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SMP COLETA E ANÁLISE DE NÍVEIS DE ESCRITA DE UMA CRIANÇA

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Universidade Luterana do Brasil
Pró-Reitoria de Graduação
Área da Saúde e Bem-Estar Social
	Tipo de avaliação: 
( ) G1 ( ) G2 ( ) Substituição 
( ) Trabalho (X) Semipresencial 
	Curso: Fonoaudiologia
	Disciplina: Linguagem Oral e Escrita
	Data: 15/05/2018
	Turma: 0719-2018/1
	Professor (a): Viviane Medeiros Pasqualeto
	
	Aluno: Felipe de Oliveira Goulart 
	
ATIVIDADE SEMIPRESENCIAL: COLETA E ANÁLISE DE NÍVEIS DE ESCRITA DE UMA CRIANÇA.
ANAMNESE
 JL, sexo feminino, idade 5:10, sem alterações neurológicas, distúrbios fonológicos e fonéticos relatados. Não faz uso de medicações, sem próteses auditivas, sem internações nos últimos anos. Durante a coleta não apresentava nenhuma queixa biológica. A menina frequenta a escola regular e segundo os pais não tem apresentado reclamações quanto ao seu desenvolvimento tanto da professora quanto da própria filha. 
METODOLOGIA 
Foi apresentado uma folha A4 com 11 imagens e orientado que a criança deveria escrever ao lado de cada imagem o seu respectivo nome. Caso fosse de sua vontade, ela poderia colorir os desenhos. 
ANÁLISE DE NÍVEIS DE ESCRITA: 
De acordo com ZORZI (1999) entre 5 e 6 anos de idade a criança já apresenta o uso correto dos verbos irregulares mais usadas na fala.
Até 6:0 é comum que desapareçam as simplificações de grupo consonantal assim como podem ocorrer algumas omissões de sílaba tônica em palavras polissílabas com mais de cinco sílabas e/ou migração de grupo consonantal e de líquida não lateral em coda. 
Nas funções comunicativas, durante a transição de 4 para 5 anos passa a haver um equilíbrio entre manter e iniciar a conversação. A criança caminha em direção a se tornar capaz de conversar com mais de um interlocutor ao mesmo tempo sobre referentes ausentes e abstratos.
Já na fase entre 5 e 6 anos percebe-se que os recursos linguísticos para as diversas funções da linguagem vão se tornando mais sofisticados. A criança já consegue descrever um objeto ou local e demonstra habilidades metalinguísticas, iniciar e manter uma conversação por muitos turnos. Conversa com mais de um interlocutor ao mesmo tempo sobre referentes ausentes e abstratos, com turnos expansivos.
Durante a escrita foram observados os seguintes aspectos:
Segundo Ferreiro & Teberosky (1999), no desenvolvimento da escrita a criança apresenta o NÍVEL 4: FASE SILÁBICA-ALFABÉTICA, onde a criança se torna capaz de identificar pelo menos um dos fonemas dentro da palavra. Percebe-se que algumas palavras se apresentam com silabas completas e outras incompletas, onde identificou-se os seguintes processos:
/caba/ para /caza/: substituição de plosiva bilabial sonora por fricativa alveolar sonora em onset medial.
/boʒboeta/ para / boʒboleta/: omissão de liquida lateral alveolar.
/kɔw/ para /sɔw/: substituição de fricativa alveolar surdo por plosivo velar surdo em onset absoluto. 	
/tataſoʒa/ para/ taſtaſuʒa/: omissão de liquida lateral tepe em coda medial; substituição de vogal (/o/ no lugar de /u/). 
/abela/ para /abea/: omissão de liquida lateral palata em onset medial.
/avaw/ para /avyãw/: omissão da vogal /i/.
/koelo/ para /koeo/: omissão de liquida lateral palatal.
/flô/ para /flôſ/: omissão de liquida não lateral tepe em coda final. 
/avoſe/ para /aſvoſe/: omissão de liquida não lateral tepe em coda medial. 
Nas imagens correspondentes a /ʒatu/, /ppa/ a criança escreveu corretamente. 
A fase silábica-alfabética é um momento fundamental da evolução, nela a criança abandona a hipótese silábica e descobre a necessidade de fazer uma análise que vá “mais além” da sílaba pelo conflito entre a hipótese silábica e a exigência de quantidade mínima de granas (ambas exigências puramente internas, no sentido de serem hipóteses originais da criança) e o conflito entre as formas gráficas que o meio lhe propõe e a leitura dessas formas em termos de hipótese silábica (conflito entre uma exigência interna e uma realidade exterior ao próprio sujeito) (FERREIRO & TEBEROSKY, 1999). 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ZORZI, J. L. e HAGE, S. R. V. PROC – Protocolo de Observação Comportamental. São José dos Campos: Pulso, 2004.
FERREIRO, E. e TEBEROSKY, A. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artmed, 1999. 
LAMPRECHT, R. etal. Aquisição fonológica do Português. Porto Alegre: Artmed, 2004

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