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AMPLIANDO DIÁLOGOS TEÓRICOS Perguntas a serem respondidas: ◦ O que é Psicologia? ◦ O que influenciou a Psicologia como ciência? ◦ Qual é seu objeto? E sua metodologia? ◦ Como foi a invenção do psicológico? ◦ Quais são as principais teorias e sistemas? Psyché – gregos ◦ Etimologia da palavra – o estudo da alma Objeto – o estudo do comportamento ◦ Foco psicológico ◦ Natureza múltipla – múltiplas perguntas e respostas É o estudo dos fenômenos psíquicos e do comportamento do ser humano por intermédio da análise de suas emoções, suas idéias e seus valores. Filosóficas - reflexões Modelo reducionista cartesiano das ciências naturais Biológicas - experimentos Matrizes cientificistas Orgânica – organismo funcional analisável e voltado para autoconservação Quantitativa – possibilidade de prever, quantificar e classificar em leis gerais o objeto de estudo Mecanicista – concepção de mundo e de homem como uma grande máquina Objetivo: Descrever, prever, explicar e modificar o comportamento e os processos mentais Estudo científico - Metodologia ◦ Descritivo – observar e registrar comportamentos – análise qualitativa Estudos de casos, pesquisas e observações naturalistas ◦ Correlacional – prever comportamentos– análise qualitativa e quantitativa estudos de correlação - medidas estatística de relacionamento entre variáveis (correlação positiva –direta, ambos aumentam/diminuem; correlação negativa, um aumenta outro diminui) ◦ Experimental - Explicar causa e efeito – análise quantitativa manipulação de um ou mais fatores e uso de distribuição aleatória para eliminar diferenças prévias entre os pesquisados Variável independente, variável dependente, efeito placebo Ciência aplicada a educação cujo objetivo é, numa relação permeável com as demais ciências pedagógicas oferecer subsídios para que no ato de educativo alcance plenamente seu objetivo A psicologia da educação compreende a utilização de conclusões obtidas em diversas áreas da ciência psicológica sobre assuntos que interessam especificamente à educação e a investigação de problemas relacionados ás pessoas sob ação educativa 2 cortes epistemológicos 1. Não pretendendo dedicar-se à tarefa do conhecimento abstrato e reflexivo rompeu com a filosofia 2. No século XIX aliou-se a uma perspectiva científica que era constituída pelo âmbito das ciências físicas, biológicas ou psicoquímicas cujo estatuto de cientificidade era reconhecido por todos O POSITIVISMO ALEGAVA QUE SÓ PODIA ESTUDAR AQUILO QUE PODIA OBSERVAR. DEU “CALDO” PARA O APOGEU DO BEHAVIORISMO DE WATSON, DE PAVLOV E DEPOIS DE SKINNER Behaviorismo americano – o meio ambiente era, sem dúvida, o grande responsável pela natureza humana Os behavioristas partiam da premissa que para a Psicologia tornar-se uma ciência precisava adotar um objeto de estudo observável, quantificável, reproduzível e descritível em termos tão elementares que dispensassem a subjetividade, nesse caso, o comportamento Para ascender ao status de ciência, a Psicologia em um primeiro momento precisou romper com a visão da Filosofia, suas especulações e sua busca pela verdade Aderiu o modelo aceito pré-existente das Ciências Naturais Centrou-se na objetividade e afastou-se da subjetividade Wundt inaugura o primeiro laboratório de psicologia para seus estudos psicofísicos ◦ Física – de fora para dentro – inspeção ◦ Psicologia – de dentro para fora – introspecção Conceituação ◦ Aprendizagem mudança relativamente permanente no comportamento ou potencial comportamental que resulta da prática ou experiência. ◦ Condicionamento - aprendizagem resultante da associação entre um estímulo e uma resposta Condicionamento clássico – aprender uma resposta involuntária para um estímulo que normalmente não causa a resposta Condicionamento operante – aprender uma resposta voluntária a um estímulo como resultado de uma resposta prévia Behavior - significa “comportamento”. ◦ tendência teórica que se dedica ao estudo das interações entre o indivíduo e o ambiente: estímulo x resposta Ivan P. Pavlov (1849-1936) – fisiologista russo ◦ O psiquismo humano é um conjunto de conexões ou associações, entre estímulos e respostas. ◦ Estímulo condicionado (experimento com cão). ◦ Reflexos (resposta) incondicionados -estão presentes desde o nascimento, não precisam de aprendizagem ou experiências prévias. São comportamentos involuntários, considerados atos reflexos de sobrevivência, também dirigidos para alguns estímulos novos. Ex.: Lágrimas e salivação. Reflexo de sucção. E→R (um estimula causa uma resposta do organismo (visão fisiológica) Fisiologista – antecede Watson, considerado o avô do behaviorismo. Estabelece a possível conexão entre estímulos ambientais neutros e atividade fisiológica. Isso foi considerado um passo decisivo no conhecimento das relações entre o organismo e o ambiente que o rodeia gabi19981 Highlight conexão entrenullestímulos ambientais neutros e atividadenullfisiológica. Se um estímulo incondicionado for apresentado junto com um estímulo neutro, este passa a sozinho conduzir ao comportamento antes só produzido pelo estímulo incondicionado. Passa então a ser chamado ESTÍMULO CONDICIONADO ISSO PERMITE O INDIVÍDUO ANTECIPAR, PREVER E SUBSTITUIR RELAÇÕES NECESSÁRIAS POR RELAÇÕES CONTIGENTES Através do que ficou conhecido como a "Teoria Pavloviana da Atividade Nervosa Superior", Pavlov e seus discípulos foram os primeiros pesquisadores a integrar os estudos da psicologia da aprendizagem com a análise experimental da função cerebral. Eles mostraram que os reflexos condicionados se originam no córtex cerebral, o qual, segundo as palavras de Pavlov, "é o distribuidor primário e organizador de toda as atividades do organismo". Ao longo de vários anos, ele e seus discípulos chegaram às leis básicas que governam a operação do córtex cerebral no aprendizado condicionado. Mesmo concordando com o uso que Watson fez de sua obra, Pavlov só se admitiu psicólogo experimental no final de sua vida. Ele não concordava que a psicologia era uma ciência John B. Watson (1878-1958) ◦ FRASE CÉLEBRE Dêem-me uma dúzia de crianças saudáveis, bem formadas e o mundo que eu especificar para criá-las e garanto tomar qualquer uma ao acaso e treiná-la para ser o especialista que se escolher (médico, advogado, artista, gerente comercial e até mesmo mendigo e ladrão)independente de seus talentos, inclinações, vocações e da raça de seus ancestrais” Considerado o pai do behaviorismo. Seu artigo foi a primeira formulação da posição behaviorista. Watson afirmou que o objeto da psicologia é a conduta humana e animal e sua meta é prever o comportamento, formular leis a seu respeito e controlá-lo. ◦ Behaviorismo Metodológico O individuo é totalmente moldável pelo meio, pelas influências que o cercam. Enfatiza os procedimentos de medida do comportamento na sua relação com o ambiente. O ser humano demonstra ter uma capacidade surpreendente: assimilar estímulos que não apresentam relação alguma, forçosamente, mecânica ou biológica com seu comportamento, e responder, frente a eles COMO SE a relação existisse ISSO TORNOU O HOMEM E OS ANIMAIS MAIS ADAPTATIVOS As respostas para Watson podem ser aprendidas ou não-aprendidas e explícitas ou implícitas. Quando Watson fala em implícitas ele se refere as que acontecem no interior no organismo, mas são passíveis de serem medidas por instrumentos O Behaviorismo se esmerou em construir uma ciência que não fosse mentalista ou subjetiva Para Watson, a aprendizagem era a chave da compreensão do desenvolvimento do comportamento humano. Watson não aceitava a explicação dos instintos e do comportamento herdado. Para ele algum grau de reforço foi necessário para que o comportamento se desse. O adulto é apenas um produto do condicionamento da infância Filho de uma enfermeira, de 11 meses. Era uma criança com poucos medos, mas demonstrou medo diante de um som forte desconhecido. Fizeram um condicionamento com a criança para deixá-lo com medo de um rato que antes não inspirava medo. O medo foi tão forte que foi associado a objetos semelhantes. NASCEU NA PENSYLVANIA EM 1904 ANÁLISE CIENTÍFICA DO COMPORTAMENTO HUMANO. CONTROLE SOCIAL CONDICIONAMENTO HUMANO REFORÇO PUNIÇÃO As causas do comportamento estão fora do organismo. Toda a questão da ciência do comportamento humano está em descobrir e descrever as leis que governam as interações entre o organismo e o ambiente. 1) A OCASIÃO NA QUAL A RESPOSTA OCORRE 2)A RESPOSTA 3) AS CONSEQUÊNCIAS DO REFORÇAMENTO Pavlov estabeleceu a relação entre um estímulo e uma resposta. O comportamento é nesse caso foram chamado de RESPONDENTE, pois são eliciadas por um estímulo. Skinner estabeleceu a relação entre a resposta e suas consequências. O comportamento, nesse caso, é OPERANTE 1) verificar o que o organismo faz 2) observar as circunstâncias sob as quais faz 3) as consequências de suas ações ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO Quando um reforçador ocorre depois de uma resposta – independentemente das condições que possam ter levado a emissão da resposta- o resultado será um aumento na probabilidade de que essa resposta ocorra de novo sob condições similares Burrhus F. Skinner (1904-1990) Condicionamento operante ou instrumental: É o aumento da freqüência de um comportamento reforçado. É voluntário e abrange uma quantidade muito maior de atividade humana, pois o homem opera sobre o mundo direta ou indiretamente. Ex.: ao ler um livro, escrever, namorar, etc. A fundamentação deste comportamento é baseada na Lei do Efeito. O que propicia a aprendizagem dos comportamentos, é a ação do organismo sobre o meio e o efeito resultante, que irá satisfazer-lhe de alguma forma. ◦ R→S (uma resposta é gerada por um estímulo recebido que a reforça) Comportamento – expressão visível de um organismo, aquilo que pode ser registrado e quantificado. Experimentos em laboratório (artificial e controlado). ◦ Pesquisa com animais Controle de variáveis ◦ Variáveis dependentes- característica do comportamento ◦ Variáveis independentes - manipuladas É o estudo sobre como se dá a relação funcional entre o homem e o ambiente através de procedimentos experimentais específicos, objetivos e controlados. ◦ Conduta – conduta humana inseparável do contexto – tripla relação de contingência Estímulos discriminativos ou antecedentes A própria atividade Consequências – ou alterações decorrentes da relação Condicionamento Tipo Clássico Operante Processo involuntário voluntário Pioneiro Pavlov, Watson Thorndike, Skinner Característica Um estímulo neutro passa a ser condicionado e a eliciar uma reposta condicionada Aprendem pela conseqüência de suas respostas Condicionamento operante Reforçamento Punição Aumento do comportamento Diminuição Do comportamento Os processos de reforço são aqueles em que um determinado tipo de resposta tem aumentadas as suas possibilidades de futura ocorrência devido às consequências REFORÇADORES – consequências específicas que aumentam as probabilidades de que um determinado tipo de resposta seja produzido no futuro em condições similares- é uma relação funcional ( não um reforçador em si mesmo) Redução da probabilidade futura de uma resposta específica Na educação esse não é o melhor método pois acarreta pelo menos 3 conseqüências: 1. Aumenta a aparição de respostas agressivas 2. Um indivíduo punido fica mais ansioso e compromete sua capacidade de aprendizagem 3. Os efeitos da ansiedade produzida pelo castigo são duradouros e podem comprometer futuras situações de aprendizagem CONTIGÊNCIA POSITIVA CONTIGÊNCIA NEGATIVA ACRESCENTANDO A UMA SITUAÇÃO APÓS A RESPOSTA Reforçamento positivo (RECOMPENSA) João ganha 1 real quando se comporta bem Comportamento fortalecido Punição por castigo Puxão de orelha em João quanto tem o comportamento errado Comportamento enfraquecido REMOVENDO DE UMA SITUAÇÃO APÓS UMA RESPOSTA Punição por remoção Tira-se 1 real do João quando ele se comporta mal Comportamento enfraquecido Reforçamento negativo João não leva puxão de orelha quando se comporta bem de novo Comportamento fortalecido Processo complementar e contrário no que tange ao reforço. Uma vez que determinada resposta já tenha sido reforçada, em caso de abandono sistemático desse reforço, produz –se uma redução da frequência dessa mesma resposta Um esquema de reforçamento contínuo resulta em uma taxa de aprendizagem mais rápida do que o esquema intermitente, mas acarreta também uma extinção mais rápida após a retirada do reforçamento. EXTINÇÃO- ocorre quando um animal ou uma pessoa que haviam recebido reforçamento por um determinado comportamento não o recebem mais. O resultado é a cessação de respostas ESQUECIMENTO – processo mais lento que também resulta na cessação, mas não ligado diretamente a retirada do reforçamento. O esquecimento ocorre com a passagem do tempo Modelagem- técnica usada para treinar animais a fazer coisas que normalmente não constam de seu repertório. Importante controlar o ambiente e ir se aproximando gradativamente da resposta desejada A modelagem é conseguida mediante o estabelecimento gradual de pequenos passos intermediários ou aproximações sucessivas que vão sendo reforçadas seletivamente. Desta maneira ressalta-se o fato de que em alguns momentos respostas que poderiam ser consideradas erros são, na realidade, avanços parciais significativos e passíveis de valorização, dentro do processo educativo. DISCRIMINAÇÃO-Um estímulo discriminatório elicia uma resposta somente em sua presença. As crianças precisam aprender a diferenciar desde cedo situações parecidas que exigem respostas diferentes e adequadas. O comportamento socialmente apropriado é muito resultado de a pessoa ter aprendido a diferenciar situações parecidas que pedem comportamentos diferentes ◦ Ex: sinal vermelho tem significado diferente do verde GENERALIZAÇÃO - complementa o primeiro processo. Permite que se responda de forma similar em situações similares futuras Ex: sempre que ver um sinal vermelho irá parar É um processo que ocorre quando algumas atividades já existentes são emitidas em relação a aspectos novos do contexto Quando o indivíduo estabelece novas relações entre sua atividade e o ambiente do qual faz parte OU SEJA Distribuição inadequada dos recursos financeiros Falta de preparação dos recursos humanos Desrespeito ás diferenças individuais Resistência a mudança Utilização de contingências aversivas e punitivas Do interesse de Skinner pelo tema educativo surgem 2 amplos campos educacionais: 1) As bases para os processos de programação educativa 2) As técnicas de modificação do comportamento Utilização de textos programados e das máquinas de ensinar O material de ensino deve estar subdividido em fragmentos e subfragmentos que propiciem com mais frequência o feedback, portanto o reforço ao estudante Medianteesse procedimento, oportuniza-se ao estudante a possibilidade de responder mais assiduamente, de ser mais ativo ao aprender Preocupa-se com O QUE estudar e se dedica a elaboração de critérios educativos amplos, objetivos significativos, análise da tarefa e conteúdos para os currículos 1. Toda aplicação requer uma observação inicial do aluno e suas habilidades e conhecimentos anteriores 2. Antes de iniciar um processo de ensino aprendizagem é obrigatório definir o objetivo global da intervenção educativa com termos descritivos Ex:o aluno, em presença de diferentes desenhos, de variadas cores, deverá rodear com um círculo todas as figuras vermelhas, quando lhe for solicitado por escrito Ao invés de : o aluno deve conhecer as cores- que não faz referência à situação em que se realizará a tarefa 3. Depois da etapa anterior impõem-se a análise das tarefas. Essa etapa será simples se a anterior tiver sido satisfatória. Ver as atividades que a criança deve realizar para atingir o objetivo, as ajudas e interações que o adulto facilitará, os materiais empregados,etc. 4. Sequenciar os conteúdos de maneira adequada nos trabalhos, atividades e materiais 5. Teste inicial específico. Deve ser feito anterior ao início do processo e determina o nível básico do aluno em relação aos conteúdos dos objetivos e aos conhecimentos prévios a eles relacionados 6. Registrar sempre que possível tanto as observações iniciais como o trabalho que está se realizando. O registro contínuo é o melhor sistema de avaliação final da atividade do aluno. Os procedimentos de observação e registro são importantes para o docente ter uma idéia mais ampla do cotidiano das situações da sala da aula 7. Escolhe-se o procedimento ou estratégia dentre as que compõem as técnicas de modificação de comportamento que se mostra mais adequada para o tipo de objetivo, de aluno ou de matéria a ser trabalhado 8. A avaliação faz parte do mesmo processo educativo. Avaliações frequentes e parciais que mostrem as aquisições e as necessidades de mudanças de objetivos e procedimentos Use sempre o princípio de progressão gradual para estabelecer repertórios complexos. Escolha cuidadosamente as situações de ensino- aprendizagem. Erros são aversivos e produzem paradas temporárias ou permanentes no comportamento Especificar completamente o comportamento que deseja ensinar. Reforçar imediatamente comportamentos- objetivo. Reforçar apenas as respostas efetivamente apresentadas pelo aluno ◦ Oportunize e exija respostas do seu aluno ◦ Use situações de aprendizagem naturalmente reforçadoras O aluno deve compor a resposta em vez de precisar escolher alternativas O aluno deve ter obtido 100% de aproveitamento em cada passo da aprendizagem A complexidade do material a ser ensinado deve ser gradual e crescente O papel do professor é testar contingências que garantam reforço positivo Atendimento mais individual possível Os professores devem: Planejar previamente a organização dos conteúdos de suas disciplinas em uma seqüência hierarquizada Deve aliar as suas explicações, atividades, sessões práticas e experiências Analisar a conduta inicial e terminal, organizar as unidades de informação, selecionar meios e formas de apresentação levando em conta a motivação externa adequada Manter o aluno testado para utilizar, se necessário planos de reforços que garantam a aquisição do comportamento esperado. Objetivos comportamentais Auto-instrução Módulos institucionais Instrução assistida por computador Programas de modelagem e modificação de comportamento Análise de tarefas Avaliação formativa Avaliação somativa Comportamentalismo e Tecnicismo ◦ Não nega que a educação seja norteada por finalidades sociais e políticas, cujas definições localizam-se no campo da filosofia, mas sua ênfase é posta no aprimoramento dos meios, ações, métodos, técnicas e instrumentos que possam ser úteis a quaisquer fins. ◦ a estruturação do processo de aprendizagem é mais importante que a finalidade da educação. Atenção com os métodos e com a verificação dos resultados Pretende dar eficiência ao ensino diminuído gastos e tempo. ◦ Organiza a matéria em unidades simples, pequenos tópicos a serem ensinados passo a passo. Máquina de Ensinar. Observe seu aluno e deixe que ele elabore o programa de ensino. MAQUINAS DE ENSINAR Uma máquina de ensinar deveria ter características especiais. Preferencialmente o aluno deveria compor a resposta em vez de escolher alternativas. A máquina deveria ter uma sequência cuidadosamente planejada de passos que o aluno deveria percorrer após ter adquirido um comportamento mais complexo. Cada passo deveria ser mínimo para ser executado sem esforço. A máquina só permitirá que o aluno siga adiante quando um dado conteúdo for completamente entendido Outro caminho que também o levou à invenção da máquina de ensinar foi a ausência de respostas imediatas aos acertos dos alunos em sala de aula. Segundo ele, o sujeito devia receber um reforço positivo logo após a sua resposta correta a um estímulo anterior. Como o professor não teria condições de dar respostas tão imediatas, Skinner sugeriu estas fossem dadas através do uso da máquina de ensinar. O número de contingências de reforço também seria muito mais limitado se viesse de um ser humano, mesmo que este dedicasse tempo integral a apenas um aluno. O aparelho consistia numa caixa com uma abertura na sua parte superior onde se podia visualizar os problemas propostos, que vinham impressos em uma tira de papel. A criança respondia movendo um ou mais dos cursores, onde estavam impressos os dígitos. As respostas eram impressas juntamente com as suas respectivas perguntas. Um botão devia ser girado ao término de cada resposta. Se esta estivesse correta, o botão giraria facilmente. Já se estivesse incorreta, o botão não giraria e o aluno teria que persistir na mesma questão até que conseguisse solucioná-la. Com o uso da máquina de ensinar, os alunos poderiam progredir no seu próprio ritmo de aprendizagem, vencendo os obstáculos a partir das suas próprias tentativas. Skinner com sua máquina de ensinar leva em consideração o respeito às diferenças no ritmo da aprendizagem, mas ignorou outras diferenças como por exemplo a diversidade de interesses em prol da homogeneização do ensinar e aprender. → Um dos investigadores mais influentes do século XX na área da Psicologia do Desenvolvimento. NASCE NA SUIÇA EM 1896. DOUTOR EM BIOLOGIA EM 1918. ESTUDOU PSICOLOGIA EM ZURIQUE. TRABALHOU COM BINET EM PARIS NOS TESTES DE INTELIGÊNCIA (QI). ASSUMIU A CADEIRA DE PSICOLOGIA DA INFÂNCIA NO INSTITUTO JEAN JACQUES RUSSEAU EM GENEBRA. Seu principal interesse é o conhecimento, sua gênese e desenvolvimento ao longo da vida. Sua área de interesse ficou conhecida como EPISTEMOLOGIA GENÉTICA A Epistemologia estuda o fenômeno do conhecimento e Genética no sentido de gênese, ou seja, a principal questão de Piaget é: COMO OS HOMENS CONSTROEM O CONHECIMENTO? Seu interesse perpassa a idéia de que passamos de um pensamento mais simples para um mais complexo em nosso desenvolvimento A capacidade cognitiva humana nasce e se desenvolve, não vem pronta, nem do genoma, nem do meio DESENVOLVIMENTO Não nasce no sujeito----------não nasce no objeto NASCE NA INTERAÇÃO JEAN PIAGET (1896- 1967) Princípios que fundamentam sua teoria: ◦ Interacionismo – conhecimento resulta de trocas realizadas pelo sujeito com o meio ou com os objetos de conhecimento (idéias, sentimentos, valores,crenças) ◦ Estruturalismo – construção vai além dos conteúdos da interação, constrói-se a capacidade de pensar, de organizar, de conhecer. Ou seja, as próprias estruturas mentais, vão, durante o processo de construção de conhecimentos, tornando-se cada vez mais complexas Princípios que fundamentam sua teoria Genético – associado à idéia de gênese, de evolução. Entre uma estrutura (ponto de partida) e uma estrutura mais complexa (ponto de chegada) temos um processo de construção. A construção de uma nova estrutura se dá, necessariamente, pela conservação e superação da estrutura anterior. A única maneira de ser ativo consiste em deixar que as crianças organizem suas atividades a partir de um objetivo mais ou menos preciso. Ao aprender verdades já estruturadas pelo adulto e apresentadas de maneira organizada pelo professor para “ganhar tempo” o aluno perde a oportunidade de realizar suas próprias tentativas e estruturar seu próprio conhecimento Ambiente desequilíbrio adaptação assimilação acomodação EQUILIBRAÇÃO MAJORANTE Para Piaget a busca pela equilibração movimenta o processo de desenvolvimento humano O HOMEM É POSSUIDOR DE UMA ESTRUTURA BIOLÓGICA QUE O POSSIBILITA DESENVOLVER O MENTAL. NO ENTANTO, ESSE FATO POR SI SÓ NÃO ASSEGURA O DESENCADEAMENTO DE FATORES QUE PROPICIARÃO O SEU DESENVOLVIMENTO, HAJA VISTA QUE ESTE SÓ ACONTECERÁ A PARTIR DA INTERAÇÃO DO SUJEITO COM O OBJETO A CONHECER. Desenvolvimento – relaciona-se a formas, às estruturas. Aprendizagem – refere-se a conteúdos. Processo endógeno. Conteúdo – Forma – Conteúdo Desenvolvimento Humano: adaptativo ao meio, através da interação entre sujeito e mundo. Adaptação: assimilação e acomodação Desequilíbrio – interação com o meio ou objetos de conhecimento. Ação movida pelo interesse em recuperar o equilíbrio. INTELIGÊNCIA FUNÇÃO ESTRUTURA Adaptação, modificar organização de O meio e se modificar processos Crescer é reorganizar a inteligência para ter mais possibilidade de assimilação Estruturas cognitivas desenvolvidas por uma pessoa em um determinado momento do seu desenvolvimento. INTELIGÊNCIA – Desenvolvimento de estruturas. A inteligência é uma condição necessária mais não suficiente para a aprendizagem Para Piaget o indivíduo é inteligente quando consegue desenvolver atividades que envolvam a complexidade de raciocínio exigida para a fase de vida em que se encontra. É o tipo de atividade envolvida e não seu conteúdo o que importa APRENDIZAGEM – Estará se referindo ao conteúdo específico. Assimilação – tentativa de solucionar uma situação a partir da estrutura que o indivíduo tem naquele momento de seu desenvolvimento. O indivíduo utiliza os esquemas pré-existentes para essa tarefa. Acomodação – capacidade de modificação da estrutura mental antiga para dar conta de dominar um novo objeto do conhecimento. OU SEJA, toda experiência é assimilada a uma estrutura de idéias pré-existentes (esquemas) podendo provocar uma transformação nesses esquemas, ou seja, gerando um processo de acomodação. O desenvolvimento não é linear, por acúmulo e informações e sim por rupturas, saltos. Um estágio da inteligência confere uma lógica e será superado por outro estágio com outra lógica Apesar da sequencia ser obrigatória, as idades são aproximativas de acordo com diversos fatores 3 estágios: estágio sensório-motor, estágio pré- operatório, estágio operatório (concreto e formal) Nessa fase a criança se relaciona com o objeto do conhecimento através de sua percepção sensorial e a ação. Por isso, sensório-motor. Nessa relação a criança está desenvolvendo sua inteligência e ganhando um domínio sobre o mundo a sua volta. Esse material será util após a apreensão da linguagem Nessa fase a criança não distingue entre pensar e agir ◦ USO DOS REFLEXOS- primeiro mês ◦ REAÇÃO CIRCULAR PRIMÁRIA – 1 a 4 meses – surgem as primeiras adaptações e com isso as formas primitivas de atividade. As reações tendem a ser circulares no sentido de que, por produzirem estimulações agradáveis, são repetidas. O foco da ação é o próprio bebe. ◦ REAÇÃO CIRCULAR SECUNDÁRIA - 4 a 8 meses – são identificados comportamentos que se repetem por terem sido bem sucedidos. Começa uma intencionalidade. O foco é o ambiente ◦ COORDENAÇÕES DE ESQUEMAS SECUNDÁRIOS – 8 a 12 meses – os meios conhecidos passam a ser utilizados para novas situações. A criança tenta ultrapassar obstáculos para atingir o objeto desejado. Comportamentos intencionais e busca pelo novo. Idéia do OBJETO PERMANENTE e da CAUSALIDADE ◦ REAÇÃO CIRCULAR SECUNDÁRIA 12 a 18 meses – o comportamento da criança visa a busca do novo , repetindo-se com algumas variações, com o objetivo de explorar as potencialidades do objeto- PERCEBE AS 3 DIMENSÕES ◦ INVENÇÃO DE NOVOS MEIOS POR COMBINAÇÃO MENTAL- 18 meses em diante – busca de novos meios para lidar com o ambiente, através das coordenações mentais. Diferente do estágio anterior, a criança agora é capaz de fazer experimentações internas, o que lhe dá maior desenvoltura e mobilidade. É capaz de inventar e não apenas descobrir. A invenção se apresenta como uma brusca acomodação mental do conjunto de esquemas à situação nova. ◦ O PERÍODO SENSÓRIO-MOTOR TERMINA COM O INÍCIO DA CAPACIDADE DE SIMBOLIZAR Estágio sensório-motor ( 0 a 2 anos) → a criança desenvolve um conjunto de "esquemas de ação" sobre o objeto, que lhe permitem construir um conhecimento físico da realidade. → desenvolve o conceito de permanência do objeto. → constrói esquemas sensório-motores. → é capaz de fazer imitações, construindo representações mentais cada vez mais complexas. Capacidade de pensar um objeto através de outro objeto - REPRESENTAÇÃO A criança consegue distinguir a si mesma e os objetos, mas ainda é incapaz de conceber qualquer outro modo de percepção que não seja o seu próprio (egocentrismo) A emergência da linguagem aumenta a velocidade do desenvolvimento pelos contatos interindividuais DESCENTRAÇÃO- a criança tende a dirigir sua atenção a um aspecto central da situação. Com o tempo ela faz o inverso e gradualmente vai pecebendo a situação como um todo IRREVERSIBILIDADE – característica marcante desse estágio. Tendo seguido uma sequência e raciocínio, a criança não é capaz de desfazer a inversão, revertendo a ação NÃO CONSERVAÇÃO- pensamento excessivamente realista. Ênfase na ação. Ex: a agua de um copo, colocada em outros recipientes será analisada em seu volume com base no recipiente. A quantidade de agua será conservada. Resumo- Estágio pré-operatório (2 a 7 anos) → a criança inicia a construção da relação causa e efeito, bem como das simbolizações. → é a idade dos porquês e do faz-de-conta. → distingue a fantasia do real, podendo dramatizar a fantasia sem que acredite nela. → seu pensamento continua centrado no seu próprio ponto de vista. Pensamento menos egocêntrico e reversível. A criança é mais sistemática, ou seja, é capaz de uma maior domínio sobre as transformações do ambiente. Maior mobilidade sobre a realidade concreta sem possibilidade de considerar hipóteses e de mentalmente selecionar alternativas mais prováveis sem a presença do objeto → a criança começa a construir conceitos, através de estruturas lógicas. → consolida a conservação de quantidade e constrói o conceito de número. → seu pensamento apesar de lógico, ainda está preso aos conceitos concretos, não fazendo ainda abstrações. O pensar já não se limita a realidade ou a experiência pessoal. As operações concretas lidam diretamente com osobjetos, mas as operações formais ampliam os sistemas concretos em virtude de a criança ter tomado consciência da interdependência de variáveis, tais como peso, velocidade e tempo. TODA MORAL CONSISTE EM UM SISTEMA DE REGRAS E A ESSÊNCIA DE TODA MORALIDADE DEVE SER PROCURADA NO RESPEITO QUE O INDIVÍDUO ADQUIRE POR ESSAS REGRAS AUTONOMIA – corresponde a última fase do desenvolvimento moral em que há legitimação das regras e a criança pensa a moral pela reciprocidade, ou seja, o respeito as regras é entendido como decorrente de acordos mútuos. Significa levar em consideração os fatores relevantes para decidir agir da melhor forma para todos. Não pode haver moralidade quando se considera apenas um único ponto de vista, seja o próprio ou da autoridade ANOMIA- a moral não se coloca, ou seja, as regras são seguidas, porém o indivíduo ainda não está mobilizado pelas relações bemXmal e sim pelo hábito , de dever HETERONOMIA- a moral é igual a autoridade, ou seja, as regras não correspondem a um acordo mútuo firmado , mas sim como algo imposto pela tradição, portanto imutável A inteligência é uma condição necessária porém não suficiente ao desenvolvimento da moral. Nesse sentido, a moralidade implica pensar o racional em 3 dimensões: 1. Regras- formulações verbais concretas e explícitas 2. Princípios – representa o espírito da regra 3. Valores – que dão respostas aos deveres e aso sentidos da vida, permitindo entender de onde são derivados os princípios das regras a serem seguidas Piaget valoriza o respeito mútuo como condição necessária para a autonomia intelectual e moral. Sob o aspecto intelectual, libertando a criança das opiniões impostas, atribuindo maior importância à coerência interna e ao controle recíproco. Do ponto de vista moral substituindo as normas da autoridade pela norma relativa à própria ação e a própria consciência 1. DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E OS OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO ESCOLAR Se o desenvolvimento consiste na construção de uma série de estruturas que determinam a natureza e a amplitude dos intercâmbios da pessoa com o seu meio, então a educação deve potencializar e favorecer a construção de tais estruturas Nesse sentido, todas as decisões didáticas desde a seleção de conteúdos e a organização de atividade de aprendizagem até as intervenções do professor ou os procedimentos de avaliação ficam sujeitas ao alcance deste objetivo 2. NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO E A CAPACIDADE DE APRENDIZAGEM A capacidade de aprendizagem depende do nível de desenvolvimento cognitivo do sujeito. A possibilidade de que um aluno possa realizar uma aprendizagem está obviamente limitada por seu nível de competência cognitiva. Conhecer o nível de competência cognitiva pode ajudar na seleção dos conteúdos de ensino 3. FUNCIONAMENTO COGNITIVO E METODOLOGIA DO ENSINO A aprendizagem escolar não consiste em uma recepção passiva do conhecimento e sim um processo ativo de elaboração. Os erros de compreensão provocados pelas assimilações incompletas ou incorretas do conteúdo são degraus necessários e, frequentemente úteis nesse processo ativo de elaboração. O ensino deve favorecer as interações múltiplas entre o aluno e os conteúdos que ele tem que aprender. Educação pré-escola- ação pedagógica para potencializar e favorecer a construção das estruturas operatórias concretas Educação primária – potencializar e favorecer a construção progressiva das operações formais A análise dos conteúdos escolares em termos de competência cognitiva permite determinar em grandes linhas o momento a partir do qual os alunos possuem a capacidade intelectual mínima necessária para iniciar sua aprendizagem A ação pedagógica terá como finalidade criar um ambiente rico e estimulante, no qual se possa ser estendida, sem limitação, a atividade auto-estruturante do aluno Se o conteúdo que o aluno deve aprender estiver excessivamente afastado de suas possibilidades de compreensão, não será produzido desequilíbrio. Porém se o conteúdo estiver totalmente ajustado as suas possibilidades de compreensão tampouco acontecerá desequilíbrio. Entre esses extremos existe uma zona na qual os conteúdos são suscetíveis de provocar uma defasagem ótima, ou seja, um desequilíbrio manejável pelas possibilidades de compreensão do aluno A escola deve partir dos esquemas de assimilação da criança, propondo atividades desafiadoras que provoquem desequilíbrios e reequilibrações sucessivas, promovendo a descoberta e a construção do conhecimento. A aprendizagem é um processo construído internamente. A aprendizagem depende do nível de desenvolvimento do sujeito. A aprendizagem é um processo de reorganização cognitiva. Os objetivos pedagógicos necessitam estar centrados no aluno, partir das atividades do aluno. Os conteúdos não são concebidos como fins em si mesmos, mas como instrumentos que servem ao desenvolvimento evolutivo natural. primazia de um método que leve ao descobrimento por parte do aluno ao invés de receber passivamente através do professor. Os conflitos cognitivos são importantes para o desenvolvimento da aprendizagem. A interação social favorece a aprendizagem. As experiências de aprendizagem necessitam estruturar-se de modo a privilegiarem a colaboração, a cooperação e intercâmbio de pontos de vista na busca conjunta do conhecimento. materiais didáticos o papel do erro autonomia como finalidade da educação construção da moral ocorre em paralelo à construção cognitiva. site: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/per10g.htm . Os Dez Mandamentos da Escola Piagetiana 1 - Não ensine: provoque a atividade da criança (algo parecido com a brincadeira tradicional de "adivinhação"); 2 - Leve as crianças a discutirem entre si a situação proposta e respeite suas conclusões, mesmo que "erradas" (a solução dada pelas crianças corresponde ao seu nível mental); 3 - Não trabalhe na base da linguagem (sendo um produto social assimilado por imitação, a linguagem nada diz sobre o verdadeiro nível de desenvolvimento da criança); 4 - Não prestigie a memorização: o melhor resultado é o que demonstrar capacidade de inventar e descobrir (mesmo que, do ponto de vista do professor, a solução seja errada); 5 - Comporte-se como técnico do time de futebol: estimule, sugira, critique, mas não jogue (o jogo é das crianças); 6 - Use como "material" o que existir no mundo da criança (seja ela de uma favela ou de um bairro grãfino); 7 - Sempre que a criança superar um patamar, complexifique a situação (sem isto, a criança se "especializa" na solução obtida); 8 - Na alfabetização utilize as marcas e logotipos que estão espalhados pela cidade e são utilizados no dia a-dia da família (Não se prenda às cartilhas); 9 - Organizar as crianças em grupos, deixando que elas criem as regras de convivência; 10 - Leve as crianças a compreender o que fizeram ("tomada de consciência"), quer a atividade seja motora, verbal ou mental (incluindo, aí, os atritos surgidos entre as crianças) (Lima, 1984) O aluno é o principal responsável pelo seu próprio processo de aprendizagem A atividade mental construtiva do aluno está aplicada a conteúdos que já possuem um grau considerável de elaboração, ou seja, o conhecimento é reconstruído pelo aluno Muda o papel do professor, que passa a ter a função de encadear os processos de construção do aluno com o saber coletivo culturalmente organizado Família culta e bem sucedida. Ambiente de grande estimulação intelectual Fez curso de direito, mas também aprofundou-se em psicologia, filosofia e literatura Se interessou pela psicologiae pelos processos mentais Casou em 1924 e teve 2 filhas Morreu em 1934 com 37 anos de tuberculose As funções psicológicas têm um suporte biológico pois são produtos da atividade cerebral. O funcionamento psicológico fundamenta- se nas relações sociais entre o indivíduo e o mundo exterior, as quais desenvolvem-se num processo histórico. A relação homem/mundo é uma relação mediada por sistemas simbólicos. As funções psicológicas têm um suporte biológico, pois são produtos da atividade cerebral O funcionamento psicológico fundamenta-se nas relações sociais entre o indivíduo e o mundo exterior, as quais desenvolvem-se num processo histórico A relação homem/ mundo é uma relação mediada por sistemas simbólicos É um sistema aberto, de grande plasticidade, cuja estrutura e modos de funcionamento são moldados ao longo da espécie e do desenvolvimento individual O homem transforma-se de biológico em sócio-histórico, num processo em que a cultura é parte essencial da constituição da natureza humana. O funcionamento psicológico – funções psicológicas superiores- tipicamente humanas, está baseado fortemente nos modos CULTURALMENTE constituídos de ordenar o real. A relação do homem com o mundo não é uma relação DIRETA, mas MEDIADA MEDIAÇÃO SIMBÓLICA ◦ Uso de instrumentos ◦ Uso de signos ◦ Sistemas simbólicos PENSAMENTO E LINGUAGEM DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM ◦ Zona do desenvolvimento proximal ◦ Papel da intervenção pedagógica ◦ Brinquedo ◦ Escrita ◦ Percepção, atenção e memória - Filogenético: desenvolvimento da espécie humana- determinismo biológico Ontogenético: desenvolvimento do indivíduo dentro da sua espécie- determinismo biológico Sociogenético: história dos grupos sociais - certo determinismo cultural Microgenético: história de processos psicológicos específicos da história singular de cada sujeito.- espaço da singularidade Funções psicológicas superiores mecanismos psicológicos mais complexos que são típicos do ser humano e que envolvem o controle consciente do comportamento, a ação intencional e a liberdade do indivíduo em relação às características do momento e do espaço presentes Ex: é possível ensinar um cão a acender a luz em um quarto escuro, mas não a ter intencionalidade nessa ação Processo de intervenção de um elemento intermediário numa relação. A relação deixa de ser direta para ser mediada Ex: vela Individuo retira a mão da chama da vela se queimou DIRETA Individuo retira a mão da chama da vela se lembra que se queimou MEDIADA Individuo retira a mão da chama da vela alguém fala do perigo MEDIADA S R X(mediação) 2 TIPOS DE ELEMENTOS MEDIADORES: USO DE INSTRUMENTOS USO DE SIGNOS O instrumento é um objeto social e mediador da relação entre o indivíduo e o mundo. È social pois carrega consigo a função para qual foi criado e o modo de utilização O uso de instrumentos não é exclusivo do homem, mas os animais : Não produzem deliberadamente, não guardam para o futuro e não preservam sua função como conquista a ser transmitida aos outros membros do grupo social Os animais são capazes de transformar o ambiente em um dado momento, mas não desenvolvem sua relação com o meio em um processo histórico-cultural como o homem Age como um instrumento da atividade psicológica de maneira análoga ao papel do instrumento no trabalho Os signos como instrumentos psicológicos são orientados para o próprio sujeito, dirige-se ao controle das ações psicológicas, seja do próprio indivíduo, seja de outras pessoas É uma marca externa que auxilia o homem em tarefas que exigem memória e atenção EX: varetas para contar o gado Duas mudanças qualitativas na evolução da espécie- filogênese e no desenvolvimento de cada individuo – ontogênese: 1. Utilização de marcas externas que vão se transformando em processos internos de mediação 2. Sistemas simbólicos que organizam os signos em estruturas complexas e articuladas Ao longo do processo de desenvolvimento, o indivíduo deixa de necessitar de marcas externas e passa a utilizar signos internos, isto é, representações mentais que substituem os objetos do mundo real. ◦ Permite ao homem substituir o real ◦ Libertar-se do tempo e do espaço presentes ◦ Fazer relações mentais na ausência das coisas ◦ Imaginar ◦ Fazer planos ◦ Ter intenções Ao longo da história da espécie humana as representações da realidade têm se articulado em sistemas simbólicos compartilhados pelos membros de um grupo social, permitindo a comunicação e o aprimoramento da interação social Ex. o significado de cavalo fará a mediação entre o cavalo real e a atividad psicológica do sujeito Sistema simbólico mais usado e básico de todos os grupos humanos É o grupo cultural onde o indivíduo se desenvolve que lhe fornece formas de perceber e organizar o real, as quais vão constituir os instrumentos psicológicos que fazem a mediação entre o indivíduo e o meio Os grupos culturais em que as crianças nascem e se desenvolvem, funcionam no sentido de produzir adultos que operam psicologicamente de uma maneira particular de acordo com os modos culturalmente construídos de ordenar o real É através da relação interpessoal concreta com outros homens que o indivíduo vai chegar a interiorizar as formas culturalmente estabelecidas de funcionamento psicológico Para Vygotsky o fundamento psicológico tipicamente humano é social, portanto, histórico. Os elementos mediadores na relação entre o homem e o mundo ( instrumentos, signos, etc) são fornecidos pelas relações entre os homens Inicialmente o bebe tenta pegar o objeto e o adulto observa e percebe essa intenção do bebe O adulto oferece o objeto ao bebe Em algumas tentativas o bebe percebe essa relação O que antes era uma tentativa individual de alcançar um objeto, passar a ser um comportamento social de apontar e esperar um retorno de outro indivíduo PROCESSOS MENTAIS SUPERIORES QUE CARACTERIZAM O PENSAMENTO HUMANO Ações conscientemente controladas Atenção voluntária Memorização ativa Pensamento abstrato Comportamento intencional SÃO PROCESSOS MEDIADOS POR SISTEMAS SIMBÓLICOS A LINGUAGEM É O SISTEMA SIMBÓLICO BÁSICO DE TODOS SO GRUPOS HUMANOS E OCUPA LUGAR CENTRAL NA OBRA DE VIGOTSKI. FUNÇÕES DA LINGUAGEM Intercâmbio social – é para se comunicar que o homem a usa. O bebe a usa ainda que não verbalize (sons, gestos, expressões).Portanto, é a necessidade de comunicação que impulsiona o desenvolvimento da linguagem Pensamento generalizante- organização do real em classes, grupos, etc O homem tem necessidade de deixar sua comunicação mais sofisticada e para isso se utiliza de signos. Os signos são compreensíveis por outras pessoas e traduzem idéias, sentimentos, vontades e pensamentos de forma precisa. É uma forma de simplificar a experiência que se quer partilhar, já que a vivência de cada um é extremamente complexa A LINGUAGEM ORDENA O REAL AGRUPANDO AS OCORRÊNCIAS DE UMA MESMA CLASSE DE OBJETOS, EVENTOS E SITUAÇÕES. È a função de PENSAMENTO GENERALIZANTE que torna a linguagem um instrumento de pensamento: a linguagem fornece os conceitos e as formas de organização do real que constituem a mediação entre o sujeito e o objeto de conhecimento. Tem origens diferentes e desenvolvem-se separadamente até que se encontram em uma determinada etapa do desenvolvimento Filogênese – na história da espéciehumana encontrou-se formas precursoras de funcionamento intelectual e da linguagem em primatas. Os chimpanzés, por exemplo, tem uma inteligência prática e utiliza instrumentos para resolver problemas Os animais também emitem sons, gestos e expressões a fim de se comunicar, mas não utiliza signos. PORTANTO, VIGOTSKI MOSTRA QUE EM UM DETERMINADO MOMENTO DO DESENVOLVIMENTO FILOGENÉTICO O PENSAMENTO SE TORNA VERBAL E A LINGUAGEM RACIONAL Para agir coletivamente e de formas cada vez mais sofisticadas, o grupo humano teve que criar um sistema de comunicação que permitisse troca de informações específicas e ação no mundo com base em significados partilhados pelos vários indivíduos empenhados no projeto coletivo. O surgimento do pensamento verbal e da linguagem como sistema de signos é um momento crucial no desenvolvimento da espécie humana, momento em que o biológico se torna sócio-histórico. No desenvolvimento individual acontece algo semelhante ao descrito na filogênese. A criança manifesta uma fase pré-verbal no desenvolvimento de seu pensamento e uma fase pré-intelectual no desenvolvimento de sua linguagem. Se comunica por manifestações verbais e interage com o meio por inteligência prática Com aproximadamente 2 anos o pensamento se une a linguagem A fala se torna intelectual, com função simbólica e generalizante, e o pensamento torna-se verbal mediado por significados dado pela linguagem No desenvolvimento filogenético – a necessidade de aprimorar o intercâmbio forçou o desenvolvimento No desenvolvimento ontogenético – inserção no grupo social impulsiona o desenvolvimento. A interação com membros mais maduros da cultura, que já dispõem de uma linguagem estruturada é que vai provocar o salto qualitativo para o pensamento verbal Quando os processos de desenvolvimento do pensamento e da linguagem se unem, surgindo, então, o pensamento verbal e a linguagem racional, o ser humano passa a ter a possibilidade de um modo de funcionamento psicológico mais sofisticado, mediado pelo sistema simbólico da linguagem. O pensamento verbal passa a predominar na ação psicológica tipicamente humana. O SIGNIFICADO é um componente essencial da palavra e é ao mesmo tempo um ato de pensamento, pois o significado de uma palavra já é si uma generalização. É no significado que o pensamento é a linguagem se unem em pensamento verbal Ex: o significado de sapato está para além da palavra sozinha e do objeto sozinho – possibilita a comunicação e organiza o real O significado vai propiciar a mediação simbólica entre o indivíduo e o mundo real. É no significado que se encontra a unidade: o intercâmbio social e o pensamento generalizante A transformação dos significados ocorre no processo de aquisição da linguagem. O sistema de relações e generalizações contidos numa palavra muda ao longo do desenvolvimento O desenvolvimento da criança é marcado pela interação verbal com adultos e crianças mais velhas. Nessa interação a criança vai ajustando seus significados de modo a aproximá-los cada vez mais dos conceitos predominantes no grupo social e lingüístico que faz parte. As transformações de significados ocorrem não apenas a partir da experiência vivida, mas principalmente a partir de definições, referências e ordenações de diferentes sistemas conceituais, mediadas pelo conhecimento já consolidado na cultura. A escola tem papel importante nessa etapa. SIGNIFICADO- refere-se ao sistema de relações objetivas que se formou no processo de desenvolvimento da palavra consistindo num núcleo relativamente estável de compreensão compartilhado por todas as pessoas que a utilizam SENTIDO- refere-se ao significado da palavra dada pelo indivíduo que a usou (contexto, vivências, afetos, etc) Ao se utilizar da linguagem o ser humano é capaz de pensar de uma forma que não seria possível se ela não existisse. Não é apenas por falar com as outras pessoas que o indivíduo dá um salto qualitativo para o pensamento verbal. Ele também desenvolve o DISCURSO INTERIOR Forma interna de linguagem dirigida ao próprio sujeito e não a um interlocutor externo Serve para auxiliar o indivíduo nas suas operações psicológicas Ex: como chegar de carro a um lugar. Esse discurso interior é fragmentado e abreviado e tem uma utilidade individual FALA EGOCÊNTRICA A criança inicia seu processo de aquisição da linguagem para se comunicar, entre essa etapa e o pensamento propriamente dito, a criança verbaliza para si mesma e, essa verbalização, está ligada a uma atividade. É uma etapa de transição, pois o discurso já tem a função que terá como discurso interno, mas ainda tem a forma de fala socializada, externa Temas centrais na obra de Vygotsky Vygotsky buscou compreender a origem e o desenvolvimento dos processo psicológicos ao longo da história da espécie humana e da história individual Sua Teoria é considerada genética como a de Piaget, mas não oferece uma interpretação completa do percurso psicológico do ser humano e sim reflexões e dados sobre aspectos do desenvolvimento Desde o nascimento da criança, o aprendizado está relacionado ao desenvolvimento e é um aspecto necessário e universal do processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas e especificamente humana ◦ De um lado a maturação do organismo ◦ Do outro lado o aprendizado que permite o despertar dos processos internos de desenvolvimento. Não fosse o contato do indivíduo com um ambiente cultural , não ocorreria o desenvolvimento Ex: ambiente sem escrita, criança sem escrita Ex: criança criada com surdos não falaria Isso liga o desenvolvimento da pessoa a sua relação com o ambiente sociocultural em que vive e a sua situação de organismo que não se desenvolve plenamente sem o suporte de outros indivíduos de sua espécie. Quando nos referimos ao desenvolvimento de uma criança nos remetemos ao que A CRIANÇA JÁ DOMINA SOZINHA A isso Vygotsky chama de NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO REAL Caracteriza o desenvolvimento de forma retrospectiva, ou seja, refere-se a etapas já alcançadas Vygotsky chama a atenção para o NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO POTENCIAL Ou seja, a capacidade de desempenhar tarefas com a ajuda de adultos ou de companheiros mais capazes Ex: construir uma torre com cubos Se um adulto explicar ou imitar outra criança Alcançaria um resultado mais avançado que sozinha Isso não quer dizer que um indivíduo sempre realizará uma tarefa com ajuda. A capacidade de se beneficiar com uma colaboração só vai ocorrer num certo nível de desenvolvimento, nunca antes. Ex: criança de 5 anos – torre com cubos Criança de 3 anos- torre com cubos com ajuda Criança de 1 ano- não fará nem com ajuda O desenvolvimento potencial são etapas posteriores, nas quais a interferência de outras pessoas afeta significativamente o resultado da ação individual A ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL é a distância entre o nível de desenvolvimento real que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou crianças mais velhas Nessa concepção, Vygotsky nos mostra que o desenvolvimento progride mais lentamente que o aprendizado. Isto é, o aprendizado desperta processos de desenvolvimento que aos poucos vão tornar-se parte das funções psicológicas consolidadas do indivíduo Já sabemos... É na zona de desenvolvimento proximal que a interferência de outros indivíduosé mais transformadora. Processos já consolidados, por um lado, não necessitam de ação externa para serem desencadeados; processos ainda nem iniciados, por outro lado, não se beneficiam dessa ação externa Ex: amarrar sapatos Se o aprendizado impulsiona o desenvolvimento, então a escola tem um papel essencial na construção do ser psicológico adulto O ensino deve se dirigir para estágios de desenvolvimento ainda não incorporados pelos alunos funcionando como um MOTOR de novas conquistas psicológicas Para a criança que frequenta a escola, o aprendizado escolar é o elemento central de seu desenvolvimento Deve ser construído tomando como ponto de partida o NDR- nível de desenvolvimento real da criança e como ponto de chegada os objetivos estabelecidos pela escola, supostamente adequados a faixa etária e ao nível de conhecimentos e habilidades de cada grupo de crianças Esse percurso será balizado pelas possibilidades das crianças, isto é seu NDP- nível de desenvolvimento potencial Objetivo da escola aprendizado O professor deve interferir na ZDP para promover o aprendizado de algo novo que irá gerar o desenvolvimento Demonstração Assistência Fornecimento de pistas Instruções Vygotsky enfatiza o papel da intervenção no desenvolvimento, mas é o meio cultural e as relações entre os indivíduos seu principal enfoque. Não pretende propor uma pedagogia diretiva. Não é uma mera cópia de um modelo, mas reconstrução individual daquilo que é observado nos outros É uma oportunidade da criança realizar ações que estão além de suas próprias capacidades, o que contribui para seu desenvolvimento Só é possível a imitação de ações que estão dentro da zona de desenvolvimento proximal do sujeito Quando as crianças conversam e trocam informações para a realização de uma tarefa, mesmo que individual, ou quando uma criança pede ajuda a um adulto não está burlando as regras do aprendizado, mas utilizando de um recurso legítimo para promover seu próprio desenvolvimento Lembrando... O comportamento das crianças pequenas é fortemente determinado pelas características das situações concretas em que elas se encontram. Só quando adquirem a linguagem e passam a ser capazes de utilizar a representação simbólica, é que as crianças vão ter condições de libertar seu funcionamento psicológico dos elementos concretamente presentes no momento atual Na brincadeira a criança se desprende do concreto e se relaciona com o SIGNIFICADO O brinquedo provê uma situação de transição entre a ação da criança com objetos concretos e suas ações com significados REGRAS DA BRINCADEIRA - fazem com que a criança se comporte de forma mais avançada do que aquela habitual para sua idade. Ex: brinca de ônibus - motorista Promover atividades que favoreçam o envolvimento da criança em brincadeiras, principalmente aquelas que promovem a criação de situações imaginárias, tem nítida função pedagógica. Portanto, a escola deveria se valer dessa informação Vygotsky preocupa-se com o processo de aquisição da escrita. Portanto, segue uma abordagem genética. PRÉ-HISTÓRIA DA LINGUAGEM ESCRITA A principal condição para que uma criança seja capaz de compreender adequadamente o funcionamento da língua escrita é que ela descubra que a língua escrita é um sistema de signos que não tem significado em si. Os signos representam outra realidade, isto é, o que se escreve tem uma função instrumental e funciona como um suporte para a memória e a transmissão de idéias e conceitos Para uma criança que vive numa cultura letrada e será submetida a processos de alfabetização, o próximo passo envolve a assimilação dos mecanismos de escrita simbólica culturalmente disponíveis – o aprendizado da língua escrita propriamente dita Atualmente vemos variações em relação aos estudos de Luria nos anos 20, pela facilidade de acesso de crianças muito novas ao universo letrado PERCEPÇÃO – ao longo do desenvolvimento humano, a percepção torna-se cada vez mais um processo complexo que se distancia das determinações psicológicas dos órgãos sensoriais, embora obviamente, continue a basear-se nas possibilidades desses órgãos físicos Ex: ouvir e ver- determinados biologicamente, mas cada vez mais mediados por conteúdos culturais. Ex:Mosca na janela e avião ao longe Percebo o objeto como um todo, como uma realidade completa, articulada e não como um amontoado de informações sensoriais Os organismos estão submetidos a imensa quantidade de informações do ambiente No começo é involuntária e biologicamente determinada, ligada a sobrevivência Ao longo do desenvolvimento, o indivíduo passa a ser capaz de dirigir voluntariamente sua atenção para elementos do ambiente que ele tenha definido como relevantes Ex: atenção ao próprio nome MEMÓRIA NATURAL - permite o registro e o acumulo de informações para uso posteriores MEMÓRIA MEDIADA – ação voluntária do indivíduo e apoio em elementos mediadores. A memória mediada permite ao indivíduo controlar seu próprio comportamento, por meio da utilização de instrumentos e signos que provoquem a lembrança do conteúdo a ser recuperado, de forma deliberada Na concepção de Vygotsky a inserção do indivíduo em um determinado ambiente cultural é parte essencial de sua própria constituição enquanto pessoa. É impossível pensar o ser humano privado do contato com um grupo cultural que lhe fornecerá os instrumentos e signos que possibilitarão o desenvolvimento das atividades psicológicas mediadas tipicamente humanas O desenvolvimento da espécie humana e do indivíduo dessa espécie está, pois, baseado no aprendizado que, para Vygotsky, sempre envolve a interferência direta ou indireta de outros indivíduos e a reconstrução pessoal da experiência e dos significados. De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lrteas etjasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. Dois grandes colaboradores e depois propagadores das idéias de Vygotsky: Luria e Leontiev Um dos mais importantes neuropsicólogos do mundo Se dedicou aos estudos das funções psicológicas relacionadas ao sistema nervoso central Segundo Vygotsky- o cérebro é um sistema aberto, que está em constante interação com o meio e que transforma suas estruturas e mecanismos ao longo do processo de interação Idéia fundamental para o entendimento do funcionamento do cérebro As funções mentais não podem ser localizadas em pontos específicos do cérebro ou em grupos isolados de célula. As funções mentais são organizadas a partir da ação de diversos elementos que atuam de forma articulada, cada um desempenhando um papel naquilo que se chama o SISTEMA FUNCIONAL COMPLEXO Ex: conta 15+7 = várias rotas para a solução de um mesmo problema mobilizará diferentes partes de seu aparato cognitivo e, portanto, de seu funcionamento cerebral Os procedimentos e, com isso, o desenvolvimento cerebral necessário será dado pelo ambiente. Isso não significa dizer que não haverá desenvolvimento físico do cérebro, mas sim que haverá uma diferença funcional dependendo das diferentes formas de inserção do homem no mundo Ex: 15+7 = utilizar papel e lápis e chegar ao resultado só é possível em uma sociedade com escrita 1. UNIDADE PARA REGULAÇÃO DA ATIVIDADE CEREBRAL E DO ESTADO DE VIGÍLIA – o sistemadeve estar alerta, nem muito excitado, nem muito inibido para que os processos mentais se desenvolvam de forma adequada 2. UNIDADE PARA RECEBIMENTO, ANÁLISE, ARMAZENAMENTO DA INFORMAÇÃO- órgãos de sentido, análise e integração, adesão de outras informações sensoriais, memória 3. UNIDADE PARA PROGRAMAÇÃO, REGULAÇÃO E CONTROLE DA ATIVIDADE- somos capazes de ter intenções, programa as ações e realizar externamente ou internamente nossa programação Qualquer ato psicológico é um sistema complexo que envolve a operação simultânea das 3 unidades funcionais Ex: percepção visual Nível adequado de atividade Análise e síntese da informação Movimento dos olhos, da cabeça, reação A ESTRUTURA DOS PROCESSOS MENTAIS E AS RELAÇÕES ENTRE OS VÁRIOS SISTEMAS FUNCIONAIS TRANSFORMAM-SE O LONGO DO DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL Lesões em determinadas áreas do cérebro podem ter consequências diferentes dependendo do estágio do desenvolvimento psicológico do indivíduo Um dos colaboradores mais próximo de Vygotsky As atividades humanas são consideradas como formas de relação do homem com o mundo, dirigidas por motivos e por fins a serem alcançados As atividades envolvem a noção de um homem orientado por objetivos, agindo de forma intencional, por meio de ações planejadas Esse traço é tipicamente humano ATIVIDADE PROPRIAMENTE DITA AÇÕES OPERAÇÕES EX: CAÇADA A atividade propriamente dita é a própria caçada motivada por fome ou desejo de uma pele para uso em vestimenta A ação pode ser afugentar os animais e encurralá-los para que outros caçadores escondidos possam matá- los A operação é a forma como a ação se derá Uma mesma atividade – a caçada Pode ser feita por diferentes ações (emboscada, armadilha, etc) Uma mesma ação – abate do animal Pode ser feita por diferentes operações ( golpes, flechas, tiros, etc) Ambos enfatizam a necessidade de compreensão da gênese dos processos que estão sendo estudados Ambos utilizam uma metodologia qualitativa em seus estudos ( captar os mecanismos psicológicos em processo) Ambos são interacionistas Ambos consideram o indivíduo ativo em seu próprio processo de desenvolvimento Ambos consideram a linguagem um salto qualitativo no desenvolvimento do ser humano Para Vygotsty, o único bom ensino é aquele que se adianta ao desenvolvimento. Ao observar a zona de desenvolvimento proximal, o educador pode orientar o aprendizado no sentido de adiantar o desenvolvimento potencial do aluno, tornando-o real. A internalização das atividades cognitivas leva ao aprendizado, que gera o desenvolvimento. O desenvolvimento realiza-se através do aprendizado. A escola é o lugar da intervenção pedagógica intencional. O professor tem o papel de interferir no processo, diferentemente de situações informais nas quais a criança aprende no ambiente cultural. É papel do professor provocar avanços nos alunos através da zona de desenvolvimento proximal. 1. Professores construtivistas encorajam e aceitam a autonomia e iniciativa do aluno. 2. Professores construtivistas usam dados brutos e fontes primárias junto com materiais físicos, manipulativos e interativos. 3. Ao estruturar tarefas, os professores construtivistas usam terminologias tais como “classificar”, “analisar”, “antecipar” e “criar”. 4. Professores construtivistas permitem aos alunos respostas para dirigir lições, mudar estratégias instrutivas e alterar conteúdos. 5. Professores construtivistas questionam acerca dos entendimentos dos alunos sobre conceitos, antes de compartilhar seus próprios entendimentos daqueles conceitos. 6. Professores construtivistas encorajam os alunos ao engajamento em diálogo, com o professor e com os outros alunos. 7. Professores construtivistas encorajam indagações de alunos, perguntas com final aberto e encorajam os alunos a perguntar um ao outro. 8. Professores construtivistas buscam a elaboração das respostas iniciais dos alunos. 9. Professores construtivistas engajam os alunos em experiências que podem engendrar contradições às suas hipóteses iniciais e, assim, encorajar a discussão. 10. Professores construtivistas permitem um tempo de espera, após colocarem as perguntas. 11. Professores construtivistas estipulam tempo para os alunos construírem relações e criarem metáforas. 12. Professores construtivistas nutrem a curiosidade natural dos alunos através do uso freqüente do modelo do ciclo de aprendizagem. Brooks, J.G. e BROKS, M. G. (1997). Construtivismo em sala de aula. Artes Médicas: Porto Alegre.
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