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PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO

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PROCESSO DE 
EXECUÇÃO 
PROFESSOR: ÉRICO ANDRADE 
LARISSA GONÇALVES LIMA VASCONCELOS 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 01/2017 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 2 
SUMÁRIO 
PARTE I 
AULA – 16/03/2017 ....................................................................................................... 3 
AULA – 22/03/2017 ....................................................................................................... 5 
AULA – 24/03/2017 ....................................................................................................... 7 
AULA – 29/03/2017 ....................................................................................................... 9 
AULA – 31/03/2017 ...................................................................................................... 11 
AULA – 05/04/2017 ...................................................................................................... 13 
AULA – 07/04/2017 ...................................................................................................... 15 
AULA – 12/04/2017 ...................................................................................................... 18 
AULA – 19/04/2017 ...................................................................................................... 21 
 
PARTE II 
AULA – 03/05/2017 ...................................................................................................... 23 
AULA – 05/05/2017 ...................................................................................................... 27 
AULA – 10/05/2017 ...................................................................................................... 30 
AULA – 12/05/2017 ...................................................................................................... 34 
AULA – 19/05/2017 ...................................................................................................... 37 
AULA – 24/05/2017 ...................................................................................................... 40 
AULA – 26/05/2017 ...................................................................................................... 42 
AULA – 31/05/2017 ...................................................................................................... 44 
 
PARTE III 
AULA – 07/06/2017 ...................................................................................................... 47 
AULA – 09/06/2017 ...................................................................................................... 49 
AULA – 14/06/2017 ...................................................................................................... 51 
AULA – 21/06/2017 ...................................................................................................... 53 
AULA – 23/06/2017 ...................................................................................................... 56 
AULA – 28/06/2017 ...................................................................................................... 58 
AULA – 30/06/2017 ...................................................................................................... 62 
AULA – 05/07/2017 ...................................................................................................... 65 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 3 
PARTE I 
AULA – 16/03/2017 
 Há títulos judiciais que geram um novo processo (ex.: sentença penal 
condenatória que gera indenização, sentença estrangeira [art. 965 do CPC/15]). 
 Art. 515 do CPC/15: exemplos de títulos executivos judiciais que passam pelo 
cumprimento de sentença. 
 Cenário de títulos executivos judiciais -> para haver cumprimento de sentença, 
precisa-se inaugurar um processo novo, segundo o CPC/73. 
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 
 Liquidação de sentença -> autor e réu viram exequente e executado. 
 A liquidação de sentença se insere na perspectiva da execução propriamente dita, 
mas não é tutela executiva, pois ela é o desdobramento da fase cognição pura. É 
uma anomalia. 
 Apenas sentenças condenatórias ensejam a liquidação de sentença (posição 
antiga. Vide aula seguinte). 
 EXCEÇÃO: salvo o capítulo condenatório que toda sentença carrega: 
condenação por perdedor nos ônus da sucumbência (honorários, custas) -> 
sempre quantia certa. 
 Liquidação de sentença -> art. 509 a 512 do CPC/15. 
 Art. 286 do CPC/73 e art. 322 e 324 do CPC/15: pedido certo e determinado. 
 Contudo, o legislador permite o pedido genérico (a origem da sentença ilíquida) 
no CPC/15 -> art. 324, §1º do CPC/15. 
 Art. 459, § único do CPC/73 -> o legislador proibia a formulação de pedido 
genérico, quando podia-se formular pedido certo. 
 Art. 491 do CPC/15 -> ainda que se tenha um pedido genérico, o juiz é obrigado 
a produzir uma sentença líquida e os acessórios da obrigação principal. 
 EXCEÇÃO: às vezes, a definição do quantum é extremamente trabalhosa. 
Desse modo, é melhor que se certifique a existência da obrigação e deixar 
para o juízo da liquidação definir -> Art. 491, I e II e §1º do CPC/15. 
 Art. 491, I do CPC/15: sentença penal condenatória. 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 4 
 Art. 491, II do CPC/15: caso de perícia. 
 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 5 
AULA – 22/03/2017 
 Decisão Interlocutória: decisão que fixa a obrigação do réu em algo líquido. 
Encerra a fase de liquidação. Ela não encerra o processo, normalmente. 
 Art. 509, § 4º do CPC/15: na liquidação não se rediscute a lide do processo. 
 Recurso cabível à decisão: via de regra, agravo de instrumento -> art. 1015, § 
único do CPC/15 e art. 475-H do CPC/73. 
 OBS: se a decisão encerrar o processo, cabe o recurso de apelação. 
 Art. 475-A, §3º do CPC/73 -> proibia sentenças ilíquidas. 
 Art. 1046, §1º do CPC/15: as ações que começaram sob o CPC/73, de 
procedimento sumário, continuam até a sentença e seguem as regras do 
referido código. 
 Em alguns casos, a sentença, para ser líquida, não tem que apontar o valor 
certinho, ela pode manter os parâmetros de simples cálculos aritméticos que 
resolvam (cálculo da parte [do exequente]), indo direto para a fase de 
cumprimento de sentença, não precisando da fase de liquidação de sentença. 
 O juiz pode requisitar ao devedor documentos para que se calcule o valor da 
obrigação. -> art. 475-B, §§ 1º e 2º do CPC/73 e arts. 509, § 2º e 524, § 3º do 
CPC/15 (sentença líquida complexa). 
 Há duas modalidades de liquidação (terá mais fases probatórias durante o 
cumprimento de sentença): 
 Liquidação por arbitramento: perícia, produção de prova pericial. No caso de 
haver uma complexidade maior para quantificar os danos (pode ser perícia 
médica, de cálculos, etc.). Não se prova fato novo, normalmente. O CPC/73 se 
vale dos artigos da prova pericial (art. 426 e seguintes do CPC/73) -> art. 475-D 
do CPC/73. 
 Art. 510 do CPC/15: tenta evitar a prova pericial, pois permite que as 
partes apresentem laudos técnicos por pessoas que elas mesmas 
contrataram (diferente do antigo CPC). 
 Contraditório sempre presente -> art. 510 do CPC/15. 
 Liquidação pelo procedimento comum (por artigos): precisa-se alegar e provar 
fato novo sobre a quantificação do dano já conhecido. Deverá ser alegado no 
requerimento de liquidação de sentença e indicar os meios de prova que vai se 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 6 
valer (ex.: testemunha, novos documentos) -> art. 475-E do CPC/73 e art. 511 
do CPC/15. 
 Procedimento da liquidação: o autor vai apresentar os elementos, os fatos 
novos e os tipos de provas parase fazer a liquidação. 
 Contraditório sempre presente -> art. 511 do CPC/15. 
 Na liquidação não se pode violar coisa julgada. Não é considerado violação a 
mudança da modalidade de liquidação -> art. 509, § 4º do CPC/15 e art. 475-G do 
CPC/73. 
 Em tese, o juiz já sabe qual é a modalidade de liquidação. O CPC/15 traz uma 
novidade: as partes podem convencionar qual modalidade de liquidação. -> art. 
509 do CPC/15 e art. 475-C do CPC/73 (no CPC/73, as partes poderiam 
escolher, mas, limitadamente). 
 Pode mudar a modalidade de liquidação no momento da liquidação para aquilo 
que é mais aderente ao caso concreto. 
 
Vide Súmula 344 do STJ 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 7 
AULA – 24/03/2017 
 
 Liquidação zero: quando, da liquidação, o valor que se chega é 0 - seja por 
ausência de provas (sem resolução do mérito, porque pode aparecer fato novo 
que possa modificar) ou compensação (com resolução de mérito) -, extingue-se o 
processo. Com essa decisão, acaba o processo. A decisão interlocutória se torna 
uma sentença, desse modo, cabe apelação. -> art. 915 do CPC/39 (sem resolução 
de mérito). 
 O professor acha que o processo se extingue COM julgamento de mérito. 
 Vide RESP 1.280.949 - SP / RESP 1.291.318 - RS / RESP 1.549.467 - SP / RESP 
1.127.488 - RJ / RESP 976.888 – MG. 
 Sentenças que, necessariamente, vão para a liquidação: 
 Art. 515, VI do CPC/15: Sentença penal condenatória: faz coisa julgada no cível 
no que diz respeito ao reconhecimento da obrigação de indenizar -> o credor 
deverá entrar com uma ação de liquidação depois que transitar em julgado a 
sentença penal (porque o juízo penal não pode liquidar a sentença, apenas o 
juízo cível). 
 Art. 461, §1º do CPC/73 e art. 499 do CPC/15 -> tutela específica com as 
obrigações de fazer, ou não fazer, etc. -> se for impossível ou se o autor 
requerer (ex: quando o réu tinha que pintar um quadro [obrigação de fazer], 
mas não pôde porque debilitou a mão -> conversão em perdas e danos). 
 Observância dos parâmetros da coisa julgada: 
 Quando a sentença ilíquida é omissa com relação à correção monetária (mera 
preservação do real do poder de compra da moeda) e juros (ele segue o 
principal): pode incluir na conta no momento da liquidação da sentença, por 
isto, não viola coisa julgada. 
 Se fixar CM ou juros de forma errada, pode-se recorrer da sentença. Se não 
recorrer, ocorre coisa julgada e não pode ser discutida na liquidação de 
sentença -> perspectiva do novo e antigo CPC. 
 Quando a sentença ilíquida é omissa quanto aos honorários periciais e 
advocatícios (parcela autônoma), viola-se os parâmetros da coisa julgada. Ou 
seja, se a sentença ilíquida for omissa, não se pode averiguar esses honorários 
DICA: revisar 
dano emergente 
e lucro cessante 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 8 
no momento de liquidar a sentença (ficou sem), ocorre coisa julgada. -> 
PERSPECTIVA DO CPC/73 
 PERSPECTIVA DO CPC/15 -> art. 85, §18 do CPC/15: é cabível ação autônoma 
para sua definição e cobrança, ou seja, não ocorre coisa julgada. 
 PERSPECTIVA DO CPC/73: não cabe novos honorários de advogado em incidentes 
processuais (liquidação de sentença e cumprimento de sentença). 
 PERSPECTIVA DO CPC/15: cabe novos honorários no cumprimento de sentença, 
mas não cabe na liquidação de sentença (não é culpa da parte esse 
desdobramento, pois é um cenário involuntário), até porque, a liquidação de 
sentença faz parte da fase de cognição. 
 EXCEÇÃO: ação de liquidação autônoma (ex.: sentença penal condenatória 
não fixa honorários. Necessita-se de uma ação para a liquidação de 
sentença, relativo às indenizações, e que pode cobrar novos honorários). 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA 
 Significa a realização da tutela executiva (cumprimento da sentença que condena 
em obrigação de pagar quantia certa) nos mesmos autos que a sentença foi 
proferida -> PERSPECTIVA DO CPC/15. 
 Arts. 513 a 527 do CPC/15. 
 Título executivo = sentença. 
 É sequência do mesmo processo, salvo exceções. Contudo, há uma adaptação do 
procedimento ao direito material. Há um procedimento específico dependendo da 
matéria que se trata no processo. Ex: sentença que condena em dinheiro (pagar 
quantia certa), alimentos (art. 528 a 533 do CPC/15) e sentença que condena a 
Fazenda Pública a pagar em dinheiro (art. 534 a 535 do CPC/15). 
 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 9 
AULA – 29/03/2017 
 Satisfação judicial: execução da tutela. 
 Art. 584 do CPC/73: lista dos títulos executivos judiciais. Um desses títulos são as 
sentenças condenatórias, pois, normalmente, as sentenças declaratórias e 
constitutivas/desconstitutivas nunca precisaram de tutela executiva. Essas 
sentenças são autossuficientes, pois contêm dentro delas a perspectiva de 
realização do direito material (ex.: sentença declaratória de reconhecimento de 
paternidade). 
 Sentenças condenatórias: reconhecem obrigações, e estas - para que se realizem 
de um modo geral - necessitam de uma atuação do devedor em prol do credor, 
necessitam da realização da prestação (comportamento do devedor em prol do 
credor). 
 Sentenças mandamentais: ligadas a obrigações de fazer, não fazer e obrigação de 
dar coisa certa. 
 Art. 98, §3º do CPC/15 -> o juiz tem que condenar, mesmo o réu estando sob 
benefício da assistência judiciária -> a condenação fica suspensa (é inexigível). 
 Houve uma mudança no CPC/73, em que não se usava mais a expressão "sentença 
condenatória", mas a expressão "sentença que reconhece a existência de 
obrigação". Isso porque, houve sentenças declaratórias que reconheceram a 
existência de obrigação do devedor para com o credor. Ou seja, todas as 
sentenças são passíveis de reconhecer existência de obrigação. Não há que se 
passar por outro processo para obter uma sentença condenatória - reconhecendo 
a existência da obrigação - para, posteriormente, ir para a fase do cumprimento 
de sentença -> Art. 475-N, I do CPC/73. 
 O CPC/15 dá um passo além, pois se admite não só sentenças, mas também, os 
casos de decisão interlocutória em sua classificação e que pode ser levada a 
cumprimento de sentença (ex.: julgamento antecipado parcial de mérito: um 
pedaço do pedido é acolhido no meio da fase de saneamento, segue-se o feito 
para a outra parte em que não há essa possibilidade, sendo o mérito da 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 10 
sentença posteriormente. Esse pedaço acolhido pode ser executado 
autonomamente no cumprimento de sentença e pode até fazer coisa julgada 
[se ninguém recorrer]) -> art. 356 do CPC/15. 
 Art. 515 do CPC/15 substitui o art. 475-N do CPC/73, substituindo sentenças 
por decisões como tipos de títulos judiciais executivos. 
 Art. 501 do CPC/15 -> se o devedor não manifestar sua vontade, a sentença (a 
qual vale como contrato definitivo) emite a declaração de vontade (não há 
necessidade da fase de cumprimento de sentença). 
 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 11 
AULA – 31/03/2017 
 
 Art. 515 do CPC/15 e art.475-N do CPC/73: lista dos títulos executivos judiciais. 
 I a V: vão se cumprir como fase de um processo já existente e em andamento. 
 I -> título judicial por excelência (mais comum). 
 II -> quando as partes entram em acordo durante o processo, haverá uma 
homologação por sentença. Peculiaridade: pode colocar no acordo temas 
que não envolvem o processo (ex.: quando envolve um terceiro ou outro 
objeto ainda não discutido), indo para a homologação judicial normalmente 
(§2º) <- afasta a questão de sentença ultra petita (art. 492 do CPC/15) ->corresponde ao art. 475-N, III do CPC/73. 
 III -> ação homologatória pura: para homologar um acordo feito fora de 
processo, cujo pedido será a homologação (para ter força de sentença e se 
tornar um título executivo judicial [mais forte do que um extrajudicial]). -> 
corresponde ao art. 475-N, V do CPC/73. 
 IV -> ação de inventário e partilha (não importante). 
 V -> Ex.: quando o vencido não paga o perito. O perito pegará a decisão 
interlocutória, em qualquer momento, e executar. 
 VI ao IX -> títulos judiciais que as regras do cumprimento de sentença devem 
ser adaptadas -> §1º (se iniciará uma nova ação). 
ANÁLISE DO PROCEDIMENTO PARA O CUMPRIMENTO DE SENTENÇA 
 Pagar em dinheiro. 
 Requerimento simples através de uma petição -> deflagra o início da fase 
executiva, solicitando o cumprimento. O cumprimento de sentença não se inicia 
de ofício, necessita-se de um pedido da parte (credor ou devedor). 
 Execução sem intervalo, pois ela continua o processo. 
 Juízo competente para o cumprimento de sentença -> competência fixada num 
DICA: revisar 
contagem de 
prazo 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 12 
ambiente de "conexão por sucessividade" (o juízo competente do cumprimento 
de sentença é o mesmo que a proferiu) -> Art. 516, I e II do CPC/15. 
 Art. 475-P, § único do CPC/73: Ele quebrava e relativizava essa "conexão por 
sucessividade" -> permitia que o credor tirasse os autos do juízo que proferiu a 
sentença e levasse para outro lugar, p. ex., quando leva para a comarca que o 
devedor mora, para facilitar o pagamento, quando se trata de entrega de coisa e 
quantia certa (dinheiro) -> Art. 516, § único do CPC/15. 
 Art. 516, III do CPC/15 -> não há competência cravada pela conexão por 
sucessividade. Deve-se observar as questões de competência nos arts. 46 a 53 do 
CPC/15. 
 Cabe agravo de instrumento contra sentença que indefere o deslocamento de 
comarca. 
 Art. 965 do CPC/15 -> Justiça Federal - competência territorial. 
 Art. 513 do CPC/15 -> remissão. 
 Admitiu-se uma ação de execução autônoma para cumprimento CDA (certidão de 
dívida ativa) -> o autor leva a sentença (transitada em julgado) a protesto. Não 
pode ir de ofício -> art. 517 do CPC/15 (ação de execução e protesto são duas 
formas de coerção, mas, para receber o valor, necessita da ação de execução). 
 A sentença não precisava prever a autorização para protesto. 
 Observar o §4º do referido artigo. 
 Além de levar a protesto, pode concomitantemente, requerer a inscrição de 
um novo cadastro de inadimplentes. -> art. 782, §§3º, 4º e 5º do CPC/15. 
 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 13 
AULA – 05/04/2017 
 Art. 523 a 527 do CPC/15 - Cumprimento de sentença que reconhece a 
exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa. 
 Credor -> autor -> exequente (no cumprimento de sentença). 
 Não começa de ofício. Há a necessidade de que o credor (exequente) tome a 
iniciativa e requeira, expressamente, o cumprimento de sentença. Ele deve 
apresentar, em juízo, uma petição que venha a requerer o cumprimento de 
sentença -> Art. 475-J do CPC/73 -> art. 523 e 513, §1º do CPC/15. 
 O próprio devedor (executado) pode tomar a iniciativa do pagamento (execução 
inversa) -> art. 526 do CPC/15. 
 O processo fica parado na secretaria. Contudo, há um tempo máximo para que ele 
fique lá (prescrição) -> Art. 475-J, §5º do CPC/73 e não há equivalente no CPC/15. 
 O que o novo CPC/15 traz, que não tinha no antigo CPC, é que a intimação será 
feita pessoalmente ao devedor e não mais ao seu advogado (que é o normal), se 
não iniciada a execução depois de um ano do trânsito em julgado -> Art. 513, §4º 
do CPC/15. 
 O juiz pode proferir um despacho avisando as partes que o processo voltou para a 
1ª instância (um alerta). 
 O requerimento, através da petição, é simples. Entretanto, o CPC requer que o 
requerimento venha acompanhado de um documento (demonstrativo de cálculo) 
-> art. 524 do CPC/15: 
 Valor principal. Primeiro se faz a correção monetária e, posteriormente, se 
calcula os juros. 
 Esse ônus (conta) é do credor (exequente). 
 Termo inicial de correr juros de ato ilícito -> desde a prática do ato. 
 Caso de cumprimento de sentença direto que não passa pela fase de liquidação -> 
Art. 509, §2º do CPC/15. 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 14 
 Art. 475-B, §3º do CPC/73 e art. 524, §2º do CPC/15: de acordo com o novo CPC, 
somente pode enviar os documentos para que o contador faça o cálculo quando 
este for muito complexo. 
 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 15 
AULA – 07/04/2017 
 Art. 524, §§3º e 4º do CPC/15: informações complementares. Caso o executado 
não contribua a apresentar os demonstrativos, considerar-se-á verdadeiros os do 
exequente. -> Art. 475-B, §§1º e 2º do CPC/73 (correspondente) -> NÃO É 
LIQUIDAÇÃO, É EXECUÇÃO DIRETA! O executado que não apresentar os 
demonstrativos, não poderá impugnar os cálculos depois. 
 Art. 513, §4º do CPC/15: 15 dias para pagar condenação. Se não pagar, haverá 
acréscimo no débito (multa processual sancionatória) pela falta de pagamento -> 
10%. -> Art. 475-J do CPC/73 (correspondente). 
 O prazo corre a partir da intimação do condenado para pagar. 
 A intimação é na pessoa do advogado do devedor (mas o prazo é da parte). 
 Art. 475-J do CPC/73 -> polêmica sobre os honorários advocatícios na fase de 
cumprimento de sentença (execução): para o CPC/73, não haveria novos 
honorários para continuação do processo ou incidentes. 
 O STJ decidiu que tem sim novos honorários advocatícios neste caso (quando o 
devedor não paga), na fase do cumprimento de sentença com ou sem 
impugnação do devedor. 
 Para fazer a conta, pega o montante e joga 10% de multa. Depois, pega o 
montante e joga 10% de honorários. No final junta o montante e os 10% de 
multa + 10% de honorários (100 + 10 + 10 = 120 -> "juros simples"). Este cálculo 
vale tanto para o antigo quanto para o novo CPC. 
 O CPC/15 resolve as polêmicas anteriores -> Art. 523 e §1º do CPC/15. Ou seja, 
agora, o credor faz o requerimento com a apresentação da conta e o 
demonstrativo atualizado. Logo após, o devedor é intimado para pagar (prazo: 15 
dias). 
 Caso o devedor não pague, ele será executado com a multa de 10% e os 
honorários advocatícios de 10% (é uma única multa e honorários. Eles não 
incidem por dia, é um “bloco”). 
Vide Súmula 517 do STJ 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 16 
 Para fazer a conta, pega o montante joga 10% (multa) + 10% (honorários) = o 
valor a pagar. Os honorários não é sobre o valor da condenação + 10%, ele é 
somado junto. 
 Prazo da parte: quem paga é o devedor -> Art. 219 e § único do CPC/15. Há 
divergências quanto à contagem dos prazos – se é em dias corridos ou dias 
úteis. Para a parte, é melhor a contagem em dias corridos, para não correr o 
risco de, posteriormente, o juiz alegar que a contagem é em dias corridos (não 
há precedente sólido quanto a essa contagem). 
 Marco inicial do prazo: se for intimação por advogado, será do dia seguinte da 
publicação do DJE. 
 Marco inicial do prazo: se for intimação da pessoa. 
 Art. 513, §4º do CPC/15 -> intimação pessoal do próprio devedor se o 
credor requereu a execução depois de um ano. 
 Quando a intimação for por carta: recebe-se a carta, assina o AR. O prazo 
do devedor (pessoal) se conta a partir do dia do recebimento da carta e 
não do dia que foi juntado aos autos -> Art. 231, § 3º do CPC/15. Caso seja 
intimação do advogado, o prazo se contará do dia em que o AR for juntado 
aos autos. -> art. 231, I do CPC/15.Quando há litisconsortes passivos: o prazo não dobra, pois é prazo da 
parte. E o prazo é individual. Não aplica a dobra do art. 229 do CPC/15 -> 
art. 231, §2º do CPC/15 (seja por intimação por DJE, seja pessoal). Caso o 
credor requerer a execução depois de um ano (Art. 513, §4º do CPC/15), a 
intimação será por dada para cada litisconsorte. Desse modo, o prazo 
também não dobra e cada um será intimado em um dia diferente. 
 
 Se o devedor não pagar, será expedido o mandado de penhora -> art. 523, §3º 
do CPC/15. 
 Se pagar por partes, o que foi pago antes, será isento de multa e honorários -> 
art. 523, §2º do CPC/15. -> não se deve depositar em garantia. 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 17 
Deve-se depositar em pagamento (conta em nome do juízo. Conta como 
adimplemento), pois, se depositar em garantia, não é considerado pagamento 
voluntário. O credor não pode levantar, não pode pedir a expedição de alvará. 
Isso vira penhora e só pode levantar no final. É considerado inadimplemento, 
incide multa e honorários. 
 DICA 
OLHAR POSICIONAMENTO QUANTO À FORMA DE CONTAGEM DO PRAZO PARA O DEVEDOR 
PAGAR, SE É EM DIAS CORRIDOS (POSIÇÃO ADOTADA PELO HTJ) OU SE É DIAS ÚTEIS (POSIÇÃO 
ADOTADA PELO DIDIER): 
POSIÇÃO DO HTJ: Cabe ao credor requerer a promoção do cumprimento da sentença, com a 
necessária intimação do devedor. Tem o executado o prazo de quinze dias para realizar a 
satisfação do direito do exequente, contado da respectiva intimação (art. 523, caput). 
Em regra, a intimação é feita na pessoa do advogado do executado, que deve contatar seu cliente e 
informá-lo sobre o prazo em curso para o pagamento (art. 513, § 2º, I). Ressalte-se que, segundo o 
novo Código, na contagem dos prazos em dias, deverão ser computados apenas os dias úteis (art. 
219). Essa é a regra geral, e que veio privilegiar o advogado, assegurando-lhe os dias úteis para a 
elaboração de suas peças, recursos etc. 
Contudo, em se tratando de prazo para pagamento, “não há atividade preponderantemente 
técnica ou postulatória a exigir a presença – indispensável – do advogado”. Tal prazo “depende 
quase que exclusivamente da vontade ou situação do próprio executado”. Daí concluir Shimura 
que “o prazo de 15 dias há de fluir de modo ininterrupto, e não apenas nos dias úteis”. No entanto, 
o prazo para impugnação ao cumprimento da sentença (art. 523), referindo-se a ato processual do 
advogado, terá de ser contado apenas em dias úteis, consoante a regra geral já mencionada. 
Recaindo, porém, o décimo quinto dia do prazo em dia não útil, o termo a quo ficará prorrogado 
para o primeiro dia útil seguinte (art. 224, § 1º), tanto no caso do pagamento como no da 
impugnação. 
 
POSIÇÃO DO DIDIER: O devedor, condenado ao pagamento de quantia, terá quinze dias para 
cumprir espontaneamente a decisão judicial, sob pena de o montante da condenação ser acrescido 
de multa de dez por cento sobre o valor da dívida, além de honorários de advogado, também 
fixados em dez por cento sobre o montante da dívida (art. 523, § 1º, CPC). 
(...) 
O prazo para cumprimento voluntário, que é espécie de prazo processual, conta-se apenas em dias 
úteis (art. 219, CPC). 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 18 
AULA – 12/04/2017 
 Transcorreu o prazo de 15 dias para pagar e o devedor não o fez, 
automaticamente, vai para penhora e avaliação (quantificação do bem) para o 
oficial de justiça -> art. 523, §3º do CPC/15. 
 Art. 524, §§ 1º e 2º do CPC/15: caso o devedor não pague a condenação no prazo 
de 15 dias, se o juiz pegar o cálculo da parte exequente e vir que este está errado, 
ele pode determinar que a execução prossiga por aquilo que o credor apresentou, 
mas a penhora se realiza pelo valor indicado pelo juiz. Para isso, o juiz pode utilizar 
o cálculo do contador (contador do juízo – funcionário do juízo). -> Art. 475-B do 
CPC/73 (correspondente). 
 A penhora (garantia do juízo) significa a constrição judicial que decai em cima dos 
bens do patrimônio do devedor (salvo os impenhoráveis), vinculado judicialmente 
ao processo para o pagamento ao credor. Para isso, deve-se individualizar 
(destacar) os bens para o pagamento. Em regra, o oficial de justiça é quem faz a 
penhora e avaliação dos bens. -> Art. 831 e seguintes do CPC/15. 
 Ao realizar a penhora, já avalia os bens de acordo com a sentença mais multa e 
honorários (10%+ 10%). 
 O devedor possui um mecanismo de defesa em relação ao cumprimento de 
sentença: impugnação do devedor (paralelismo = equivale à contestação). 
 A impugnação é mais restrita, pois há coisa julgada. Sendo assim, o ambiente 
de alegação é muito menor. Em tese, não se pode desconstituir a coisa julgada. 
 O CPC/15 mudou essa questão. No CPC/73 com base na Lei 11232/05, diz que 
para contestar, o devedor deverá impugnar dentro do processo de execução. 
Contudo, este CPC impunha a prévia garantia do juízo para o devedor impugnar 
= penhora. Dever-se-ia assegurar ao juízo a vincular bens do devedor naquele 
processo para garantir o pagamento do crédito e, depois disso feito, o devedor 
poderia se defender. O CPC/15 também diz que para contestar o devedor 
deverá impugnar dentro do processo de execução, porém não há a necessidade 
da garantia em juízo -> Art. 475-J, §1º do CPC/73 e art. 914, §1º do CPC/15. 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 19 
 CPC/73 com base na Lei 11232/05: primeiro tem a penhora (com multa + 
honorários), para depois abrir o prazo para a defesa do devedor. Se o 
devedor não tivesse bens, o processo seria suspenso. O prazo de 15 dias 
para a impugnação se contava da data da intimação. 
. 
 CPC/15: Qualquer executado pode se defender independentemente de 
penhora. O prazo para a impugnação (prazo do advogado – prazo 
puro/clássico – OBS: art. 219, 525, §3º do CPC/15) começa a correr quando 
acaba o prazo de 15 dias para o pagamento (15 dias para impugnar) -> 
prazo subsequente. Tudo ocorre dentro dos próprios autos. -> art. 525 e 
518 do CPC/15. Nesse caso, o termo inicial do prazo para impugnar é o 
último dia do prazo para pagamento, mas ele é excluído da contagem, 
começando no dia seguinte (conta-se APENAS em dias úteis). -> art. 224 do 
CPC/15. 
 Ficar atento aos litisconsortes -> se houver, o prazo será em dobro, 
pois é prazo processual. 
 CPC/15: serve também para processo de execução autônomo de título 
extrajudicial. O devedor se defende num processo de execução autônomo através 
de embargos do devedor. 
 Matérias que podem ser alegadas na impugnação -> art. 525, §1º do CPC/15 
(correspondente art. 475-L do CPC/73) -> há temas processuais e temas de direito 
material: 
 I: o defeito da falta de citação é tão grave que ele não permite que a sentença 
transite em julgado [querela nullitatis: a sentença é eternamente nula]. Pode 
ensejar (1) ação rescisória ou (2) impugnação de cumprimento de sentença ou 
(3) ação declaratória autônoma. É retroativo. 
 II: ilegitimidade de parte -> Ex: (1) morte do credor ou erro do devedor. (2) O 
fiador que não foi parte no processo de conhecimento, não pode ser parte no 
cumprimento de sentença (art. 513, §5º do CPC/15). É do cumprimento para 
frente (todas as nulidades se perdem depois do trânsito em julgado, exceto a 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 20 
ausência de citação -> art. 506 do CPC/15). 
 III: ex.: título ilíquido e sentenças sob condição (o juiz pode decidir uma relação 
jurídica sob condição -> art. 98, §3º do CPC/15) - art. 492, § único do CPC/15 - 
correspondente art. 514 do CPC/73. 
 IV: penhora incorreta (art. 523, §3º do CPC/15) -> penhorar bens que não 
podem serpenhorado. 
 Problema do CPC/15: normalmente, a penhora vem depois da impugnação. 
Nesse caso, o legislador diz que o termo inicial da impugnação será a 
intimação da penhora (art. 525, §11º do CPC/15) [prazo processual]. Pode 
haver dois tipos de impugnações, uma arguindo matérias de direito e a 
outra arguindo apenas a penhora. 
 V: excesso de execução -> art. 917, §2º do CPC/15: definição de excesso de 
execução. No CPC/15, a hipótese de excesso de execução se concentrou apenas 
no excesso de valor da cobrança -> art. 525, §4º do CPC/15. O devedor deve 
fazer um demonstrativo de cálculo para provar que o cálculo do autor está 
errado. 
 o legislador do CPC/73 (art. 475-L) tinha essa mesma exigência, sob pena 
de rejeição liminar imediata da petição. Isso continuou no CPC/15 (art. 525, 
§5º do CPC/15), pois, se não apresentou os cálculos na petição de 
impugnação de cumprimento de sentença, sendo o único fundamento, não 
poderá mais apresentar e a impugnação será indeferida liminarmente. Se 
tiver outros fundamentos, apenas eles serão apreciados. 
 VI: não aparecia no art. 475-L do CPC/73, mas a doutrina e jurisprudência 
indicavam essa possibilidade. O CPC/15 veio reconhecer expressamente a 
possibilidade de alegação de incompetência absoluta do juízo da execução na 
impugnação. Impedimento de suspeição -> art. 525, §2º do CPC/15. 
 VII: fatos supervenientes à sentença/coisa julgada que extinguem o débito. 
 
 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 21 
AULA – 19/04/2017 
RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA 
 Art. 5º, XXXVI da CF: protege a coisa julgada. 
 No ambiente de impugnação da sentença, pode-se derrubar a coisa julgada. 
 Art. 475-L, §1º do CPC/73 (equivalente art. 525, §12 do CPC/15): sentença pautada 
pelo vício da inconstitucionalidade por se basear em artigos ou leis declarados 
inconstitucionais pelo STF ou por interpretação da lei incompatível com ato 
informativo (interpretação) pelo STF -> derruba-se a sentença através da 
impugnação. 
 A lei, em que a sentença se baseia, deve ter sido derrubada pelo STF por 
controle de constitucionalidade difuso ou concentrado. 
 A interpretação ampliou, segundo o STJ -> vale para ADIN e vale para 
interpretações feitas pelo STF consideradas incidenter tantum dentro de 
Recurso Extraordinário. 
 STF diz se a lei foi declarada inconstitucional depois da coisa julgada, não vale 
suscitar em sede de impugnação. Prevalece a coisa julgada -> Art. 525, § 14 do 
CPC/15. 
 O CPC/15 inova em relação ao CPC/73 -> há a presença da modulação de efeitos: 
A modulação pode recair sobre os efeitos retroativos da decisão paradigma; o STF 
pode fixar uma data a partir da qual eles são produzidos. Nesse caso, somente 
caberá alegação de inexigibilidade se a decisão executada houver transitado em 
julgado no período abrangido pela modulação -> art. 525, §13 do CPC/15. 
 
 Art. 525, §15 do CPC/15: Se a lei foi declarada inconstitucional depois da 
sentença/coisa julgada, caberá ação rescisória. 
 A ação rescisória tem um prazo decadencial de 2 anos para a propositura da 
ação (art. 975 do CPC/15) . Entretanto, neste caso, o termo inicial do prazo é 
contado do trânsito em julgado da decisão proferida pelo STF. 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 22 
 Art. 1057 do CPC/15 -> Direito intertemporal 
 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 23 
PARTE II 
AULA – 03/05/2017 
EFEITO SUSPENSIVO 
 A impugnação é apresentada nos mesmos autos. Como funciona essa 
impugnação? 
 No CPC/73, essa impugnação tinha efeito suspensivo, da execução, uma vez 
apresentado o mecanismo de defesa, havia o congelamento do processo de 
execução, seguia para o julgamento da impugnação, depois retomava seu 
curso. 
 Na vigência da Lei 11.232/05 ele, CPC/73, acabou com isso, e determinou que 
não teria mais efeito suspensivo automático, ope legis. Mas, o juízo ou o 
tribunal avaliando o caso concreto, pode conferir esse efeito suspensivo, é o 
que chamamos de efeito suspensivo ope judicis. Havia a possibilidade, então, 
da busca pelo efeito suspensivo judicialmente. 
 Com a lei 11.232/05, apresentada a impugnação ela não suspende a execução. 
-> art. 475-M do CPC/73. 
 A impugnação não terá efeito suspensivo. Essa é a regra no CPC. 
 Impugnação na perspectiva do CPC/15 -> art. 525, §6º do CPC/15. 
 Isso significa que vocês tiveram o requerimento de cumprimento de sentença 
art. 523 e 524; depois vem a intimação do executado para pagar; se não pagar 
acresce os 10% mais 10% (multa + honorários); abre dois prazos de 15 dias; 
segue a penhora e o prazo para impugnação. Lembrando que impugnação no 
NCPC independe de penhora. 
 Aí a impugnação é apresentada, que como regra não tem efeito suspensivo. 
Têm-se aqui dois atos processuais em paralelo que é o processamento da 
impugnação e o andamento do cumprimento de sentença -> arts. 513 e 832 do 
CPC/15. 
 Tipos de venda de bens penhorados -> arts. 879 e 904 do CPC/15. 
 No CPC/73, a impugnação será em apenso e nos próprios autos -> art. 475-M, §2º 
do CPC/73. 
 Diferentemente, no CPC/15, a impugnação será realizada nos próprios autos -> 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 24 
art. 518 do CPC/15. 
 Deve-se observar a relevância da argumentação a probabilidade de dano: para o 
efeito suspensivo. Além disso, deve ser observar a segurança do juízo (bens) -> art. 
475-M do CPC/73. 
 O NCPC acrescenta que a penhora não é necessária para a impugnação -> art. 
525, caput do CPC/15. 
 No NCPC, o juiz não pode dar efeito suspensivo de ofício. O executado que 
deve comprovar a necessidade de efeito suspensivo. Se conceder o efeito 
suspensivo: interrompe a penhora até o julgamento da impugnação. Cabe 
agravo de instrumento da decisão de concessão de efeito suspensivo -> art. 
525, §6º do CPC/15. 
 Art. 525 do CPC/15: 
 §8º: impugnação parcial. 
 §9º: litisconsórcio necessário unitário. 
 §10: caução. 
 Há duas hipóteses quanto à impugnação: 
 Se a impugnação está para o efeito suspensivo, a tramitação (processo de 
execução) fica suspensa até o processamento do julgamento da impugnação. 
(visão de Didier) Abre vista para o exequente da impugnação para que se 
manifeste sobre ela (contraditório – art. 9º). Se houver necessidade de prova, 
não pode haver julgamento antecipado. Com ou sem prova, o juiz decidirá 
sobre a impugnação, no todo ou em parte. 
 Se for concedido efeito suspensivo, no processo de execução, não deixa ocorrer 
a penhora, pois ele para no procedimento na avaliação dos bens. 
 O legislador acabou com o efeito suspensivo ope legis dessa defesa (somente ope 
judicis), mas permite a perspectiva do efeito suspensivo condicional a uma 
argumentação relevante e que a sequência da execução poderá causar danos → 
art. 475-M do CPC/73. 
 O NCPC segue a mesma linha de raciocínio, porém, acrescenta um princípio que 
não havia referência a ele. Isso porque, agora, a penhora não é mais necessária 
para se realizar a impugnação. Sendo assim, passa-se a exigir também a 
segurança do juízo, ou seja, os bens do executado. O juiz também não pode dar 
esse efeito suspensivo de ofício. → art. 525, §6º do CPC/15. 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 25 
 Há duas possibilidades: ou não se concede o efeito suspensivo ou o executado 
não o requer. Se ele requerer e quiser ter uma possibilidade de sucesso, deverá 
demonstrar que há argumentação relevante e que a sequência da execução 
poderá causar danos. 
 Se se conseguir o efeito suspensivo, a penhora para e os autos seguem até a 
decisão da impugnação. Uma vez decidida aimpugnação, a penhora continua 
conforme a decisão. 
 Se o efeito suspensivo não for concedido, por uma das 3 razões: (1) não houve 
requerimento; (2) requereu mas não houve penhora ou (3) requereu, houve 
penhora mas o juiz entendeu que os argumentos não foram suficientes. 
 Contra o indeferimento (decisão interlocutória) do pedido de efeito suspensivo 
cabe agravo de instrumento -> art. 1015, § único do CPC/15. 
 Art. 525, §§ 7º ao 10 do CPC/15 -> regras 
 §8º: impugnação parcial 
 §9º: litisconsórcio unitário simples (cada um é cada um, não para pro outro). 
 §10: mesmo com o efeito suspensivo conferido judicialmente, se o 
exequente oferecer caução, pode-se seguir com a execução -> 
correspondente ao art. 475-M, §1º do CPC/73. 
 Art. 475-M, §3º do CPC/73 – não há equivalente no NCPC, mas a sistemática é a 
mesma. 
 Art. 924 e 925 do CPC/15 -> o juiz terá que emitir uma sentença simples 
reconhecendo ou não a obrigação. Recurso cabível, apelação. 
 Pode ocorrer uma rejeição liminar da impugnação, por exemplo, quando for 
intempestivo, é uma decisão interlocutória (cabe agravo de instrumento). 
 Quando o juiz acolhe a impugnação, no todo ou em parte, é cabível os 
honorários advocatícios (para o executado - impugnante) -> art. 543-C do 
CPC/73 -> -> vale 
também no NCPC. 
 Se acolher integralmente, os honorários (?) 
 Se acolher parcialmente, o juiz irá dosar honorários para cada parte. Não 
pode mais compensar nas dívidas e créditos das partes -> art. 85, §14 do 
CPC/15. -> recurso: agravo de instrumento. 
Vide Súmula 519 do STJ 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 26 
 Exceção de pré-executividade (defesa que não necessitava mais de penhora 
nem embargos): somente se da, em princípio, nos casos em que o juiz, de 
ofício, pode conhecer a matéria. Era utilizada para defender nos casos em que 
não poderia se opor por causa da penhora. 
 Lei 11.232 que reformulou o CPC/73 -> o cumprimento de sentença, agora, se 
dá nos próprios autos, sequenciado continuamente, sem formar novo 
processo. Ainda cabia a exceção de pré-executividade, pois havia ainda 
exigência de penhora, segundo o art. 475-J, §1º do CPC/73. 
 Art. 518 do CPC/15: como não há necessidade de penhora, não mais existe a 
exceção de pré-executividade. 
 Alguns temas não precluem. Pode suscitar de ofício. Pode solicitar até mesmo 
depois da impugnação -> art. 485, §3º do CPC/15. 
 Art. 526 do CPC/15 -> execução reversa. 
 HTJ: no processo de título extrajudicial, há uma possibilidade do devedor-
executado requerer o parcelamento do crédito, que pode ser determinado pelo 
próprio juiz -> art. 916, § 6º do CPC/15. Vale ressaltar que no cumprimento de 
sentença não pode ocorrer esse parcelamento, conforme art. 916, § 7º do 
CPC/15. 
 Desistência do cumprimento de sentença -> Art. 775 do CPC/15. 
 
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE 
O cabimento da chamada exceção de pré-executividade, está acondicionado à existência de vício 
no título executivo, reconhecível de ofício, ou que não demande dilação probatória. Persiste a 
controvérsia, a ser dirimida com a necessária participação da parte adversa, sendo matéria a ser 
discutida em sede de embargos, após devidamente garantido o juízo. 
A exceção de pré-executividade tem sido admitida em nosso direito nos casos em que o juízo, de 
ofício, pode conhecer da matéria, a exemplo do que se verifica da nulidade absoluta do título 
executivo. 
A exceção de pré-executividade é uma espécie excepcional de defesa específica do processo de 
execução, ou seja, independentemente de embargos do devedor, que é ação de conhecimento 
incidental à execução, o executado pode promover a sua defesa pedindo a extinção do processo, 
por falta do preenchimento dos requisitos legais. É uma mitigação ao princípio da concentração da 
defesa, que rege os embargos do devedor. 
É possível ao devedor acionado no processo de execução argüir a nulidade da execução, por meio 
de exceção de pré-executividade e não de embargos, desde que verse sobre matéria que possa ser 
conhecida de ofício pelo Juízo. 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 27 
AULA – 05/05/2017 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHEÇA A EXIGIBILIDADE DE 
OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA PELA FAZENDA PÚBLICA 
 O processo de execução, de acordo com o CPC/73 era autônomo, não vinha no 
mesmo processo que o originou (processo de conhecimento). Dessa forma, para 
fazer defesa ao processo de execução autônomo, o executado deveria propor 
embargos à execução. 
 Há um regime processual especial quando algum representante da Fazenda 
Pública participa como parte de um processo, aquelas com personalidade de 
direito público. 
 O NCPC acabou com o tratamento diferenciado da Fazenda Pública, porque todas 
as sentenças condenatórias são “cumpríveis”, independente de quem participa do 
processo. 
 A Fazenda Pública tem um mecanismo especial nas execuções de dinheiro, 
porque os bens da Fazenda Púbica são impenhoráveis. Nesse caso, não pode 
dar sequência ao processo, pois não poderá ocorrer a penhora. 
 O art. 100 da CF/88 prevê apresentação de precatórios contra a Fazenda 
Pública, ou seja, não há penhora. 
 Fazenda Pública: é a Administração Pública em juízo, encerrando esta 
concepção desde entidades da Administração Direta, tais como a União (e 
Territórios como autarquias territoriais), os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, até os entes da Administração Indireta, a exemplo das autarquias e 
fundações de direito público. 
 Três características (privilégios) da Fazenda Pública → art. 183 do CPC/15: 
 Prazo em 30 dias para impugnar (art. 535, caput e art. 183, caput e §2º do 
CPC/15) → conta-se em dias úteis, por ser prazo processual. Outros prazos não 
especificados, conta-se em dobro. 
 Intimação pessoal por meio de carta ou e-mail eletrônico (art. 183, § 1º do 
CPC/15); 
 Regime processual especial, por força constitucional, a qual dita o regime de 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 28 
pagamento de dinheiro por precatório. 
 Tudo se resolve nos mesmos autos. 
 Regras do procedimento de cumprimento de sentença quando se tratar de 
Fazenda Pública → art. 534 e 535 do CPC/15. 
 Os incisos do art. 534 são praticamente os mesmos que o dos art. 523, a única 
diferença é a inexistência do inciso VII (sobre penhora). 
 Art. 534, §2º do CPC/15: não há a multa dos 10% para a Fazenda Pública pagar, 
quando ela não realiza o pagamento voluntário. 
 Em matéria de impugnação, o mesmo se procede com relação à Fazenda 
pública → art. 535 do CPC/15. A única diferença é o inciso IV (penhora incorreta 
ou avaliação errônea) do art. 525 do CPC/15. 
 A Fazenda Pública não é intimada para pagar (por isso não tem a multa) e sim 
para impugnar, isso porque ela não pode pagar fora da ordem do precatório → 
art. 535, caput do CPC/15. 
 Se houver litisconsortes dos entes que compõe a Fazenda Pública, o prazo para 
impugnar dobra, por força do art. 229 do CPC/15. 
 A impugnação da Fazenda Pública impede a expedição do precatório e do RPV. 
Eles só podem ser expedidos após julgamento da impugnação. Caso a Fazenda 
Pública não concorde com a decisão, pode recorrer mediante agravo de 
instrumento. Mas o processo de execução continua a correr, pois o agravo não 
possui efeito suspensivo → Art. 535, §3º do CPC/15. 
 Diferente do que acontece normalmente, conforme o art. 525, §6º do 
CPC/15, onde impugnação e penhora correm ao mesmo tempo. 
 Impugnação parcial: quando há possibilidade de divisão, sendo um pedaço 
impugnado e outro não impugnado -> art. 535, §4º do CPC/15. 
 Precatório -> art. 100 da CF/88: 
PROCESSO DE EXECUÇÃOUNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 29 
 Precatório preferencial: não se sujeitam, porém, a essa ordem cronológica os 
créditos de natureza alimentícia (CF, art. 100, § 1º), compreendendo-se nessa 
categoria os decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas 
complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou 
invalidez, fundadas na responsabilidade civil, em virtude de sentença transitada 
em julgado (CF, art. 100, § 1º, com a redação da EC nº 62/2009). No entanto, é 
bom notar que “a exceção prevista no art. 100, caput, [atual art. 100,§1º], da 
Constituição, em favor dos créditos de natureza alimentícia, não dispensa a 
expedição de precatório, limitando-se a isentá-los da observância da ordem 
cronológica dos precatórios decorrentes de condenações de outra natureza” 
(STF, Súmula nº 655). 
 Dentre os créditos alimentares terão preferência para pagamento sobre os 
demais da mesma natureza, aqueles cujos titulares tenham sessenta anos de 
idade ou mais na data de expedição do precatório (CF, art. 100, § 2º), até o 
triplo do montante considerado “pequeno valor” pelo § 4º do mesmo 
dispositivo Constitucional. 
 Criou três graus de preferência a serem observados no cumprimento dos 
precatórios: (i) em primeiro lugar serão pagos os credores alimentícios de 60 
anos ou mais e os portadores de doença grave; (ii) em seguida virão os demais 
credores de verbas alimentícias (inclusive do saldo superveniente ao 
pagamento do teto previsto para os sexagenários e doentes); e (iii) por último, 
serão pagos todos os demais credores. 
 O precatório é pago desde que esteja previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) 
-> art. 100, §5º da CF/88. Operação do precatório -> art. 535, §3º, I do CPC/15. 
 
 Precatórios possuem lei: 
 A lei da União é a Lei 10.259/2001, art. 17, §1º vai para precatório os créditos 
superiores a 60 salários mínimos. Até 60 SM, é RPV. 
 Estado: vai para precatório os créditos superiores a 40 salários mínimos. Até 40 
SM, é RPV. 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 30 
 Município: vai para precatório os créditos superiores a 30 salários mínimos. Até 
30 SM, é RPV. 
 Processamento do RPV -> art. 100, §§3º, 4º da CF cc. Art. 87 do DCT, c.c art. 535, 
§3º, II do CPC/15. 
 No caso do RPV, não precisa pedir para o governador. Solicita ao procurador do 
estado para pagá-lo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA 
 A base para a execução ser qualificada como provisória ou definitiva é a 
perspectiva dos recursos interpostos contra a sentença serem ou não portadores 
de efeito suspensivo. 
 Não há cumprimento provisório de sentença em processos contra a Fazenda 
Pública. No caso de obrigação por quantia certa, a execução contra a Fazenda 
Pública, nos moldes do art. 534, somente será possível com base em sentença 
transitada em julgado, restando, pois, afastada, na espécie, a execução provisória. 
 Execução provisória: é quando começa a fase de cumprimento de sentença tendo 
recurso pendente contra a sentença. Permite o adiantamento da atividade 
Precatório: É uma requisição de pagamento de uma quantia certa feita ao ente público (União, 
Estado, município, suas autarquias ou fundações), em virtude de decisão judicial definitiva e 
condenatória, que possibilita à pessoa vitoriosa receber o crédito da condenação. 
Requisições de pequeno valor (RPV): são requisições feitas ao ente público (União, Estado, 
Município, suas autarquias ou fundações) para pagar quantia certa, em virtude de uma decisão 
judicial definitiva e condenatória, que possibilita à pessoa vitoriosa receber o crédito da 
condenação independentemente da expedição de precatório. Art. 100, §§3º e 4º da CF. 
CRONOLOGIA DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (FAZENDA PÚBLICA) 
Há um requerimento de cumprimento de sentença feito por um credor contra a Fazenda Pública. 
Posteriormente, a Fazenda Pública é intimada para impugnar (e não pagar!) em 30 dias. Caso a 
Fazenda Pública apresente a impugnação, não poderá ocorrer nenhum ato de execução enquanto 
não houver uma decisão acerca da referida impugnação. 
Se o juiz rejeitar a impugnação, a Fazenda Pública poderá recorrer mediante agravo de 
instrumento. Mesmo a decisão ter sido agravada, continua a correr o processo de execução, pois 
agravo de instrumento não possui efeito suspensivo. Desse modo, será expedido o precatório 
(pacote de peças: decisão, valor) ou RPV. 
Como o processo está em 1ª instância, o juiz mandará para o TJ-TRF solicitando seu 
processamento. O presidente pegará o precatório e enviará para o governador do estado, para que 
ele preveja seu valor na LOA do próximo ano. Assim, o legislativo incluirá o valor na LOA. 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 31 
executiva até um determinado limite ao mesmo tempo em que se julga o recurso 
pendente contra a sentença na 2ª instância. Ou seja, quando o título executivo 
judicial (sentença) proferido na primeira fase de conhecimento pende recurso em 
cima dele ainda não julgado. O recurso não pode ter efeito suspensivo, pois se ele 
tiver, não pode continuar os atos executórios. 
 As regras de execução provisória estão no art. 475-O e 475-I, §1º do CPC/73 e art. 
520 a 522 do CPC/15. 
 Em regra, se há uma sentença que contra ela existe uma apelação, ocorrerá efeito 
suspensivo. Ou seja, não será possível a execução provisória quando tem uma 
apelação contra uma sentença -> art. 1012 do CPC/15. 
 Mas há casos de sentenças impugnadas por apelação que não possui efeito 
suspensivo -> art. 1012, §1º do CPC/15. 
 Nos casos de apelação que não possui efeito suspensivo, pode-se buscar o 
efeito suspensivo ope judicis -> art. 1012, §3º do CPC/15. Assim, a sentença não 
pode ser executada. 
 O RE e Resp não possui efeito suspensivo automático, a não ser efeito suspensivo 
ope judicis -> arts. 995 e 1029, §5º do CPC/15. 
 O padrão é o cumprimento definitivo, se aplica, no que couber, o cumprimento 
provisório. -> art. 520 e 527 do CPC/15. 
 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 32 
AULA – 10/05/2017 
 A execução provisória, assim como execução definitiva, corre por iniciativa e 
responsabilidade do exequente (por prejuízos). Se o exequente recorrer da 
sentença e perder, acarretará responsabilidade de ressarcimento por prejuízos ao 
executado -> responsabilidade objetiva do credor -> art. 520, I do CPC/15. 
 
 Art. 522, I do CPC/15 -> documentos necessários para o requerimento do 
cumprimento de sentença provisório quando a sentença tiver sido contestada 
por recurso. Nesse caso, far-se-á cópias de documentos do processo para que 
se dê ensejo ao cumprimento provisório de sentença. -> correspondente ao art. 
475-O do CPC/73. 
 Se após o começo da execução provisória, o recurso da sentença a modificar, 
restituirá às partes o estado anterior e o executado poderá liquidar eventuais 
danos sofridos e, posteriormente, requerer cumprimento de sentença contra o 
exequente, nos mesmos autos. -> art. 520, II do CPC/15. 
 Art. 520, III do CPC/15: se der prejuízo, responde do mesmo jeito. 
 A grande diferença procedimental entre o cumprimento definitivo e o 
cumprimento provisório: 
 O legislador admite que se vá adiante com relação aos atos executórios quando 
a sentença que lhe deu ensejo estiver sob recurso com efeito suspensivo com 
uma condição: o credor deve prestar caução em juízo para, no caso de perder, 
reparar os prejuízos do devedor -> art. 520, IV do CPC/15. 
 Casos em que o juiz pode dispensar a caução. Assim, procedimentalmente 
falando, fica igual ao cumprimento de sentença definitivo, nesses casos -> art. 
521 do CPC/15.No CPC/73 era quase assim também, no art. 475-O. 
 
 A dispensa da caução é feito sob a análise do juiz, que pode concedê-la ou não, 
de acordo com cada caso -> art. 521, § único do CPC/15. 
 A caução é prestada apenas ao final da execução provisória, quando se quer 
levantar o dinheiro e vender o bem penhorado. Não há necessidade de exigi-la 
para requerer a execução provisória. 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 33 
 Caso o julgamento do recurso (considerando que transitou em julgado) contra a 
sentença que deu ensejo ao cumprimento de sentença for favorável ao 
exequente, ocorrerá a venda do bem penhorado, dinheiro que será dado ao 
credor. Se houver caução presa, esta será devolvida ao exequente. Ou seja, não há 
mais que se falar execução provisória, pois ela virará execução definitiva. 
 
 Caso o credor dê caução para dar continuidade aos atos executórios e, assim, 
tenha vendido um bem do devedor a terceiros, se o credor perder o julgamento 
do recurso que interpôs contra a sentença, o terceiro que comprou o bem 
penhorado do devedor não será obrigado a devolvê-lo. Nesse caso, o credor 
deverá pagar ao credor a quantia do bem + perdas e danos -> art. 520, §4º do 
CPC/15. 
 Há multa e honorários advocatícios na execução provisória-> art. 520, §2º do 
CPC/15. 
 Se o executado quiser evitar a multa, ele poderá depositar em juízo. Esse ato 
não é incompatível com o recurso, ou seja, não é caso de preclusão lógica. -> 
art. 520, §3º do CPC/15. 
 Cabe cumprimento provisório sem efeito suspensivo contra a Fazenda Pública. 
Contudo, ele poderia ser processado até a fase de impugnação, ficando suspensa, 
daí em diante, até o trânsito em julgado do título executivo, se os embargos não 
forem opostos, ou forem rejeitados. 
 Quando se está pendente em recurso sentença ilíquida, cabe liquidação provisória 
também contra a Fazenda Pública. Poderá fazer a liquidação provisória até com 
recurso com efeito suspensivo. -> art. 512 e 520 do CPC/15. 
 A execução provisória precisa de impugnação da sentença sem efeito suspensivo, 
pois se tiver efeito suspensivo, não ocorre os atos executórios, ainda que 
provisório. 
 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 34 
AULA – 12/05/2017 
PRESCRIÇÃO 
 Temário de direito material (civil). 
 Art. 487, II do CPC/15 -> encerra a crise de direito material. 
 A decisão que reconhece prescrição e decadência é uma decisão de mérito que 
encerra a crise de direito material. 
 O direito subjetivo, a partir de um determinado momento, se torna um direito 
exigível. A exigibilidade do direito material significa a pretensão em buscar a sua 
realização. Essa pretensão, na maioria das vezes, se exercita por meio do direito 
de ação. 
 A partir da exigibilidade do direito subjetivo, o legislador fixa um tempo para o seu 
exercício em sociedade, em prol do princípio da segurança jurídica. Depois de 
transcorrido o tempo, o que se extingue é a pretensão, a exigibilidade do direito 
subjetivo. 
 Vale lembrar que a exigibilidade se extingue, mas existe a possibilidade da 
realização do direito subjetivo com o pagamento espontâneo do devedor -> art. 
189 do CC. 
 Nasce a pretensão de exigibilidade de realização do direito subjetivo por meio do 
direito de ação quando este direito é atingido através de um ato ilícito no 
momento da ocorrência do referido ato. Prazo: 3 anos. -> art. 206, § 3º, V do CC. 
 Art. 132 do CC -> prazo anual 
 Art. 202, I do CC -> causa interruptiva do prazo prescricional. 
 S. 150 do STF -> prescrição do processo de execução -> o prazo é o mesmo da 
ação de conhecimento (3 anos), contado da data do trânsito em julgado da 
sentença da ação de conhecimento. (perspectiva do 
CPC/73) 
 A partir da Lei 11232/2005 e seguindo o CPC/15 na mesma visão, há um processo 
único, com etapas. Não mais existe ação de execução autônoma. O cumprimento 
de sentença é uma nova etapa. 
 Mesmo sendo tudo no mesmo processo, o cumprimento de sentença, mesmo 
sendo uma nova etapa do mesmo processo, continua a ter o prazo 
prescricional de 3 anos para interpor o requerimento de cumprimento de 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 35 
sentença. Pois nasce aqui uma nova pretensão. -> art. 202, § único do CC. 
Aplica-se, assim, a S. 150 do STF. 
 Até antes do CPC/15, aplicava-se, no caso de ações contra a Fazenda Pública, a S. 
150 do STF. Com a vigência do NCPC, o cumprimento de sentença continua nos 
mesmos autos e o prazo prescricional para interpor o requerimento de 
cumprimento de sentença é de 5 anos, contado da data do trânsito em julgado da 
sentença da ação de conhecimento (Decreto 20.910/92). 
 Supondo que a sentença da ação de conhecimento fosse ilíquida. Ela vai transitar 
em julgado. Passava pela fase da liquidação e chegava a um valor líquido. Ou seja, 
o prazo prescricional para interpor ação de execução começava a correr da data 
da sentença que declarou a liquidez do valor a ser executado -> art. 534 e 535 do 
CPC/15. 
 Caso sobrevenha agravo de instrumento com efeito suspensivo contra essa 
sentença, o prazo será suspenso. 
 Novidade do NCPC: prescrição intercorrente: prescrição que se dá no curso do 
processo -> art. 924, V do CPC/15. 
 O NCPC tratou expressamente da prescrição intercorrente nos §§ 4º e 5º do 
art. 921, § 4º (ver, retro, os itens nos 576 e 577). A falta de bens penhoráveis 
do executado e a desídia do exequente em exigir o seu crédito, dão ensejo à 
suspensão da execução e, subsequentemente, à prescrição intercorrente. Caso 
transcorra o lapso temporal da prescrição, correspondente à obrigação 
exequenda, extinguir-se-á a execução pela perda da pretensão deduzida em 
juízo pelo exequente (art. 924, V). Para tal fim e em regime de direito 
intertemporal, estabeleceu o art. 1.056, que o critério de determinação do 
termo inicial da prescrição intercorrente nas execuções em curso paralisadas 
será a data de vigência do novo Código. 
 Daí a criação pretoriana da apelidada prescrição intercorrente, agora adotada 
expressamente pelo NCPC (art. 921, § 4º), que se verifica justamente quando a 
inércia do processo perdure por tempo superior ao lapso da prescrição prevista 
para a obrigação disputada em juízo. Assim é que, decorrido o prazo de um ano 
de suspensão da execução por ausência de bens penhoráveis, sem que o 
exequente se manifeste, “começa a correr o prazo de prescrição 
intercorrente”. Mas, para que essa prescrição seja decretada e o processo 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 36 
extinto, o juiz deverá ouvir previamente as partes, no prazo de quinze dias (§ 
5º), a fim de que seja cumprida a garantia do contraditório. 
 Se aplica para o cumprimento de sentença -> art. 513 do CPC/15. 
 Casos em que ocorrerá a suspensão da execução (tanto a civil quanto a fiscal) -
> art. 40 da Lei 6830/80. 
 Caso não achou bens penhoráveis ou a pessoa do devedor, passado um ano de 
suspensão do processo, este será arquivado -> art. 40, §2º da Lei 6830/80. 
 Passado um ano de suspensão, iniciará o prazo prescricional do direito de 
interpor ação de execução. Ou seja, em tese, aumentaria mais um ano. Caso 
haja transcorrido o prazo prescricional, ocorrerá a prescrição intercorrente, por 
ela ter acontecido dentro de um processo não terminado. Isso só vale para 
processos contra a Fazenda Pública -> art. 40, §4º 
do CPC/15. 
 Agora, o NCPC pegou a exceção à Fazenda Pública anterior e fez valer para 
todos os casos -> art. 921, III do CPC/15. 
 Novidade do NCPC: ocorre também prescrição intercorrente quando há 
demora em solicitar a liquidação da sentença da fase da cognição, ou seja,quando decorre além do prazo prescricional já previsto. 
 As ações ajuizadas antes da vigência do NCPC, 18 de março de 2016, terão 
esta data como termo inicial para a contagem do prazo de prescrição -> 
art. 1056 do CPC/15. 
 
 
Na 1ª fase, a sentença líquida transita em julgado. Logo após, há o requerimento de cumprimento 
de sentença. Entre a sentença e o requerimento corre o prazo prescricional. Suponha que há o 
ajuizamento, por exemplo, do requerimento depois de um ano da data da sentença que transitou 
em julgado. Dentro do cumprimento de sentença, verifica-se que não há bens penhoráveis do 
devedor, suspende o processo por um ano. Se, passado um ano, verificar que o devedor ainda 
continua sem bens para penhorar, ocorrerá o arquivamento do processo. Se ocorrer de o devedor 
passar a possuir bens, os autos serão desarquivados. Caso contrário, ou seja, não ache mais 
nenhum bem do devedor, começa a correr o prazo de prescrição intercorrente. O juiz decretará o 
fim do processo devido à decorrência do prazo prescricional de ofício -> art. 921, §§1º ao 5º do 
CPC/15. 
Vide Súmula 314 do STJ 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 37 
AULA – 19/05/2017 
TUTELA EXECUTIVA NO PROCESSO AUTÔNOMO (TÍTULO EXECUTIVO 
 EXTRAJUDICIAL)
 O exercício do direito de ação vai se dar diretamente na via executiva. 
 Invade a esfera patrimonial do devedor. 
 Tutela executiva = força, invasão estatal do patrimônio. 
 O direito material já está pré-definido, dentro de um documento, o chamado 
título executivo. 
 O título executivo extrajudicial vai ter, mais ou menos, o mesmo efeito de uma 
sentença, no que tange a ensejar um processo executivo. 
 O espaço de defesa é muito amplo, qualquer matéria de fato ou de direito pode 
ser levantado em face do exequente dentro do processo de execução. 
 Processos que se perfaziam sobre Fazenda Pública ou ação de alimentos 
ensejavam processo autônomo na visão do CPC/73. O CPC/15 modificou dizendo 
que elas se cumprem no mesmo processo de cognição que a ensejaram. 
 Art. 515 do CPC/15: títulos executivos judiciais 
 §1º: os incisos ensejam ação autônoma de cumprimento de sentença, porém 
estão regidos com base no Título III do Livro I. 
 Os processos autônomos, agora, giram entorno de títulos executivos 
extrajudiciais. Eles seguem as regras do Livro II -> a partir do art. 771 do CPC/15. 
 A citação do devedor se dá para que ele realize o cumprimento da obrigação, por 
isso, não precisa de técnicas cognitivas, pois a obrigação já está cristalizada. 
 CDA -> título extrajudicial que possui lei específica que dita o regimento do 
processo autônomo. 
 Os títulos executivos giram entorno dos três tipos de obrigação (fazer/não fazer, 
pagar quantia certa, entrega de coisa). Há, portanto, três tipos de procedimentos 
de processo de execução. 
 Art. 806/813 do CPC/15 -> procedimento para entrega de coisa. Prazo para 
cumprimento da obrigação: 15 dias. 
 Busca e apreensão, para bem móvel e imissão na posse, no caso de bem imóvel 
-> art. 806, §2º do CPC/15. 
 Art. 806, §1º do CPC/15: poderá ainda fixar multa (astreinte) pelo atraso. 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 38 
 Art. 814 a 823 do CPC/15 -> procedimento de fazer e não fazer. Prazo para 
cumprimento da obrigação: 15 dias 
 Para forçar o cumprimento da obrigação para não fazer é o desfazimento. Para 
o cumprimento da obrigação de fazer, se faz por fixação de prazo sujeito a 
multa (astreinte), se não for cumprido -> Art. 814 do CPC/15. 
 Art. 824 a 909 CPC/15 -> procedimento para pagar quantia certa 
 Para forçar o cumprimento da obrigação de pagar quantia certa, se faz por 
penhora. 
 Observar os bens impenhoráveis. 
 Art. 825 do CPC/15: 
 I: adjudicação -> O credor fica com o bem pra ele. 
 II: alienação -> Venda do bem (publica ou privada). 
 III: apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de 
estabelecimentos e de outros bens. 
 Art. 831 do CPC/15: penhora (apreensão). 
 Art. 829 do CPC/15: prazo para pagamento (3 dias). 
 Art. 854 do CPC/15: penhora online (BACENJUD). Melhor mecanismo. Acesso 
aos sistemas bancários que trava o dinheiro do devedor. 
 Execução por título extrajudicial contra a Fazenda Pública -> Art. 910 do CPC/15 
 Não se admitia execução de título extrajudicial contra a Fazenda Pública. Agora, 
esse posicionamento mudou -> 
 §3º: Vide arts. 534 e 535 do CPC/15, pois é onde há a fixação mais adequada de 
cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública. 
 Execução de alimentos por título extrajudicial -> Art. 911 do CPC/15 
 O pagamento de alimentos é mensal, o qual pode ser acordado através de 
contrato (título extrajudicial). 
 
 REGRAS GERAIS DO PROCESSO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA
 Não basta ter um título executivo, esse título precisa corporificar uma obrigação 
líquida, certa e exigível. Porque o título executivo extrajudicial (documento formal) 
é um mecanismo de formalização da obrigação. 
 Art. 784 do CPC/15: lista dos títulos executivos extrajudiciais. 
Vide Súmula 279 do STJ 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 39 
 Além do documento formal, é necessário que o que está corporificado no título 
executivo, seja líquido, certo e exigível -> arts. 783 e 786 do CPC/15. 
 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 40 
AULA – 24/05/2017 
 Art. 783 e 786 do CPC/15 – o processo de execução, que vai se instaurar por meio 
do ajuizamento da ação, sendo o título de obrigação certa, líquida e exigível. 
 Se se está com um título em mãos, há uma vantagem para o credor, porque não 
precisará passar pelo procedimento comum. Ele vai, diretamente, para a via 
executiva. 
 Se o credor quiser passar pelo procedimento comum, ele poderá passar. Hoje, 
não mais se extingue o processo sem julgamento de mérito. Não significa falta 
de interesse de agir. -> art. 785 do CPC/15 
 Art. 798 do CPC/15 – o credor propõe ação de execução igual uma ação do 
processo de conhecimento. Vide art. 771, § único do CPC/15. 
 O juiz fixa (provisoriamente) os honorários advocatícios ao despachar a inicial -> 
art. 827 do CPC/15. 
 Art. 782, §3º do CPC/15 -> cadastro de inadimplentes. O credor pede logo na 
petição inicial do processo de execução. 
 Art. 799 do CPC/15 -> coisas que o credor deve requerer já na petição inicial. 
 Pressupostos do processo de execução: 
 Pressuposto jurídico: título executivo -> art. 798, I, a do CPC/15 
 Pressuposto prático: inadimplemento (torna a obrigação exigível) 
 Inadimplemento: art. 389 e seguintes do CC. 
 Art. 787 do CPC/15 -> o credor, de plano, deve demonstrar a exigibilidade da 
obrigação. 
 O título tem que portar uma obrigação líquida, certa e exigível (ponto de partida 
do processo de execução). 
 A obrigação líquida (espécie, quantidade e qualidade), certa (existência) e exigível 
(inadimplemento) -> art. 1533 do CPC/16 e art. 783 do CPC/15. 
 Art. 784 do CPC/15 -> portadores da exequibilidade para buscar resolução pela via 
judicial. 
 I: títulos de crédito 
 II: não precisa de testemunha. 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 41 
 III: direito material necessita de escritura pública quanto à substância do ato. Se 
não houver testemunha, não será considerado título executivo. Válido, porém 
não é título. 
 Cheque especial: 
 XII -> Ex.: cédula de crédito rural, industrial. 
 
Vide Súmulas 233 e 258 do STJ 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 42 
AULA – 26/05/2017 
 IV: instrumento de transação referendado pelo Ministério Público -> é 
conhecidocomo TAC (termo de ajustamento de conduta), ele previne o 
ajuizamento das ações. 
 V: 
 Hipoteca: direito real de garantia real imobiliária em que se da um bem 
imóvel -> art. 1473 do CC. 
 Penhor: direito real de garantia em que se da um bem móveis -> art. 1431 
do CC. 
 Anticrese: dar um bem imóvel para que o outro alugue ou arrende e ai vai 
pagando a dívida com os aluguéis -> art. 1506 do CC. 
 Caução: art. 1459 do CC. 
 VI: somente os contratos de seguro de vida dotados de liquidez, certeza e 
exequibilidade. Seguro de automóvel não vale (ação de conhecimento, sob o 
procedimento comum ou JESP). 
 VII: foro e laudêmio: são os temas que 
envolvem a enfiteuse. 
 VIII: em consonância com o CPC/73. Aplica-
se no caso contrato de locação, quando o 
inquilino sai do apartamento e não paga o 
aluguel e os encargos acessórios. 
 
 No caso da pessoa do condomínio, o CPC/73 previa no art. 275, II, b -> o 
condomínio não podia cobrar as taxas do condomínio por meio de ação de 
execução. Deveria ajuizar uma ação de cobrança. No CPC/15, como acabou com 
o procedimento sumário, agora no art. 784, X, observa-se que se criou um 
título extrajudicial que o condomínio pode ajuizar ação de execução contra o 
condômino inadimplente. Deve ser documentalmente previsto (em convenção 
ou assembleia). 
Enfiteuse: direito real em 
contrato perpétuo, alienável e 
transmissível para os herdeiros, 
pelo qual o proprietário atribui a 
outrem o domínio útil de imóvel, 
contra o pagamento de uma 
pensão anual certa e invariável; 
aforamento. Quando o dono for 
vender, tem que pagar o 
laudêmio. 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 43 
TAC 
O termo de ajustamento de conduta é um acordo que o Ministério Público celebra com o 
violador de determinado direito coletivo. Este instrumento tem a finalidade de impedir a 
continuidade da situação de ilegalidade, reparar o dano ao direito coletivo e evitar a ação judicial. 
Isso ocorre, por exemplo, nos casos em que uma indústria polui o meio ambiente. Nesse caso, o 
Ministério Público pode propor que ela assine um termo de compromisso para deixar de poluir e 
reparar o dano já causado ao meio ambiente. Se a indústria não cumprir com seu compromisso, o 
Ministério Público pode ajuizar ações civis públicas para a efetivação das obrigações assumidas 
no acordo. 
O termo de ajustamento de conduta está previsto no § 6º do art. 5º da Lei 7347/85 e no art. 14 
da Recomendação do CNMP nº 16/10: 
§ 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de 
ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante cominações, que terá eficácia de 
título executivo extrajudicial. 
Art. 14. O Ministério Público poderá firmar compromisso de ajustamento de conduta, nos casos 
previstos em lei, com o responsável pela ameaça ou lesão aos interesses ou direitos mencionados 
no artigo 1º desta Resolução, visando à reparação do dano, à adequação da conduta às 
exigências legais ou normativas e, ainda, à compensação e/ou à indenização pelos danos que não 
possam ser recuperados. 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 44 
AULA – 31/05/2017 
 IX: credor emite, unilateralmente, o título extrajudicial: ex.: Fazenda Pública, 
por meio da edição da CDA. 
 Lei 6830/80: dispõe sobre a CDA 
 XI: serviços notariais. Forma-se título extrajudicial nesses locais, os quais 
cobram uma taxa para a obtenção do serviço. No caso, também é formado 
unilateralmente pelo credor. 
 Há a possibilidade de ação declaratória/desconstitutiva (ex.: ação consignatória) 
do devedor para anular o título que pertence ao credor. Se o devedor entrar com 
a referida ação, não inibe que o credor execute o devedor. Não interfere a 
exequibilidade do título. -> art. 784, §1º do CPC/15. 
 As ações possuem um ponto em comum: a mesma relação jurídica do direito 
material (causa de pedir). Por isso, ocorre a conexão (art. 55, caput e §2º, I do 
CPC/15). As ações correm em paralelo, mas são reunidas por conexão. 
 
 No CPC/73, esse caso não era previsto como de conexão. 
 Os títulos judiciais estrangeiros, para serem cumpridos no Brasil, precisam da 
homologação do STJ -> art. 960 e 965 do CPC/15. Se se tratar de titulo executivo 
extrajudicial feito no estrangeiro, quando o Brasil seja praça de pagamento, o CPC 
admite sua execução direta, independe de homologação -> art. 784, §3º do 
CPC/15. 
 
PARTES DO PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 O legislador prevê o polo ativo e passivo no processo de execução -> art. 778 e 779 
do CPC/15. 
 Polo ativo: o credor 
 Polo passivo: o devedor 
 O credor é o portador do título, em caso de títulos de crédito. 
 Polo ativo: 
 O Ministério Público não tem direitos materiais, mas, em casos excepcionais, 
pode figurar como parte com legitimidade extraordinária, em processos de 
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execução (legitimidade no caso de “salvo”: art. 18 do CPC/15) -> art. 778, §1º, I 
do CPC/15. 
 Lei 7347/85: TAC 
 O MP pode atuar, também, como fiscal da lei: custos legis. Ele não é parte 
do processo. Não tem legitimidade para ajuizar processo de execução -> 
art. 178 do CPC/15. 
 Confere legitimidade extraordinária para o MP ajuizar ação em nome de 
um único indivíduo (ação civil) -> art. 68 do CPP/40. 
 A CF/88 mudou essa perspectiva, dando ao MP apenas interesses 
sociais e alguns individuais, e previu a Defensoria Pública para atuar 
em causa em nome dos necessitados. 
 O STF diz que o art. 68 é portador de um mal que se chama 
“inconstitucionalidade progressiva”. Ou seja, se a Defensoria Pública 
não puder atuar em nome do necessitado (enquanto não criada por 
lei), o MP atuaria, fazendo vigorar o referido artigo. 
 Morte do credor: patrimônio que passa para os herdeiros. Os herdeiros passam 
a figurar como polo ativo -> art. 778, §1º, II do CPC/15. 
 Transmissão do direito por ato entre vivos: cessão de crédito. Se ele é 
consubstanciado em título executivo, o novo credor pode cobrá-lo em processo 
de execução -> art. 778, §1º, III do CPC/15. 
 Sub-rogação: legal (opera por força de lei: quem paga a dívida em nome do 
credor, se sub-roga nos direitos do credor. Ex: fiador) e convencional 
(estipulada por negócio entre as partes) -> art. 346 e 347 do CC e art. 778, §1º, 
IV do CPC/15. 
 Polo passivo 
 Morte do devedor: as dívidas se transferem para os herdeiros nas forças da 
herança. Se não houver dinheiro para pagar, o crédito extingue-se. -> art. 779, 
II do CPC/15. 
 Detalha a responsabilidade patrimonial dos herdeiros pela divida do morto 
-> art. 796 do CPC/15. 
 Cessão de débito: quando alguém assume o débito de outrem, com ciência do 
credor -> art. 779, III do CPC/15. 
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 Fiador: garantia fidejussória. Pode configurar no polo passivo. Responsabilidade 
solidária (lembrar do benefício de ordem: 794, caput e §3º do CPC/15) -> art. 
779, IV do CPC/15. 
 Novidade do CPC/15: quando um terceiro ou o próprio devedor dá um bem em 
garantia real (hipoteca e penhor). Quem der o bem, será chamado no processo 
de execução -> art. 779, V do CPC/15. 
 Responsável tributário: art. 121 do CTN -> art. 779, VI do CPC/15. 
 Desistência da ação: art. 485, §4º do CPC/15. 
 No processo de execução é diferente. A execução se processa no interesse 
exclusivo do credor. Desse modo, independe do consentimento do devedor -> art. 
797 e 775 do CPC/15. 
 
 
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PARTE III 
AULA – 07/06/2017 
 Art. 780 do CPC/15 -> pode acumular execuções (parecida com

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