Ética Profissional Aula 1

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Ética Profissional
Ética material aristotélica
Visão sócio-histórica presente no código
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O que é ética?
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Ética grega na antiguidade
Os gregos antigos procuravam orientar a ação dos indivíduos para uma vida voltada para o bem, a virtude e a harmonia com a natureza.
Viver de acordo com a natureza era uma questão moral, pois consideravam que devia haver uma lei moral no mundo que permitisse ao homem viver e se realizar como homem, isto é, de acordo com a sua natureza.
A lei moral seria um aspecto da lei natural.
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Sócrates (470-399 a. C.): 
Condenado a beber veneno porque foi acusado de que seduzia a juventude, não honrava os deuses da cidade e desprezava as leis da polis (cidade-estado). Ele obedecia as leis, mas as questionava em seus diálogos, procurava fundamentar racionalmente sua validade, se eram justas. 
O poder na época não admitia questionamentos às leis, elas existiam, segundo eles, para serem cumpridas e não justificadas.
Sócrates foi o fundador da moral, 
queria compreender a justiça das leis.
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“Conhece-te a ti mesmo.”
Platão (427-347 a. C.): 
Foi discípulo de Sócrates
Parte da ideia que todos os homens buscam 
a felicidade e que ela será possível após a morte
Para ele, os homens deveriam procurar a contemplação das ideias e, principalmente, a ideia do Bem.
Essa contemplação deveria ser através da arte da dialética, buscando compreender o Ser e o Bem para chegar ao Absoluto.
O sábio, diz ele, deve buscar uma vida virtuosa e estabelecer a ordem, a harmonia e o equilíbrio que todos desejam submetendo-se à razão e adequando a vida pessoal às ideias supremas.
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Principais virtudes para Platão
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O que mais caracteriza a ética platônica é a idéia do Sumo Bem, da vida divina, da equivalência de contemplação filosófica e virtude, e da virtude como ordem e harmonia universal. 
A alma do homem, em seu estado bom e normal, deve estar organizada e harmonizada conforme a orientação da razão e na busca em conhecer o Bem.
Conhecimento do Bem
Através da dialética e da reflexão (pensadores e filósofos)
Através dos costumes e das práticas (povo)
Para isso é importante a EDUCAÇÃO e a DISCIPLINA, o TREINAMENTO FÍSICO e ESTÉTICO.
O conhecimento perfeito não pode ser implantado numa alma que não tenha passado por uma preparação que inclui bem mais que o treinamento físico.
Essa preparação constitui em subordinar os impulsos à razão, produzindo assim a harmonia da alma.
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Aristóteles (384-322 a. C): 
Também parte da correlação entre o BEM e o SER, mas considera a variedade de bens (plural), pois para cada Ser deve haver um Bem, conforme a natureza ou a essência do respectivo Ser ou o que é bom para ele.
Há uma escala de bens, segundo Aristóteles, pois considera que uns são melhores do que outros.
O melhor bem é a pensamento, porque o homem não pode apenas viver, mas precisa viver racionalmente, isto é, viver de acordo com a razão.
A razão precisa da virtude para se ordenar 
E isso consegue através da contemplação, 
do estudo - da inteligência.
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“o intelecto exerce uma atividade quase divina, é nossa melhor parte e nos aproxima dos deuses” (EM*,10,7).
“o homem é um animal capaz de pensar e de fazer política” (EM, 1,6),.
* EN – obra Ética e Nicômaco de Aristóteles
A ética busca estabelecer harmonia, hierarquia e comando nessa complexidade – tarefa que só pode ser cumprida por aproximação porque as condutas humanas são mutáveis. 
4 eixos da obra de Aristóteles
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1º a ética é natural: emerge da estrutura biológica. 
O indivíduo como a sociedade são produtos da natureza.
2º a ética é finalista: todas as nossas escolhas e decisões visam alcançar uma meta, um fim.
Visam alcançar a algum bem (aquilo que todas as coisas visam).
3º a ética é racional:: busca harmonizar os impulsos biológicos, instintivos e sensitivos sob a orientação da razão.
4º a ética vem de fora, da natureza: o homem nasce ético porque seus atos são escolhidos e decididos racionalmente.
Somos potencialmente éticos por constituição biológica.
Teoria da causalidade 
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Matéria corporal (causa material)
Forma racional (causa formal)
Pais (causa eficiente)
Realização como ser ético que busca seu crescimento moral, intelectual, social e político pela liberdade (felicidade) (causa final)
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Condições para uma vida feliz, segundo Aristóteles
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As virtudes para Aristóteles
O Ser do homem é uma substância composta: corpo material e alma espiritual.
O corpo é sujeito às paixões, então a alma deve desenvolver hábitos bons, considerando que a virtude é sempre uma força adquirida, aprendida, um hábito que não surge espontaneamente na natureza.
Aristóteles valoriza a vontade humana, a deliberação e o esforço em busca de bons hábitos (converter seus impulsos e desejos naturais em virtudes intelectuais - auto educação).
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Virtude é um hábito adquirido , voluntário e deliberado. 
A prudência – o meio termo
Consiste no meio termo entre o excesso e a deficiência.
É a busca do equilíbrio entre a vida pessoal e social.
“O meio termo está numa proporcionalidade conveniente a cada um de nós”, segundo o bem moral e a dignidade humana.
O meio termo ético é definido pela experiência de vida e pelo juízo prudente da sensatez.
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Justiça – gera harmonia
É uma virtude que cria harmonia e estabelece ordem nas diferentes partes que compõem a estrutura social.
Seu objetivo é o bem comum a todos os cidadãos garantindo a igualdade e a liberdade entre todos.
A justiça faz a ponte entre o indivíduo subjetivamente virtuoso e os outros cidadãos, sendo assim a virtude do corpo social.
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Cidadania 
Para Aristóteles a sociedade é uma grande comunidade que busca a felicidade da mesma maneira que o indivíduo.
A pólis (cidade) é um tipo de comunidade constituída para a obtenção de um bem – comunidade política.
“A sociedade serve para garantir ao cidadão uma boa existência”, diz ele.
Um cidadão, na Grécia antiga, era aquele que participava da assembléia que discutia e fazia as leis da cidade e governava as questões públicas – os trabalhadores, os artesãos, os escravos e as mulheres não eram considerados cidadãos.
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Ética e a política para Aristóteles
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Ética na Idade Média
 Na idade média, a filosofia foi dominada pelo cristianismo e pelo islamismo, e a ética se centralizou na moral como interpretação dos mandamentos e preceitos religiosos.
No renascimento e nos séculos XVII e XVIII, os filósofos redescobriram os temas éticos da antiguidade, e a ética foi entendida novamente como o estudo dos meios de se alcançar o bem estar, a felicidade e o bom modo de conviver tendo por base sua fundamentação pelo pensamento humano e não por preceitos recebidos das tradições religiosas.
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A importância da religião
A religião trouxe um grande progresso moral à humanidade.
A meta da vida moral foi colocada num patamar mais alto, numa santidade, sinônimo de um amor perfeito, e que devera ser buscada, mesmo que fosse inatingível.
A religião trouxe questões como a do relacionamento entre a natureza e a liberdade, da fraternidade universal e da valorização ou relativização do prazer, do egoísmo, do sofrimento, propriedade, poder, violência, sexo etc.
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Ética na Idade Moderna
Surgem duas tendências:
A busca de uma ética laica, racional
Busca de novas formas de síntese entre o pensamento ético-filosófico e a doutrina da revelação (especialmente a cristã).Surgem os trabalhos de Kant, Sartre, Kierkgaard, Hegel, Marx, entre outros que discutem a questão da liberdade humana frente as questões éticas e a consciência moral.
A consciência moral como aquela voz interior que nos diz que devemos fazer, em todas as ocasiões, o bem e evitar o mal.
Para Kant, a natureza humana é uma natureza racional e nos fez livres, portanto, ele deve desenvolver a liberdade através da mediação de sua capacidade racional.
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A ética na atualidade
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Moral
Moral - Alguns dicionários definem moral como "conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, éticas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupos ou pessoa determinada" (Aurelio Buarque de Hollanda), ou seja, regras estabelecidas e aceitas pelas comunidades humanas durante determinados períodos de tempo.
A moral é aquilo que se submete a um valor – tem um sentido mais amplo que ética.
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