embarcação (Arts. 87 – 116) Seção III. Modalidade Isenção (Arts. 117 – 137) Seção IV. Comprovações (Arts. 138 – 170) Seção V. Liquidação do Compromisso de Exportação (Arts. 171 – 176) Seção VI. Disposições Transitórias do Regime de Drawback (Arts. 177 – 182) CAPÍTULO IV – TRATAMENTO ADMINISTRATIVO DAS EXPORTAÇÕES Seção I. Exportação por Pessoa Física (Art. 183) Seção II. Registro de Exportação (RE) (Art. 184 – 193) Seção III. Acesso ao SISCOMEX (Arts. 194 e 195) Seção IV. Tratamento Administrativo (Arts. 196 e 197) Seção V. Credenciamento de Classificadores (Arts. 198 e 199) Seção VI. Documentos de Exportação (Art. 200 e 201) Seção VII. Exportação sem Expectativa de Recebimento (Art. 202) Seção VIII. Exportação em Consignação (Art. 203) Seção IX. Exportação para Uso e Consumo a Bordo (Arts. 204 e 205) Seção X. Margem não Sacada ou sem Retenção Cambial (Art. 206) Seção XI. Exportação Destinada a Feiras, Exposições e Certames Semelhantes (Art. 207) Seção XII. Depósito Alfandegado Certificado (Arts. 208 – 212) Seção XIII. Condições de Venda (Art. 213) Seção XIV. Redução a zero da Alíquota do Imposto sobre a Renda Incidente sobre os Rendimentos de Beneficiários Residentes ou Domiciliados no Exterior (Art. 214) Seção XV. Preço, Prazo de Pagamento e Comissão do Agente (Arts. 215 – 218) Seção XVI. Marcação de Volumes (Art. 219) Seção XVII. Financiamento à Exportação (Arts. 220 – 227) Seção XVIII. Associação Latino-Americana de Integração (Arts. 228 -230) Seção XIX. Mercado Comum do Sul (Arts. 231 e 232) Seção XX. Sistema Geral de Preferência (Arts. 233 – 235) Seção XXI. Sistema Geral de Preferências Comerciais (Arts. 236 e 237) Seção XXII. Certificados de Origem Preferenciais (Arts. 238 – 242) Seção XXIII. Retorno de Mercadorias ao País (Art. 243) Seção XXIV. Desenvolvimento do Comércio e da Assistência ao Exportador (Art. 244) Seção XXV. Remessas Financeiras ao Exterior (Art. 245) Seção XXVI. Operações de Desconto (Art. 246) Seção XXVII. Empresa Comercial Exportadora (Arts. 247 – 253) Seção XVIII. Países com Peculiaridades (Art. 254) Seção XXIX. Disposições Finais (Arts. 255 e 256) CAPÍTULO V – DISPOSIÇÕES COMUNS Seção I. Atendimento e consultas na SECEX (Arts. 257 – 259) Seção II. Disposições Finais (Arts. 260 – 266) LI. Importações dispensadas de licenciamento. A Portaria SECEX 23/11, em seu artigo13, esclarece que modernamente o entendimento do órgão é dispensar a maior parte as importações da obrigação de obter guia de importação e nos parágrafos arroladas aquelas que previamente estão dispensadas desse tratamento: Art. 13. As importações brasileiras estão dispensadas de licenciamento, exceto nas hipóteses previstas nos arts. 14 e 15, devendo os importadores somente providenciar o registro da Declaração de Importação (DI) no SISCOMEX, com o objetivo de dar início aos procedimentos de Despacho Aduaneiro junto à RFB. § 1º As condições descritas para as importações abaixo não acarretam licenciamento: I – sob os regimes de entrepostos aduaneiro e industrial, inclusive sob controle aduaneiro informatizado; II – sob o regime de admissão temporária, inclusive de bens amparados pelo Regime Aduaneiro Especial de Exportação e Importação de Bens Destinados às Atividades de Pesquisa e de Lavra das Jazidas de Petróleo e de Gás Natural (REPETRO); III – sob os regimes aduaneiros especiais nas modalidades de loja franca, depósito afiançado, depósito franco e depósito especial; IV – com redução da alíquota de imposto de importação decorrente da aplicação de “extarifário”; V – mercadorias industrializadas, destinadas a consumo no recinto de congressos, feiras e exposições internacionais e eventos assemelhados, observado o contido no art. 70 da Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991; VI – peças e acessórios abrangidos por contrato de garantia; VII – doações, exceto de bens usados; VIII – retorno de material remetido ao exterior para fins de testes, exames e/ou pesquisas, com finalidade industrial ou científica; IX – arrendamento mercantil financeiro (leasing), arrendamento mercantil operacional, arrendamento simples, aluguel ou afretamento; X – sob o regime de admissão temporária ou reimportação, quando usados, reutilizáveis e não destinados à comercialização, de recipientes, embalagens, envoltórios, carretéis, separadores, racks, clip locks, termógrafos e outros bens retornáveis com finalidade semelhante destes, destinados ao transporte, acondicionamento, preservação, manuseio ou registro de variações de temperatura de mercadoria importada, exportada, a importar ou a exportar; e XI – nacionalização de máquinas e equipamentos que tenham ingressado no País ao amparo do regime aduaneiro especial de admissão temporáriapara utilização econômica, aprovado pela RFB, na condição de novas. § 2º Na hipótese de o tratamento administrativo do SISCOMEX previsto nos arts. 14 e 15 acarretar licenciamento para as importações definidas nos incisos I a II e IV a XI do § 1º deste artigo, o tratamento administrativo para o produto ou operação prevalecerá. Importações sujeitas a licenciamento automático. Ao preencher a D.I. o interessado encontrará no SISCOMEX a indicação sobre se o código tarifário digitado está sujeito a licenciamento automático. A respeito do tema assim se manifesta a Portaria SECEX 23/11: Art. 14º Estão sujeitas a Licenciamento Automático as importações: I – de produtos relacionados no Tratamento Administrativo do SISCOMEX; também disponíveis no endereço eletrônico do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, para simples consulta, prevalecendo o constante do aludido Tratamento Administrativo; e II – as efetuadas ao amparo do regime aduaneiro especial de drawback. § 1º Na hipótese do inciso I, mensagem de alerta no tratamento administrativo do produto informará que a licença exigida é automática. § 2º Caso o produto, identificado pela Nomenclatura Comum do MERCOSUL da Tarifa Externa Comum (NCM/TEC), possua destaque, e a mercadoria a ser importada não se referir à situação descrita no destaque, o importador deverá apor o código 999, ficando a mercadoria dispensada daquela anuência. Operações sujeitas. Devemos entender o “operações sujeitas” ao licenciamento não automático, pois o licenciamento automático foi analisado no item acima. Quanto as operações sujeitas ao licenciamento não automático a SECEX (Portaria SECEX 23/11) assim determinou: Art. 15. Estão sujeitas a Licenciamento Não Automático as importações: I – de produtos relacionados no Tratamento Administrativo do SISCOMEX e também disponíveis no endereço eletrônico do MDIC para simples consulta, prevalecendo o constante do aludido Tratamento Administrativo, onde estão indicados os órgãos responsáveis pelo exame prévio do licenciamento não automático, por produto; II – efetuadas nas situações abaixo relacionadas: a) sujeitas à obtenção de cotas tarifária e não tarifária; b) ao amparo dos benefícios da Zona Franca de Manaus e das Áreas de Livre Comércio; c) sujeitas à anuência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); d) sujeitas ao exame de similaridade; e) de material usado, salvo as exceções estabelecidas nos §§ 2º e 3º do art. 43 desta Portaria; f) originárias de países com restrições constantes de Resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU); g) substituição de mercadoria, nos termos da Portaria do Ministério da Fazenda nº 150, de 26 de julho de 1982; g) substituição de mercadoria, nos termos da Portaria do Ministério da Fazenda nº 150, de 26 de julho de 1982; h) operações que contenham indícios de fraude; e i) sujeitas a medidas de defesa comercial. § 1º Na hipótese da alínea “i” do inciso II, o licenciamento amparando a importação de mercadorias originárias de países não gravados com direitos deverá ser instruído com Certificado de Origem emitido por Órgão Governamental ou por Entidade por ele autorizada ou, na sua ausência, documento emitido por entidade de classe do país de origem atestando a produção da mercadoria no país, sendo que este último documento deverá ser chancelado, no país de origem, por uma câmara de comércio brasileira ou representação diplomática. § 2º Todos os documentos mencionados no parágrafo anterior ficarão retidos no DECEX ou na instituição bancária autorizada a operar no comércio exterior. § 3º Caso o produto, identificado pela NCM/TEC, possua destaque, e a mercadoria a ser importada não se referir à situação descrita no destaque, o importador deverá apor o código 999, ficando a mercadoria dispensada daquela anuência. Registro, análise e deferimento do LI. O registro da Lcença de Importação é feito no SISCOMEX. Quando a L.I. é automática a análise e o deferimento é feita automaticamente pelo SISCOMEX. Quando a L.I. é não automática a análisse e deferimento são feitos pela SECEX, por seu departamento DECEX. Nos casos da necessidade de manifestação de órgãos anuentes a L.I. só será deferida após a manifestação desses órgãos. Prazos de validade. A Portaria SECEX 23/11 dispõe: Art. 24. Ambas as licenças terão prazo de validade de 90 (noventa) dias, contados a partir da data do deferimento, para fins de embarque da mercadoria no exterior, exceto os casos previstos no § 1º do art. 17. § 1º Pedidos de prorrogação de prazo deverão ser apresentados, antes do vencimento da licença, com justificativa, diretamente aos órgãos anuentes, na forma por eles determinada. § 2º Como regra geral, será objeto de análise e decisão somente uma única prorrogação, com prazo máximo idêntico ao original. Art. 25. Caso não sejam vinculadas a uma DI, as LI deferidas serão canceladas automaticamente pelo SISCOMEX após 90 (noventa) dias contados a partir da data final de sua validade, se deferida com restrição à data de embarque, ou da data do deferimento, se a LI tiver sido deferida sem restrição à data de embarque. Prazos para deferimento. A Portaria SECEX 23/11 dispõe: Art. 22. O licenciamento automático será efetivado no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis, contados a partir da data de registro no SISCOMEX, caso os pedidos de licença tiverem sido apresentados de forma adequada e completa. Art. 23. No licenciamento não automático, os pedidos terão tramitação de, no máximo, 60 (sessenta) dias contados a partir da data de registro no SISCOMEX. Parágrafo único. O prazo de 60 (sessenta) dias, estipulado neste artigo, poderá ser ultrapassado, quando impossível o seu cumprimento por razões que escapem ao controle do órgão anuente do Governo Brasileiro. Substituição do licenciamento. A Portaria SECEX 23/11 fala em alteração e retificação da L.I. da seguinte forma: Art. 26. A empresa poderá solicitar a alteração do licenciamento, até o desembaraço da mercadoria, em qualquer modalidade, mediante a substituição, no SISCOMEX, da licença anteriormente deferida. § 1º A substituição estará sujeita a novo exame pelos órgãos anuentes, mantida a validade do licenciamento original. § 2º Não serão autorizadas substituições que descaracterizem a operação originalmente licenciada. Art. 27. O licenciamento poderá ser retificado após o desembaraço da mercadoria, mediante solicitação ao órgão anuente, que deverá se manifestar por meio de documento específico. Art. 28. Para fins de retificação de DI após o desembaraço aduaneiro, o DECEX somente semanifestará nos casos em que houver vinculação com a LI originalmente deferida pelo Departamento e desde que o produto ou a situação envolvida esteja sujeito, no momento da retificação, a licenciamento. § 1º A manifestação referida no caput somente será necessária quando envolver alteração de país de origem, de redução do preço, de elevação da quantidade, de classificação n a NCM, de regime de tributação e de enquadramento de material usado, ficando dispensada a manifestação do DECEX nos demais casos. Autorização para embarque. A autorização para embarque deve ser dada pelo importador. No caso de licenciamento automático a mercadoria pode ser embarcada quando melhor aprouver ao importador. No caso de licenciamento não automático o embarque só deverá ser efetivado após seu deferimento. Restrição de data de embarque. A critério do SECEX,a licença de importação pode ser deferida porém com restrição à data de embarque. Exceções à regra geral. ??????????????? Efeitos da não observância do prazo para embarque. O efeito de embarcar no exterior a mercadoria fora do prazo mencionado na D.I. é a aplicação de uma multa, chamada administrativa. O RA assim dispõe emseu art. 706, item III: III – de dez por cento sobre o valor aduaneiro, pelo embarque da mercadoria, depois de vencido o prazo de validade da licença de importação respectiva ou documento de efeito equivalente, até vinte dias (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 169, inciso III, alínea “a”, item 1, e § 6o, com a redação dada pela Lei no 6.562, de 1978, art. 2o). A Portaria SECEX 31/12 diz que, no caso abaixo, haverá o cancelamento da L.I.: Art. 25. Caso não sejam vinculadas a uma DI, as LI deferidas serão canceladas automaticamente pelo SISCOMEX após 90 (noventa) dias contados a partir da data final de sua validade, se deferida com restrição à data de embarque, ou da data do deferimento, se a LI tiver sido deferida sem restrição à data de embarque. Tratamento administrativo das exportações. Quanto ao tratamento administrativo das exportações a Portaria SECEX 23/11 dispõe: CAPÍTULO IV – TRATAMENTO ADMINISTRATIVO DAS EXPORTAÇÕES – Seção I – Exportação por Pessoa Física Art. 183. A pessoa física somente poderá exportar mercadorias em quantidades que não revelem prática de comércio e desde que não se configure habitualide. Parágrafo único. Excetuam-se das restrições previstas no caput os casos a seguir, desde que o interessado comprove junto à SECEX ou a entidades por ela credenciadas tratar -se de: I – agricultor ou pecuarista cujo imóvel rural esteja cadastrado no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA); II – artesão, artista ou assemelhado registrado como profissional autônomo; ou III – exportações via remessa postal, com ou sem expectativa de recebimento, exceto donativos, até o limite de US$ 50.000,00 (cinquenta mil dólares dos Estados Unidos) ou o equivalente em outra moeda, respeitando-se as exceções definidas nos incisos do art. 10.. E mais adiante: Seção IV – Tratamento Administrativo Art. 196. Os produtos sujeitos a procedimentos especiais, a normas específicas de padronização e classificação, a imposto de exportação ou que tenham a exportação conti ngenciada ou suspensa, em virtude da legislação ou em decorrência de compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, estão relacionados no Anexo XVII desta Portaria. Art.197. Os produtos sujeitos à manifestação prévia dos órgãos do Governo na exportaçã o estão indicados no Tratamento Administrativo do SISCOMEX, também disponíveis no endereço eletrônico do MDIC, para simples consulta, prevalecendo o constante do Tratamento Administrativo. Registro de Exportação – RE. Quanto ao Registro de Exportação a Portaria SECEX 23/11 dispõe: Art. 184. O RE no SISCOMEX é o conjunto de informações de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal que caracterizam a operação de exportação de uma mercadoria e definem o seu enquadramento. § 1º As peças sobressalentes, quando acompanharem as máquinas e/ou equipamentos a que se destinam, podem ser exportadas com o mesmo código da NCM desses bens, desde que: I – não ultrapassem 10% (dez por cento) do valor dos bens no local de embarque; II – estejam contidos no mesmo RE das respectivas máquinas e/ou equipamentos; e III – a descrição detalhada conste das respectivas notas fiscais. § 2º As tabelas com os códigos utilizados no preenchimento do RE e do Registro de Crédito estão disponíveis no próprio sistema e no endereço eletrônico deste Ministério. § 3º As mercadorias classificadas em um mesmo código da NCM, que apresentem especificações e preços unitários distintos, poderão ser agrupadas em um único RE, independente de preços unitários, devendo o exportador proceder à descrição de todas as mercadorias, ainda que de forma resumida. § 4º Poderão ser emitidos RE, para recebimento em moeda nacional, por qualquer empresa, independente de destino e/ou produto, observado o disposto nesta Portaria. Art. 185. As operações de exportação deverão ser objeto de registro de exportação no SISCOMEX, exceto os casos previstos no Anexo XV desta Portaria. Art. 186. O RE deverá ser efetuado previamente à declaração para despacho aduaneiro e ao embarque da mercadoria. Parágrafo único. O RE pode ser efetuado após o embarque das mercadorias e antes da declaração para despacho aduaneiro, nas exportações a seguir indicadas: I – fornecimento de combustíveis, lubrificantes, alimentos e outros produtos destinados ao consumo e uso a bordo de embarcações ou aeronaves, exclusivamente de tráfego internacional, de bandeira brasileira ou estrangeira, observado o contido na Seção IX deste Capítulo; e II – vendas de pedras preciosas e semipreciosas, metais preciosos, suas obras e artefatos de joalharia realizadas no mercado interno a não residentes no País ou em lojas francas a passageiros com destino ao exterior, na forma do disposto no Anexo XVI desta Portaria. Art. 187. O RE será deferido no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data de seu registro no SISCOMEX, desde que apresentado de forma adequada e completa, e respeitados os requisitos desta Portaria. Parágrafo único. Esse prazo poderá ser objeto de prorrogação por igual período, desde que expressamente motivada. Art. 188. O DECEX poderá solicitar informações e documentos adicionais que considerar necessários à análise do RE. Art. 189. O prazo de validade para embarque das mercadorias para o exterior é de 60 (sessenta dias) contados da data do deferimento do RE. § 1º No caso de operações envolvendo produtos sujeitos a contingenciamento e outras situações incluídas no Anexo XVII desta Portaria, o prazo de que trata o caput fica limitado às condições específicas, no que couber. § 2º O RE não utilizado até a data de validade para embarque poderá ser prorrogado. Art. 190. Poderão ser efetuadas alterações no RE, exceto quando: I – envolverem a inclusão de AC no campo 24 do RE ou do código do enquadramento de drawback no campo 2-A do RE após a averbação do registro de exportação; ou II – realizadas durante o curso dos procedimentos para despacho aduaneiro. Art. 191. Poderão ser acolhidos pedidos de alteração para inclusão de ato concessório e do enquadramento de drawback nas hipóteses previstas no art. 147, mediante processo administrativo. Art. 192. Os produtos destinados à exportação serão submetidos ao processo de despacho aduaneiro, na forma estabelecida pela RFB. Art. 193. Na ocorrência de divergência em relação ao RE durante o procedimento do despacho aduaneiro, a unidade local da RFB adotará as medidas cabíveis. O Regulamento Aduaneiro (dec. 6.759/09) assim dispõe sobre o RE: Art. 586. O documento base do despacho de exportação é a declaração de exportação. Parágrafo único. A Secretaria da Receita Federal do Brasil poderá estabelecer diferentes tipos e formas de apresentação da declaração de exportação, apropriados à natureza dos despachos, ou a situações específicas em relação à mercadoria ou a seu tratamento tributário. Art. 587. A retificação da declaração de exportação, mediante alteração das informações prestadas, ou a inclusão de outras, será feita pela autoridade aduaneira, de ofício ou a requerimento do exportador, na forma estabelecida pela Secretaria da Receita Federal do BrasilFluxograma do Despacho de Exportação – DE O Regulamento Aduaneiro (dec 6.759/09) assim dispõe sore o do RE: Art. 584. O registro de exportação compreende o conjunto de informações de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal que caracteriza a operação de exportação de uma mercadoria e define o seu enquadramento, devendo ser efetuado de acordo com o estabelecido pela Secretaria de Comércio Exterior. Art. 585. O registro de exportação, no SISCOMEX, nos casos previstos pela Secretaria de Comércio Exterior, é requisito essencial para o despacho de exportação de mercadorias nacionais ou nacionalizadas, ou de reexportação. Requisitos específicos. O Regulamento Aduaneiro (dec 6.759/09) assim dispõe sobre a instrução do RE: Art. 588. A declaração de exportação será instruída com: I – a primeira via da nota fiscal; II – a via original do conhecimento e do manifesto internacional de carga, nas exportações por via terrestre, fluvial ou lacustre; e III – outros documentos exigidos na legislação específica. Parágrafo único. Os documentos instrutivos da declaração de exportação serão entregues à autoridade aduaneira, na forma, no prazo e nas condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. A IN SRF 28/94 complementa da seguinte forma: Art. 16. O despacho de exportação será instruído com os seguintes documentos: I – primeira via da Nota Fiscal; II – via original do Conhecimento e do Manifesto Internacional de Carga, nas exportações por via terrestre, fluvial ou lacustre; III – outros, indicados em Legislação específica. § 1º No caso de exportação para país membro do Mercado Comum do Sul – MERCOSUL, o Manifesto Internacional de Carga a que se refere o inciso II será substituído: I – pelo Manifesto Internacional de Carga Rodoviária/Declaração de Trânsito Aduaneiro MIC/DTA, quando se tratar de transporte rodoviário; e II – pelo Conhecimento – Carta de Porte Internacional/Declaração de Trânsito Aduaneiro – TIF/DTA, quando se tratar de transporte ferroviário. § 2º O exportador será notificado, através do SISCOMEX, sobre outros documentos que deverão ser entregues à unidade da SRF onde se processará o despacho. § 3º O número atribuído à declaração para despacho de exportação deverá constar de todos os documentos que interessam ao despacho, inclusive do Conhecimento e do Manifesto de Carga. Art. 17. É dispensada a apresentação de Nota Fiscal: I – nos casos de reexportação de mercadoria importada a título não definitivo, que se encontra no País em regime aduaneiro especial ou atípico, cuja circulação seja feita: a) sob controle aduaneiro, do recinto alfandegado em que se encontra, até o Local de saída do País, através de outro documento definido em norma específica do regime; b) com base na própria Declaração de Importação-DI de admissão no regime, quando apresentada por promotores de feiras, exposições e outros eventos semelhantes, de caráter internacional, desobrigados de Inscrição Estadual ou de emissão de Nota Fiscal, nos termos da legislação vigente; e II – nas exportações realizadas por pessoa física em que, comprovadamente, a legislação vigente dispense a emissão do documento. § 1º O exportador deverá informar, no campo reservado à indicação do número e série da Nota Fiscal da declaração para despacho de exportação, o número da DI de admissão no regime, do documento a que se refere a alínea “a” do inciso I ou da relação das mercadorias exportadas, que instruirá o despacho em substituição àquele documento. § 2º O disposto neste artigo não se aplica aos despachos de reexportação de mercadorias submetidas ao regime aduaneiro especial de admissão temporária cujo beneficiário seja empresa obrigada à emissão de Nota Fiscal. Produtos sujeitos e procedimentos especiais. A Portaria SECEX 23/11 assim dispõe quanto aos produtos sujeitos a procedimentos especiais: Art. 196. Os produtos sujeitos a procedimentos especiais, a normas específicas de padronização e classificação, a imposto de exportação ou que tenham a exportação conti ngenciada ou suspensa, em virtude da legislação ou em decorrência de compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, estão relacionados no Anexo XVII desta Portaria. Como dissemos acima, a Portaria SECEX 23/11 cuida no mesmo anexo dos produtos sujeitos a tratamentos especiais e também os sujeitos a pagamento do imposto de importação: Art. 196. Os produtos sujeitos a procedimentos especiais, a normas específicas de padronização e classificação, a imposto de exportação ou que tenham a exportação conti ngenciada ou suspensa, em virtude da legislação ou em decorrência de compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, estão relacionados no Anexo XVII desta Portaria. Produtos sujeitos a manifestação de órgãos anuentes. A Portaria SECEX 23/11 assim se manifesta quanto a esta matéria: Art.197. Os produtos sujeitos à manifestação prévia dos órgãos do Governo na exportação estão indicados no Tratamento Administrativo do SISCOMEX, também disponíveis no endereço eletrônico do MDIC, para simples consulta, prevalecendo o constante do Tratamento Administrativo. Produtos sujeitos a imposto de exportação. Como é do conhecimento geral as exportações não são gravadas com impostos pois trazem divisas ao País. Porém, por razões econômicas ou de interesse político os Governos taxam alguns produtos. No Brasil isto não é diferente. Porém, como toda tarifa as alíquotas são mutáveis, exatamente para atender a tais interesses. Para seu conhecimento apresentamos tabela onde vemos que no ano de 2.012 poucos produtos estavam onerados com o imposto de exportação. CLIQUE AQUI Produtos contingenciados. Produtos contingenciados são aqueles sujeitos a quota de exportação. O dicionário Aulete assim conceitua CONTINGENCIAMENTO: 1. Ato ou efeito de contingenciar, fazer (o governo) controle orçamentário 2. Política econômica em que o governo impõe limites à produção, comercialização, importação ou exportaçãode determinados bens Cuida-se neste item de contingenciamento nas exportações. Atendendo a interesses comerciais e de governo, às exportações podem sser gravadas com esta barreira não fiscal de quotas, limites de quantidade de determinada mercadoria para sair do país. A CAMEX e a SECEX cuidam desta matéria. Produtos com exportação suspensa. Regra geral a exportação é livre para quaisquer produtos. No entanto, o Estado tem poderes para atender a razões econômicas e até políticas para proibir a exportação de determinados produtos. Essa realção varia de empos em tempos, para atender as peculiaridades acima mencionadas. O item fala em operação suspensa que atinamos com proibição, ainda que temporária, de exportar. Os seguintes produtos estão proibidos sua exportação para os países indicados: 1. Iraque: armas ou material relacionado, exceto se requeridos pela Autoridade, Comando Unificado das Potências Ocupantes; 2. Libéria: armamento ou material bélico, incluindo munição, veículos militares, equipamentos paramilitares e peças de reposição para tais equipamentos. A vedação não se aplica a equipamento não-letal de uso exclusivamente humanitário ou defensivo, bem como à assistência técnica e ao treinamento aplicáveis a tal tipo de equipamento; 3. República Democrática da Somália: armas e equipamentos militares; 4. Serra Leoa: armamento ou material conexo de todo tipo, inclusive armas e munições, veículos e equipamentos militares, equipamento paramilitare peças de reposição para o mencionado material, ficando excetuadas as exportações destinadas a entidades do governo daquele país; 5. República da Costa do Marfim: armas ou qualquer material relacionado, em particular aeronaves e equipamentos militares. A vedação não se aplica a suprimento destinado ao uso das Nações Unidas, a suprimento de equipamento militar não-letal para fins humanitários ou de proteção e a suprimento de armas e materiais relacionados ao processo de reestruturação das forças militares daquele país; 6. República Islâmica do Irã: quaisquer itens, materiais, equipamentos, bens e tecnologia que possam contribuir para atividades relacionadas a enriquecimento de urânio, reprocessamento e a projetos de água pesada, bem como para o desenvolvimento de vetores de armas nucleares; e carros de combate, veículos blindados de combate, sistemas de artilharia de grosso calibre, aeronaves de combate, helicópteros de ataque, navios de guerra, mísseis ou sistemas de mísseis, bem como de material conexo, inclusive peças de reposição; 7. República Popular Democrática da Coréia: carros de combate, veículos blindados de combate, sistemas de artilharia de grosso calibre, aeronaves de combate, helicópteros de ataque, navios de guerra, mísseis ou sistemas de mísseis; bens de luxo; e itens, materiais, equipamentos, bens e tecnologia que possam contribuir para os programas da República Popular Democrática da Coréia relacionados a atividades nucleares, a mísseis balísticos ou a outras armas de destruição em massa, conforme determinados pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas ou pelo Comitê; 8. República Democrática do Congo: armas e material correlato; 9. Sudão: armamentos e material correlato de todos os tipos, inclusive armas e munições, veículos e equipamentos militares, equipamento paramilitar e peças de reposição. Situações previstas. As diversas situações foram previstas nos parágrafos ao art. 171 acima transcrito e que são: § 1º O exportador, se solicitado, obriga-se a apresentar a Secretaria de Comércio Exterior, a qualquer tempo, informações ou documentação comprobatória das operações sujeitas a RV. § 2º Estão dispensados de RV os produtos fornecidos para uso e consumo a bordo. § 3º Poderão ser admitidas alterações no RV, quando se tratar de: I – nome do exportador, desde que a nova empresa seja coligada ou sucessora legal dadetentora original do RV; II – nome do importador; III – prorrogação ou antecipação de embarques, alteração do mês base de fixação, semmodificação do mês de embarque (roll over), portos de embarque/destino, qualidade/tipo do produto indicado no Registro de Venda, desde que o preço/diferencial, caso necessário, seja reajustado para maior. § 4º Poderão ser autorizados cancelamentos de até 5% do volume total do RV. § 5º No tocante a preços, deverão ser observados os seguintes procedimentos, salvo sehouver, no Anexo “N”, condições específicas: I – as vendas poderão ser realizadas com preço fixo ou a fixar, devendo, em ambos oscasos, estar de acordo com as informações diárias de preços da bolsa do produto indicada no Anexo “N” e dos prêmios de mercado, para o mês de embarque; II – nas vendas com preço a fixar, a empresa deverá definir o prêmio correlacionado ao mês de embarque e ao mês base de fixação; III – a fixação deverá ser efetuada até, no máximo, a data do Registro de Exportaçãopertinente e antes do início do mês utilizado como base para fixação; V – a fixação deverá obrigatoriamente ser registrada no Siscomex antes da abertura da bolsa correspondente do dia seguinte ao da sua efetivação; VI – caso não haja cotação correspondente ao mês de embarque declarado, será utilizada a do mês imediatamente posterior; VI – as cotações e prêmios referem-se a dólares dos Estados Unidos por tonelada métrica (tm), no Incoterms FOB; VII – a operação de exportação deverá estar amparada em contrato reconhecidointernacionalmente. § 6º O RE deverá ser solicitado até, no máximo, 10 (dez) dias antes do início do mês de embarque previsto no RV. § 7º As exportações serão, obrigatoriamente, realizadas à vista, em moeda estrangeiraexceto quando destinadas a países da Aladi, quando será admitido o prazo máximo de até 90 dias. § 8º Poderão ser acolhidos pedidos de operações de recompra (wash out), desde queatendam aos seguintes requisitos preliminares: I – ganho cambial (preço/prêmio da recompra obrigatoriamente inferior ao da venda) em cada RV, a ser definido de acordo com as condições de mercado na época do pedido de recompra; II – ser submetido a exame na data de sua negociação, acompanhado de documentação pertinente; III – a empresa deverá comprovar o efetivo ingresso da moeda estrangeira no prazo de dez dias úteis contados a partir da data da negociação, mediante apresentação do contrato de câmbio relativo à operação de recompra, devidamente liquidado. § 9º O prazo de embarque do RE será de até 30 dias, limitado ao mês de embarque,constante do RV. § 10. Fica automaticamente prorrogado por mais 10 (dez) dias, o prazo de validade paraembarque dos registros de exportação que estiverem em regime de solicitação de despacho. Art. 171. O descumprimento do RV, no todo ou em parte, poderá implicar na perda do direito de emissão automática do Registro de Exportação.
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