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CURSO GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA DISCIPLINA: CONTROLADORIA II – PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO, ORÇAMENTO E CONTROLE. AULA 3 OS RISCOS EMPRESARIAIS E A RELEVÂNCIA DE SEU CONTROLE NO AMBIENTE EMPRESARIAL GLOBALIZADO OS RISCOS EMPRESARIAIS E A RELEVÂNCIA DE SEU CONTROLE NO AMBIENTE EMPRESARIAL GLOBALIZADO DEFINIÇÕES DE RISCO Tipos de Riscos GERENCIAMENTO DE RISCO: PRINCIPAIS MODELOS EXISTENTES DEFINIÇÕES DE RISCO Desde a sua origem, o ser humano esteve exposto a riscos. A partir do momento em que ele teve a consciência reflexiva sobre sua situação, este ser passou a buscar ações de amenizá-lo ou eliminá-lo, para garantir a sua sobrevivência, como exemplo disto tem-se a busca de moradias em cavernas, habitação à margem de rios e a convivência comunitária. À medida que ocorreu a evolução humana, os fatores de risco também evoluíram. A palavra risco tem diversos significados, alguns deles falam em probabilidades, consequências de fatos, perdas e ganhos. DEFINIÇÕES DE RISCO Risco pode simplesmente ser definido como exposição à mudança. É a probabilidade de que algum evento futuro ou conjunto de eventos ocorra. Portanto a análise do risco envolve a identificação de mudanças potenciais adversas e do impacto esperado como resultado na organização. Fonte: Blackwell Encyclopedic Dictionary of Finance. DEFINIÇÕES DE RISCO Na visão mais corporativa do risco, o IFAC aponta que: Riscos são eventos futuros incertos que podem influenciar o atendimento dos objetivos estratégicos, operacionais e financeiros da organização. As dimensões do risco incluem o impacto sobre a reputação de uma organização, incluindo a “perda de legitimidade” devido a atividades consideradas inaceitáveis para a comunidade. International Federation of Accountants (IFAC) DEFINIÇÕES DE RISCO Figura: Visão do Risco Fonte: Adaptado de Padoveze e Bertolucci (2008, p. 5) DEFINIÇÕES DE RISCO Exemplos e Fatores representativos dos riscos : Manutenção, geração ou perda de clientes; Mercados; interno e externo; Produtos e seus respectivos mercados e clientes; Manutenção, criação ou perda de tecnologia produtiva, comercial e administrativa; Concorrentes atuais e potenciais; e Manutenção, geração ou perda de fornecedores estratégicos. DEFINIÇÕES DE RISCO Riscos que podem ser associados ao Balanço Patatrimonial e ao Demonstrativo de Resultados do Exercício: Aplicações financeiras e concentração de operações bancárias; Valores em moeda estrangeira e sua exposição à volatilidade das taxas de câmbio; Obsolescência de estoques; Concentração de vendas para clientes; Perda com inadimplência; Passivos trabalhistas e contingências tributárias; DEFINIÇÕES DE RISCO Riscos que podem ser associados ao Balanço Patrimonial e ao Demonstrativo de Resultados do Exercício: Tecnologia e obsolescência das plantas fabris; Aumento de custo com fornecedores de bens e serviços; Mudança de políticas tributárias e trabalhistas; Perda de controle interno; e Fraudes. TIPOS DE RISCOS Riscos Estratégicos - consequências de mudanças no cenário econômico ou político. Riscos Financeiros - caracterizados pelas incertezas de possíveis perdas financeiras (crédito, liquidez, taxa de juros, mercado, etc). Riscos Operacionais – caracterizados por eventuais problemas nos processos , pessoas , tecnologia, etc. GERENCIAMENTO DE RISCO: PRINCIPAIS MODELOS EXISTENTES O gerenciamento de risco pode ser compreendido como um conjunto de ações para a identificação das ocorrências que podem afetar a organização, monitoramento e controle destas ocorrências, junto a correções e acompanhamento das execuções das ações corretivas. GERENCIAMENTO DE RISCO: PRINCIPAIS MODELOS EXISTENTES Para Padoveze e Bertolucci: O gerenciamento do risco é uma atividade de gestão aderente ao planejamento estratégico. Portanto, insere-se no conjunto de instrumentos gerenciais pertencentes ao âmbito da controladoria estratégica. A associação da gestão do risco ao planejamento estratégico é adequada, já que a análise da estratégia inicia-se com a análise da empresa como um sistema aberto em relação ao ambiente externo em que está inserida. GERENCIAMENTO DE RISCO: PRINCIPAIS MODELOS EXISTENTES Neste argumento, Padoveze (2007, p.127) discorre que: O foco da gestão do risco é manter um processo sustentável de criação de valor para os acionistas, uma vez que qualquer negócio sempre está exposto a um conjunto de riscos. Para tanto, é necessário criar uma arquitetura informacional para monitorar a exposição da empresa ao risco. GERENCIAMENTO DE RISCO: PRINCIPAIS MODELOS EXISTENTES Barrese e Scordis (2003), entendem que “uma vez identificadas as fontes potenciais de perda, o analista precisa determinar o impacto das perdas no fluxo de caixa da empresa e o impacto econômico resultante na habilidade da empresa em gerar valor para os acionistas”. A figura a seguir apresenta a integração entres as diversas atividades necessárias para o gerenciamento do risco: GERENCIAMENTO DE RISCO: PRINCIPAIS MODELOS EXISTENTES GERENCIAMENTO DE RISCO: PRINCIPAIS MODELOS EXISTENTES Metodologia IFAC - destaca que “a avaliação do impacto potencial de um dado risco pode ser complicada pelo fato de uma gama de resultados possíveis poderem existir ou de o risco poder ocorrer várias vezes em um dado intervalo de tempo”. Metodologia Famá, Cardoso e Mendonça. - deve-se procurar verificar, por exemplo, o impacto de certa medida nos lucros, na imagem da empresa, na participação de mercado, no futuro dos negócios, além de mensurar, embrionariamente, custos e benefícios para administrar esse risco”. AULA 4 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Conceito, função e importância da avaliação de desempenho organizacional para o alcance de resultados. Balanced Scorecard (BSC) Conceito, função e importância da avaliação de desempenho organizacional para o alcance de resultados Avaliação de desempenho e suas etapas gerais A avaliação de desempenho é uma ferramenta que possibilita a obtenção de estimativa, no que se refere à qualidade do cumprimento das atividades exercidas, através de relatórios direcionados por indicadores, que possuem a finalidade de mensurar a performance, adaptando-a conforme necessário. Avaliação de desempenho e suas etapas gerais Padoveze (2007, p.427) discorre que: A avaliação de desempenho tem como objetivo a segmentação da empresa em unidades administrativas organizadas dentro do subsistema formal: os setores, departamentos e divisões, que se expressam dentro da contabilidade gerencial ou de custos sob os conceitos de centros de custos, de resultado ou de desempenho. Para Nunes (2009, p.97): A avaliação do desempenho de uma organização é um tipo particular de controle organizacional que se concentra no acompanhamento do desempenho da organização para que se garanta que algo aconteça conforme planejado e/ou programado. Avaliação de desempenho e suas etapas gerais Nunes (2009, p.102) ressalta que “a avaliação e/ou controle do desempenho em organizações realiza-se através de três etapas gerais”: Medição do desempenho organizacional; Comparação do desempenho organizacional com os objetivos e padrões fixados anteriormente; Adoção de medidas (corretivas ou para manutenção). Definição e funções dos indicadores de desempenho Os indicadores de desempenho são instrumentos utilizados para a obtenção de mensuração qualitativa e quantitativa de ações diretas ou indiretas que possam afetar as operações organizacionais. Tais indicadores contribuem para a melhoria dos processos da empresa e ajudam na localização os problemas que ocorrem e assim, identificam também no alcance das suassoluções. Definição e funções dos indicadores de desempenho A função dos indicadores é auxiliar através de seus resultados, a tomada de decisão gerencial e ser consequência das avaliações que descreverão de forma numérica, a eficácia e a qualidade das ações executadas para a adequação necessária. Indicadores de Insumos; Indicadores de Processos; Indicadores de Produtos; Indicadores de Resultado. Balanced Scorecard (BSC) Desenvolvido por Robert Kaplan e David Norton, na década de 1990, o BSC fornece uma estrutura de indicadores de desempenho, com a finalidade de fornecer informações necessárias para decisões estratégicas, ambos apoiam-se no conceito de que “o que não é medido não é gerenciado”. Balanced Scorecard (BSC) O balanced scorecard é um acessório gerencial, que segundo Kaplan e Norton (1997) apud Padoveze e Bertolucci (2008, p.122) “procura medir o desempenho organizacional sob quatro perspectivas equilibradas: financeira, do cliente, dos processos internos da empresa e do aprendizado e do crescimento”. Balanced Scorecard (BSC) A perspectiva financeira é normalmente a obtenção de lucros sobre as vendas e serviços executados, que influenciam diretamente na saúde financeira da organização, para tanto a organização precisa de indicadores econômicos que proporcione a visualização dos resultados e se a prática executada está contribuindo para esse objetivo. A perspectiva do cliente é a obtenção de bens e serviços de qualidade junto ao atendimento eficaz, sendo este efetuado com presteza, atenção e cumprimento de prazos. Balanced Scorecard (BSC) A perspectiva dos processos internos está voltada para a verificação dos procedimentos adotados na execução dos produtos e serviços que é o fruto gerador de lucros, se executado com qualidade ou prejuízo, se executado com insumos inadequados, como falta de capacitação para execução e utilização de geradores impróprios. A Perspectiva do aprendizado e crescimento visa agregar valor à capacitação profissional, o instrumento que atua no processamento dos produtos e serviços e que efetua o atendimento ao tomador dos frutos gerados, refletindo, desta forma no aumento da motivação destes funcionários que influencia diretamente na produtividade.
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