Buscar

6) Soldagem Eletrodo Revestido

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 93 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 93 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 93 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Mário Bittencourt - 2016.1 1 
Fundamentos do 
Processo Eletrodo 
Revestido 
Docente: Mário Bittencourt 
Pressão a Frio 
Difusão 
Atrito 
Forjamento 
Ultra-Som 
Explosão 
MECÂNICA 
Gás 
Mistura 
Exotérmica 
Hidrogênio 
Atômico 
QUÍMICA 
LASER 
Radiação 
Eletromagnética 
Resistência 
Elétrica 
Pontos 
Costura 
Projeção 
Topo 
Centelhamento 
Percussão 
Alta Frequência 
Eletro Escória 
Resistência 
Elétrica 
Revestido 
MIG/MAG 
TIG 
Arame Tubular 
Eletrodo de 
Carvão 
Eletrogas 
Arco Plasma 
Arco 
Elétrico 
ELÉTRICA 
FONTE DE ENERGIA 
Feixe 
Eletrônico 
Arco Submerso 
Eletrodo 
Mário Bittencourt - 2016.1 2 
Sumário 
 Fundamentos do Processo 
 Instalação do Processo Eletrodo Revestido 
 Fabricação dos Eletrodos 
 Revestimento 
 Especificação AWS 
 Manuseio dos Eletrodos 
 Aplicação do Processo 
 Vantagens e Desvantagens 
 Defeitos 
 Bibliografia 
 “Operação que tem por objetivo a união de duas ou mais 
peças, produzida por aquecimento (calor) até uma 
temperatura adequada, com ou sem a utilização de 
pressão e/ou material de adição, assegurando entre as 
peças uma perfeita continuidade metálica e mantendo, 
por conseqüência, suas propriedades.” 
 
Definição de Soldagem 
Mário Bittencourt - 2016.1 3 
 No Processo Eletrodo Revestido o calor necessário para a 
soldagem provém do arco elétrico, que é estabelecido entre 
um eletrodo revestido e a peça a ser soldada. 
Fundamentos do Processo 
Fonte de Energia 
Eletrodo 
Cabo de Solda Grampo 
Metal Base 
Cabo Obra 
Máscara 
Fundamentos do Processo 
Rede Elétrica 
Mário Bittencourt - 2016.1 4 
Fundamentos do Processo 
 O eletrodo funde-se no arco elétrico (sendo consumido), 
fornecendo metal de adição para a soldagem. 
 O Eletrodos Revestido tem uma alma metálica e um 
revestimento externo constituído por materiais minerais 
de composição variada, 
homogeneizados e 
aglomerados por um ligante, 
via de regra silicato de sódio 
ou potássio. 
ALMA METÁLICA 
REVESTIMENTO 
Fundamentos do Processo 
Mário Bittencourt - 2016.1 5 
Fundamentos do Processo 
 Alma ou núcleo do eletrodo, com diâmetro que varia de 
1,5 a 8 mm, conduz a corrente elétrica e forma a maior 
parte do metal de solda. 
 Revestimento do eletrodo reveste a alma com uma 
camada de material apropriado (0,5 a 5 mm). 
PONTA DE PEGA 
(extremidade não revestida) 
REVESTIMENTO 
ALMA 
 (núcleo metálico) 
 Uma das extremidades não 
contém revestimento, para 
possibilitar fixação no 
porta eletrodo; 
 A outra extremidade o 
revestimento termina no 
final do eletrodo, ficando 
descoberta a seção 
transversal, para poder dar 
origem à abertura do arco. 
Fundamentos do Processo 
Mário Bittencourt - 2016.1 6 
 O arco elétrico gera intensa energia, produzindo: 
 A fusão da alma metálico que formará parte do 
depósito e preenchimento da junta. 
Fundamentos do Processo 
 A queima do revestimento formará 
uma atmosfera protetora e uma 
escória que ira cobrir o cordão de 
solda, ambas necessárias para a 
proteção da poça de fusão e do 
cordão de solda. 
 Juntos, os componentes do revestimento e da alma 
metálica, são responsáveis pelas propriedades 
metalúrgicas e químicas do metal de solda. 
 
Fundamentos do Processo 
Mário Bittencourt - 2016.1 7 
 O nome do processo esta relacionado diretamente ao 
consumível utilizado, que é o Eletrodo Revestido. 
  Também é conhecido pelas siglas SMAW, que 
significa “Shielded Metal Arc Welding” (Soldagem a 
Arco, Metal Protegido) e MMA que significa Manual 
Metal Arc. 
 
Fundamentos do Processo 
Mário Bittencourt - 2016.1 8 
Fundamentos do Processo 
Mário Bittencourt - 2016.1 9 
Fundamentos do Processo 
Metal Solda 
Fundido Alma do Eletrodo 
Revestimento 
do Eletrodo 
Gotas Metálicas 
Escória 
Metal de Solda 
Solidificado 
Direção de Avanço 
Gás de Proteção Gerado 
pelo Revestimento 
Metal 
de Base 
Instalação do Processo Eletrodo Revestido 
Porta Eletrodo 
Eletrodo 
Fonte de Energia 
Cabo Obra Garra Aterramento 
Metal Base 
Cabo de Solda 
Mário Bittencourt - 2016.1 10 
Instalação do Processo Eletrodo Revestido 
Fonte de Energia 
Fonte de Energia 
 A soldagem com eletrodos 
revestidos pode empregar 
tanto corrente alternada 
(CA) quanto corrente 
contínua (CC), porém em 
qualquer caso a fonte 
selecionada deve ser do tipo 
CORRENTE CONSTANTE. 
Mário Bittencourt - 2016.1 11 
Fonte de Energia 
 As fontes usadas no processo Eletrodo Revestido são 
do tipo CORRENTE CONSTANTE. 
 Esse tipo de fonte fornecerá uma corrente de 
soldagem relativamente constante independentemente 
das variações do comprimento do arco causadas 
pelas oscilações da mão do soldador. 
 A corrente de soldagem determina a quantidade de 
calor proveniente do arco elétrico e, desde que ela 
permaneça relativamente constante, os cordões de 
solda serão uniformes em tamanho e em forma. 
 CORRENTE x TENSÃO 
 Devido as características construtivas do equipamento, 
a tensão do arco se auto ajusta (dentro dos limites da 
curva da Fonte de Energia). 
Comprimento do Arco 
Fonte de Energia 
 A corrente permanece 
constante dentro dos limites 
da curva do equipamento. 
 
Mário Bittencourt - 2016.1 12 
 Curva tombante (corrente constante) 
Fonte de Energia 
Fonte de Energia 
 CORRENTE x TENSÃO 
 Ao se afastar o eletrodo da 
junta o comprimento do 
arco aumenta (devido 
aumento da tensão) e a 
corrente se mantém 
constante. 
Mário Bittencourt - 2016.1 13 
Fonte de Energia 
 CORRENTE x TENSÃO 
 Ao se aproximar o eletrodo 
o comprimento do arco 
diminui (devido a redução 
da tensão) e a corrente se 
mantém constante. 
 A tendência é o eletrodo 
grudar na peça. 
 CORRENTE [ A ] 
 Na soldagem com eletrodo revestido a CORRENTE é a 
variável que se ajusta no equipamento. 
 É determinada conforme a: 
 - Classe e Diâmetro do Eletrodo, 
 - Tipo de Junta e 
 - Posição de Soldagem. 
 Definição do tipo de corrente e polaridade, posição de 
soldagem e intensidade depende do tipo e diâmetro do 
eletrodo (catálogo dos fabricantes). 
 
Fonte de Energia 
Mário Bittencourt - 2016.1 14 
CORRENTE [ A ] 
 POLARIDADE 
 Corrente contínua 
polaridade direta (CC-): 
eletrodo ligado ao polo 
negativo. 
 Com essa configuração, 
produz-se uma maior taxa 
de fusão do eletrodo, 
associada a uma menor 
profundidade de penetração. 
+ 
+ 
Fonte de Energia 
Mário Bittencourt - 2016.1 15 
 POLARIDADE 
 Corrente contínua polaridade 
inversa (CC+): eletrodo 
positivo e a peça negativa. 
 Com essa configuração, 
maiores penetrações e 
menores taxas de fusão do 
eletrodo são obtidas. 
+ 
+ 
Fonte de Energia 
 POLARIDADE 
 Na corrente contínua – polaridade inversa (CC+) ocorre 
um movimento de mesma direção e sentido oposto 
entre o metal que está sendo transferido para a poça de 
fusão e o fluxo de elétrons que se dirige para a 
extremidade do eletrodo. 
 O choque em contracorrente provoca substancial 
aquecimento das gotas de metal fundido em 
transferência, resultando num maior aquecimento 
destas e da própria poça de fusão. Como conseqüência, 
em CC+ será obtida maiorpenetração. 
Fonte de Energia 
Mário Bittencourt - 2016.1 16 
 POLARIDADE 
 Efeito da polaridade na ponto do eletrodo. 
Fonte de Energia 
Fonte de Energia 
 POLARIDADE 
 Corrente alternada (CA): a polaridade alterna a cada 
inversão da corrente. 
 Com essa configuração, a geometria do cordão, a 
penetração e a taxa de fusão serão intermediárias em 
relação àquelas obtidas em CC+ e CC- 
Mário Bittencourt - 2016.1 17 
Fonte de Energia 
 Tipo Transformador 
 Os transformadores 
fornecem somente 
corrente alternada. 
 Ausência de sopro 
magnético. 
 Menor investimento do 
equipamento. 
 
 
Fonte de Energia 
 Tipo Retificador 
 Transformam a corrente 
alternada da rede em 
corrente contínua 
disponível para a 
soldagem. 
 Melhor estabilidade do 
arco. 
 Transferência metálica 
mais suave 
 
 
Mário Bittencourt - 2016.1 18 
Fonte de Energia 
 Tipo Inversor 
 Os inversores fornecem 
corrente contínua e 
podem ser portáteis. 
 
Fonte de Energia 
 Geradores 
 Os geradores podem 
fornecer corrente 
contínua ou corrente 
alternada. 
 
Mário Bittencourt - 2016.1 19 
Fonte de Energia 
 SELEÇÃO DA FONTE DE ENERGIA 
 Espessura a ser soldada 
 Diâmetro do eletrodo 
 Corrente x Ciclo de trabalho 
 Tipo de revestimento 
 Recursos do equipamento 
 Dimensões 
 Investimento inicial 
 Assistência técnica 
Instalação do Processo Eletrodo Revestido 
Porta Eletrodo 
Mário Bittencourt - 2016.1 20 
Porta Eletrodo 
Porta Eletrodo 
 É o acessório responsável por fixar firmemente o 
eletrodo revestido e transmitir por condução a energia 
elétrica necessária a soldagem. 
 É especificado em função da faixa do diâmetro do 
eletrodo que pode suportar e da máxima corrente 
que pode transmitir. 
 
Mário Bittencourt - 2016.1 21 
Porta Eletrodo 
Porta Eletrodo 
Mário Bittencourt - 2016.1 22 
Porta Eletrodo 
Porta Eletrodo 
Mário Bittencourt - 2016.1 23 
Instalação do Processo Eletrodo Revestido 
Cabo de Solda 
Cabo Obra 
 Cabos de solda e conexões devem ser dimensionados 
para a corrente máxima do equipamento e o 
correspondente Fator de Trabalho e a distância máxima 
de operação. 
 
Fixação Cabo Terra 
Cabos de Solda 
Mário Bittencourt - 2016.1 24 
Fixação Cabo Terra 
Cabos de Solda 
 Cabos de solda em relação a corrente de soldagem e o 
comprimento dos cabos. 
Fixação Cabo Terra 
Cabos de Solda 
F
o
n
te
: 
w
w
w
.e
u
te
c
ti
c
.c
o
m
.b
r 
Mário Bittencourt - 2016.1 25 
Instalação do Processo Eletrodo Revestido 
Garra Aterramento 
 Utilizar o grampo o mais próximo possível do local de 
soldagem. 
 Utilizar o cabo-obra diretamente no local de soldagem, 
e nunca em tubulação, pontes rolantes ou em barras 
longas. 
 A ligação deve ser feita em superfícies de contato 
limpas. 
Fixação Cabo Terra 
Garra de Aterramento 
Mário Bittencourt - 2016.1 26 
Fixação Cabo Terra 
Garra de Aterramento 
Garra de Aterramento 
Mário Bittencourt - 2016.1 27 
 4.6.1 Não é permitido a utilização de garras de 
aterramento fabricadas de ligas de cobre. 
 Também, não deve haver contato de qualquer tipo entre 
peças de cobre (ou suas ligas) e as áreas aquecidas ou 
fundidas pela soldagem e tratamento térmico, 
excetuando-se as barras de cobre para proteção lateral 
da soldagem eletrogás e cobre-juntas de cobre não 
consumíveis em qualquer processo. 
Garra de Aterramento 
Norma Petrobras N-133 Soldagem Rev.M 06/15 
Garra de Aterramento 
Mário Bittencourt - 2016.1 28 
Instalação do Processo Eletrodo Revestido 
Eletrodo 
Eletrodo Revestido 
Mário Bittencourt - 2016.1 29 
 É constituído por uma alma metálica (vareta) coberta por 
um revestimento que é o responsável pelo fornecimento 
de algumas propriedades ao cordão soldado. 
Eletrodo Revestido 
REVESTIMENTO ALMA METÁLICA 
Fabricação dos Eletrodos 
 A matéria prima para a alma metálica é um fio-máquina 
laminado a quente na forma de bobinas, que é 
posteriormente trefilado a frio até o diâmetro adequado 
do eletrodo, retificado e cortado no comprimento 
adequado. 
 A alma metálica tem as funções principais de conduzir a 
corrente elétrica e fornecer metal de adição para a junta. 
Mário Bittencourt - 2016.1 30 
Fabricação dos Eletrodos 
 Os ingredientes do revestimento são cuidadosamente 
pesados, misturados a seco (mistura seca). 
 Então é adicionado o silicato de sódio e/ou potássio 
(mistura úmida) que é compactada em um cilindro e 
alimentada à prensa extrusora. 
 O revestimento é extrudado sobre as varetas metálicas 
que são alimentadas através da prensa extrusora a uma 
velocidade muito alta. 
Fabricação dos Eletrodos 
 O revestimento é removido da extremidade do eletrodo 
(ponta de pega) para garantir o contato elétrico, e 
também da outra extremidade para assegurar uma 
abertura de arco fácil. 
PONTA DE PEGA 
Mário Bittencourt - 2016.1 31 
Fabricação dos Eletrodos 
 Os eletrodos são então identificados com a marca 
comercial e sua classificação antes de entrar no forno 
de secagem, onde eles sofrem um ciclo controlado de 
aquecimento para assegurar o teor adequado de 
umidade antes de embalá-los. 
Fabricação dos Eletrodos 
 Uma das muitas verificações de qualidade feitas durante 
o processo de fabricação é o procedimento que garante 
que a espessura do revestimento e a concentricidade da 
alma do eletrodo sejam uniformes. 
Mário Bittencourt - 2016.1 32 
Funções do Revestimento 
 Para satisfazer aos diversos requisitos industriais, os 
eletrodos são produzidos com revestimento diferentes, 
cujos compostos, quando combinados, conferem aos 
mesmos propriedades que os tornam mais ou menos 
aptos para uma dada aplicação. 
 Os revestimentos devem satisfazer e cumprir um grande 
número de funções, destacando-se as seguintes: 
 - Metalúrgicas 
 - Controle do arco 
 - Operação e manipulação 
 - Mecânicas 
 - Fabricação 
Funções Metalúrgicas do Revestimento 
 Proteção do metal durante a sua transferência, através 
da geração de gases e escória. 
AR 
H2O 
O2 
Mário Bittencourt - 2016.1 33 
Funções Metalúrgicas do Revestimento 
 Desoxidação da poça de fusão. 
 Em certos casos, transferir elementos de liga. 
 Transferir o mínimo possível de hidrogênio para a poça 
de fusão, pois esse elemento coopera para a produção 
de trincas e porosidades. 
Funções do Revestimento no 
Controle do Arco 
 Possuir elementos com baixo potencial de ionização, de 
forma a facilitar a ignição e reignição do arco. 
 Regular a penetração. 
 Diminuir a produção de respingos. 
Mário Bittencourt - 2016.1 34 
Funções do Revestimento no 
Controle do Arco 
 Estabilizar o arco. 
Funções do Revestimento 
na Operação e Manipulação do Processo 
 Produzir escória com intervalo de fusão conveniente, 
solidificando após o metal de solda. 
 Produzir escória com adequada viscosidade. 
 Produzir escória com 
adequada tensão interfacial 
com o metal de solda 
(geometria do cordão). 
 Produzir escória que seja 
facilmente destacável. 
Mário Bittencourt - 2016.1 35 
 Durante a fase de 
solidificação a escória 
formada sobre o cordão de 
solda, é responsável pelo 
ciclo térmico do cordão de 
solda. 
 
Funções do Revestimento 
na Operação e Manipulação do Processo 
 Isolamento elétrico, não abre arco lateralmente. Na soldagem manual com eletrodos revestidos, a 
cratera do revestimento, ou a formação de uma taça na 
ponta do revestimento, que se estende além da alma 
metálica, realiza a função de concentrar e dirigir o 
arco. 
Funções do Revestimento 
na Operação e Manipulação do Processo 
Mário Bittencourt - 2016.1 36 
Funções do Revestimento na 
Fabricação do Eletrodo 
 Os custos dos compostos do revestimento devem ser 
relativamente baixos. 
 O produto resultante da adição de silicatos aos 
compostos secos do revestimento que irá revestir a alma 
deve ser de fácil produção. 
 A extrusão do revestimento deve ser realizada sem 
dificuldades. 
Funções do Revestimento na 
Fabricação do Eletrodo 
 Deve existir adesão suficientemente grande entre o 
revestimento e a alma. 
 O revestimento deve ser resistente a trincas nas 
operações de secagem e ressecagem. 
 O revestimento deve ser resistente a deformação. 
 O produto final deve resistir à embalagem, transporte e 
manipulação. 
Mário Bittencourt - 2016.1 37 
Transferência X Espessura do Revestimento 
 Espessura do revestimento do eletrodo. 
Transferência X Espessura do Revestimento 
 Transferência do metal de adição. 
FINO MÉDIO GROSSO 
Mário Bittencourt - 2016.1 38 
Transferência X Espessura do Revestimento 
 Influência da espessura do revestimento no passe de 
raiz. 
FINO MÉDIO GROSSO 
Transferência X Espessura do Revestimento 
 Aparência do cordão. 
FINO MÉDIO GROSSO 
Mário Bittencourt - 2016.1 39 
Transferência X Espessura do Revestimento 
 Penetração. 
FINO MÉDIO GROSSO 
Constituintes do Revestimento 
 Elementos de liga 
 Aglomerantes 
 Formadores de gases 
 Estabilizadores do arco 
 Formadores de fluxo e 
escória 
 Plasticizantes 
Mário Bittencourt - 2016.1 40 
Mário Bittencourt - 2016.1 41 
 Ácido 
 Básico 
 Oxidante 
 Celulósico 
 Rutílico 
 Altissímo Rendimento 
 
 
 
Tipos de Revestimento 
Mário Bittencourt - 2016.1 42 
Revestimento Ácido 
 praticamente não é mais produzido; 
 metal de solda apresenta baixas propriedades 
mecânicas devido ao alto conteúdo de oxigênio. 
 o metal de solda produzido é muito suscetível a 
trincas de solidificação e, portanto, os elementos 
carbono, enxofre e fósforo devem se encontrar em 
baixos teores. 
 gera escória em grande quantidade e facilmente 
destacável. 
Revestimento Básico 
 média penetração; 
 geralmente apresenta as melhores propriedades 
mecânico metalúrgicas entre todos os eletrodos, 
destacando-se a tenacidade; 
 escória fluida e facilmente destacável; 
 requer ressecagem a temperaturas relativamente altas; 
 após algumas horas de contato com a atmosfera, requer 
ressecagem por ser altamente higroscópico; 
 
Mário Bittencourt - 2016.1 43 
Revestimento Oxidante 
 baixa penetração 
 propriedades mecânicas baixa, principalmente a 
tenacidade. 
 produz escória oxida, abundante e de fácil 
destacabilidade. 
 não indicado para aplicações de risco elevado. 
 bastante utilizado na soldagem subaquática. 
 
 alta penetração 
 alto nível de H2 no metal depositado impede o uso em 
materiais sujeitos a trincas por hidrogênio; 
 pouca escória, facilmente destacável 
 não devem ser ressecados 
 elevada produção de gases (CO2, CO, H2, H2O) da 
combustão dos materiais orgânicos (principalmente a 
celulose); 
Revestimento Celulósico 
Mário Bittencourt - 2016.1 44 
 média penetração 
 o metal de solda pode apresentar um nível de hidrogênio 
alto (até 30 ml/100g) 
 escória de rápida solidificação, facilmente destacável 
 requer ressecagem 
 revestimento apresenta até 50% de rutilo (TiO2) 
Revestimento Rutílico 
 
Altíssimo Rendimento 
  média penetração 
 reduz a tenacidade do metal de solda. 
 aumenta a fluidez da escória, devido à formação de 
óxido de ferro; 
 requer ressecagem 
 boa estabilidade do arco; 
 possuem altas taxas de deposição; 
 possibilidade de soldar por gravidade (arraste); 
 
Mário Bittencourt - 2016.1 45 
Especificação AWS 
 As normas AWS especificam as propriedades 
mínimas ou faixas dos consumíveis para soldagem 
dando a eles uma determinada classificação, 
 Os testes / ensaios requeridos pelas especificações 
AWS são para determinar a composição química, 
propriedades mecânicas e sanidade do metal de 
solda, nível de umidade para os eletrodos de baixo 
hidrogênio e aplicabilidade do consumível. 
Especificação AWS 
 As normas AWS classificam os consumíveis pelos 
resultados do metal depositado, sem diluição com o 
metal de base, não sendo portanto caracterizada 
como uma junta soldada. 
 Muitos detalhes dos consumíveis para soldagem a 
arco encontram-se nestas especificações sendo 
portanto importante conhecê-las e utilizá-las como 
referências nas definições do consumíveis e 
processos de soldagem. 
 
Mário Bittencourt - 2016.1 46 
Especificação AWS 
Mário Bittencourt - 2016.1 47 
Especificação AWS Fonte: Catálogo 
Eletrodos Revestidos 
ESAB 
Especificação AWS Fonte: Catálogo 
Eletrodos Revestidos 
ESAB 
Mário Bittencourt - 2016.1 48 
Especificação AWS Fonte: Catálogo 
Eletrodos Revestidos 
ESAB 
0 Posição de Soldagem: 
1 > todas as posições 
2 > horizontal e plana 
3 > plana 
4 > plana, sobre-cabeça, 
horizontal, vertical descendente 
 
Especificação AWS Fonte: Catálogo 
Eletrodos Revestidos 
ESAB 
Mário Bittencourt - 2016.1 49 
Especificação AWS Fonte: Catálogo 
Eletrodos Revestidos 
ESAB 
0 0 
Especificação AWS Fonte: Catálogo 
Eletrodos Revestidos 
ESAB 
0 0 
0 
0 
Mário Bittencourt - 2016.1 50 
Especificação AWS Fonte: Catálogo 
Eletrodos Revestidos 
ESAB 
0 0 
0 
0 
Especificação AWS Fonte: Catálogo 
Eletrodos Revestidos 
ESAB 
Mário Bittencourt - 2016.1 51 
Eletrodo 
Resistência a tração 
mínima de 70 ksi 
Posição de Soldagem 
1=todas as posições, 
2=horizontal e plana, 
3=plana, 
 
Especificação AWS A5.1 (aço carbono) 
E 70 1 8 1 H4 R 
Requisitos de teste 
de umidade absorvida 
Requisitos de Hidrogênio 
Difusível 
8 ml > H2 > 4 ml = H8 
4 ml > H2 = H4 
16 ml > H2 > 8 ml = H16 
 
Atende requisitos mais exigentes 
de Tenacidade e Ductlidade 
Especificação AWS Fonte: Catálogo 
Eletrodos Revestidos 
ESAB 
Mário Bittencourt - 2016.1 52 
Especificação AWS Fonte: Catálogo 
Eletrodos Revestidos 
ESAB 
Especificação AWS Fonte: Catálogo 
Eletrodos Revestidos 
ESAB 
Mário Bittencourt - 2016.1 53 
Especificação ASME 
 A American Society of Mechanical Engineers 
(ASME) utiliza na íntegra as especificações de 
eletrodos da AWS adicionando as letras SF antes 
do número da especificação. 
 Então, a especificação AWS A5.1 transforma-se na 
especificação ASME SFA5.1. 
 Tanto a classificação quanto os requisitos são os 
mesmos. 
COMPRIMENTO DO 
ELETRODO 
MARCA COMERCIAL 
NORMA 
APLICADA 
DIÂMETRO DA 
ALMA 
CATALOGO ESAB 
Mário Bittencourt - 2016.1 54 
Manuseio dos Eletrodos 
 Os eletrodos revestidos são muito higroscópicos e 
necessitam de cuidados especiais para que suas 
características não sejam afetadas. 
 A umidade pode causar: 
 - porosidades 
 - trincas 
 - arco instável, 
 - respingos e 
 - acabamento ruim. 
Mário Bittencourt - 2016.1 55 
Manuseio dos Eletrodos 
 HIDROGÊNIO DIFUSÍVEL 
 O teor de hidrogênio difusível é normalmente medido em 
um volume do gás hidrogênio (em ml) nas condições 
normais de temperaturae pressão para cada cem 
gramas (100 g) de metal depositado. 
Manuseio dos Eletrodos 
 HIDROGÊNIO DIFUSÍVEL 
 O International Institute of Welding (IIW) classifica os 
teores de hidrogênio difusível nos diversos níveis 
conforme a tabela abaixo. 
Mário Bittencourt - 2016.1 56 
 As embalagens são consideradas NÃO estanques. 
 Os eletrodos em estoque devem ser armazenados em 
estufa. 
Manuseio dos Eletrodos 
 Os eletrodos devem ser submetidos à secagem antes 
da sua utilização, dependendo do tipo de revestimento. 
 Deve ser realizada manutenção da secagem dos 
eletrodos em utilização. 
 A secagem pode ser dispensada nos casos de 
embalagens projetadas visando a estanqueidade, mas 
deve ser verificado sempre as normas em utilização. 
Manuseio dos Eletrodos 
Mário Bittencourt - 2016.1 57 
Manuseio dos Eletrodos 
Manuseio dos Eletrodos 
Mário Bittencourt - 2016.1 58 
 Assim, os eletrodos revestidos devem ser 
ARMAZENADOS em estufas, com tempeturatura e 
umidade controladas; 
 Os eletrodos revestidos devem ser submetidos a 
operações de SECAGEM e de MANUTENÇÃO desta 
secagem, sempre que recomendado nas normas e/ou 
orientações do fabricante. 
Manuseio dos Eletrodos 
Armazenamento 
 Quando armazenadas na posição vertical, as 
embalagens de eletrodos revestidos devem ser 
posicionadas com as pontas de abertura de arco 
voltadas para cima. 
 A ordem de retirada de embalagens deve seguir o 
FIRST IN – FIRST OUT (“FIFO”); 
 Os eletrodos devem ser dispostos em prateleiras no 
interior da estufa; 
 
 
Mário Bittencourt - 2016.1 59 
Estufa para Armazenamento 
 Pode ser um 
compartimento fechado de 
um almoxarifado, que 
deve conter aquecedores 
elétricos e ventiladores 
para circulação do ar 
quente entre as 
embalagens. 
Armazenamento - Norma N-133 
 4.7.11 Os eletrodos 
revestidos, eletrodos nus, 
eletrodos tubulares, 
varetas e fluxos em sua 
embalagem original 
devem ser armazenados 
sobre estrados ou 
prateleiras. 
Mário Bittencourt - 2016.1 60 
Armazenamento - Norma N-133 
 As seguintes condições, no interior da estufa, devem ser 
observadas: 
a) a temperatura deve ser, no mínimo, 10 °C acima da 
temperatura ambiente, mas sempre igual ou superior a 
20 °C e não ultrapassando 40 ºC; 
b) a umidade relativa do ar deve ser no máximo 50 %; 
c) se o fabricante do consumível indicar valores de 
temperatura e umidade relativa distintos que os das 
exigidos em a) e b), os mesmos devem ser atendidos. 
 
Estufa Armazenagem - Norma N-133 
 4.5.5 A estufa para armazenagem ou recebimento de 
eletrodos revestidos, eletrodos nus, eletrodos tubulares, 
varetas e fluxos deve dispor de meio de aquecimento, 
termômetro e higrômetro. 
 Estas estufas não devem ser 
ligadas diretamente na fonte 
de soldagem. 
Mário Bittencourt - 2016.1 61 
Secagem e Manutenção 
 Os eletrodos celulósicos não são muito higroscópicos e 
raramente necessitam de secagem. 
 Os eletrodos básicos são os únicos que aceitam 
secagem em temperaturas mais elevadas, permitindo 
redução drástica no teor de umidade do revestimento 
devido à diminuição da água molecular de seus 
componentes sem prejuízo de suas propriedades. 
Secagem e Manutenção 
 A temperatura e o tempo mínimo de secagem e de 
manutenção das condições de secagem devem estar de 
acordo com as recomendações dos fabricantes. 
 Quando houver dúvidas quanto ao tratamento a ser 
dado aos consumíveis, o fabricante deve ser consultado 
sobre o manuseio, armazenagem, secagem e 
manutenção da secagem. 
 Devem ser elaborados formulários específicos para 
controle de secagem dos consumíveis. 
 
Mário Bittencourt - 2016.1 62 
Secagem e Manutenção - Norma N-133 
 4.7.20 A secagem e a manutenção da secagem de 
eletrodos revestidos e fluxos devem obedecer aos 
parâmetros especificados pelo fabricante. 
 Caso não haja uma recomendação específica do 
fabricante, devem ser utilizados os seguintes 
parâmetros: 
 a) eletrodos revestidos de baixo hidrogênio devem ser 
 submetidos às seguintes condições; 
 - estufa de secagem: temperatura de 350 °C ± 30 °C 
 durante 1 hora; 
 - estufa de manutenção da secagem: temperatura de 
 150°C a 180 °C; 
Secagem e Manutenção 
Mário Bittencourt - 2016.1 63 
Secagem e Manutenção - Norma N-133 
4.7.21 Os eletrodos de revestimento básico, quando de 
sua utilização no campo, devem ser mantidos entre 80 °C 
e 150 °C, em estufas portáteis (cochicho), conforme 
definido em 4.5.9. 
4.7.22 Os eletrodos de revestimento básico que, fora da 
estufa de manutenção de secagem, não forem utilizados 
após uma jornada de trabalho devem ser identificados e 
separados, retornando à estufa de armazenagem para 
posterior ressecagem. 
Permite-se apenas uma ressecagem. 
Estufa de Secagem - Norma N-133 
 4.5.6 As estufas para secagem de eletrodos revestidos e 
fluxos devem dispor de resistências elétricas, para 
controlar e manter a temperatura de até 400 ºC, e de 
termômetro, termostato e respiro com diâmetro superior 
a 10 mm. 
 4.5.6.1 A estufa para secagem de eletrodos revestidos 
deve ter prateleiras perfuradas ou em forma de grade, 
afastadas das paredes verticais de, no mínimo, 25 mm. 
 4.5.6.2 A estufa para secagem de fluxo deve ter 
dispositivo agitador ou bandejas afastadas das paredes 
verticais de, no mínimo, 25 mm. 
Mário Bittencourt - 2016.1 64 
Estufa de Secagem 
Estufa de Secagem 
Mário Bittencourt - 2016.1 65 
Estufa de Manutenção - Norma N-133 
 4.5.7 As estufas para manutenção da secagem de 
eletrodos revestidos e fluxos devem dispor de 
termômetro, termostato e de resistências elétricas, para 
controlar e manter a temperatura de até 200 °C. As 
estufas para manutenção da secagem de eletrodos 
revestidos devem ter prateleiras furadas ou em forma de 
grade. 
 4.5.8 Devem existir, no mínimo uma estufa de 
armazenamento, uma estufa para secagem e uma 
estufa de manutenção da secagem, podendo esta ser 
fixa ou portátil. 
Estufa de Manutenção 
Mário Bittencourt - 2016.1 66 
Estufa Pórtátil - Norma N-133 
 4.5.9 A estufa portátil para manutenção da secagem 
(cochicho) de eletrodos de revestimento básico deve 
dispor de resistências elétricas, para garantir a 
temperatura entre 80 °C e 150 °C, e ser de uso 
individual de cada soldador. As estufas devem estar 
calibradas. 
Estufa Portátil (cochicho) 
Mário Bittencourt - 2016.1 67 
Eletrodo Revestido NÃO Ressecável 
 O eletrodo ELBRAS BR H4R EXTRA BAIXO 
HIDROGÊNIO, segundo o fabricante ELBRAS 
Eletrodos, não utiliza água na sua fabricação, 
dispensando a ressecagem e a manutenção em 
estufas. 
 O eletrodo ELBRAS BR H4R possui revestimento 
flexível e com alta resistência ao impacto, evitando 
quebras durante o transporte. 
 
 
(Fonte: www.elbras.com.br) 
Eletrodo Revestido NÃO Ressecável 
Norma N-133 
 4.7.15 Os eletrodos não ressecáveis somente devem 
ser empregados em materiais de base “P Number” 1 
Grupo 1 e quando não houver requisito de tenacidade 
ou TTAT. 
 Não é permitida a utilização destes eletrodos na 
soldagem de dutos. 
 4.7.16 Os eletrodos não ressecáveis devem ser 
submetidos aos testes em câmara climática e medição 
de hidrogênio difusível conforme requisitos 
estabelecidos nas AWS A5.1 A e AWS A4.3 
respectivamente. 
Mário Bittencourt - 2016.1 68 
Instalação do Processo Eletrodo Revestido 
Metal Base 
 É o processo mais utilizado na indústria de uma maneira 
geral. 
 Pode ser empregado numa faixa de espessura amplae pode ser realizado em qualquer posição de 
soldagem. 
 Exemplos: 
- Soldagem de estrutural metálicas (pontes, viadutos); 
- Soldagem de tubulações industriais (tubulação de gás 
e oleodutos). 
Aplicação do Processo 
Mário Bittencourt - 2016.1 69 
Soldabilidade 
 A propriedade fundamental que caracteriza uma junta 
soldada é a SOLDABILIDADE DO MATERIAL. 
 A soldabilidade é a capacidade do metal de base ou 
combinação de metais serem soldados em condições 
de fabricação, e ter como resultado uma junta 
satisfatória para a aplicação desejada. 
 
Soldabilidade 
 É adequado para a maioria dos metais e ligas 
metálicas do mercado (aço carbono, aço de baixa , 
média e alta liga, aço inoxidável, ferro fundido, cobre, 
níquel e suas ligas e algumas ligas de alumínio). 
 Não é adequado para metais reativos: Titânio e 
Zircônio, pois a proteção da queima do revestimento 
não impede a contaminação pelo oxigênio. 
 Ligas de baixo ponto de fusão, tais como Estanho, 
Zinco e Chumbo não são soldados pelo SMAW, devido 
a intensidade de calor ser muito alta para estes 
materiais. 
 
Mário Bittencourt - 2016.1 70 
Aplicação: soldagem de tubos 
Aplicação: soldagem de estruturas 
Mário Bittencourt - 2016.1 71 
Aplicação: soldagem de manutenção 
Abertura do Arco Elétrico 
Tensão de circuito aberto Tensão de curto-circuito Tensão de trabalho 
Mário Bittencourt - 2016.1 72 
Abertura do Arco Elétrico 
 
 O local de abertura de arco deve ser fundido e 
preenchido pelo cordão de solda a fim de que não se 
torne suscetível à ocorrência de trincas. 
Local de abertura ERRADO 
do arco elétrico 
Local de abertura CORRETO 
do arco elétrico 
Critérios para Seleção dos Eletrodos 
 Composição química MB x MA 
 Resistência mecânica metal depositado 
 Posições de soldagem 
 Tipo de revestimento 
 Diâmetro x Posição 
 Disponibilidade 
 Investimento inicial 
 Taxa de deposição 
 
Mário Bittencourt - 2016.1 73 
 Massa de material depositado por unidade de tempo. 
 Sempre maior na posição plana. Efeito da gravidade 
mantém o metal fundido na junta. 
 Aumenta com a corrente de soldagem. 
 Processos com 2 ou mais arames aumentam 
substancialmente a taxa de deposição. 
Taxa de Deposição 
Mário Bittencourt - 2016.1 74 
 Processo Eletrodo Revestido apresenta baixa taxa de 
deposição e fator de operação baixo, quando comparado 
com os processos GMAW, FCAW e SAW. 
Eletrodo Revestido 1 a 3 kg/h 
MIG-MAG 2 a 6 kg/h 
Arco Submerso 5 a 12 kg/h 
Twin-arc 10 a 25 kg/h 
Tandem-arc 12 a 30 kg/h 
Taxa de Deposição 
 A alimentação e eletrodo revestido não é contínua. 
 A corrente de soldagem é limitada, pois alta corrente 
danifica o revestimento do eletrodo. 
 O processo produz escória e exige limpeza interpasses. 
Taxa de Deposição 
Mário Bittencourt - 2016.1 75 
Taxa de Deposição 
 
 
3,2 
4,4 
5,6 
Taxa de Deposição 
250 
Mário Bittencourt - 2016.1 76 
Taxa de Deposição http://www.esab.com.br/br/pt/education 
 O cálculo do depósito real deve considerar o fator de 
operação típico do processo. 
 Os dados variam conforme as dimensões, posição de 
soldagem e procedimento. 
Razão de Depósito Real 
Mário Bittencourt - 2016.1 77 
Razão de Depósito Real 
Eficiência do Processo 
 Os diversos tipos ou classes de eletrodos, apresentam 
diferentes % de eficiência (fator de operação). 
55
65,7
61,6 60,7 62,5
69,7
0
20
40
60
80
E6010 E6011 E6013 E7014 E7018 E7024
Tipo de Eletrodo
Ef
ic
iê
nc
ia
 (%
)
Inclui a perda de 50mm da ponta 
Mário Bittencourt - 2016.1 78 
 O tamanho das sobras, quebra do revestimento no 
manuseio, etc, pode ser um custo adicional expressivo 
em um projeto (desperdício). 
Eficiência do Processo 
 Usuário paga pelas 
perdas. 
 Geralmente 
representam cerca 
de no mínimo 40% a 
mais no custo inicial 
do eletrodo. 
Eficiência do Processo 
 Processo Gravitacional Eletrodo Revestido 
 É uma variação da soldagem com Eletrodos Revestidos. 
 Um eletrodo com 700 mm de comprimento opera em 
um tripé alimentador, executando soldas de ângulo na 
posição horizontal. 
 O movimento do eletrodo é consequência da ação da 
gravidade ou da ação de molas. 
 Um operador pode operar 04 tripés, simultaneamente. 
 A fonte de energia é similar à utilizada em operações 
manuais. 
 Deve-se observar os valores de ciclo de trabalho. 
 
Mário Bittencourt - 2016.1 79 
 Processo Gravitacional Eletrodo Revestido 
Eficiência do Processo 
Vantagens do Processo 
 Baixo investimento em 
equipamento; 
 O sistema é simples de 
operar e pode ser portátil; 
 Opera em ambientes 
fechados ou abertos; 
 Pouca limitação quanato 
ao acesso. 
Mário Bittencourt - 2016.1 80 
Vantagens do Processo 
 Não requer gás de 
proteção adicional; 
 Consumíveis disponíveis 
para a maioria dos metais 
de base e requisitos 
(mecânicos, químicos, 
especias) ; 
 Mão de obra/soldadores de 
localização relativamente 
fácil; 
Vantagens do Processo 
 Dependendo da aplicação, pode ser mais produtivo e 
eventualmente econômico que qualquer outro processo 
de soldagem. 
 Exemplos: passe de raiz em linha de dutos, passe de 
raiz em juntas de difícil acesso, ponteamento. 
 
Mário Bittencourt - 2016.1 81 
Desvantagens do Processo 
 Baixo fator de operação, 
 Baixa eficiência / rendimento 
 Baixa razão de depósito 
quando comparado com 
processos semi-
automáticos, 
 Apresenta baixa velocidade 
de soldagem, na maioria das 
aplicações, 
Desvantagens do Processo 
 Elevada geração de fumos e 
gases prejudiciais a sáude, 
 Geralmente apresenta 
dificuldade na remoção da 
escória, causando 
descontinuidades. 
 Requer maior habilidade do 
soldador, quando comparado 
com processos semi-
automáticos 
Mário Bittencourt - 2016.1 82 
Desvantagens do Processo 
Desvantagens do Processo 
Mário Bittencourt - 2016.1 83 
Desvantagens do Processo 
 Elevado custo por kg (ou 
metro) de metal depositado. 
 Processo que mais contribui 
nos custos das operações 
de soldagem em um projeto. 
 Armazenamento difícil dos 
eletrodos, que requerem 
controle de temperatura e 
umidade. 
Desvantagens do Processo 
 Gera grande quantidade de respingos, 
 Dependendo da classe do eletrodo, requer custos 
elevados de manuseio, manutenção e preservação. 
 A alimentação e eletrodo revestido não é contínua. 
 Corrente de soldagem limitada, em função de que altas 
correntes danifica o revestimento do eletrodo. 
Mário Bittencourt - 2016.1 84 
Descontinuidades Relativas ao Processo 
 Sopro magnético 
 Inclusão de escória 
 Porosidade 
 Trinca de cratera 
 Trinca a frio 
 Arco instável 
 Respingos 
 Falta de penetração 
 
 
Sopro Magnético 
 
 Quando se solda com corrente contínua, campos 
magnéticos são originados através da solda. 
 Em soldas que apresentam variações na espessura e 
formas irregulares esses campos magnéticos podem 
afetar o arco tornando-o fora de controle em termos de 
direção. Essa condição é especialmente incômoda 
quando se soldam cantos. 
 Corrente Alternada raramente causa esse problema por 
causa do campo magnético com rápida reversão 
produzido. 
Mário Bittencourt - 2016.1 85 
Sopro Magnético 
 
 Soldagem na extremidade da peça. 
Sopro Magnético 
 
 Soldagem ao lado de peças de grandes espessuras. 
Mário Bittencourt - 2016.1 86 
Sopro Magnético 
 
Soldagem na proximidade do grampo. 
Sopro Magnético 
 SOLUÇÕES 
 Alterar a inclinação do eletrodo para a direção do sopro 
magnético. 
 Ligar cabo-obra à extremidade da peça, ou trocar a 
ligação do cabo-obra para outra posição. 
 Pontear em diversos pontos. 
 Aquecer a peça, quando existe um membro da junta 
mais espesso do que o outro. 
 Utilizar corrente alternada no lugar de corrente contínua. 
 
Mário Bittencourt - 2016.1 87 
Sopro Magnético 
FILME 
FILME 
Inclusão de Escória 
 
 Corrente muito baixa. 
 Velocidade de soldagem muito alta. 
 Limpeza inadequada do cordão de solda anterior. 
Mário Bittencourt - 2016.1 88 
Porosidade 
 
 Limpeza inadequada da 
superfície da peça 
(ferrugem, graxas, tintas, 
etc.). 
 Arco muito longo. 
 Eletrodo úmido. 
Trinca de Cratera 
 
 Retirada brusca do eletrodo da poça de fusão ao 
terminar a soldagem na troca do eletrodo, especialmente 
com alta corrente e 
tensão, havendo perigo 
de trincas de contração 
por resfriamento rápido. 
Mário Bittencourt - 2016.1 89 
 
 
 O hidrogênio pode ser introduzido na poça de fusão 
através das seguintes fontes: 
 - Umidade do revestimento do eletrodo ou fluxo; 
 - Umidade do gás de proteção; 
 - Ferrugem, graxas, óleos, trincas, etc, na superfície a 
 ser soldada; 
 - Umidade do ar durante a soldagem; 
 - Umidade na chapa ou no arame de solda. 
 
Trinca à frio induzida pelo H2 
 
TRINCA SOB CORDÃO 
 
Trinca à frio induzida pelo H2 
Mário Bittencourt - 2016.1 90 
 
TRINCA NA RAIZ 
 
Trinca à frio induzida pelo H2 
 
TRINCA NA MARGEM 
 
Trinca à frio induzida pelo H2 
Mário Bittencourt - 2016.1 91 
Arco Instável 
 
 Eletrodo úmido em alguns pontos, fundindo 
obliquamente por esta razão. 
 Alma do eletrodo excêntrica em relação ao 
revestimento. 
 Cabos frouxos, ou mau contato entre as conexões 
provocam arco irregular. 
 
Respingos 
 
 Mal contato entre cabos e peças, sendo necessário 
limpar as superfícies a serem contatadas a fim de evitar 
instabilidade no arco. 
 
Mário Bittencourt - 2016.1 92 
Respingos 
 
 Porta eletrodo e garras de aterramento em mal estado 
de conservação. 
 
Falta de Penetração 
 
 Corrente muito baixa. 
 Penetração da escória entre 
os dois membros da junta 
na região da raiz impede 
uma fusão completa do 
material. 
 
Mário Bittencourt - 2016.1 93 
Bibliografia 
 SILVA, F. J. G., Tecnologia da soldadura, 1 ed., Porto, PRT, Editora 
Publindústria, 2014. 
 WAINER, E.; BRANDI, S.; MELLO, F., Soldagem: processos e 
metalurgia, São Paulo, SP, Editora Blucher, 2013. 
 SENAI-SP, Soldagem, 1 ed., São Paulo, SP, Editora SENAI-SP, 2013. 
 MARQUES, P. V.; MODENESI, P. J.; BRACARENSE, A. Q., Soldagem 
fundamentos e tecnologia, 3 ed., Belo Horizonte, MG, Editora UFMG, 
2009. 
 PETROBRAS, Soldagem N-133 Rev. M, Rio de Janeiro, RJ, 2015. 
 FORTES, C., Apostila de eletrodos revestidos, ESAB, 2005. Disponível 
em: http://www.esab.com.br/br/pt/education/apostilas/index.cfm. 
Acesso em: 27 abril 2016.

Outros materiais