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Introdução a Responsabilidade Socioambiental SEST – Serviço Social do Transporte SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte ead.sestsenat.org.br CDU 502 58 p. :il. – (EaD) Curso on-line – Introdução a Responsabilidade Socioambiental – Brasília: SEST/SENAT, 2016. 1. Proteção ambiental. 2. Desenvolvimento sustentável. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. 3 Sumário Apresentação 5 Unidade 1 | O Que É Responsabilidade Socioambiental? 6 1 O Que É Responsabilidade Socioambiental? 7 2 Dimensões da Responsabilidade Socioambiental 9 3 Lucro Social 11 4 Estratégias Empresariais 11 5 Cadeia – Rede Sustentável 12 6 Governança Corporativa 14 7 Indicadores Ethos 14 Glossário 16 Atividades 17 Referências 18 Unidade 2 | Princípios Éticos 22 1 Ética (Descritiva, Normativa e Crítica) 23 2 Ética Ambiental 24 3 Ética Social 25 4 Sustentabilidade, Justiça Social e Preservação/Conservação 25 Glossário 26 Referências 28 Unidade 3 | Principais Certificações 32 1 Certificado Ambiental 33 2 Certificação de Organismos Independentes e Selos Autodeclaratórios 34 3 Órgãos de Certificação 35 Glossário 37 Atividades 38 4 Referências 39 Unidade 4 | O Meio Ambiente e a Sustentabilidade 43 1 Sustentabilidade, Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente 44 2 Ecologia, Desequilíbrio Ecológico e Questões Ambientais Globais 46 3 Educação Ambiental 48 4 Permacultura 49 Glossário 51 Atividades 52 Referências 53 Gabarito 57 5 Apresentação Prezado(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) ao curso Introdução à Responsabilidade Socioambiental! Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e ajudar na compreensão do conteúdo. O curso possui carga horária total de 10 horas e foi organizado em 4 unidades, conforme a tabela a seguir. Fique atento! Para concluir o curso, você precisa: a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas “Aulas Interativas”; b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; c) responder à “Avaliação de Reação”; e d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado. Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat. org.br. Bons estudos! Unidades Carga Horária Unidade 1 | O Que É Responsabilidade Socioambiental 4h Unidade 2 | Princípios Éticos 2h Unidade 3 | Principais Certificações 1h Unidade 4 | O Meio Ambiente e a Sustentabilidade 3h 6 UNIDADE 1 | O QUE É RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL? 7 1 O Que É Responsabilidade Socioambiental? A sociedade vem reconhecendo, especialmente a partir do final do século XX, a importância de mudanças de atitudes com relação a como lidamos com a natureza, principalmente diante de tantos problemas ambientais que afetam diretamente a qualidade de vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. Para a mudança dessa situação, é preciso haver envolvimento de toda a sociedade, desde os cidadãos até empresas e órgãos governamentais. b Em geral, o papel da empresa na sociedade deixou de ser apenas o de fornecedor de produtos ou serviços e passou a ser muito maior, envolvendo sua responsabilidade para o desenvolvimento sustentável da comunidade na qual está inserida. Atualmente, os consumidores esperam interagir com empresas éticas, com boa imagem no mercado e ambientalmente responsáveis. 8 Melo Neto e Froes (2001) explicam que a responsabilidade socioambiental compõe a missão, os valores e os princípios da empresa. Para Ashley (2005), a responsabilidade socioambiental deve estar ligada à administração da empresa, envolvendo ações que garantam boas condições de trabalho, qualidade de vida aos funcionários e seus familiares, ética e transparência, e promovam a preservação do meio ambiente, além de colaborar com projetos que visem o desenvolvimento da comunidade com ações educativas, culturais, artísticas, esportivas, assistenciais, de defesa de direitos humanos, do trabalho e do meio ambiente, entre outros. Estas práticas nem sempre estão ligadas a altos investimentos financeiros e, se bem calculadas, podem gerar inúmeros benefícios para o crescimento da empresa, como as citadas por Garcia (2002), a saber: • Incorporar valores socioambientais aos produtos; • Ampliar o público; • Aumentar a competitividade; • Atuar positivamente na cadeia produtiva (desde fornecedores até consumidores); • Facilitar o acesso a financiamentos; e • Favorecimento do clima organizacional. A responsabilidade socioambiental envolve diferentes práticas que devem ser valorizadas, como o reflorestamento, o uso de energias renováveis (como energia solar, por exemplo), a implantação de reciclagem do lixo, a utilização de combustíveis limpos, a preocupação com a eficiência energética (que diz respeito à produção de serviço ou produto com pouco gasto de energia), a valorização de práticas agroecológicas (métodos agrícolas que valorizam e respeitam a natureza) de produção e também a redução de poluição. 9 Segundo Ashley (2005), as empresas que assumem tais posturas criam um ambiente de trabalho favorável, com relações mais coerentes e consistentes com todos os envolvidos, o que colabora para o fortalecimento da empresa, além de contribuir para uma sociedade mais justa e solidária. 2 Dimensões da Responsabilidade Socioambiental De acordo com Ferrel (2001), existem 4 (quatro) dimensões da responsabilidade social e ambiental das empresas. São elas: a) Dimensão Legal: cumprimento das leis (Leis de Proteção ao Consumidor, Leis Ambientais, Leis Trabalhistas, Leis de Promoção da Equidade e Segurança); b) Dimensão Ética: respeito às normas éticas da empresa, refletindo os valores de seus integrantes e considerando as consequências de suas práticas para a sociedade; c) Dimensão Econômica: trata-se da importância da empresa ser útil e lucrativa, e das formas como os recursos são divididos. A empresa deve buscar ampliar sua riqueza de maneira a gerar lucro para acionistas e gestores, assim como para os funcionários, além de investimentos econômicos na comunidade; d) Dimensão Filantrópica: envolve ações que visam a qualidade de vida de todos os que estão diretamente e indiretamente relacionados à empresa com a realização de ações que favoreçam a comunidade e suas diferentes formas de organização. A dimensão filantrópica pode ampliar a lucratividade da empresa se estiver relacionada ao público alvo. 10 Veja a seguir uma ilustração que demonstra estas 4 dimensões. Fonte: elaborado pelo autor Melo Neto e Froes (2001, p. 35) apontam 8 (oito) abordagens que indicam uma empresa sócio responsável: • ecológica (lida com os desgastes ambientais que gera); • filantrópica (participa em projetos sociais); • flexível (dialoga com funcionários); • interessada (oferece um bom clima de trabalho); • saudável (incentiva uma boa qualidade de vida); 11 • educativa (realiza ações educativas); • comunitária (atua no desenvolvimento social da comunidade); e • íntegra (não comete práticas que fazem mal para a sociedade). 3 Lucro Social Compreende-se como lucro social os benefícios diretos e indiretos de uma empresa que atua de maneira sócio e ambientalmente responsável. Estes benefícios podem ser econômicos, como o aumento dos consumidores, ou não econômicos, como a melhoriada qualidade de vida dos funcionários e suas famílias. Para conseguir lucro social é importante que a empresa invista em Marketing Social, que inclui a divulgação das atividades da empresa, o cálculo de quanto será investido em cada ação, o planejamento de ações de maneira a serem úteis para a comunidade e gerarem melhoria na imagem da empresa. 4 Estratégias Empresariais Para explicar as estratégias empresariais, neste subtópico veremos 3 (três) exemplos de empresas que realizaram ações de responsabilidade socioambiental: a) Empresa A A empresa considera a sustentabilidade como um de seus valores básicos, influenciando, assim, todo o seu planejamento. Por exemplo, na produção de uma linha de cosméticos, a empresa leva em consideração a cadeia produtiva (ingredientes, 12 embalagens, processo produtivo e descarte do lixo), buscando melhorar ao máximo o uso de recursos e a redução de impactos ambientais (diminuição da produção de lixo, revisão dos gastos energéticos e de transporte). b) Empresa B Uma empresa que busca sempre melhorar, tornando-se mais sustentável e dialogando com a comunidade. Uma das ações desta empresa foi a construção de uma sede que possui tecnologias como coleta de água da chuva, energia eólica e solar e películas especiais nas janelas para aproveitamento da luz solar e diminuição do uso de ar condicionado. c) Empresa C A empresa promove um curso de educação alimentar e nutricional envolvendo temas como as funções dos alimentos, alimentação equilibrada, rótulos nutricionais e aproveitamento integral dos alimentos. São ações importantes para a melhoria da qualidade de vida da população e para incentivar a redução do desperdício de alimentos. Preocupados ainda com as questões culturais, os alimentos são preparados de acordo com as características culturais de cada lugar e os cursos podem ser solicitados por outras instituições. 5 Cadeia – Rede Sustentável Para que uma empresa consiga cumprir todas as demandas que envolvem a responsabilidade socioambiental ela não pode agir sozinha, deve prestar atenção sobre as escolhas que faz, incluindo fornecedores, subfornecedores, prestadores de serviços, transporte, distribuidores, comercialização e as formas de descarte do lixo, a fim de diminuir os impactos ambientais e garantir atitudes éticas em toda a cadeia produtiva. 13 Deve-se considerar quais são os impactos ambientais gerados na retirada das matérias- primas, a valorização da diversidade e riqueza local, a exclusão de materiais tóxicos, assim como a diminuição de emissão de resíduos no meio ambiente. Também devem ser consideradas a geração e o tratamento de resíduos na produção, o desenvolvimento de produtos que durem mais, diminuição dos impactos causados pelo transporte, redução do uso de embalagens e valorização do descarte correto do lixo e da reciclagem. Araújo (2002, p. 34) explica que em 1990 o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) lançou a “Declaração Internacional de Produção Mais Limpa”, para que os países passassem a adotar as estratégias listadas acima. Também foi criado o programa de Produção e Consumo Sustentáveis para diminuir os desgastes ambientais e sociais, considerando o limite de recursos naturais do planeta. Para ter o conhecimento real dos impactos da produção, existe a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) que é uma técnica de Gestão Ambiental que mede os efeitos que a produção de determinado produto gera no meio ambiente. Outro passo importantíssimo é a Logística Reversa que é um amplo conjunto de ações para dar a destinação correta para todo o lixo produzido, responsabilizando também os fabricantes, especialmente, os de materiais que são difíceis de serem reciclados como pneus; pilhas e baterias; embalagens e resíduos de agrotóxicos; lâmpadas fluorescentes, de mercúrio e vapor de sódio; óleos lubrificantes automotivos; peças e equipamentos eletrônicos e de informática e eletrodomésticos. Importante também acrescentar que cada tipo de atividade econômica tem características bastante diferentes em relação aos impactos ambientais que são gerados. Por exemplo, um escritório de advocacia gera muito menos impacto ambiental do que uma empresa de siderurgia (que faz a preparação de ferro e aço). e Questões como a saúde e a segurança dos funcionários, o combate ao trabalho escravo ou infantil e o cumprimento da legislação são necessárias para uma empresa que tem responsabilidade socioambiental. Trabalhar a sustentabilidade na cadeia de produção ajuda a evitar ações antiéticas e/ou ilegais. 14 6 Governança Corporativa Trata-se de um sistema de organização das empresas que respeita as opiniões de todos os envolvidos. Os princípios básicos são: Transparência (divulgação das ações da empresa); Equidade (tratamento justo e igualitário); Prestação de Contas (de maneira clara e precisa) e Responsabilidade Corporativa (cuidados para a manutenção e continuidade da empresa). Tal organização contribui para o desenvolvimento econômico da empresa de maneira sustentável, levando a ações que respeitem as relações humanas, valorizando cada membro e comunidade e, também, incentivando as ações ambientalmente responsáveis. 7 Indicadores Ethos O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – (OSCIP) que tem como missão colaborar para que as empresas consigam gerenciar seus negócios de forma socialmente responsável. Os indicadores são uma ferramenta de gestão para que as empresas pratiquem ações sustentáveis. Trata-se de um questionário e um sistema online para verificar de quais maneiras a sustentabilidade e a responsabilidade social têm sido praticadas no cotidiano e para colaborar na elaboração de estratégias que melhorem o desempenho na área. Conforme explicam Valdemar de Oliveira Neto e Vivian Smith (2013), são 119 indicadores (no total) distribuídos em quatro dimensões, que se subdividem em temas de abordagem, a saber: 1. Visão e Estratégia; 2. Governança e Gestão: governança organizacional, práticas de operação e gestão; 3. Social: Direitos Humanos, Práticas de Trabalho, Questões relativas ao consumidor e Envolvimento com a comunidade e seu desenvolvimento; 4. Ambiental: Meio ambiente. 15 Os autores destacam que não existe um número exato para a aplicação dos indicadores, podendo a empresa interessada selecionar os temas de abordagem no questionário conforme os subtemas que buscará desenvolver. Por exemplo, ao selecionar o tema Visão e Estratégia, os indicadores serão: Estratégias para a Sustentabilidade, Proposta de Valor e Modelo de Negócios. O conteúdo do questionário dos Indicadores Ethos apresenta uma estrutura já consolidada e pode ser visualizado no exemplo abaixo extraído da p. 19 do documento “Indicadores Ethos para negócios sustentáveis e responsáveis”. 19 01estratégias para a sustentabilidadevisão e estratégia EsTáGIo 1 CUmPRImEnTo E/oU TRATATIvA InICIAl sim não A empresa inclui aspectos sociais e ques- tões ambientais em suas estratégias. 1.1.1 A empresa inclui aspectos sociais e questões ambientais em suas estratégias. EsTáGIo 2 InICIATIvAs E PRáTICAs sim não A empresa inclui em seu planejamento es- tratégico aspectos sociais e questões am- bientais, como também interesses de outros públicos que não os de seus acionis- tas e clientes; e, também, ao considerar, nesse plano, os estudos de impactos so- cioambientais que elabora, a empresa for- mula estratégias de sustentabilidade que têm como objetivo aumentar sua eficiên- cia no uso de recursos naturais e reduzir os impactos socioambientais. 1.2.1 A empresa inclui interesses de outros públicos, além dosacionistas e clientes, em seu planejamento estratégico. 1.2.2 A empresa realiza estudos de impacto socioambiental e os considera em seu planeja- mento estratégico. 1.2.3 As estratégias de sustentabilidade da empresa têm como objetivo aumentar a efi- ciência no uso de recursos naturais e reduzir impactos socioambientais. EsTáGIo 3 PolíTICAs, PRoCEDImEnTos E sIsTEmAs DE GEsTão sim não A empresa implementa políticas, procedi- mentos e sistemas de gestão, em primeiro lugar, ao integrar a RSE/ sustentabilida- de em seus processos decisórios e torná- -la elemento essencial de sua estratégia; em segundo lugar, ao identificar os riscos relacionados aos impactos socioambien- tais de curto e médio prazo que provoca; em terceiro lugar, ao implementar proce- dimentos de gestão desses riscos e moni- torá-los periodicamente; em quarto lugar, ao identificar as oportunidades relaciona- das com os impactos socioambientais de curto, médio e longo prazo; e, em quinto e último lugar, ao implementar procedimen- tos de gestão das oportunidades relacio- nados a seus impactos socioambientais de curto, médio e longo prazo, e monitorá-los periodicamente. 1.3.1 A empresa inclui RSE/ sustentabilidade como elemento essencial em sua estratégia por meio de sua integração nos processos decisórios. 1.3.2 A empresa identifica riscos estratégicos, financeiros, regulatórios, reputacionais ou operacionais relacionados a seus impactos socioambientais de curto e médio prazos. 1.3.3 A empresa tem procedimentos de gestão desses riscos que são monitorados perio- dicamente. 1.3.4 A empresa identifica as oportunidades relacionadas aos impactos socioambientais de curto, médio e longo prazos. 1.3.5 A empresa tem procedimentos de gestão dessas oportunidades que são monitora- dos periodicamente. EsTáGIo 4 EfICIênCIA sim não A empresa, em um primeiro momento, in- clui aspectos socioambientais nas deci- sões de financiamento, investimento ou operação e nas projeções de valor econô- mico. Em um segundo momento, elabora um planejamento estratégico que contem- pla cenários de longo prazo relacionados às questões socioambientais, identifican- do os impactos em sua cadeia de valor. E, em um terceiro momento, identificados esses impactos socioambientais, adota procedimentos de gestão de impactos so- cioambientais em sua cadeia de valor. 1.4.1 Os aspectos socioambientais são incluídos nas decisões de operação, investimento ou financiamento. 1.4.2 Os aspectos socioambientais são incluídos nas projeções de valor econômico. 1.4.3 A empresa considera cenários de longo prazo relacionados às questões socioambien- tais em seu planejamento estratégico. 1.4.4 Identifica impactos socioambientais em sua cadeia de valor. 1.4.5 Tem procedimentos de gestão de impactos socioambientais em sua cadeia de valor. EsTáGIo 5 PRoTAGonIsmo sim não A empresa investe em pesquisa e desen- volvimento voltados para a inovação em sustentabilidade e estabelece metas de geração de novos modelos de negócios, considerando potenciais mudanças de mercado em decorrência do tratamento das questões socioambientais. 1.5.1 A empresa investe em pesquisa e desenvolvimento voltados para a inovação em sus- tentabilidade. 1.5.2 A empresa gera novos modelos de negócios devido a potenciais mudanças no merca- do em razão de impactos socioambientais. A empresa tem uma prática que não está contemplada nestas questões binárias, que justifica a escolha do estágio? Em caso positivo, descrever: A empresa não se identifica em nenhum estágio. Este indicador não tem aplicação na empresa. Justificar: 16 g Para visualizar todos os questionários dos indicadores Ethos para empresas sócio e ambientalmente responsáveis acesse o link a seguir e aprofunde seus estudos! http://www3.ethos.org.br/wp-content/uploads/2013/08/ Indicadores-Ethos-20131.pdf Glossário Avaliação do Ciclo de Vida: Medir os desgastes naturais gerados por um produto desde a matéria prima até seu descarte no lixo. Combustíveis limpos: Combustíveis que geram baixa degradação ambiental, como a energia solar. Eficiência energética: Uso da energia buscando um melhor resultado e a geração de menos impactos ambientais. Energias renováveis: Energia produzida a partir de recursos naturais que não são alterados para a produção da mesma, como o sol e o vento. Energia eólica: Energia que provém do vento. Logística reversa: Política que tem como objetivo o retorno dos produtos aos centros produtivos ou industriais após o uso. Aplica-se, especialmente, em produtos como pilhas, baterias e lâmpadas. Marketing Social: Estratégias em torno de ações sócio e ambientalmente responsáveis desenvolvidas por empresas. Práticas agroecológicas: Técnicas de produção sustentável na agricultura. Reciclagem do lixo: Procedimentos que objetivam a transformação de um material já utilizado em um novo produto. Reflorestamento: Recuperação de uma área através do plantio de árvores. 17 a 1) Qual a importância do Marketing Social? Assinale a alternativa correta. a. ( ) Manter a empresa economicamente ativa. b. ( ) Dar publicidade às ações realizadas pela empresa nas áreas sociais e ambientais. c. ( ) Manter a empresa economicamente sustentável. d. ( ) Divulgação das atividades para a melhoria da imagem da empresa, cálculo de quanto será investido em cada ação, planejar ações que sejam possíveis de serem realizadas e que sejam úteis para a comunidade. 2) O que significam as siglas P+L e PNUMA? Assinale a alternativa correta. a. ( ) P+L: Produção Mais Legal e PNUMA: Proteção Nacional Unidos pelo Meio Ambiente b. ( ) P+L: Produção Mais Legal e PNUMA: Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente c. ( ) P+L : Produção Mais Limpa e PNUMA: Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente d. ( ) P+L: Produção Mais Limpa e PNUMA: Programa da ONU para o Desenvolvimento Sustentável Atividades 18 Referências ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação e diretrizes para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 1996. ARAUJO, A. F. A aplicação da metodologia da Produção Mais Limpa - estudo de uma empresa do setor de Construção Civil. 2002. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002. ASHLEY, P. A. Ética e Responsabilidade Social nos Negócios. São Paulo: Saraiva, 2005. BOOF, Leonardo. O princípio Terra – a volta à terra como pátria humana. Ática, 1995. BORGES, Silva. 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São Paulo: Brasilienze, 1994. 22 UNIDADE 2 | PRINCÍPIOS ÉTICOS 23 1 Ética (Descritiva, Normativa e Crítica) Ética pode ser entendida, segundo Valls (1994, p.7), como o estudo dos comportamentos humanos em determinado período histórico e em determinada cultura. De acordo com Mautner (2010), a ética pode ser estudada a partir dos seguintes aspectos: normativa (elaboração de normas de conduta), descritiva (estudo e descrição dos princípios éticos de um grupo), crítica (estuda os princípios éticos a partir de um olhar filosófico). É comum haver confusões em relação aos conceitos de ética e moral. Ética refere-se aos princípios que norteiam o comportamento de um grupo social, enquanto moral é o conjunto de regras que orientam o que é considerado certo ou errado em determinada sociedade. As questões éticas estão bastante ligadas com as questões ambientais porque muitas vezes existem conflitos (podendo envolver a polícia e a justiça) com relação ao uso dos espaços e recursos naturais. 24 2 Ética Ambiental A ética ambiental trata das ações humanas, suas inter-relações e consequências ambientais, buscando superar a visão que separa o homem do meio ambiente. Nascimento (2012) relata que a partir das décadas de 1970 e 1980 o ritmo de consumo de parte do mundo passou a ser mais rápido do que a capacidade de recuperação da natureza. A Organização das Nações Unidas (ONU), preocupada com os sérios problemas ambientais, criou as Conferências Mundiais sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento para que todo o mundo passasse a discutir e propor mudanças. A Conferência “Rio+20”, por exemplo, trouxe 2 (dois) olhares sobre a realidade: a percepção conservadora, que considera que a melhoria das tecnologias será capaz de resolver os problemas ambientais; e a percepção de que grandes mudanças de hábitos são necessárias, tais como a diminuição de emissão de poluentes, o uso de combustíveis e energias alternativas, a diminuição do consumo, reciclagem de materiais, dentre outros. Segundo Pelizzoli (2002), existem diferentes linhas de pensamento e visões de mundo que acompanham as percepções apresentadas acima, como por exemplo, a ecologia democrática, ética ecossocialista, ética holística, ética da co-responsabilidade, ética da alteridade e ecoética. As reflexões propostas pela ética ambiental são de grande importância no momento atual, pois dialogar sobre a necessidade de empenhar-se na transformação de nossos modos de vida é uma difícil tarefa, uma vez que tais mudanças entram em conflito com o modelo consumista atual. Por outro lado, é necessário haver essa transformação, já que o ritmo atual de produção de bens é incompatível com a capacidade de reposição da natureza. 25 Olhares mais amplos, como os da chamada ecologia profunda, propõem uma mudança de relação com a própria vida, colocando a sustentabilidade como guia da vida humana para uma sociedade mais equilibrada e solidária. 3 Ética Social A ética social, segundo Guareschi (2008, p.6), é compreendida como as reflexões em torno das ações desenvolvidas na sociedade pelos indivíduos e pelas organizações. As organizações possuem códigos de ética em que são colocados os compromissosdaquela empresa diante da sociedade. Alguns dos princípios que podem ser observados em uma empresa com responsabilidade socioambiental são a valorização da dignidade humana; conduta equânime; busca de excelência e rentabilidade; não envolvimento com trabalho infantil, trabalho escravo ou equivalente; ambiente de trabalho saudável e respeito aos direitos dos funcionários; redução e controle dos impactos ambientais; conservação da biodiversidade e respeito às comunidades. 4 Sustentabilidade, Justiça Social e Preservação/ Conservação O termo sustentabilidade é reconhecido pela ONU (Organização das Nações Unidas) como as relações econômicas, sociais, culturais e ambientais capazes de preencher as demandas atuais considerando as necessidades das próximas gerações. As estratégias para defesa da sustentabilidade são muito discutidas nas conferências internacionais do meio ambiente, sendo que há uma ampla discussão sobre como conciliar dois temas chave: desenvolvimento econômico e justiça social. A justiça social é um tema importante por tratar da superação das desigualdades sociais. Um mundo sustentável não pode manter grande parte da população em situação desfavorável economicamente, nesta perspectiva foi lançado em 2000 pela ONU os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio que incluem o fim da miséria e da fome, 26 educação básica de qualidade, igualdade entre sexos, redução da mortalidade infantil, melhoria da saúde da gestante, combate de doenças, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente e trabalho em conjunto pelo desenvolvimento. Estes objetivos requerem uma mudança efetiva em diferentes áreas e em relação ao meio ambiente lança uma outra importante discussão, que é sobre os termos preservação e conservação, que apesar de parecidos mostram dois olhares diferentes sobre as relações do homem com a natureza. Conservação trata do uso equilibrado dos recursos naturais considerando a qualidade de vida da espécie humana, já preservação está ligada à não alteração da natureza, à criação de lugares preservados impedindo problemas ambientais maiores, compreendendo a proteção da natureza de maneira separada dos interesses econômicos humanos. Enquanto os que defendem a conservação acreditam que pequenas mudanças serão suficientes para a manutenção do planeta, os que acreditam na preservação defendem grandes mudanças no modelo de vida atual, transformando nossos hábitos e nossa relação com a natureza. g Leia mais sobre o Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis do Ministério do Meio Ambiente acessando o link a seguir e conferindo o documento na íntegra. h t t p : / / u f s b . e d u . b r/ w p c o n t e n t / u p l o a d s / 2 0 1 5 / 0 7 / Produ%C3%A7%C3%A3o-e-Consumo-Sustent%C3%A1vel- MMA.2011.pdf Glossário Biodiversidade: Conjunto de todos os seres vivos existentes no planeta Terra. Equânime: Que possui ou demonstra imparcialidade e justiça. Justiça Social: Envolve questões morais e políticas para o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e os direitos sociais. 27 a 1) Qual a melhor definição para ética? Assinale a alternativa correta. a. ( ) É o estudo unicamente filosófico dos assuntos morais de determinada sociedade. b. ( ) Estudo dos comportamentos humanos em determinado período histórico e em determinada cultura. c. ( ) É sinônimo de moral, ou seja são as ações consideradas positivas dentro de determinada sociedade e período histórico. d. ( ) Trata-se de uma reflexão sobre os valores individuais, o que é certo e errado para cada cidadão em determinado período histórico. 2) Quais os três aspectos que verificamos que podem ser estudados pela ética? Assinale a alternativa correta. a. ( ) Legal, Explicativa e Crítica. b. ( ) Explicativa, Reproduzida e Crítica. c. ( ) Legal, Descritiva e Crítica. d. ( ) Normativa, Descritiva e Crítica. 28 Referências ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação e diretrizes para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 1996. ARAUJO, A. F. A aplicação da metodologia da Produção Mais Limpa - estudo de uma empresa do setor de Construção Civil. 2002. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002. ASHLEY, P. A. Ética e Responsabilidade Social nos Negócios. São Paulo: Saraiva, 2005. BOOF, Leonardo. O princípio Terra – a volta à terra como pátria humana. Ática, 1995. BORGES, Silva. Meio Ambiente e Sustentabilidade da Perspectiva das Novas Gerações. São Paulo: Revista Estudos ESPM, 2012. BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Brasília, 1981. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>. Acesso em: 12 mar. 2016. CAPRA, Frijot. A teia da Vida. São Paulo: Cultrix, 1996. CAVALCANTI, C. (org.). Desenvolvimento e natureza; Estudos para uma sociedade sustentável. São Paulo: Cortez, 1995. COODERNADORIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL. A implantação da educação ambiental no Brasil. Brasília (DF): Ministério da Educação e do Desporto, 1998. COSTA, A. R. P; FERNANDES, L. A. Responsabilidade ambiental. 2007. Monografia (Pós-graduação em Administração) – UNISALESIANO, Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, Lins, 2007. ECOCERT. Selo ECOCERT. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://www. ecocert.com/en/fair-trade-certification-program>. Acesso em 25 jul. 2016. ETHOS. Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. Disponível em: <http://www.ethos.org.br>. Acesso em: 10 mar. 2016. 29 FERREIRA, Reinaldo Martins. Certificação Ambiental e o importante papel das empresas despoluidoras do ambiente no processo do desenvolvimento sustentável. Disponível em: <http://www.abrepet.com.br/certificacao_parte_2.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2016. FERREL, O. C.; et al. Ética empresarial: dilemas, tomadas de decisões e casos. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso, 2001. FIGUEIREDO, Andrea Santos. A responsabilidade social e ambiental na Petrobrás. 2005. Monografia (Graduação em Administração) – Universidade Veiga de Almeida. Rio de Janeiro. GARCIA, B. G. et al. Responsabilidade social das empresas: a contribuição das universidades. São Paulo: Fundação Peirópolis, 2002. GRANZOTTO, Michele. A cultura da Sustentabilidade: entre fazeres e saberes. Centro Universitário Franciscano – UNIFRA – Santa Maria/RS. Disponível em: <http://jne.unifra. br/artigos/4752.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2016. GREENPEACE. Selo Forest Stewardship Council. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://www.greenpeace.org/international/en/campaigns/forests/solutions/ alternatives-to-forest-destruc>. Acesso em: 25 jul. 2016. GUARESCHI, P.; JACQUES, M. G. C. Relações sociais e ética [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2008. HOLMGREN, D. Os Fundamentos da Permacultura. São Paulo: Holmgren Design Services, 2007. IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Sustentabilidade Ambiental no Brasil: biodiversidade, economia e bem-estar humano. Brasília: Ipea, 2010. JACOBI, P. Educação Ambiental, Cidadania e Sustentabilidade. São Paulo: Cadernos de Pesquisa, n. 118, março de 2003. MARCOVITCH, Jacques. Certificação e sustentabilidade ambiental: uma análise crítica/organização. São Paulo, 2012. Trabalhos de conclusão da disciplina Estratégias Empresariais e Mudanças Climáticas, Departamento de Administração da FEA-USP. MAUTNER, T. Dicionário de Filosofia. Lisboa: Edições 70, 2010. 30 MELO NETO, F. P. de; FROES, C. Gestão da responsabilidade social corporativa:O caso brasileiro. Da filantropia tradicional à filantropia do alto rendimento e ao empreendedorismo social. 1.ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001. MOREIRA, Joaquim M. A ética nas relações empresariais brasileiras. Disponível em: <http://www.akatu.org.br/Temas/Sustentabilidade/Posts/A-etica-nas-relacoes- empresariais-brasileiras>. Acesso em: 10 mar. 2016. MOURA, A. M. O Mecanismo de rotulagem ambiental: Perspectivas de aplicação no Brasil. IPEA: Boletim regional, urbano e ambiental, jan.-jun. 2013. Disponível em: <http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/5655/1/BRU_n07_mecanismo.pdf>. Acesso em: 17 mar. 2016. NAKAHIRA, Érika. Rotulagem Ambiental: O caso do setor Cosmético. Engenharia Ambiental – Espirito Santo do Pinhal, v. 6, n. 2, p. 544-563, maio-ago. 2009. NASCIMENTO, E. P. Trajetória da sustentabilidade: do ambiental ao social, do social ao econômico. São Paulo: Estudos avançados 26 (74), 2012. Disponível em: <http:// www.scielo.br/pdf/ea/v26n74/a05v26n74.pdf>. Acesso em: 17 mar. 2016. NASCIMENTO, Luis Felipe. Gestão Ambiental e Sustentabilidade. Florianópolis: UFSC, 2012. _______. Gestão Socioambiental Estratégica. Porto Alegre: Bookman, 2008. OLIVEIRA NETO, Valdemar de; SMITH, Vivian. Indicadores Ethos para negócios sustentáveis e responsáveis. São Paulo: Fundação Dom Cabral e Pact São Paulo, 2013. OUVIRES, Orlando. Ética empresarial. Cadernos de Direito. PELIZZOLI, M. L. Correntes da ética ambiental. Petrópolis: Vozes, 2002. PLANETA SUSTENTÁVEL. Quais os principais selos ecológicos do mercado. Portal da internet, 2015. Disponível em: <http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ desenvolvimento/conteudo_298573.shtml>. Acesso em: 15 mar. 2016. RAINFOREST-ALLIANCE. Selo Rainforest-alliance. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://www.rainforest-alliance.org/about/marks/rainforest-alliance-certified- seal>. Acesso em: 15 mar. 2016. 31 ROCCA, Marília. O verdadeiro lucro social. 2003. Disponível em: <http://exame.abril. com.br/revista-exame/edicoes/796/noticias/o-verdadeiro-lucro-social-m0043576>. Acesso em: 9 mar. 2016. ROIZMAN, Laura Gorresio. Jornada de Amor à Terra. São Paulo: Palas Athena, 2006. SACHS, Ignacy. Caminhos para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: Garamond, 2000. SILVA, Maria Amélia Rodrigues. Certificações socioambientais: desenvolvimento sustentável e competitividade da indústria mineira na Amazônia. Cad. EBAPE.BR, Rio de Janeiro, v. 3, n.3, 2005. VALLS, Á. O que é Ética?. São Paulo: Brasilienze, 1994. 32 UNIDADE 3 | PRINCIPAIS CERTIFICAÇÕES 33 1 Certificado Ambiental A certificação ambiental ocorre através de selos colocados nos produtos como forma de diferenciá-los, comprovando a preocupação das empresas com os impactos ambientais, melhorando sua imagem e colaborando para as escolhas dos consumidores. A certificação ambiental pode ser chamada também de rotulagem ambiental, selo verde ou ecológico, declaração ambiental, rótulo ecológico, eco-rótulo, eco-selo e etiqueta ecológica. De acordo com Moura (2013), os programas de rotulação ambiental têm o compromisso de ajudar os consumidores a escolherem seus produtos com informações claras. A maioria das rotulações ambientais são voluntárias. No entanto, também existem as obrigatórias, colocadas por órgãos governamentais, como por exemplo, o símbolo dos transgênicos em todos os produtos que utilizam matérias-primas que foram modificadas geneticamente. Nas páginas a seguir você verá exemplos dos selos obrigatórios e voluntários. 34 2 Certificação de Organismos Independentes e Selos Autodeclaratórios Os selos autodeclaratórios são colocados pelos próprios fabricantes. Já os de certificação de organismos independentes são de empresas certificadoras nacionais ou internacionais. É importante que o consumidor preste atenção às informações presentes nos selos e busque mais referências, pois, infelizmente, algumas empresas podem usar a chamada maquiagem verde (greenwash), que tenta enganar o consumidor, colocando informações mentirosas em suas embalagens. Alguns exemplos de selos de organismos independentes presentes no mercado brasileiro são (PLANETA SUSTENTÁVEL, 2015): a) Forest Stewardship Council (FSC): certifica áreas e produtos florestais, considerando princípios como cumprir leis ambientais, regularização das terras e respeito às terras indígenas. 35 b) Rainforest Alliance Certified: comprova que produtos agrícolas respeitam a biodiversidade e os trabalhadores rurais. c) Ecocert: certifica alimentos orgânicos e cosméticos naturais e orgânicos considerando que 95% dos ingredientes utilizados sejam orgânicos certificados. 3 Órgãos de Certificação Diante da grande quantidade de selos ambientais foi criada a International Organization for Standardization (ISO), organização que estabeleceu normas internacionais para comprovar a responsabilidade empresarial. Para conseguir um certificado da série ISO 1400, por exemplo, a empresa tem que passar por auditorias realizadas por uma certificadora credenciada e reconhecida. No Brasil a empresa responsável por essa rotulação é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A norma ISI 14001 36 orienta a implantação do Sistema de Gestão Ambiental e, para certificar uma empresa, avalia, entre outros, procedimentos para monitoramento e medição das atividades que possam causar em impacto ambiental (ABNT, 1996). O papel da ABNT é publicar as normas brasileiras e elaborar programas de certificação de produtos, sistemas e rótulos contribuindo com a defesa dos consumidores. O Conselho Nacional de Defesa Ambiental (CNDA) é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que certifica produtos, serviços e empresas, além de realizar campanhas e projetos nas áreas de sustentabilidade. Os critérios básicos para um selo emitido pelo Conselho Nacional de Defesa Ambiental, de acordo com as informações de seu site (http://www.cnda.org.br/) são: a) não colocar em risco a saúde dos consumidores; b) apresentar impacto ambiental reduzido; c) não consumir grande quantidade de matéria-prima no processo produtivo; d) não produzir lixo desnecessário ou perigoso; e) não utilizar recursos naturais que tenham grande impacto ambiental; f) não utilizar mão de obra infantil. g Leia mais sobre as certificadoras ambientais nos dos portais oficiais da Ecocert, Rainforest Alliance Certified e Forest Stewardship Council, através dos links a seguir. http://brazil.ecocert.com/ http://www.rainforest-alliance.org/business https://br.fsc.org/pt-br Para conhecer um estudo de caso sobre a implementação da ISO 1400, acesse o link e conheça mais sobre Gestão Ambiental. http://www.bsigroup.com/pt-BR/ISO-14001-Gestao-Ambiental/ Estudos-de-caso-da-ISO-14001/ 37 Glossário Autodeclaratório: Manifestação oral ou escrita a respeito de si próprio. Auditorias: Fiscalizações para comprovar como a empresa trabalha. Organismos independentes: Organizações que não possuem vínculos governamentais, mas que são reconhecidas para certificar outras organizações em determinadas áreas. 38 a 1) De acordo com o material estudado, assinale a definição correta de certificação ambiental. a. ( ) São selos para diferenciar os produtos que atestam a preocupação das empresas com os impactos ambientais gerados. b. ( ) São selos inseridos de maneira voluntária nos produtos para colaborar com a escolha dos consumidores em relação a produtos ecologicamente corretos. c. ( ) São rótulos ambientais auto declaratórios, ou seja, empregados pelos próprios fabricantes. d. ( ) São instrumentos que possuem o objetivo de ajudar o cliente a realizar suas escolhas.2) Assinale a definição correta dos selos auto declaratórios. a. ( ) Trata-se de um selo ambiental concedido por uma empresa certificadora para um empresa que atua de maneira sustentável. b. ( ) São selos empregados pelos próprios fabricantes. c. ( ) São selos que a empresa coloca em seus produtos buscando enganar o consumidor. d. ( ) São selos de organismos independentes. Atividades 39 Referências ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação e diretrizes para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 1996. ARAUJO, A. F. A aplicação da metodologia da Produção Mais Limpa - estudo de uma empresa do setor de Construção Civil. 2002. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002. ASHLEY, P. A. Ética e Responsabilidade Social nos Negócios. São Paulo: Saraiva, 2005. BOOF, Leonardo. O princípio Terra – a volta à terra como pátria humana. Ática, 1995. BORGES, Silva. Meio Ambiente e Sustentabilidade da Perspectiva das Novas Gerações. São Paulo: Revista Estudos ESPM, 2012. BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Brasília, 1981. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>. Acesso em: 12 mar. 2016. CAPRA, Frijot. A teia da Vida. São Paulo: Cultrix, 1996. CAVALCANTI, C. (org.). Desenvolvimento e natureza; Estudos para uma sociedade sustentável. São Paulo: Cortez, 1995. COODERNADORIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL. A implantação da educação ambiental no Brasil. Brasília (DF): Ministério da Educação e do Desporto, 1998. COSTA, A. R. P; FERNANDES, L. A. Responsabilidade ambiental. 2007. Monografia (Pós-graduação em Administração) – UNISALESIANO, Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, Lins, 2007. ECOCERT. Selo ECOCERT. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://www. ecocert.com/en/fair-trade-certification-program>. Acesso em 25 jul. 2016. ETHOS. Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. Disponível em: <http://www.ethos.org.br>. Acesso em: 10 mar. 2016. 40 FERREIRA, Reinaldo Martins. Certificação Ambiental e o importante papel das empresas despoluidoras do ambiente no processo do desenvolvimento sustentável. Disponível em: <http://www.abrepet.com.br/certificacao_parte_2.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2016. FERREL, O. C.; et al. Ética empresarial: dilemas, tomadas de decisões e casos. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso, 2001. FIGUEIREDO, Andrea Santos. A responsabilidade social e ambiental na Petrobrás. 2005. Monografia (Graduação em Administração) – Universidade Veiga de Almeida. Rio de Janeiro. GARCIA, B. G. et al. Responsabilidade social das empresas: a contribuição das universidades. São Paulo: Fundação Peirópolis, 2002. GRANZOTTO, Michele. A cultura da Sustentabilidade: entre fazeres e saberes. Centro Universitário Franciscano – UNIFRA – Santa Maria/RS. Disponível em: <http://jne.unifra. br/artigos/4752.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2016. GREENPEACE. Selo Forest Stewardship Council. Portal da internet, 2016. 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Gestão da responsabilidade social corporativa: O caso brasileiro. Da filantropia tradicional à filantropia do alto rendimento e ao empreendedorismo social. 1.ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001. MOREIRA, Joaquim M. A ética nas relações empresariais brasileiras. Disponível em: <http://www.akatu.org.br/Temas/Sustentabilidade/Posts/A-etica-nas-relacoes- empresariais-brasileiras>. Acesso em: 10 mar. 2016. MOURA, A. M. O Mecanismo de rotulagem ambiental: Perspectivas de aplicação no Brasil. IPEA: Boletim regional, urbano e ambiental, jan.-jun. 2013. Disponível em: <http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/5655/1/BRU_n07_mecanismo.pdf>. Acesso em: 17 mar. 2016. NAKAHIRA, Érika. Rotulagem Ambiental: O caso do setor Cosmético. Engenharia Ambiental – Espirito Santo do Pinhal, v. 6, n. 2, p. 544-563, maio-ago. 2009. NASCIMENTO, E. P. Trajetória da sustentabilidade: do ambiental ao social, do social ao econômico. São Paulo: Estudos avançados 26 (74), 2012. Disponível em: <http:// www.scielo.br/pdf/ea/v26n74/a05v26n74.pdf>. Acesso em: 17 mar. 2016. NASCIMENTO, Luis Felipe. Gestão Ambiental e Sustentabilidade. Florianópolis: UFSC, 2012. _______. Gestão Socioambiental Estratégica. Porto Alegre: Bookman, 2008. OLIVEIRA NETO, Valdemar de; SMITH, Vivian. Indicadores Ethos para negócios sustentáveis e responsáveis. São Paulo: Fundação Dom Cabral e Pact São Paulo, 2013. OUVIRES, Orlando. Ética empresarial. Cadernos de Direito. PELIZZOLI, M. L. Correntes da ética ambiental. Petrópolis: Vozes, 2002. PLANETA SUSTENTÁVEL. Quais os principais selos ecológicos do mercado. Portal da internet, 2015. Disponível em: <http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ desenvolvimento/conteudo_298573.shtml>. Acesso em: 15 mar. 2016. RAINFOREST-ALLIANCE. Selo Rainforest-alliance. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://www.rainforest-alliance.org/about/marks/rainforest-alliance-certified- seal>. Acesso em: 15 mar. 2016. 42 ROCCA, Marília. O verdadeiro lucro social. 2003. Disponível em: <http://exame.abril. com.br/revista-exame/edicoes/796/noticias/o-verdadeiro-lucro-social-m0043576>. Acesso em: 9 mar. 2016. ROIZMAN, Laura Gorresio. Jornada de Amor à Terra. São Paulo: Palas Athena, 2006. SACHS, Ignacy. Caminhos para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: Garamond, 2000. SILVA, Maria Amélia Rodrigues. Certificações socioambientais: desenvolvimento sustentável e competitividade da indústria mineira na Amazônia. Cad. EBAPE.BR, Rio de Janeiro, v. 3, n.3, 2005. VALLS, Á. O que é Ética?. São Paulo: Brasilienze, 1994. 43 UNIDADE 4 | O MEIO AMBIENTE E A SUSTENTABILIDADE 44 1 Sustentabilidade, Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente A sustentabilidade e o desenvolvimento sustentável são dois conceitos importantes que tratam das relações do homem com o meio ambiente. De acordo com a Lei 6.938 (BRASIL,1981), meio ambiente é “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”. O desenvolvimento sustentável diz respeito a um grande conjunto de ações - do individual ao global que busca encontrar o equilíbrio entre o cultural, o econômico, o social e o ambiental. Outra definição deste conceito é a do desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual sem comprometer as necessidades das gerações futuras (Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU). 45 Para alcançar o desenvolvimento sustentável é preciso entender que os recursosnaturais são finitos e que o modelo econômico atual, com seu objetivo de aumento indefinido do consumo, é insustentável. Então, a partir dessa lógica de desenvolvimento, muitas ações devem estar voltadas para a diminuição do consumo, a reutilização e a reciclagem de materiais e de práticas que busquem a harmonia com o meio ambiente. A figura abaixo apresenta a amplitude do desenvolvimento sustentável: 46 2 Ecologia, Desequilíbrio Ecológico e Questões Ambientais Globais Para compreendermos com mais profundidade o que é desenvolvimento sustentável, torna-se importante conhecer o conceito de Ecologia: o estudo da relação dos indivíduos com o meio em que vivem. A Ecologia é uma ciência com um grande campo de estudo, desde os organismos até a biosfera, que investiga temas como as cadeias alimentares, ciclos biogeoquímicos, interações entre os seres vivos e os habitats. Ao estudar de maneira tão aprofundada os sistemas naturais, a Ecologia ajuda a entender as consequências das ações do homem, fornecendo dados que podem influenciar decisões políticas. Entre as questões estudadas pela Ecologia estão as mudanças climáticas. Questões como o efeito estufa, a poluição atmosférica, o desgaste da camada de ozônio e a contaminação das águas são muito importantes e têm sido bastante discutidas nos debates internacionais sobre o meio ambiente, influenciando decisões econômicas e políticas (IPEA, 2010). 47 Observe a imagem que representa o ciclo biogeoquímco do carbono e indica de quais maneiras este elemento transita pelo planeta. Reflita sobre como os elementos da natureza estão todos interligados. 48 h Veja que é necessário melhorar a forma com que utilizamos os recursos naturais para superarmos os problemas ambientais. Para isso é preciso o envolvimento de todos na mudança de hábitos culturais, sociais e econômicos. 3 Educação Ambiental Como vimos nos itens anteriores, para a mudança acontecer é preciso o envolvimento de todos. Os profissionais da educação são importantes nessa mudança, possibilitando o envolvimento de estudantes, e a capacitação de profissionais de diferentes áreas do conhecimento, ensinando sobre as possibilidades do desenvolvimento social e econômico baseados na sustentabilidade socioambiental. O meio ambiente é um tema que dialoga com todas as disciplinas e deve estar em todos os espaços educativos – formais (como escolas) e informais (como centros comunitários). Jacobi (2003, p. 198) indica que a educação ambiental deve ser percebida como aprendizagem permanente que considera a valorização das diferentes áreas de conhecimento e incentiva a conscientização sobre problemas locais e globais. De acordo com a Coordenadoria de Educação Ambiental (1998), desde 1970 existem ações governamentais voltadas para a Educação Ambiental no Brasil, sendo que em 1994 foi implantado o Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA), uma parceria entre o Ministério da Educação e o Ministério do Meio Ambiente. Em 1997, o Meio Ambiente foi inserido nos Parâmetros Curriculares Nacionais como um dos temas transversais (aqueles que envolvem todas as disciplinas) a serem trabalhados nas escolas. As instituições privadas, empresas, ONGs (Organizações Não Governamentais) e OSCIPS (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público) também têm realizado importante papel na educação ambiental. 49 4 Permacultura A Permacultura, ou cultura permanente, foi desenvolvida em 1970 por Bil Mollison e David Holmgren e se trata de um sistema baseado em diferentes disciplinas e habilidades para que sejamos capazes de suprir nossas necessidades de maneira integrada com a natureza, colaborando para a melhoria da nossa qualidade de vida e das próximas gerações. Foi desenvolvido com a intenção de criar sistemas de florestas produtivas para substituir as monoculturas de soja e trigo, que estavam tomando conta da vegetação nativa em diversas regiões do mundo, causando seu desmatamento. De acordo com Holmgren (2007), a Permacultura reúne conhecimentos tradicionais e atuais para que o homem viva integrado à natureza. Para tanto a Permacultura nos convida a um processo profundo de revisão de nossos hábitos e de mudanças que melhorem nossa qualidade de vida, acreditando que, para fornecer as necessidades das pessoas dentro de limites ecológicos, é preciso uma mudança profunda nas perspectivas individual, social, econômica e política. A Permacultura aponta possíveis caminhos, métodos, estratégias e técnicas para a reorganização individual, social, econômica e política. Esta metodologia está dividida em princípios éticos e princípios de design. c Os 3 (três) princípios éticos da Permacultura são: partilha justa (limites para o consumo, justiça social), cuidado com a terra (solos, florestas, água) e cuidado com as pessoas (cuidar de si mesmo, da comunidade e da família). Na permacultura, existem 12 princípios de design e cada um abre várias ferramentas para serem aplicadas no cotidiano, transformando nossas relações com a vida. Como exemplo, dois dos princípios de design são Observe e Interaja (interagir com a natureza para desenvolver soluções), Capte e Armazene Energia (utilizarmos energias renováveis como a luz do sol). 50 Os princípios podem ser compreendidos através da figura da Flor da Permacultura, a seguir. Cada pétala representa uma área de atuação do ser humano que precisa ser modificada. Por exemplo, a pétala “Espaço Construído” trata de quais tecnologias e materiais estão sendo utilizados para a construção de nossas casas, quanto de lixo produzimos nas construções e de quais maneiras poderemos realizar edificações de maneira mais sustentável. g Saiba mais sobre os princípios da Permacultura acessando o link a seguir. Confira! http://permacultureprinciples.com/pt 51 Glossário Camada de Ozônio: Camada atmosférica protetora dos raios solares ultravioleta. Design: Desenho que ajuda a compreender melhor determinado conhecimento. Efeito estufa: Fenômeno de aquecimento da temperatura do planeta Terra. Finito: Aquilo que tem fim. Habitat: Ambiente que oferece as condições necessárias para o desenvolvimento de determinada espécie. Permacultura: Sistema criado sob os pilares da ética e princípios que podem ser usados para melhorar as relações entre o homem e o meio ambiente, envolvendo conhecimentos de diferentes áreas. 52 a 1) Assinale a alternativa correta. Quais os aspectos que envolvem o desenvolvimento sustentável? a. ( ) Financeiro, capitalista, político e ambiental. b. ( ) Cultural, econômico, social e ambiental. c. ( ) Preservação, conservação, sociedade e justiça. d. ( ) Ambiental, educacional, financeiro e desenvolvimentista. 2) De acordo com o que você aprendeu na Unidade 4, o que é Educação Ambiental? a. ( ) É um sistema baseado em diferentes disciplinas e habilidades para que sejamos capazes de suprir nossas necessidades de maneira integrada com a natureza, colaborando para a melhoria da nossa qualidade de vida e das próximas gerações. b. ( ) É uma aprendizagem permanente que considera a valorização das diferentes áreas de conhecimento e incentiva a conscientização sobre problemas locais e globais. c. ( ) Foi desenvolvida com a intenção de criar sistemas de florestas produtivas para substituir as monoculturas de soja e trigo, que estavam tomando conta da vegetação nativa em diversas regiões do mundo, causando seu desmatamento. d. ( ) É uma espécie de certificação com objetivo de diferenciar os produtos, comprovando a preocupação das empresas com os impactos ambientais. Atividades 53 Referências ABNT – ASSOCIAÇÃOBRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação e diretrizes para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 1996. ARAUJO, A. F. A aplicação da metodologia da Produção Mais Limpa - estudo de uma empresa do setor de Construção Civil. 2002. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002. 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São Paulo: Brasilienze, 1994. 57 Gabarito Questão 1 Questão 2 Unidade 1 D C Unidade 2 B D Unidade 3 A B Unidade 4 B B Apresentação Unidade 1 | O Que É Responsabilidade Socioambiental? 1 O Que É Responsabilidade Socioambiental? 2 Dimensões da Responsabilidade Socioambiental 3 Lucro Social 4 Estratégias Empresariais 5 Cadeia – Rede Sustentável 6 Governança Corporativa 7 Indicadores Ethos Glossário Atividades Referências Unidade 2 | Princípios Éticos 1 Ética (Descritiva, Normativa e Crítica) 2 Ética Ambiental 3 Ética Social 4 Sustentabilidade, Justiça Social e Preservação/Conservação Glossário Referências Unidade 3 | Principais Certificações 1 Certificado Ambiental 2 Certificação de Organismos Independentes e Selos Autodeclaratórios 3 Órgãos de Certificação Glossário Atividades Referências Unidade 4 | O Meio Ambiente e a Sustentabilidade 1 Sustentabilidade, Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente 2 Ecologia, Desequilíbrio Ecológico e Questões Ambientais Globais 3 Educação Ambiental 4 Permacultura Glossário Atividades Referências Gabarito
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