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Direito Eleitoral 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
administrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutri-
nários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 
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Direito Eleitoral 
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SUMÁRIO 
 
DOS RECURSOS EM MATÉRIA ELEITORAL ........................................................................... 3 
1. DEFINIÇÃO DE RECURSOS .............................................................................................. 4 
2. EFEITO SUSPENSIVO....................................................................................................... 5 
3. PRAZO RECURSAL .......................................................................................................... 6 
4. PRECLUSÃO ................................................................................................................... 6 
5. PREVENÇÃO DO JUÍZO ................................................................................................... 7 
6. RECURSOS EM ESPÉCIE .................................................................................................. 8 
6.1. RECURSO INOMINADO OU SEM NOME ........................................................................ 8 
6.2. RECURSO PARCIAL ........................................................................................................ 9 
6.3. RECUSO CONTRA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA (RCED) ...................................................... 9 
6.4. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ....................................................................................... 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Eleitoral 
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DOS RECURSOS EM MATÉRIA ELEITORAL 
Os recursos eleitorais estão previstos nos artigos 257 e seguintes, do Código Eleitoral. 
 
TÍTULO III - DOS RECURSOS 
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 257. Os recursos eleitorais não terão efeito suspensivo. 
Parágrafo único. A execução de qualquer acórdão será feita imediatamente, através de 
comunicação por ofício, telegrama, ou, em casos especiais, a critério do presidente do 
Tribunal, através de cópia do acórdão. 
§1º. A execução de qualquer acórdão será feita imediatamente, através de comunicação 
por ofício, telegrama, ou, em casos especiais, a critério do presidente do Tribunal, atra-
vés de cópia do acórdão. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015) 
§2º. O recurso ordinário interposto contra decisão proferida por juiz eleitoral ou por Tri-
bunal Regional Eleitoral que resulte em cassação de registro, afastamento do titular ou 
perda de mandato eletivo será recebido pelo Tribunal competente com efeito suspensi-
vo. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015) 
§3º. O Tribunal dará preferência ao recurso sobre quaisquer outros processos, ressalva-
dos os de habeas corpus e de mandado de segurança. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 
2015) 
Art. 258. Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser interposto em 
três dias da publicação do ato, resolução ou despacho. 
Art. 259. São preclusivos os prazos para interposição de recurso, salvo quando neste se 
discutir matéria constitucional. 
Parágrafo único. O recurso em que se discutir matéria constitucional não poderá ser in-
terposto fora do prazo. Perdido o prazo numa fase própria, só em outra que se apresen-
tar poderá ser interposto. 
Art. 260. A distribuição do primeiro recurso que chegar ao Tribunal Regional ou Tribunal 
Superior, previnirá a competência do relator para todos os demais casos do mesmo mu-
nicípio ou Estado. 
Art. 261. Os recursos parciais, entre os quais não se incluem os que versarem matéria re-
ferente ao registro de candidatos, interpostos para os Tribunais Regionais no caso de 
eleições municipais, e para o Tribunal Superior no caso de eleições estaduais ou federais, 
serão julgados à medida que derem entrada nas respectivas Secretarias. 
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§1º. Havendo dois ou mais recursos parciais de um mesmo município ou Estado, ou se 
todos, inclusive os de diplomação já estiverem no Tribunal Regional ou no Tribunal Supe-
rior, serão eles julgados seguidamente, em uma ou mais sessões. 
§2º. As decisões com os esclarecimentos necessários ao cumprimento, serão comunica-
das de uma só vez ao juiz eleitoral ou ao presidente do Tribunal Regional. 
§3º. Se os recursos de um mesmo município ou Estado deram entrada em datas diversas, 
sendo julgados separadamente, o juiz eleitoral ou o presidente do Tribunal Regional, 
aguardará a comunicação de todas as decisões para cumpri-las, salvo se o julgamento 
dos demais importar em alteração do resultado do pleito que não tenha relação com o 
recurso já julgado. 
§4º Em todos os recursos, no despacho que determinar a remessa dos autos à instância 
superior, o juízo "a quo" esclarecerá quais os ainda em fase de processamento e, no úl-
timo, quais os anteriormente remetidos. 
§5º. Ao se realizar a diplomação, se ainda houver recurso pendente de decisão em outra 
instância, será consignado que os resultados poderão sofrer alterações decorrentes des-
se julgamento. 
§6º. Realizada a diplomação, e decorrido o prazo para recurso, o juiz ou presidente do 
Tribunal Regional comunicará à instância superior se foi ou não interposto recurso. 
Art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos casos de inelegibi-
lidade superveniente ou de natureza constitucional e de falta de condição de elegibilida-
de. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013) 
I - (revogado); 
II - (revogado); 
III - (revogado); 
IV - (revogado); 
Art. 263. No julgamento de um mesmo pleito eleitoral, as decisões anteriores sobre 
questões de direito constituem prejulgados para os demais casos, salvo se contra a tese 
votarem dois terços dos membros do Tribunal. 
Art. 264. Para os Tribunais Regionais e para o Tribunal Superior caberá, dentro de 3 
(três) dias, recurso dos atos, resoluções ou despachos dos respectivos presidentes. 
 
1. DEFINIÇÃO DE RECURSOS 
Os recursos são atos ou medidas processuais que visam impugnar uma decisão. Os 
recursos podem ocorrer tanto no curso do processo judicial quanto do administrativo. 
Direito Eleitoral 
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nários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 
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Recurso pressupõe decisão. 
 
2. EFEITO SUSPENSIVO 
O efeito suspensivo dos recursos eleitorais é um dos pontos mais trabalhados pelas 
provas de concursos. Regra geral os recursos eleitorais não terão efeito suspensivo, nos ter-
mos do artigo 257, do Código Eleitoral. Diz o §1º que a execução de qualquer acordão será 
imediata. 
Registre-se que a Reforma Eleitoral de 2015 trouxe uma novidade em relação ao efei-
to suspensivo. Estabeleceu-se que o Recurso Ordinário interposto contra decisão proferida 
por juiz eleitoral ou TRE que resulte em cassação de registro, afastamento do titular ou 
perda de mandato eletivo será recebido pelo Tribunal competente com efeito suspensivo, 
nos termos do §2º do artigo 257, do Código Eleitoral. São situações que na prática, no pós-
eleição, com o mandato em curso, geram uma instabilidade muito grande. 
Por exemplo, imagine se a situação de um Prefeito eleito, já no exercício do cargo, 
que é afastado por uma decisão da Justiça Eleitoral. Decerto, tal situação gera instabilidades 
no cenário político municipal. Um mês e meio após, aquela decisão é cassada em instância 
superior, voltando o Prefeito ao exercício do cargo. Em colegiado, todavia, a liminar é cas-
sada e o Prefeito é novamente afastado do cargo. Os encontros e desencontros das decisões 
acabam gerando instabilidade política. Por essa razão, a novidade legislativa tem o condão 
de apenas permitir se tirar do cargo o candidato eleito quando houver a efetiva resolução do 
processo. Enquanto o processo estiver em andamento o eleito será mantido em seu cargo. 
Atenção para o fato de que o efeito suspensivo é dado exclusivamente ao Recurso 
Ordinário, não cabendo para o caso de Recurso Especial. Lembre-se que o Recurso Ordinário 
é um recurso de duplo grau de jurisdição, que permite o rejulgamento (novo julgamento) da 
causa. Lembre-se que de maneira geral, a grande maioria dos casos consagra o direito a um 
novo julgamento em instância superior. Há, todavia, casos em que haverá instância única, 
quando, por exemplo, o processo começa no STF. 
No Processo Civil o recurso ordinário por excelência é a Apelação Cível. No âmbito 
dos Juizados Especiais é o Recurso Inominado. Na Justiça Trabalhista é o Recurso Ordinário 
Trabalhista. Na Justiça Eleitoral, é o Recurso Ordinário Eleitoral. 
Se a causa inicia com juiz, pede-se o rejulgamento para o TRE, por meio de Recurso 
Ordinário. 
Se o processo começa no TRE (eleições estaduais e federais), com o Recurso Ordiná-
rio leva-se a causa para rejulgamento no TSE. Por exemplo, no caso de impugnação do 
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mandato eletivo do Governador ou Deputado Estadual eleitos, a causa é proposta junto ao 
respectivo TRE, sendo levada ao TSE por meio de Recurso Ordinário. 
Registre-se que o Recurso Ordinário, por ser um recurso de duplo grau, é interposto 
no órgão julgador originário. 
Uma causa iniciada no juiz eleitoral, no caso de eleição municipal, por meio de Recur-
so Ordinário será levada para o TRE. Havendo a necessidade de ser levada ao TSE, será ne-
cessária a interposição de um Recurso Especial. Imagine-se uma impugnação de mandato 
eletivo de Prefeito eleito. O juiz julga procedente e determina seu afastamento. Interposto o 
Recurso Ordinário, com efeito suspensivo, há a manutenção da decisão pelo TRE. Vai-se ao 
TSE com o Recurso Especial Eleitoral, mas esse não possuirá efeito suspensivo. 
No §3º estabelece-se que o Tribunal dará preferência aos recursos sobre qualquer 
outro processo, salvo habeas corpus e mandado de segurança. 
 
3. PRAZO RECURSAL 
Sempre que a lei não fixar um prazo especial, o recurso será interposto até 3 dias da 
publicação, conforme artigo 258, do Código Eleitoral. 
Lembre-se que em matéria de alistamento eleitoral, do indeferimento caberá recurso 
no prazo de 5 dias pelo alistando. No caso de deferimento caberá recurso por delegado de 
partido no prazo de 10 dias. 
Em matéria criminal eleitoral o prazo é de 10 dias. No caso de direito de resposta o 
prazo é de 24 horas. 
 
4. PRECLUSÃO 
O professor chama a atenção dos alunos para que se atentem ao tema preclusão, cu-
ja disciplina está contida no artigo 259 do Código Eleitoral. 
Preclusão é a perda da faculdade ou da prática do ato processual. Os atos processu-
ais possuem prazo. O recurso é ato processual, possuindo um prazo para a sua interposição. 
A perda do prazo para a interposição de qualquer recurso é preclusivo. Por essa ra-
zão a redação do caput do artigo não é técnica, pois ainda que se discuta matéria eleitoral 
será verificada a preclusão para a interposição do recurso. Atenção, todavia, para as ques-
tões de prova que venham a cobrar a literalidade do dispositivo legal. 
No parágrafo único tem-se, novamente, uma redação que não é técnica, embora seja 
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relevante para questões literais da lei. A ideia é a de que o recurso eleitoral em matéria 
constitucional é preclusivo, havendo um recurso próprio para cada fase processual. Permite-
se, todavia, que a matéria constitucional seja discutida a qualquer momento. 
Vigora em matéria eleitoral, a priori, a regra de que preclusão que é comum qualquer 
ramo do processo: não arguida a matéria no momento oportuno, não se poderá argui-la a 
posteriori, pois haverá a preclusão. Em se tratando de matéria constitucional, porém, em 
outra oportunidade poderá haver a sua arguição. 
É o caso, por exemplo, da arguição de inelegibilidade. O primeiro momento para a 
sua discussão ocorre no registro de candidatura. Aqui se pode impugnar o candidato dizendo 
que ele está inelegível. Depois, pode-se discutir a inelegibilidade na diplomação, por meio de 
recurso contra a expedição de diploma. Observe-se que se pode combater a inelegibilidade 
tanto na fase do registro quanto na fase da diplomação. 
Lembre-se, ainda, que as inelegibilidades podem ser legais ou constitucionais. As ine-
legibilidades constitucionais podem ser arguidas tanto na fase de registro quanto na fase de 
diploma. Assim, por exemplo, pode-se arguir que o candidato e analfabeto tanto no registro 
quanto a diplomação. Por outro lado, as inelegibilidades postas na Lei Complementar deve-
rão ser arguidas necessariamente no registro, salvo quando supervenientes ao mesmo, oca-
sião em que poderão ser arguidas na diplomação. 
 Novamente, o professor chama a atenção dos alunos para o fato de que, embora a 
redação do artigo 259, caput e parágrafo único, do Código Eleitoral, não seja técnica, ela po-
derá vir como gabarito em questões de prova que cobrem a literalidade da lei. 
 
5. PREVENÇÃO DO JUÍZO 
No artigo 260, do Código Eleitoral, tem-se a regra da prevenção do juízo, segundo a 
qual o juízo a destruição do primeiro recurso ao TRE ou TSE prevenirá a competência do re-
lator para todos os demais casos do mesmo Estado ou Município. 
Imagine-se que um recurso do Município X chegou e foi distribuído para determinado 
juiz federal que integre o TRE. O TSE, dando uma interpretação reduzida ao dispositivo, diz 
que esse juiz federal não estará vinculadoà relatoria de todos os recursos do Município X, 
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pois o dispositivo refere-se apenas aos chamados recursos parciais, que são aqueles que 
abrangem questões de votação e apuração1. 
A ideia é a de que em casos de incidente de votação, a exemplo de uma impugnação 
seguida de recurso, haverá a distribuição a um relator, que ficará prevento para todos os ca-
sos em que houver a impugnação daquela mesma eleição. Pretende-se, com isso, facilitar o 
julgamento dos recursos eleitorais. 
 
6. RECURSOS EM ESPÉCIE 
Os recursos eleitorais em espécie estão previstos no Código Eleitoral e são os seguin-
tes: Recurso Inominado, Recurso Parcial, Recurso contra expedição de diploma, Embargos de 
Declaração, Recurso Ordinário, Recurso Especial, Recurso Extraordinário e Agravo de Ins-
trumento. 
 
6.1. RECURSO INOMINADO OU SEM NOME 
São os recursos previstos em lei sem qualificação específica. Diz-se, por exemplo, que 
da “decisão cabe recurso”. 
No artigo 265, caput, do Código Eleitoral, temos um exemplo de Recurso Inominado. 
Em geral, caso o juiz indefira o alistamento ou o pedido de transferência caberá Recurso 
Inominado para o respectivo TRE. 
 
CE, Art. 265. Dos atos, resoluções ou despachos dos juízes ou juntas eleitorais caberá re-
curso para o Tribunal Regional. 
 
 
1 Nota do Monitor: Vide posicionamento do TSE a seguir: “QUESTÃO DE ORDEM. RECURSO ESPECIAL. 
PREVENÇÃO. NÃO-OCORRÊNCIA. O julgamento de recurso anterior, no mesmo processo, torna pre-
vento o relator do primeiro, salvo se terminada sua investidura no Tribunal, caso em que a distribui-
ção se fará, se possível, entre os ministros que hajam participado do julgamento determinante da 
prevenção. A prevenção de que trata o art. 260, CE, diz exclusivamente com os recursos parciais 
interpostos contra a apuração e a votação”. (TSE, REsp Eleitoral nº 21380, Acórdão nº 21380 de 
24/06/2004, Rel. Min. Luiz Carlos Lopes Madeira, DJ Volume 1, Data 06/08/2004, Página 164 RJTSE - 
Revista de Jurisprudência do TSE, Volume 15, Tomo 3, Página 292). (destaquei) 
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6.2. RECURSO PARCIAL 
Está previsto no artigo 261, do Código Eleitoral. Ele envolve questões de apuração e 
votação. 
O professor destaca a leitura do §5º do artigo. Diz o dispositivo que a invalidação de 
uma ou outra votação poderá alterar o resultado do pleito, mudando, por exemplo, os quo-
cientes eleitorais ou partidários. 
 
6.3. RECUSO CONTRA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA (RCED) 
Está previsto no artigo 262, do Código Eleitoral. Apesar de ser chamado de recurso, o 
RCED é, tecnicamente, uma ação de impugnação ao ato da diplomação. 
A expedição de diploma não é uma decisão judicial, mas um ato de feição administra-
tiva. Assim, o RCED é tecnicamente uma ação de impugnação ao ato da diplomação. Essa 
impugnação é chamada de recurso porque é processada como tal, sendo interposta perante 
o órgão que diplomou e este a encaminhará para a instância superior. Assim, por exemplo, 
no caso de impugnação de Governador eleito, o RCED será interposto no TRE e encaminhado 
ao TSE. 
No âmbito do RCED pode-se discutir somente inelegibilidade superveniente ou de 
natureza constitucional e, ainda, falta de condição de elegibilidade. 
 
6.4. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
Possui a peculiaridade de ser um recurso interposto para o próprio órgão julgador, 
para que ele aclare o seu julgado. 
Os Embargos de Declaração estão previstos no artigo 275, do Código Eleitoral. Aqui 
resta consignado que os Embargos Declaratórios são cabíveis em casos de obscuridade, dú-
vida, contradição ou quando omitido ponto sobre o qual deveria ter se manifestado o Tribu-
nal. 
 
CE, Art. 275. São admissíveis embargos de declaração nas hipóteses previstas no Código 
de Processo Civil. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de 2015) 
§1º. Os embargos de declaração serão opostos no prazo de 3 (três) dias, contado da da-
ta de publicação da decisão embargada, em petição dirigida ao juiz ou relator, com a in-
dicação do ponto que lhes deu causa. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de 2015) 
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§2º. Os embargos de declaração não estão sujeitos a preparo. (Redação dada pela Lei 
nº 13.105, de 2015) 
§3º. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de 
2015) 
§4º. Nos tribunais: (Redação dada pela Lei nº 13.105, de 2015) 
I - O relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto; 
(Incluído pela Lei nº 13.105, de 2015) 
II - Não havendo julgamento na sessão referida no inciso I, será o recurso incluído em 
pauta; (Incluído pela Lei nº 13.105, de 2015) 
III - Vencido o relator, outro será designado para lavrar o acórdão. (Incluído pela Lei nº 
13.105, de 2015) 
§5º. Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso. 
(Incluído pela Lei nº 13.105, de 2015) 
§6º. Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tri-
bunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado mul-
ta não excedente a 2 (dois) salários-mínimos. (Incluído pela Lei nº 13.105, de 2015) 
§7º. Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa 
será elevada a até 10 (dez) salários-mínimos. (Incluído pela Lei nº 13.105, de 2015) 
 
Acerca da dúvida, o TSE2 possui julgados no sentido de que ela deve ser desconside-
rada dada as dificuldades de defini-la quando da observância de uma decisão judicial. Assim, 
os Embargos de Declaração serão cabíveis nos casos de omissão, obscuridade ou contradi-
ção. 
 
2 Nota do Monitor: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RECURSO ORDINÁRIO. REGISTRO. CANDIDATO. 
ELEIÇÃO 2006. REJEIÇÃO DE CONTAS. [...] Contradição. Omissão. Inexistência. Rejeição.” NE: “[...] 
após a reforma de 1994, foi eliminada a dúvida como pressuposto de cabimento dos embargos de 
declaração. No Código Eleitoral, os embargos de declaração têm sua sede no art. 275, que aponta 
como hipótese de cabimento omissão, obscuridade, dúvida ou contradição. Tenho que a dúvida não 
pode ser vista, a exemplo da alteração implementada no Código de Processo Civil, como um vício do 
decisum. [...] Assim, caberá a oposição dos aclaratórios quando houver obscuridade, contradição 
ou omissão no ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal.” (Ac. de 14.9.2006 nos 
EDclRO nº 912, rel. Min. Cesar Asfor Rocha). (grifei) 
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Os Embargos são opostos em 3 dias. No âmbito do direito de resposta de propagandaeleitoral, como o prazo de recurso é de 24 horas, os Embargos Declaratórios seguirão o 
mesmo prazo. 
No §4º do artigo 275, do Código Eleitoral, estabelece-se que os Embargos de Declara-
ção suspendem o prazo para a interposição de outros recursos, salvo se manifestamente 
protelatórios, assim declarados na decisão que os rejeitar.

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