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Sonda nasoenteral Definição • É a introdução de uma sonda de poliuretano ou silicone, de pequeno diâmetro, com uma cápsula de peso em sua posição distal, através da narina até o estômago ou duodeno, utilizando-se um fio guia. Alimentação por Sonda Enteral Nutrição Enteral (NE) • Inseridas através do nariz: Sonda nasoentérica ou nasointestinas (duração:menos de 4 semanas) • Por meio cirúrgicos ou endoscópicos: Gastrostomia ou jejunostomia (duração: mais de 4 semanas) Indicação da SNE • Para alimentação, quando o cliente necessita permanecer por longo tempo com a sonda; • Patologias como neoplasia de cabeça e pescoço Objetivo da SNE • Promover uma via para suporte nutricional • Administrar medicamentos Sondagem Nasoenteral • Entubação orotraqueal e sedação contínua Sonda enteral Procedimento • Explicar ao paciente sobre o procedimento. • Organizar o material. • Lavar as mãos. • Posicionar o paciente em posição Fowler ou sentado. • Calçar as luvas. • Calcular até que ponto a sonda precisa ser introduzida, usa-se medir a distância desde a ponta do nariz do paciente até o lóbulo da orelha (1ª. Marca) e daí até o processo xifóide (2ª. Marca) e adicione mais 20 cm. • Use uma seringa injetando água na sonda para ativar o revestimento lubrificante interno. • Escolha a narina e insira a sonda até a segunda marca • Aspirar conteúdo gástrico e injetar ar pela sonda com auxílio da seringa e auscultar com estetoscópio sobre o epigástrico do cliente. • Tirar as luvas. • Faça voltas na sonda e prenda-a com fita adesiva temporariamente em uma face do rosto do paciente. • Prenda a sonda junto ao nariz. • Verifique a colocação através de raio X. • Retire o estilete / guia, usando tração suave. • Organizar o material e deixar o paciente confortável • Lavar as mãos. • Anotar o cuidado prestado. Complicações da Nutrição Enteral por Sonda e Ações de Enfermagem • Aspiração Pulmonar Ação: Verificar o posicionamento da sonda antes da alimentação • Diarréia Ação: Diminuir a velocidade da infusão, administrar medicamentos sintomáticos, verificar possibilidade de alergias. • Constipação Ação: Sugerir suplementação hídrica, selecionar fórmulas que contenha fibras, sugerir emoliente fecal, ver possibilidade de maior mobilidade no leito e/ou deambulação. • Oclusão da Sonda Ação: Irrigar com 20 ml de água antes e depois de cada medicamento por sonda,evitar medicamentos esmagados quando a forma líquida for disponível. • Deslocamento da Sonda Ação: Reposicionar a sonda e confirmar o posicionamento antes de reiniciar a alimentação,verificar fixação com esparadrapo. ATENÇÃO Fio-guia: facilita a instalação. não utilizá-la para desobstruir a sonda Procedimentos • O procedimento é o mesmo que o da SNG, exceto por: - na medição, deve-se acrescentar 20 cm; - O fio guia deve ser retirado após a introdução da sonda; - O paciente deve ficar em decúbito lateral após o procedimento; • necessário aguardar que a sonda migre do estômago ao duodeno ( 3 horas) e confirmar sua posição ( radiografia). Sondagem Nasoenteral • Técnica de introdução é semelhante à da nasogástrica , sendo necessário aguardar que a sonda migre do estômago ao duodeno ( 4 horas) e confirmar sua posição ( radiografia). • Posição do paciente: DLD Procedimento • Após 4h deve-se fazer um RX para visualizar a localização da sonda • Os cuidados são os mesmos do SNG Contra-indicações do cateterismo gástrico e entérico - Estenose de esôfago; - Câncer de esôfago com obstrução; - Coagulopatia; - Recusa do paciente; - Paciente agitado; - Traumatismo facial com fraturas ou TCE grave com suspeita de fratura da base do crânio. DEGLUTE SEM ASPIRAR? SIM NÃO ALIMENTAÇÃO ORAL NUTRIÇÃO EXTRA-ORAL TIPOS DE ALIMENTAÇÃO EXTRA-ORAL NUTRIÇÃO ENTERAL Definição • Alimentos para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sonda, ou via oral, industrializado ou não, utilizada exclusivamente ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme a sua necessidade nutricional , em pacientes hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. • RDC n. 63 Indicações • Paciente com risco de desnutrição ou ingestão oral inadequada (menos de 60% de suas necessidades nutricionais); • Estabilidade hemodinâmica; São candidatos a TNE pacientes que não satisfazem suas necessidades nutricionais com a alimentação convencional. • Lesões SNC: depressão, anorexia nervosa; • Lesão de face e mandíbula; • Câncer de boca; cirurgia de esôfago; • Paciente com dificuldade de deglutição, paralisia facial; • Queimados; • Caquexia cardíaca; • Cirurgias gastrointestinais; • Fístulas digestivas; pancreatite, má absorção, enterite por quimio ou radioterapia Benefícios • Flora intestinal se mantém íntegra; • O processamento intestinal dos nutrientes estimula fatores hormonais tróficos (ex. serotonina); • Reforça a barreira intestinal; • Reduz crescimento bacteriano; Contra - Indicações • Instabilidade hemodinâmica; • Doença Terminal; • Obstrução Intestinal; • Sangramento TGI; • Vômitos freqüentes; • Diarréias freqüentes – rever terapia e gotejamento da dieta; • Fístulas intestinais; • Íleo paralítico; • Pancreatite grave; • Inflamações do TGI Vias de Acesso • Pode ser feita de duas maneiras: - Sonda com posicionamento gástrico ou gastrostomia (indicadas para períodos longos de TN); - Sonda de posicionamento pós pilórico ou jejunostomia (indicada quando o estômago está impossibilitado). Gastrostomia GASTROSTOMIA - Importante para pacientes que necessitam receber alimentos por essa via durante muito tempo. - As mais modernas para gastrostomias: são de silicone ou de poliuretano, com paredes finas e flexíveis, numeradas e com duas vias que facilitam a irrigação e a administração de medicamentos, mesmo durante a infusão da dieta. Jejunostomia Indicação no paciente com gastrectomia; JEJUNOSTOMIA - As sondas para jejunostomia são de poliuretano ou silicone e possuem um diâmetro menor que a de gastrostomia. Podem ser instaladas percutaneamente, usando-se anestesia local e devem ser fixadas na pele para que não se desloquem. • Localização jejunal • Vantagens Menor risco de aspiração; Maior dificuldade de saída acidental da sonda; Permite nutrição enteral quando a alimentação gástrica é inconveniente e inoportuna. Desvantagens Desalojamento acidental, podendo causar refluxo gástrico. Técnicas de Administração • Gravitacional; • Bomba Infusora; • Bolus – direto na sonda do paciente; Bomba Infusora Sistema em Bolus Resolução 63/2000 • É de responsabilidade do enfermeiro: - Passar a sonda no paciente quando prescrito por médico; - De acordo com a resolução 64/2000, o equipo deve ser trocado a cada 24hs; Cuidados Gerais da Enfermagem Complicações da TNE: Erosão nasal e necrose, sinusite, otite, esofagite, Faringite, obstrução da sonda, Saída ou migração da sonda, risco de broncoaspiração Resolução 63/2000 – Regulamento técnico para a Terapia de Nutrição Enteral ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO Compete ao enfermeiro: • Orientar o paciente , a família ou o responsável legal quanto à utilização e controle da TNE. • Preparar o paciente, o material e o local para o acesso enteral. • Prescrever os cuidados de enfermagem na TNE, em nível hospitalar,ambulatorial e domiciliar. • Proceder ou assegurar a colocação da sonda oro/nasogástrica ou transpilórica. • Assegurar a manutenção da via de administração. • Receber a NE e assegurar a sua conservação até a completa administração. • Proceder à inspeção visual da NE antes de sua administração. • Avaliar e assegurar a administração da NE observando as informações contidas no rótulo,confrontando-as com a prescrição médica. • Avaliar e assegurar a administração da NE, observando os princípios de • assepsia. Resolução 63/2000 – Regulamento técnico para a Terapia de Nutrição Enteral • Detectar, registrar e comunicar à EMTN e ou o médico responsável pelo paciente, as intercorrências de qualquer ordem técnica e ou administrativa. • Garantir o registro claro e preciso de informações relacionadas à administração e à evolução do paciente quanto ao: peso, sinais vitais, tolerância digestiva e outros que se fizerem necessários. • Garantir a troca do curativo e ou fixação da sonda enteral, com base em procedimentos pré-estabelecidos. • Participar e promover atividades de treinamento operacional e de educação continuada, garantindo a atualização de seus colaboradores. • Elaborar e padronizar os procedimentos de enfermagem relacionadas à TNE. • O enfermeiro deve participar do processo de seleção, padronização, licitação e aquisição de equipamentos e materiais utilizados na administração e controle da TNE. • Zelar pelo perfeito funcionamento das bombas de infusão. • Assegurar que qualquer outra droga e ou nutriente prescritos, sejam administrados na mesma via de administração da NE, conforme procedimentos prestabelecidos. • Imaginem você, um indivíduo saudável, ficar sem comer por 12 horas? ....Agora, imaginem um paciente internado, com estado de saúde debilitado, requerendo cuidados para restabelecê-la, e que suas necessidades nutricionais para recuperá-la estão aumentadas, ficar este mesmo período de tempo sem comer........... - Na terapia nutricional, a atenção dos profissionais enfermeiros deve ser de igual importância a da terapia medicamentosa. Não é a toa que ocupa a primeira linha da prescrição do paciente. Não se deve negligenciar a dieta.....devem ser infundidas todas as etapas prescritas.
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