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FACULDADE DE MINAS – FAMINAS/BH
CURSO DE FARMÁCIA
Estágio Supervisionado em
Farmácia Clínica
VALDIRENE RIBEIRO DE SOUSA 
Belo Horizonte
2016
FACULDADE DE MINAS – FAMINAS/BH
CURSO DE FARMÁCIA
Estágio Supervisionado em
Farmácia Clínica
Nome: Valdirene Ribeiro De Sousa
Matrícula: 2-11-22250
Dados do Local de Estágio
Empresa: Associação Evangélica Beneficente de Minas Gerais
Profissional Supervisor: Lia Barbosa Taveira
N° de registro no CRF: 32.041
Nome do Professor Orientador: Claudiney Luiz Ferreira
N° de registro no CRF: 12.067
Período de Estágio
Início: 12/09/2016 à Término: 20/12/2016
Jornadas de trabalho: 30 horas semanais.
Total de horas: 400 horas 
Belo Horizonte
2016
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO 
A Assistência Farmacêutica é um conjunto de ações que visam assegurar a assistência integral, a promoção, proteção e a recuperação da saúde, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e o seu uso racional. Neste contexto, a Atenção farmacêutica surge como um modelo de prática farmacêutica e compreende atitudes, valores éticos,comportamentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades,sendo o paciente o principal beneficiário das ações.
De acordo com a Lei 8080 a saúde é um direito de cidadania, cabe ao Governo assegurar este direito, sendo que o acesso ás ações e serviços devem ser garantidos a todos, independentemente de sexo, raça, ocupação ou outras características sociais. (BRASIL, 1990). 
O Conselho Federal de Farmácia atualmente defende o modelo de drogaria como estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais. (CFF RESOLUÇÃO Nº 5991,1973).
A Farmácia Hospitalar é um órgão de abrangência assistencial, técnico-científica e administrativa, em que se desenvolvem atividades voltadas à produção, armazenamento, controle, dispensação e distribuição de medicamentos e materiais médico-hospitalares.
Farmácia Hospitalar é também responsável pela orientação de pacientes internos e ambulatoriais, visando sempre a eficácia terapêutica, racionalização dos custos, voltando-se também para o ensino e a pesquisa, propiciando assim um vasto campo de aprimoramento profissional.
A legislação que regulamenta o exercício profissional da Farmácia em Unidade Hospitalar é a Resolução nº. 300, de 30 de janeiro de 1997. Segundo esta resolução “Farmácia Hospitalar é uma unidade técnico-administrativa dirigida por um profissional farmacêutico, ligada funcional e hierarquicamente a todas as atividades hospitalares”.
Resolução Nº 585, de 29 de agosto de 2013, que regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico. Elas remetem aos cuidados em saúde e ao sentido de responsabilidade social do profissional.
A presença do farmacêutico é necessária e protegida por lei em clinicas, ambulatórios, unidades de saúde, hospitais, lares de longa permanência e farmácias comunitárias ou farmácias em geral, seja de origem pública ou Privada (Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973 e portaria nº4.283, de 30 de dezembro de 2010).
A farmácia é um setor do hospital que necessita de elevados valores orçamentários e o farmacêutico hospitalar deve estar habilitado a assumir atividades clínico-assistenciais, através de participação efetiva na equipe de saúde, contribuindo para a racionalização administrativa com conseqüente redução de custos. Tem como principal função garantir a qualidade da assistência prestada ao paciente, por meio do uso seguro e racional de medicamentos e materiais médicos hospitalares, adequando sua aplicação à saúde individual e coletiva, nos planos assistencial, preventivo, docente e 
O Profissional Farmacêutico
Considerada como uma das mais antigas e fascinantes, a profissão farmacêutica tem como seu princípio fundamental a cura e a melhoria da qualidade de vida da população. O farmacêutico deve nortear-se pela ética, configurando-se como peça fundamental na sociedade, pois é a garantia do recebimento de toda a informação adequada e voltada ao uso do medicamento.
Historicamente, as atividades farmacêuticas da época de gregos e troianos e, por muitos anos, foram confundidas com as atividades médicas, sendo separadas somente alguns séculos depois. No segmento hospitalar, podemos afirmar que no começo do século XX, a Farmácia apresentava-se como imprescindível ao funcionamento normal do hospital, sendo talvez, a unidade mais evoluída, no seu antigo e verdadeiro conceito, sempre de presença obrigatória e jamais esquecida pelas administrações, pois mantinha seu papel na preparação de receitas magistrais e oficinais.
As atribuições clínicas do farmacêutico estão abrindo horizontes para o fortalecimento da farmácia clínica, base para a prescrição farmacêutica e pedra angular do processo de consolidação da autoridade técnica do profissional. Elas têm conexão com a responsabilidade social do farmacêutico e podem assumir papel estratégico na aguardada mudança na saúde.
A implantação de serviços farmacêuticos clínicos em hospitais além de aumentar a segurança e a qualidade da atenção ao paciente promove redução de custos quando aliada aos serviços farmacêuticos tradicionais.
O profissional que atua clinicamente tem, entre outras funções a de garantir o uso correto do medicamento, em conjunto com a equipe multiprofissional dos hospitais e ambulatório reduzindo o tempo de internação e melhorando a adesão destes ao tratamento para garantir uma melhor qualidade de vida. Atua também na gestão da farmacoterapia, revisando aspectos da seleção administração e resultados terapêuticos obtidos.Fornece educação e orientação ao paciente e recomendações ao médico para ajustes no tratamento.
1.2 FARMÁCIA CLÍNICA 
Farmácia clínica é a área da farmácia voltada à ciência e prática do uso racional de medicamentos, na qual os farmacêuticos prestam cuidado ao paciente, de forma a otimizar a farmacoterapia, promover saúde e bem-estar, e prevenir doenças. Esta área não é restrita somente a hospitais, mas inclui também farmácias comunitárias, clínicas privadas, ambulatórios, unidades de saúde e lares de longa permanência. Pode ser exercida em qualquer local que possua usuários de medicamentos expostos ao risco e às consequências de seu uso.
1.3 PERFIL DO FARMACÊUTICO CLÍNICO
 	O farmacêutico clínico é o profissional que participa ativamente na assistência ao paciente e está inserido na equipe multiprofissional. Para o desenvolvimento da farmácia clínica, é essencial que o farmacêutico possua os seguintes conhecimentos técnicos: 
Farmacologia/Farmacoterapia; 
Farmacotécnica; 
Farmacocinética e Farmacodinâmica; 
Fisiologia;
Interpretação de Exames Laboratoriais.
As atividades desenvolvidas por farmacêuticos clínicos desempenham papel fundamental na promoção do uso racional de medicamentos, garantindo ao paciente uma farmacoterapia adequada, com resultados terapêuticos definidos, e minimizando consequentemente os riscos de resultados desfavoráveis da terapia medicamentosa, além de diminuir custos. Entre essas atividades, a revisão das prescrições médicas é um item extremamente importante, pois permite a identificação, a resolução e a prevenção do surgimento de problemas relacionados aos medicamentos (PRM) e desfechos negativos associados à farmacoterapia.
LISTA DAS ATRIBUIÇÕES CLÍNICAS
 Resolução Nº 585, de 29 de agosto de 2013 - São atribuições clínicas do farmacêutico relativas ao cuidado à saúde, nos âmbitos individual e coletivo:
 I. Estabelecer e conduzir uma relação de cuidado centrada no paciente; 
II. Desenvolver, em colaboração com os demais membros da equipe de saúde, ações para a promoção, proteção e recuperação da saúde, e a prevenção de doenças e de outros problemas de saúde;
 III. Participar do planejamento e da avaliação da farmacoterapia, para que o paciente utilize de forma segura os medicamentos de que necessita, nas doses, freqüência, horários, vias de administração e duração adequada, contribuindo para queo mesmo tenha condições de realizar o tratamento e alcançar os objetivos terapêuticos;
 IV. Analisar a prescrição de medicamentos quanto aos aspectos legais e técnicos; 
V. Realizar intervenções farmacêuticas e emitir parecer farmacêutico a outros membros da equipe de saúde, com o propósito de auxiliar na seleção, adição, substituição, ajuste ou interrupção da farmacoterapia do paciente; Participar e promover discussões de casos clínicos de forma integrada com os demais membros da equipe de saúde;
 VII. Prover a consulta farmacêutica em consultório farmacêutico ou em outro ambiente adequado, que garanta a privacidade do atendimento;
 VIII. Fazer a anamnese farmacêutica, bem como verificar sinais e sintomas, com o propósito de prover cuidado ao paciente;
 IX. Acessar e conhecer as informações constantes no prontuário do paciente; 
X. Organizar, interpretar e, se necessário, resumir os dados do paciente, a fim de proceder à avaliação farmacêutica; 
XI. Solicitar exames laboratoriais, no âmbito de sua competência profissional, com a finalidade de monitorar os resultados da farmacoterapia;
 XII. Avaliar resultados de exames clínico laboratoriais do paciente, como instrumento para individualização da farmacoterapia;
 XIII. Monitorar níveis terapêuticos de medicamentos, por meio de dados de farmacocinética clínica;
 XIV. Determinar parâmetros bioquímicos e fisiológicos do paciente, para fins de acompanhamento da farmacoterapia e rastreamento em saúde;
 XV. Prevenir, identificar, avaliar e intervir nos incidentes relacionados aos medicamentos e a outros problemas relacionados à farmacoterapia; XVI. Identificar, avaliar e intervir nas interações medicamentosas indesejadas e clinicamente significantes; 
XVII. Elaborar o plano de cuidado farmacêutico do paciente; 
XVIII. Pactuar com o paciente e, se necessário, com outros profissionais da saúde, as ações de seu plano de cuidado; 
XIX. Realizar e registrar as intervenções farmacêuticas junto ao paciente, família, cuidadores e sociedade; 
XX. Avaliar, periodicamente, os resultados das intervenções farmacêuticas realizadas, construindo indicadores de qualidade dos serviços clínicos prestados;
 XXI. Realizar, no âmbito de sua competência profissional, administração de medicamentos ao paciente;
 XXII. Orientar e auxiliar pacientes, cuidadores e equipe de saúde quanto à administração de formas farmacêuticas, fazendo o registro destas ações, quando couber;
 XXIII. Fazer a evolução farmacêutica e registrar no prontuário do paciente; XXIV. Elaborar uma lista atualizada e conciliada de medicamentos em uso pelo paciente durante os processos de admissão, transferência e alta entre os serviços e níveis de atenção à saúde; 
XXV. Dar suporte ao paciente, aos cuidadores, à família e à comunidade com vistas ao processo de autocuidado, incluindo o manejo de problemas de saúde autolimitados;
 XXVI. Prescrever, conforme legislação específica, no âmbito de sua competência profissional; 
XXVII. Avaliar e acompanhar a adesão dos pacientes ao tratamento, e realizar ações para a sua promoção; 
XXVIII. Realizar ações de rastreamento em saúde, baseadas em evidências técnicas científicas e em consonância com as políticas de saúde vigentes. Pharmacia Brasileira nº 88 - Janeiro/Fevereiro/Março 2014 11 Dr. Walter Jorge João, Presidente do CEF.
DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE CUIDADOS FARMACÊUTICOS
Durante o processo de revisão de prescrição, o farmacêutico teve acesso às seguintes bases de dados: Drugdex®, UpToDate® e Medscape®. Cada parâmetro de avaliação foi considerado como segue (REIS et al., 2013).
Dose: avaliar se a dose prescrita encontrava-se de acordo com a preconizada pela literatura, considerando o peso ou a superfície corpórea do paciente, e a necessidade de ajustes para função renal e/ou hepática alteradas;intervalo de administração: avaliar se os intervalos dos medicamentos prescritos estavam descritos na literatura, além da possível necessidade de adequação dos mesmos para função renal e/ou hepática alterada, considerando também a possibilidade de redução de custos e tempo gasto pela enfermagem na administração; 
 Via de administração: avaliar a via de administração baseada nas características farmacocinéticas e condições clínicas do paciente; - apresentação e/ou forma farmacêutica: adequar de acordo com a padronização do hospital e com o paciente (crianças, idosos, pacientes com sonda ou dificuldade de deglutição);
 Medicamento inapropriado/desnecessário: presen- ça de medicamento sem indicação para a condição clínica, duplicidade terapêutica, medicamento em duplicata, paciente com reação alérgica conhecida ao medicamento, medicamento contraindicado ou desnecessário à condição clínica do paciente;
 Necessidade de medicamento adicional: condição clínica não tratada, continuação de tratamento, medicamento preventivo ou profilático;
 Alternativa terapêutica mais adequada/disponí- vel: medicamento mais seguro, mais efetivo, mais custo efetivo ou disponível na padronização do hospital;
 Interações medicamentosas: presença de interações medicamentosas com relevância clínica, de acordo com classificações encontradas nas bases de dados;
 Inconsistências nas requisições de medicamento: informação discrepante sobre posologia ou instruções de administração contidas na mesma prescrição;
 Diluição e/ou taxa de infusão: avaliar a concentração e a taxa de infusão da medicação; - incompatibilidades e/ou estabilidade físico-química: avaliar possíveis incompatibilidades entre fármacos e fármaco/diluente, e verificar a estabilidade entre medicações prescritas, de acordo com a diluição padrão de cada clínica.
Quando um PRM foi identificado durante a revisão de prescrição, o sistema adotado pelo farmacêutico foi entrar em contato com o médico ou outro profissional de saúde responsável pelo paciente para discutir a melhor conduta a ser adotada.
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PROBLEMAS RELACIONADOS AOS MEDICAMENTOS PRM 
Dose 
Intervalo de administração 
Via de administração 
Apresentação e/ou forma farmacêutica 
Medicamento inapropriado/desnecessário 
Necessidade de medicação adicional 
Alternativa terapêutica mais adequada/disponível 
Interação medicamentosa 
Inconsistências na prescrição 
Diluição e/ou taxa de infusão 
Incompatibilidades físico-químicas e/ou estabilidade da preparação.
A Farmácia Clínica deve ser compreendida como uma prática realizada por profissional farmacêutico direcionada ao paciente, com a finalidade de aperfeiçoar a terapia medicamentosa, promovendo a saúde, o bem- -estar e a prevenção de doenças. Exige que o profissional possua conhecimentos específicos, experiência e habilidade, para assim atingir metas nem sempre tangíveis, porém facilmente observáveis em resultados terapêuticos positivos e geração de novos conhecimentos. A implantação de serviços farmacêuticos clínicos em hospitais além de aumentar a segurança e a qualidade da atenção ao paciente promove redução de cus tos quando aliada aos serviços farmacêuticos tradicionais. O farmacêutico clínico deve integrar uma equipe de profissionais da área da saúde cujo objetivo é fornecer cuidados de alta qualidade a um paciente hospitalizado. A eficiência dos cuidados propostos por esta equipe será diretamente proporcional ao nível de organização aplicado, sendo requisitos básicos: visitas ao leito em equipe e encontros periódicos entre seus membros para definição de condutas e responsabilidades de cada profissional.
2.0 OBJETIVOS 
Elaboração do perfil farmacoterapêutico para pacientes internados ou ambulatoriais, visando a avaliar a adequação do tratamento prescrito, detectar interações medicamentosas e verificar a adesão do paciente ao esquema terapêutico. Monitoração do tratamento farmacológico verificando a eficácia, a presença de reações adversas e realizando, muitas vezes, as dosagens plasmáticas de fármacos para o ajuste da posologia em laboratórios de cinética clínica.
O objetivo principal da farmácia clinica são:
Maximizar o efeito clínico de medicamentos, isto é utilizar otratamento mais eficaz para cada tipo de paciente;
Minimizar o risco de efeitos adversos induzidos por um tratamento;
Reduzir o tempo do processo de terapia;
Monitorizar a conformidade do tratamento com o paciente;
Incentivar a adesão ao processo;
Garantir o uso correto do medicamento;
Promover a qualidade de vida do paciente
3.0 DESENVOLVIMENTO 
3.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA HOSPITAL EVANGELICO MINAS GERAIS
A Associação Evangélica Beneficente de Minas Gerais, fundada em 29 de março de 1946, é uma entidade sem fins lucrativos, reconhecida como de Utilidade Pública Federal e Municipal, que atua no campo da saúde e educação. Mantenedora das unidades: Hospital Evangélico de Belo Horizonte; três Centros de Nefrologia – Contorno, Contagem e Venda Nova; e Escola de Enfermagem do Hospital Evangélico.
Trata-se de um Hospital geral com uma edificação Monobloco e Vertical, pois, oferece serviços concentrados em uma única edificação e apresenta estrutura principalmente 5 na dimensão vertical. É uma Instituição de médio porte,dispondo de ?leitos, O Hospital Evangélico possui Enfermaria SUS: O SUS possui 99 leitos, sendo 06 destinados ao transplante renal. O Bloco Cirúrgico do Hospital Evangélico foi projetado com todas as condições necessárias para proporcionar segurança ao corpo clínico e ao paciente durante os procedimentos.Contamos com 9 Salas Cirúrgicas, cada sala montada individualmente com todos os equipamentos necessários para garantir o monitoramento adequado e seguro durante o pré, trans e pós operatório. Todas as salas cirúrgicas estão estruturadas para receber procedimentos de pequeno, médio e grande porte, sendo eles, de pequena, média ou alta complexidade.Disponibilizamos ainda 11 leitos dentro do setor para recuperação pós anestésica,um Centro de Tratamento Intensivo – CTI e um Bloco Cirúrgico para melhor atendimento a seus usuários e atualmente possui taxa ocupacional Setor especializado em prestar cuidados intensivos a pacientes críticos, os quais demandam monitorização contínua e atenção, prestadas por uma equipe altamente especializada. A estrutura física do nosso CTI compõe-se de: 20(vinte) leitos, sendo 2(dois) destes, adequados para pacientes que necessitem de isolamento (de contato respiratório).
O Hospital Evangélico de Minas Gerais tem como missão servir ao próximo acolhendo-o em suas necessidades físicas, emocionais e espirituais com sustentabilidade. Com a visão de serem até 2018 financeiramente sustentáveis, referência na excelência dos serviços prestados e referência no acolhimento em nossa rede de relacionamentos, por nossos esforços em buscarmos a transparência e a retidão em nosso proceder. Valores AEBMG são os princípios cristãos conforme a prescrição da Bíblia Sagrada tais como: respeito, transparência, dignidade, serviço, honestidade e amor.
INFRAESTRUTURA
Acomodações - Apartamentos Standard
Acomodações - Enfermaria
Acomodações - Enfermaria SUS
Ambulatório
Bloco Cirúrgico
Centro de Diagnóstico por Imagem
Centro de Terapia Intensiva
Hospital Dia
Internação
Serviço de Hemodinâmica
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
O projeto de farmácia clínica foi iniciado em maio 2015 para atendimento aos padrões de qualidade pretendidos para o hospital por meio da farmacêutica Lia Barbosa. Hoje com grande dimensão e objetivos alcançados o hospital conta com uma farmacêutica e duas estagiárias exclusivamente para realizar o trabalho de farmácia clinica
O estagio ocorreu dentro do hospital evangélico, na farmácia gerência, no período de 12/09/16 ate 20/12/16. Foi realizado em farmácia clinica, com supervisão da farmacêutica Chefe Lia Barbosa Taveira, com ajuda das farmacêuticas Gabriela Gomes Lara(Logistica) e Fabíola de Miranda Oliva(Farmácia clinica)..
Na primeira semana 12/09/ a 16/09/16 foi apresentado o hospital evangélico de Minas gerais no qual foi passado conhecimento de todo funcionamento da farmácia dentro do hospital, e quais os serviços prestados e desenvolvidos em farmácia clinica, e a rotina das três farmacêuticas responsáveis pela dispensa de medicamentos e matérias médicos.
Na segunda semana 19/09 a 23/09/16 
Acompanhamento do frasco meia dose, como e feito este trabalho e a importância para o hospital, onde ocorre uma redução dos custos com o tratamento e o uso adequado dos medicamentos. Ressalta-se que as principais classes que apresentam necessidade de serem monitoradas sericamente são: antimicrobianos, anticonvulsivantes e imunossupressores. Este trabalho é realizado em conjunto com os técnicos de enfermagem que tem um papel muito importante, são eles que são responsáveis pela reconstituição e identificar em qual paciente e o horário que foi reconstituído, deve conter data, nome do paciente leito e o nome do responsável pela reconstituição. Esse trabalho é feito todos os dias em todo o horário que contem esses medicamentos prescritos. um trabalho muito gratificante onde podemos também acompanhar se estão sendo administrados nos horários corretos.
Na terceira semana 26/09 a 30/09/16 
Garantir a alta de um paciente do ambiente hospitalar de forma segura promovendo todos os cuidados necessários em domicílio. É importante garantir que todo tratamento que o paciente realiza no hospital dê continuidade em domicílio. 
Identificação do paciente
Solicitação médica com preenchimento de formulário específico
O formulário é enviado ao Nais para aplicação das escalas e analisar elegibilidade
Aprendi como funciona a desospitalização, ela é feita com pacientes com alta médica, com o uso de clopidogrel, é dispensado 30 comprimidos de clopidogrel, é gratuito é esse medicamento e entregue ao próprio paciente, orientando como será feito o uso, esse trabalho é para que o paciente possa continuar o tratamento em seu domicilio, ao invés de ficar internado, com isso gerando diminuição com internação, e gerando ao paciente um conforto de poder continuar seu tratamento em sua residência com seus familiares. 
Quarta semana 03/010 a 07/10/16
Função renal a creatinina é um marcador de função renal e por meio de sua determinação é possível calcular o clearance de Creatinina. Este, por sua vez, avalia a velocidade e a eficiência da filtração glomerular. Desta forma, o farmacêutico clínico pode identificar injúria renal causada por medicamentos e realizar ajustes de doses. Todos os dias coletamos o resultado de creatina, junto com o peso x idade, no qual o resultado nos permite olhar no prontuário do paciente os medicamentos e qual a dose que esta fazendo uso.
Quinta Semana 10/10 a 14/10/16 
Ajuste de dose a individualização da dose é um dos fatores importantes para o sucesso terapêutico. Deve- -se considerar características específicas em pacientes pediátricos, idosos, gestantes, nefropatas, hepatopáticas, críticos, imunossuprimidos, entre outros. Vale ressaltar ainda que pode ser necessário o ajuste de dose em pacientes com disfunção renal grave que iniciam a terapia renal substitutiva (diálise), uma vez que há medicamentos que podem foi ficar retidos no fi ltro durante o processo de diálise, diminuindo a sua disponibilidade no organismo. Portanto, é importante que o farmacêutico clínico conheça as características físico-químicas dos medicamentos e também a característica do método dialítico, para identificar oportunidades de ajuste.
Sexta semana 17/10 a 21/10/16
Conciliação medicamentosa os problemas mais comuns podem incluir duplicidades terapêuticas, exclusão de medicamentos, omissão de medicamentos e diferenças em doses, em formas farmacêuticas ou em posologias. Por meio deste processo, é possível identifi car a automedicação e também o uso inadequado dos medicamentos, que podem resultar no aumento dos riscos de eventos adversos. Vale ressaltar que é importante realizar uma análise crítica para evitar danos ao paciente.
Sétima semana 24/10 a 28/10/16
 Seguimento farmacoterapêutico de acordo com a proposta do Consenso de Atenção Farmacêutica publicada em 2002,é: “um componente da Atenção Farmacêutica e configura um processo no qual o farmacêutico seresponsabiliza pelas necessidades do usuário relacionadas ao medicamento, por meio da detecção, prevenção e resolução de Problemas Relacionados aos Medicamentos (PRM), de forma sistemática, contínua e documentada, com o objetivo de alcançar resultados definidos, buscando a melhoria da qualidade de vida do usuário”.
Oitava semana 31/10 a 04/11/16
Interação medicamentosa (IM) Interação Medicamentosa (IM) é a alteração dos efeitos de um medicamento pela presença simultânea de outro medicamento, alimento, bebida ou substâncias fisiológicas no organismo. Embora em alguns casos os efeitos destas interações sejam benéficos, a grande maioria das interações é indesejável, podendo causar toxicidade inesperada ou perda do efeito desejado (BORGES et al., 2002)
Nona semana 07/11 a 11/11/16
Incompatibilidade medicamentosa as incompatibilidades podem ser observadas por alteração de cor, aspecto, ou formação de precipitado. Além disso, pode ocorrer adsorção de fármacos a superfícies plásticas ou de vidro das embalagens e materiais utilizados no preparo, administração e armazenamento de medicamentos
Décima semana 14/11 a 18/11/16
	 Obtido um treinamento em farmácia clinica onde as farmacêuticas explicou todo o funcionamento da farmácia clinica dentro do hospital evangélico, as Rotinas e a importância de cada acadêmico e farmacêuticos e dos auxiliares, para conseguir êxito nos trabalhos desenvolvimento, .e um trabalho em conjunto e de grande importância clinica.	
Décima primeira semana 21/11 a 25/11/16
Evolução em prontuário o farmacêutico clínico identificar a conduta de cada profissional e assim detectar oportunidades de ações de melhoria da terapêutica. A participação efetiva é o que garante a integração real na equipe multidisciplinar.
Décima segunda semana 28/11 a 02/12/16
Reação adversa a medicamentos (RAM) O farmacêutico clínico, por estar integrado à equipe multiprofissional e próximo ao paciente, é um dos responsáveis por prevenir, identificar, auxiliar na resolução, bem como monitorar a evolução de reações adversas a medicamentos. Além disso, é fundamental avaliar as relações de causalidade, devendo notificá-las para as autoridades sanitárias
Décima terceira semana 05/12 a 09/12/16
Farmacovigilância o farmacêutico clínico tem papel relevante em direcionar os problemas relacionados à segurança no uso dos medicamentos às áreas pertinentes da assistência farmacêutica, garantindo ações de melhoria de qualidade dos produtos e processos.
Portanto, além das reações adversas a medicamentos, os assuntos a seguir também são importantes para a farmacovigilância:
 • Desvios da qualidade de produtos farmacêuticos; 
• Erros de administração de medicamentos; 
• Notificações de perda de eficácia; 
• Uso de fármacos para indicações não aprovadas (offlabel); 
• Notificação de casos de intoxicação aguda ou crônica por produtos farmacêuticos; 
• Abuso e uso inadequado de produtos;
 • Interações medicamentosas
Décima quarta semana 12/12 a 16/12/16
Erros de medicação “erro de medicação é qualquer evento evitável que, de fato ou potencialmente, pode levar ao uso inadequado de medicamento. Esse conceito implica que o uso inadequado pode ou não lesar o paciente, e não importa se o medicamento se encontra sob o controle de profissionais de saúde, do paciente ou do consumidor. O erro pode estar relacionado à prática profissional, produtos usados na área de saúde, procedimentos, problemas de comunicação, incluindo prescrição, rótulos, embalagens, nomes, preparação, dispensação, distribuição, administração, educação, monitoramento e uso de medicamentos”
Décima quinta semana 19/12 a 20/12/16
Acompanhamento de reunião junto a CCIH; No qual obtive o conhecimento de como e feito o planejamento de toda e qualquer mudança que ocorre com relação a procedimentos e compra de medicamentos e materiais. Conseguir entender a importância do farmacêutico.
4.0 CONCLUSÃO
O estágio é determinante para a qualificação profissional e vai além do curso de nível universitário, onde coloco o aprendizado teórico em pratica. O profissional farmacêutico deve estar em constante aprendizado, buscando complementar a formação além dos conhecimentos adquiridos na graduação. A Farmácia Clínica deve ser compreendida como uma prática realizada por profissional farmacêutico direcionada ao paciente, com a finalidade de aperfeiçoar a terapia medicamentosa, promovendo a saúde, o bem estar e a prevenção de doenças.
O papel do farmacêutico dentro do hospital é essencial para melhorar a farmacoterapia dos pacientes e também apresentar redução de custo. Durante o estágio vivenciei a importância dos farmacêuticos clínicos hospitalares que podem colaborar para melhorar a qualidade do uso de medicamentos bem como a segurança do paciente. 
A aplicação dos conhecimentos adquiridos em sala de aula foi de grande importância para meu aprendizado, pude perceber que a teoria junto com a prática são bases fundamentais para um bom desempenho profissional e que se isoladas perdem o sentido, ou seja, uma complementa a outra.
Esse estágio me proporcionou um grande conhecimento, alertando da grande responsabilidade e a importância do farmacêutico na promoção e recuperação da saúde, obtendo conhecimento em relação ao funcionamento de um hospital, juntamente com as dificuldades enfrentadas diariamente, pude vivenciar os momentos de um farmacêutico, e sua atuação nas diferentes áreas do ambiente hospitalar e como a profissão farmacêutica possui um amplo campo de atuação.
AGRADECIMENTOS
 	Quero agradecer a equipe de profissionais da farmácia do Hospital Evangélico de minas gerais, pelo suporte, carinho, e acolhimento,aos colaboradores e estagiárias e as farmacêuticas Lia Barbosa, Gabriela Gomes,e Fabíola de Miranda, ao qual foram extremamente profissionais e dispostos repassando todo o conhecimento adquirido e sempre prontas para orientar e direcionar a melhor forma de aprendizado.
5.0 REFERENCIAS 
ALMEIDA S. M.; BRUMATTI, V. C. Centro de Informações de Medicamentos. In: FERRACINI, F. T.; BORGES FILHO, W. M. Farmácia Clínica: Segurança na prática hospitalar. São Paulo: Atheneu, 2011, cap. 6, p. 127-141.
ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Vocabulário Controlado de Formas Farmacêuticas, Vias de Administração e Embalagens de Medicamentos. 1. ed. Anvisa, 2011, 56 p. Disponível em: . Acesso em: 16 nov. 2016. 
BARROS, E.; BARROS, H. M. T. Medicamentos na Prática Clínica. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010..
BRASIL. CONGRESSO NACIONAL. Lei n.º 8.080, de 19 de Setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Disponível em: <http://dtr2004.saude.gov.br/susdeaz/legislacao/arquivo/04_lei_8080.pdf>. Acesso em: 07 nov. 2016.
BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA - CFF. Regulamenta o exercício profissional em Farmácia e unidade hospitalar, clínicas e casa de saúde de natureza pública ou privada. Resolução nº 300, 30 de janeiro de 1997. Resoluções do Conselho Federal de Farmácia, Brasília, p.742-743. Disponível em: Acesso em: 08 nov. 2016.
CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DE SÃO PAULO– CRF-SP. Cartilha sobre Farmácia Hospitalar. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. São Paulo; Abril de 2013; p. 9. Disponível em: <portal.crfsp.org.br/.../cartilhas-por-area.htm.> Acesso em: 18 nov. 2016.
Ferracini, F. T., de Almeida, S. M., Locatelli, J., Petriccione, S., & Haga, C. S. (2011). Implantação e evolução da farmácia clínica no uso racional de medicamentos em hospital terciário de grande porte. Einstein (16794508), 9(4).
Miranda TMM, Petriccione S, Ferracini FT, et al. Intervenções realizadas pelo farmacêutico clínico na unidade de primeiro atendimen- to. Einstein, 2012, 10(1):74-78. Disponível em:<www.scielo.br/pdf/eins/v10n1/pt_v10n1a15.pdf> Acesso em: 21 nov. 2016.
PEPE, Vera Lúcia Edais; CASTRO, Claudia G. S.Osorio de. A interação entre prescritores, dispensadores e pacientes: informação compartilhada como possível benefício terapêutico. Cadernos de Saúde Pública,  v. 16, n. 3, p.815-822, set. 2000. FapUNIFESP (SciELO). Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/s0102-311x2000000300029.> . Acesso em: 08 nov. 2016.
SOUZA, A. B. et al. Centro de Informações sobre Medicamentos. In: STORPIRTIS, S. et al. Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2011, cap. 25, p. 236-250.
Organização Pan-Americana de Saúde. Consenso brasileiro de atenção farmacêutica: proposta. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. 24 p.
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