Buscar

Assistência Social e direitos LGBT - Leonardo Koury

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Assistência Social, entre a cidadania, a liberdade de orientação sexual, a 
garantia de direitos iguais.
Leonardo Koury Martins¹
Com a evolução histórica das Políticas Públicas Sociais e a consolidação das 
diretrizes de Política Nacional da Assistência Social no Brasil, pode-se compreender 
que existe um compromisso profissional que passa pelo acolhimento ao respeito ao 
usuário, fortalecendo assim a autonomia do sujeito.
A Assistência Social entre seus princípios tenta desenvolver ao longo do seu 
objeto, a Questão Social, a emancipação dos usuários e a livre escolha de vida, além da 
continua afirmação do protagonismo.
Ressalta Vicente Faleiros em seu artigo Inclusão Social e Cidadania que um 
papel importante do profissional da Assistência Social é articular possibilidades para 
romper a desigualdade e a exclusão que não necessariamente se manifesta na pobreza 
material, mas na afirmação de identidade e no combate aos estigmas. Faleiros ainda 
chama a atenção para o fenômeno desenvolvendo o seguinte argumento: 
“As condições de vida refletem a desigualdade social, que é aceita 
pelo pacto dominante. Nesse pacto, a efetivação dos direitos 
se faz desigualmente em todas as dimensões.” (Faleiros, 2006; 
pag.7)
Se interpretarmos que o papel da Assistência Social dentro da Seguridade Social 
é “promover o atendimento a todos e todas que dela necessitam” pode-se entender 
que a Assistência Social como política pública tem o dever de combater em sua 
prática cotidiana a desigualdade respeitando a livre orientação sexual dos usuários e a 
identidade de gênero, sem reproduzir a lógica do preconceito e do machismo presente 
na sociedade na perspectiva filosófica do afeto, da violência social ao homossexual.
¹ Leonardo Koury Martins: Graduando do curso de Serviço Social pelo Centro Universitário UNA, 
Coordenador da Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social - ENESSO
Os Movimentos Sociais que lutam pela livre orientação sexual tem como 
principal bandeira o combate a homofobia e o machismo e a promoção da igualdade 
de direitos. Este papel ganha importância quando consegue disputar espaço na agenda 
pública do Estado. O Governo Federal consolida o combate a Homofobia e o Machismo 
entre diversas políticas públicas, representações legais além do Brasil sem Homofobia 
(2004) e da 1ª Conferência Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros e da 
apresentação do Plano Nacional para Garantir Direitos da População LGBT (2008).
É papel do poder público em todas suas esferas o dialogo seja para garantir o 
cumprimento do Plano Nacional de Direitos da População LGBT como também no 
apoio ao combate a homofobia e a desconstrução do estigma sofrido pela população 
homossexual.
O município de Contagem, entre as diversas cidades que possuem grande 
organização do movimento LGBT, tem uma agenda que vai da construção anual de 
atividades educativas e reflexivas, ciclos de debates e a organização da Parada do 
Orgulho LGBT de Contagem. O tema da V Parada do Orgulho LGBT no município é: 
“Nem Menos, Nem Mais. Direitos Iguais!” buscando traçar junto a toda população a 
isonomia de direitos.
A maior contribuição do Município de Contagem, principalmente do campo de 
atuação dos profissionais do Desenvolvimento Social é desconstruir os estigmas que 
afastam os direitos de cidadania do seguimento LGBT desde primeiro acolhimento nos 
equipamentos públicos além de promover um elo articulador entre as ações do poder 
público local e construir junto aos demais usuários e a toda rede sócio-assistencial a 
igualdade de acesso as políticas públicas do município.
 
Referências Bibliográficas:
FALEIROS, Vicente de Paula. Inclusão Social e Cidadania, 32ª Conferência 
Nacional de Serviço Social, 2006
COUTO, Berenice Roja. A Assistência Social como Política Pública, SUAS e 
inclusão, Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006
Política Nacional de Assistência Social. PNAS, Ministério de Desenvolvimento Social e 
Combate a Fome.
Direitos LGBT Já! Conselho Federal de Serviço Social, Conjunto CFESS/CRESS Resolução 498/06. 
Acessado: http://www.cfess.org.br/noticias_res.php?id=195, 17 de junho de 2009

Outros materiais