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AULA 3 EMPRESARIAL II QUOTAS

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EMPRESARIAL II
DAS QUOTAS
PENHORABILIDADE DAS QUOTAS
Muito se discuti a cerca da possibilidade de se penhorar ou não as quotas das sociedades limitadas.
Na penhora ocorre: “o Estado valendo-se do seu poder sancionatório coage o devedor a nomear bens que venham garantir a satisfação de sua dívida”.
Parte da doutrina e da jurisprudência concorda com a possibilidade de se realizar a penhora, mas outros não concordam. Assim há correntes que explicam;
 A 1ª corrente – permite a penhorabilidade para garantir o credor particular do sócio ;
A crítica é que tal corrente atende tão somente o lado do credor;
Assim ignora o fato de que quando integralizado as quotas, estas são patrimônios da sociedade e não do sócio isoladamente;
- Dessa forma – a crítica dessa corrente, é desconsiderar essa função social da empresa – entendendo ser ela uma corrente retrograda;
 A 2ª corrente – diz que as quotas só serão penhoráveis se houver no contrato social cláusula que permita ceder cotas a terceiros sem anuência dos demais sócios;
- Essa corrente demonstra certa despreocupações com a pessoa do sócio;
- O STF tem admitido a penhora por dívidas particulares desde que o contrato permita a cessão de quotas e transferência delas sem prévia anuência dos demais sócios;
Assim sairia de uma sociedade pessoal e passaria as regras de uma sociedade de capital;
 A 3ª corrente – é arguida por boa parte dos juristas, entendem que as quotas ou fundos sociais não podem ser penhorados para garantia de pagamento em execução de dívida particular de sócio;
- Assim entendem que fere a personificação jurídica negando autonomia do patrimônio social em relação aos seus componentes - uma vez que os fundos sociais não pertencem ao quotista e sim a sociedade de modo geral.
- Contudo pode haver uma falha – fraude – nessa corrente, pois o sócio pode valer-se da impenhorabilidade;
- Assim se esconderia de sua obrigação de pagamento e transferiria seus bens a sociedade, se beneficiando daquela – o que prejudicaria o credor.
 A 4ª corrente – diz que a penhora não recairia sobre as cotas do devedor;
- Ela recairia sobre os créditos que possuírem em conta corrente da sociedade ou sobre os lucro que da mesma resultar após o balanço;
- Agora caso isso não ocorra – a penhora somente poderá ser feita na liquidação da sociedade sobre o produto líquido que couber em pagamento ao cotista-devedor;
- Se caso houver mau uso da pessoa jurídica e o devedor malicioso e fraudulento tiver transferido seus bens para a sociedade por cotas - 
- caberá ao juiz o recurso de examinar a fraude e desconsiderar a personalidade jurídica mandando penhorar os haveres do sócio na sociedade;
Algumas jurisprudências tem conhecido a possibilidade de penhorar as quotas da sociedade limitada por dívida particular – por que se não é vedado em lei, é de ser reconhecido;
Mesmo havendo ou não proibição à livre alienação no contrato social;
Min. Sálvio de Figueiredo, que ponderou : "A penhorabilidade das cotas pertencentes ao sócio de sociedade de responsabilidade Ltda. , por dívida particular deste, porque não vedada em lei, é de ser reconhecida. Os efeitos da penhora incidentes sobre as cotas sociais hão de ser determinados em atenção aos princípios societários, considerando-se haver, ou não, no contrato social, proibição à livre alienação das mesmas. Havendo restrição contratual, deve ser facultado à sociedade, na qualidade de terceira interessada, remir a execução, remir o bem ou conceder-se a ela e aos demais sócios, a preferência na aquisição das cotas, a tanto por tanto (arts. 1117 a 1119 do CPC). Não havendo limitação no ato constitutivo, nada impede que a cota seja arrematada com inclusão de todos os direitos a ela concernentes, inclusive o status de sócio” (R.esp. nº 30.854-2-SP, j. 8.3.94 – RSTJ 62/250)
A penhorabilidade das cotas sociais de sociedade limitada é hoje determinada pelo art. 861 do NCPC, mesmo que de forma genérica
Há previsão no parágrafo único do artigo 600 do Novo Código de Processo Civil que prevê que o ex-cônjuge ou ex- companheiro do sócio é parte legítima para propor ação de dissolução parcial de sociedade, podendo requerer a apuração dos haveres do sócio, em casos de término do casamento, união estável ou convivência.
A penhorabilidade das cotas sociais também vem regulamentada por meio do art. 1.026 do Código Civil, que dispõe acerca da possibilidade de credor do sócio, em face da insuficiência de bens do devedor, executar o que cabe a este nos lucros da sociedade ou na liquidação desta
Observa-se, para tanto, o que já dispõe decisão do próprio TJ-SP:
II A previsão contratual que proíbe à livre alienação das cotas de sociedade de responsabilidade limitada não impede a penhora de tais cotas para garantir o pagamento de divida pessoal de sócio. Tal constrição não encontra vedação legal e nem afronta o princípio da affectio societatis, não ensejando, necessariamente, entrada de novo sócio. (Apelação APL 1421304320058260000 SP 0142130-43.2005.8.26.0000)
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. PENHORA DE COTAS DE SOCIEDADE LIMITADA E LUCROS DOS SÓCIOS. AUSÊNCIA DE CARÁTER ALIMENTAR. POSSIBILIDADE. 1. A decisão negou a penhora de eventuais proventos do réu em virtude da vedação contida no art. 649, IV do CPC, e de cotas detidas pelo executado, ao fundamento da ausência de “[...] comprovação, no contrato social, de cláusula a qual se permita a cessão e transferência das cotas sem a prévia anuência dos demais sócios”. 2. A penhora de cotas sociais de sociedade limitada é aceita pela jurisprudência do STJ, sendo irrelevante que o contrato social respectivo contenha vedação. Precedente deste Tribunal. 3. Inexiste caráter alimentar na penhora de valores provenientes de lucros de rendimentos de sociedade empresarial excluído do rol de impenhorabilidade previsto no inciso IV do art. 649, do CPC. 4. À ausência de outro bem do devedor passível de penhora, o decreto poderá especificar que a constrição incide apenas nos lucros da empresa, nos limites das cotas e, na hipótese, houve pedido para intimação da sociedade e respectivos sócios para remir a dívida ou exercer o direito de preferência. 5. Agravo de instrumento parcialmente provido. 
(TRF-2 - AG: 201202010190944 , Relator: Desembargadora Federal NIZETE LOBATO CARMO, Data de Julgamento: 24/04/2013, SEXTA TURMA ESPECIALIZADA, Data de Publicação: 07/05/2013)
DOS SÓCIOS
A principal característica de uma sociedade é: exercício de atividade econômica, o escopo lucrativa e a partilha dos resultados entre seus membros;
Dentro das sociedades limitadas – são deveres do sócio a contribuição para o capital social - como também é requisito especial de validade do contrato a garantia de que todos os sócios participem dos resultados. (art. 997, VII CC)
Contudo os sócios da sociedade devem dividir não apenas os lucros – mas também as perdas eventualmente sofridas
Aqui é vedada a “cláusula leonina” – e caso existente será considerada nula de pleno direito (1.008 CC): “é nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas”
Não há na lei regras a priori a cerca de como deve ser feita a distribuição dos lucros da sociedade – assim cabe aos sócios prever a forma de participação de cada um no contrato social;
“ex: podem estabelecer a distribuição preferencial de lucros a um sócio – podem distribuir entre os sócios apenas uma parte dos lucros destinando parte para investimento social – o que não poderá ser feito é excluir algum membro de participação nos lucros ou nas perdas da sociedade.”
Mas caso o contrato social seja omisso – será aplicado o art. 1.007 CC: Salvo estipulação em contrário, o sócio participa dos lucros e das perdas, na proporção das respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuição consiste em serviços, somente participa dos lucros na proporção da média do valor das quotas. (mas vale lembrar que essa ultima parte não se aplica as LTDAS, em obediência ao art. 1.055, § 2º CC)
Ainda conforme o art. 1.009 CC:“acarretará responsabilidade solidária dos administradores e dos sócios a distribuição de lucros ilícitas ou fictícios que receberem, conhecendo ou devendo conhecer-lhes a ilegitimidade”;
Bem como será aplicado o art. 1059 do CC: Os sócios serão obrigados à reposição dos lucros e das quantias retiradas, a qualquer título, ainda que autorizados pelo contrato, quando tais lucros ou quantia se distribuírem com prejuízo do capital
Na sociedade limitada a responsabilidade dos sócios é restrita ao valor de suas quotas – mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social (1052, CC);
Assim, em regra os sócios não devem responder com seu patrimônio pessoal pelas dividas da sociedade (1024 CC)

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