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_____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 1 Departamento de Desenvolvimento Profissional Legalização de Empresas EUGENIZE BEZERRA LIMA eugenize.lima@gmail.com Rio de Janeiro Julho de 2014 _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 2 Curriculum Resumido do Professor: Mestre em Educação – Docência superior pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Pós-graduada em docência superior e profissional pelo Instituto Superior de Estudos Pedagógicos; Pós-graduada Gestão Empresarial de Operadoras de Planos de Saúde pela Fundação Getúlio Vargas (FGV); Pós-graduada em Controladoria e Finanças pela Universidade Candido Mendes (UCAM) e Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Sua experiência profissional dede 1986 inclui os cargos de Gerência contábil em empresas do ramo industrial de petróleo; Gerente Geral, Contadora e Gerente Financeira em empresas da área de saúde; Sócio-Diretor da empresa de planos de saúde do Sistema Integrado de Saúde. Atualmente presta consultoria na área Administrativo-Financeira para empresa Atlântico Serviços Médicos Ltda., é professora contratada do CRC-Rio (Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro) e professora das disciplinas de Contabilidade Geral, Contabilidade de Custos e Análise das Demonstrações Contábeis no Curso de graduação em Administração da Faculdade CCAA – Riachuelo-RJ. _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 3 Unidade 1 – ABERTURA DA EMPRESA 1.1. A importância do contador neste processo 1.2. Idade mínima para ser titular de empresa 1.3. Requisitos e impedimentos pessoais 1.4. Documentos e providências necessárias Unidade 2 - TIPOS DE SOCIEDADES 2.1. Empresário 2.2 Autônomo 2.3. Sociedade Empresária 2.4. Sociedade Simples Unidade 3 – PASSO A PASSO PARA A LEGALIZAÇÃO 3.1. Procedimento Prévios 3.2 Registro 3.3 Contrato Social 3.4. Nome 3.5. Ato Constitutivo 3.6. NIRE 3.7. CNPJ 3.8. Alvará de Funcionamento 3.9. Inscrição Estadual 3.10. Cadastro na Previdência Social 3.11. Aparato Fiscal 3.12. Certificado Digital 3.13. Nota Fiscal eletrônica 3.14. Outras legalizações necessárias _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 4 UNIDADE I – ABERTURA DA EMPRESA 1.1 - A Importância Do Contador Na Abertura e Legalização Das Empresas A Legalização de empresas é um processo burocrático necessário e que precisa ser bem conduzido por profissional competente. O profissional contábil é um dos, e muitas vezes o único, responsável pela formação, educação e disciplina de um bom empresário. Geralmente o empreendedor tem foco apenas na parte material que compreende a implantação do seu empreendimento. O processo de implantação envolve diversas dimensões. Trata - se de um organismo vivo que desde a sua criação irá impactar a sociedade com sua existência e atuação. Ao decidir pela abertura de uma empresa, seja ela de que porte for, o passo seguinte de um empreendedor deverá ser a procura de um profissional contábil de confiança, sério e capacitado. A ele caberá identificar todas as necessidades e indicar o plano correto da empresa, isto é, a modalidade em que a empresa irá se enquadrar e quais serão os passos para sua legalização. O conhecimento da legislação e das técnicas contábeis em conjunto com a experiência vivida no dia a dia, são ingredientes fundamentais para a prudente legalização de um empreendimento que é dinâmico, desde a sua abertura. A sincronia de procedimentos, observando-se métodos, prazos e consequências, é de extrema importância para a obtenção de sucesso em um trabalho de legalização . Se algo sair errado poderá ocorrer dispêndio de tempo, dinheiro, multas, e outros prejuízos até mais graves. Dentre as diversas aptidões de um profissional contábil, esta é apenas mais uma: sua atuação no processo de legalização de empresas 1.2 - Idade Mínima para ser Titular de Empresa Pode ser titular de empresa a pessoa natural, desde que não haja impedimento legal: 1 - Maior de 18 anos, brasileiro(a) ou estrangeiro(a), que se achar na livre administração de sua pessoa e bens; 2 - Menor de 18 e maior de 16 anos, emancipado: _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 5 Por concessão dos pais, ou de um deles na falta de outro se o menor tiver dezesseis anos completos. A outorga constará de instrumento público, que deverá ser inscrito no Registro Civil das Pessoas Naturais e arquivado na Junta Comercial. Por sentença do juiz que, também, deverá ser inscrita no Registro Civil das Pessoas Naturais; Pelo casamento; Pelo exercício de emprego público efetivo (servidor ocupante de cargo em órgão da administração direta, autarquia ou fundação pública federal, estadual ou municipal); Pela colação de grau em curso de ensino superior; e Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia própria; 1.3 - Requisitos e impedimentos pessoais 1.3.1 - Impedimentos para ser sócio (pessoa física) Não podem ser sócios de sociedades: Pessoas absolutamente incapazes e relativamente incapazes; A pessoa absolutamente incapaz: O menor de 16 anos; O louco de todos os gêneros; O surdo-mudo. Quando não puder exprimir sua vontade; O ausente, declarado tal pelo juiz; A pessoa relativamente incapaz: Os relativamente incapazes são aqueles que deverão exercer os atos da vida civil, com a devida assistência. O menor de 18 e maior de 16 anos. O menor de 18 e maior de 16 anos pode ser emancipado e, desde que o seja pode assumir a gerência; O pródigo (quem dissipa seu patrimônio); Ébrios habituais, Viciados em tóxicos e doentes mentais, com o discernimento reduzido; Excepcionais sem o desenvolvimento completo Pessoas impedidas por norma constitucional ou por lei especial;_____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 6 Portugueses em empresas que exercem a atividade jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens; Cônjuges casados em regime de comunhão universal de bens ou de separação obrigatória, na condição de sócios entre si, ou com terceiros; 1.3.2 - Impedimentos para ser administrador Não podem ser administradores de sociedades as pessoas: Condenadas a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perduraram os efeitos da condenação; Impedidas por norma constitucional ou por lei especial: Brasileiro naturalizado há menos de 10 anos, em empresa jornalística e de radiodifusão sonora e radiodifusão de sons e imagens; Estrangeiro: Estrangeiro sem visto permanente; Natural de país limítrofe, domiciliado em cidade contígua ao território nacional e que se encontre no Brasil; Em empresa jornalística de qualquer espécie, de radiodifusão sonora e de sons e imagens; Natural de país limítrofe, domiciliado em cidade contígua ao território nacional e que se encontre no Brasil; Em pessoa jurídica que seja titular de direito real sobre imóvel rural na Faixa de Fronteira (150 Km de largura ao longo das fronteiras terrestres), salvo com assentimento prévio do órgão competente; Português, em empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens; Pessoa jurídica; O cônsul, no seu distrito, salvo o não remunerado; Funcionários públicos federal civil ou militar da ativa; Chefes do Poder Executivo, federal, estadual ou municipal; Magistrados; Membros do Ministério Público da União, que compreende: _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 7 Ministério Público Federal Ministério Público do Trabalho; Ministério Público Militar; Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; Membros do Ministério Público dos Estados, conforme a Constituição respectiva; Falidos, enquanto não forem legalmente reabilitados; Leiloeiros; ME e EPP - Sociedade Limitada O Departamento Nacional de Registro do Comércio, por meio da Instrução Normativa n° 103, de 30 de abril de 2007, disciplinou, para as juntas comerciais, os procedimentos e atos necessários para a formalização do enquadramento. 1.4 - Documentos e providências necessárias 1.4.1 - Precauçãoes Sempre que for tomada a decisão por empreender um negócio, alguns cuidados e precauções devem ser tomadas no que diz respeito à viabilidade para sua legalização. É importante lembrar que cada estado pode ter particularidades que devem ser observadas e que podem não estar contidas nos itens abaixo. Vejamos alguns exemplos destes cuidados: Escolher um local adequado para exploração do negócio, levando em consideração itens como: localização, movimento de pessoas, força elétrica, telefonia, risco de enchentes, estacionamento, acesso, transporte público, conservação do imóvel, as adaptações necessárias do imóvel para o exercício da atividade etc.; Verificar na Prefeitura, ou na Regional da Prefeitura. Se o imóvel está regularizado e se possui HABITE-SE; Se as atividades a serem desenvolvidas no local, respeitam a Lei de Zoneamento do Município; Os pagamentos do IPTU referentes ao imóvel; No caso de serem instaladas placas de identificação do estabelecimento será necessário verificar o que determina a legislação local sobre o licenciamento das mesmas Escolher do tipo de Sociedade: _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 8 As espécies de sociedades previstas na legislação brasileira, são: Sociedade em Nome Coletivo; Sociedade em Comandita Simples; Sociedade em Comandita Por Ações; Sociedade Anônima; Sociedade Limitada. 1.4.2 – Documentação Necessária Providenciar os seguintes documentos: Cópia do IPTU do imóvel; Contrato de locação registrado no Registro de Títulos e Documentos (se o imóvel for alugado); Cópia autenticada do RG dos Sócios; Cópia autenticada do CPF/MF dos Sócios; Cópia autenticada do comprovante de endereço dos Sócios; Comprovante de entrega das 5 (cinco) últimas Declarações do IRPF, dos Sócios; Se a atividade envolver prestação de serviços cuja profissão seja regulamentada, verificar as exigências e formalidades do Conselho Regional quanto à elaboração do Contrato Social, formação societária e responsabilidades técnicas. 1.4.3 - Autenticação de Cópias de Documentos A autenticação de cópias de documentos que instruírem atos levados a arquivamento, quando necessário, poderá ser feita pelo próprio funcionário da Junta Comercial, mediante comparação com o documento original. Procurações Reconhecimento de firma - A procuração lavrada por instrumento particular deve ser apresentada com a assinatura reconhecida por Tabelião. Representante de pessoa física domiciliada no exterior e pessoa Jurídica estrangeira - A procuração que designar representante de sócio pessoa física domiciliada no exterior, ou de pessoa jurídica estrangeira, deverá atribuir, aquele, poderes para receber citação inicial em ações judiciais relacionadas com a sociedade, _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 9 Procurações e outros documentos oriundos do exterior referentes a sócio pessoa física domiciliada no exterior ou pessoa jurídica estrangeira - Os documentos oriundos do exterior (contratos, procurações, etc.) devem ser apresentados com as assinaturas reconhecidas por Tabelião, salvo se tal formalidade já tiver sido cumprida no consulado brasileiro. Além da referida formalidade, deverão ser apresentadas traduções de tais documentos para o português, por tradutor juramentado, quando estiverem em idioma estrangeiro. _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 10 Unidade 2 - TIPOS DE SOCIEDADES Dependendo da existência ou não do aspecto “econômico da atividade”, se uma pessoa desejar atuar individualmente (sem a participação de um ou mais sócios) emalgum segmento profissional, enquadrar-se-á como EMPRESÁRIO ou AUTÔNOMO, conforme a situação, ou, caso prefira se reunir com uma ou mais pessoas para, juntos, explorarem alguma atividade, deverão constituir uma sociedade que poderá ser SOCIEDADE EMPRESÁRIA ou SOCIEDADE SIMPLES. 2.1. Empresário Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços . Para melhor compreensão do conceito acima, apresentamos abaixo a exposição de motivos do novo Código Civil que traz traços do empresário definidos em três condições: Exercício de atividade econômica e, por isso, destinada à criação de riqueza, pela produção de bens ou de serviços ou pela circulação de bens ou serviços produzidos; Atividade organizada, através da coordenação dos fatores da produção e trabalho, natureza e capital em medida e proporções variáveis, conforme a natureza e objeto da empresa; Exercício praticado de modo habitual e sistemático, ou seja, PROFISSIONALMENTE, o que implica dizer em nome próprio e com ânimo de lucro. 2.1.2. Autônomo Trabalhador autônomo é qualquer pessoa física que, sem ter um estabelecimento e sem ter vínculo de emprego com a pessoa que lhe contrata, preste serviço ou execute qualquer atividade de natureza urbana ou rural. Considera-se autônomo aquele que atua, por conta própria (sem sócios) como profissional liberal (advogado, dentista, médico, engenheiro, arquiteto, contabilista etc.), que, na verdade, vendem serviços de natureza intelectual, mesmo que contem com o auxílio de empregados. Como não se trata de atividade formal de empresa, não faremos outros comentários. 2.1.3 Sociedades Simples X Sociedade Empresária Antes do Novo Código Civil as empresas eram classificadas em: _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 11 Atividades de Prestação de Serviços - Sociedade Civil – empresas: (Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas, excetos as S/A) Indivíduos: autônomos: Prefeitura do Município. Atividades de indústria e/ou comércio, tinha o seu contrato social registrado nas Juntas Comerciais dos Estados (inclusive todas as Sociedades Anônimas e raras exceções previstas em lei, na área de serviços.) Como ficou com o novo Código Civil? O sistema jurídico passou a adotar uma nova divisão que não se apoia mais na atividade desenvolvida pela empresa, isto é, comércio ou serviços, mas no aspecto econômico de sua atividade, ou seja, fundamenta-se na teoria da empresa. Não se considera empresário aquele que exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, mesmo se contar com auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. (parágrafoúnicodoart.966). O Elemento de Empresa refere-se à atividade desenvolvida pela empresa, isto é, faz parte do seu objeto social, e de como ela está organizada para atuar em seu segmento profissional. Sociedade Simples é a reunião de duas ou mais pessoas (que, caso atuassem individualmente seriam consideradas autônomas), que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados, não tendo por objeto o exercício de atividade própria de empresário (Art. 981 e 982). CONCEITO DE EMPRESÁRIO Quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços (Art. 966). a) Exercício de atividade econômica e, pôr isso, destinada à criação de riqueza pela produção de bens ou de serviços ou pela circulação de bens ou serviços produzidos; b) Atividade organizada (complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário), através da coordenação dos fatores da produção - trabalho, natureza e capital - em medida e proporções variáveis, conforme a natureza e objeto da empresa; c) Exercício praticado de modo habitual e sistemático, ou seja, PROFISSIONALMENTE, o que implica dizer em nome próprio e com ânimo de lucro. _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 12 A sociedade simples é considerada pessoa jurídica. Exemplo: dois médicos constituem um consultório médico, dois dentistas constituem um consultório odontológico, advogados, contabilistas, arquitetos etc. Note-se que existe enorme diferença para os exemplos abaixo que podem ser consideradas sociedades empresárias: Um mecânico que possui uma oficina de automóveis com equipamentos, ferramentas, empregados etc. para atender seus clientes. O mesmo podemos dizer da cabeleireira que possui um salão com cadeiras especiais para corte e lavagem de cabelos, shampoos, cremes, secadores, cadeiras de manicure, estufa de esterilização, armazenadores de esmaltes e escovas de cabelo, ajudantesetc. A sociedade simples poderá se quiser, adotar as regras que lhe são próprias ou, ainda, um dos seguintes tipos societários: sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples ou sociedade limitada. As atividades intelectuais que não sejam prestadas de modo puro, aliando-se a outras, constituem, na verdade, elemento de empresa e devem, por isso, adotar a forma de sociedade empresária, registrando se nas juntas comerciais. _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 13 Relação de Naturezas Jurídicas objeto de análise pelos Cartórios Código Descrição 217-8 Estabelecimento, no Brasil, de Sociedade Estrangeira 223-2 Sociedade Simples Pura 224-0 Sociedade Simples Limitada 225-9 Sociedade Simples em Nome Coletivo 226-7 Sociedade Simples em Comandita Simples 306-9 Fundação Privada 307-7 Serviço Social Autônomo 311-5 Entidade de Mediação e Arbitragem 312-3 Partido Político 313-1 Entidade Sindical 320-4 Estabelecimento, no Brasil, de Fundação ou Associação Estrangeiras 322-0 Organização Religiosa 399-9 Associação Privada _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 14 Receita Federal do Brasil Relação de Naturezas Jurídicas objeto de análise pelas Juntas Comerciais Código Descrição 201-1 Empresa Pública 203-8 Sociedade de Economia Mista 204-6 Sociedade Anônima Aberta 205-4 Sociedade Anônima Fechada 206-2 Sociedade Empresária Limitada 207-0 Sociedade Empresária em Nome Coletivo 208-9 Sociedade Empresária em Comandita Simples 209-7 Sociedade Empresáriaem Comandita por Ações 210-0 Sociedade Mercantil de Capital e Indústria 212-7 Sociedade em Conta de Participação 213-5 Empresário (Individual) 214-3 Cooperativa 215-1 Consórcio de Sociedades 216-0 Grupo de Sociedades 217-8 Estabelecimento, no Brasil, de Sociedade Estrangeira 219-4 Estabelecimento de Empresa Binacional Argentino 229-3 Consórcio Simples _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 15 2.2. Sociedade Empresária A Sociedade Empresária tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro, inclusive a sociedade por ações, independentemente de seu objeto, devendo inscrever-se na Junta Comercial do respectivo Estado. Isto é, sociedade empresária é aquela que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços, constituindo elemento de empresa. Desta forma, podemos dizer que “sociedade empresária” é a reunião de dois ou mais empresários, para a exploração, em conjunto, de atividade(s) econômica(s). 2.3.1 –Tipos de Sociedades Empresárias SOCIEDADE EM NOME COLETIVO: tipo societário pouquíssimo utilizado, pois exige que os sócios sejam pessoas físicas, com responsabilidade solidária e ilimitada por todas as dívidas da empresa, podendo o credor executar os bens particulares dos sócios, mesmo sem ordem judicial. Nome da empresa: firma ou razão social (não podendo utilizar nome fantasia ou denominação), composta pelo nome dos sócios, podendo ser acrescentada a expressão “& Cia” ao final (ex: José e Maria ou José, Maria & Cia). SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES: também pouco utilizado, sendo formada a empresa por sócios comanditados (participam com capital e trabalho, tendo responsabilidade solidária e ilimitada) e comanditários (aplicam apenas capital, possuindo responsabilidade limitada ao capital empregado e não participando da gestão dos negócios da empresa). Empresa de capital fechado (não negociável em Bolsa). Nome: firma ou razão social (devem figurar apenas os sócios comanditados, sob pena de responsabilidade solidária e ilimitada do sócio que constar na razão social). SOCIEDADE ANÔNIMA: espécie mais utilizada que as anteriores, principalmente nos casos de grandes empresas, onde o capital encontra-se dividido em ações e cada acionista é responsável apenas pelo preço de emissão de suas próprias ações (responsabilidade _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 16 limitada e não solidária). Os acionistas controladores respondem por abusos. Não está regulamentada no NCC, mas em lei esparsa (Lei 6.404/76) Possui várias espécies de títulos (ações, partes beneficiárias, debêntures e bônus de subscrição), é regulamentada por diversos órgãos (Assembleias Gerais e Especiais, Diretoria, Conselho de Administração e Conselho Fiscal), devendo publicar seus atos no Diário Oficial e em jornal de grande circulação editado no local da sede da companhia (atos arquivados no registro do comércio). Nome: denominação ou nome fantasia (não utiliza firma ou razão social), acrescidos da expressão “S/A” ou antecedido da expressão “Companhia” ou “Cia”. SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES: também em processo de extinção, é regida pelas normas relativas às sociedades anônimas (artigos 280 e seguintes da Lei 6.404/76), salvo a restrição de que somente os acionistas podem ser diretores ou gerentes (sócios comanditados, nomeados no estatuto e destituídos por 2/3 do capital), respondendo ilimitadamente pelas obrigações da empresa, enquanto os sócios comanditários (demais acionistas não gerentes ou diretores) possuem responsabilidade limitada ao capital social. Assim como as S/As, pode ser empresa de capital aberto (ações em Bolsa de Valores). Nome: denominação ou nome fantasia, firma ou razão social, acrescidas da expressão “Comandita por Ações” ou “C/A”. SOCIEDADE LIMITADA: Sociedade limitada é aquela que realiza atividade empresarial, formada por dois ou mais sócios que contribuem com moeda ou bens avaliáveis em dinheiro para formação do capital social. A responsabilidade dos sócios é restrita ao valor do capital social, porém respondem solidariamente pela integralização da totalidade do capital, ou seja, cada sócio tem obrigação com a sua parte no capital social, no entanto poderá ser chamado a integralizar as quotas dos sócios que deixaram de integralizá-las. Mais de 90% das empresas no Brasil são Ltdas. Nome: denominação ou nome fantasia, firma ou razão social, acrescidas da expressão “Ltda”. 2.3 – Sociedades Simples _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 17 A sociedade simples é a pessoa jurídica que realiza atividade intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda que com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Exemplo típico de sociedade econômica não empresária é aquela constituída por profissionais do mesmo ramo como, por exemplo, a dos advogados, médicos ou engenheiros, configurando-se como sociedade simples cujo contrato social é inscrito no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, salvo quando se tratar de sociedade de advogados que se inscreve apenas na OAB. Dessa forma, o indivíduo que trabalha por conta própria, mesmo com a ajuda de colaboradores e de outros profissionais do mesmo ramo, como ocorre em um consultório médico, um escritório de contabilidade ou advocacia (sociedades de profissionais), enquadra-se no conceito de sociedade simples, enquanto o hospital, a empresa de contabilidade que ministra cursos e a empresa do ramo imobiliário (atividade organizada) caracterizam sociedades empresariais. As sociedades simples, assim como as sociedades empresárias, poderão ser constituídas sob qualquer tipo societário (nome coletivo, comandita, limitada). _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 18 Unidade 3 – PASSO A PASSO PARA A LEGALIZAÇÃO 3.1 – Outras Informações Indispensáveis 3.1.1 – Contrato Social O contratrato Social, em linhas gerais, estabelece o regime jurídico, as regras para o funcionamento, liquidação da Sociedade, e necessita ser registrado no órgão competente. Caso a empresa se enquadre como Microempresa e/ou Empresa de Pequeno Porte, conforme a Lei Complementar 123 de 14/12/06. Ainda que não exista mágica capaz de garantir o sucesso de uma sociedade, um contrato maduramente discutidoe que detalhe os reais objetivos e limites dos sócios é a base de uma sociedade que resiste às turbulências naturais das relações societárias. O Contrato Social é o instrumento jurídico de maior relevância dentro da empresa na medida em que, na observância da lei, tem o condão de adquirir, resguardar, transferir, conservar e/ou modificar direitos entre os sócios.. Em outras palavras, o contrato social é a ferramenta hábil a proteger a empresa das relações existentes entre ela, seus sócios e terceiros. O fundamental, em qualquer caso de sociedade, é fugir dos contratos padrão e buscar uma consultoria capaz de identificar as necessidades particulares de cada tipo de sócio. “Um bom contrato social deve harmonizar os interesses de diferentes parceiros, traduzindo-os em um único e equilibrado interesse. A participação societária deve ter um início, um meio e um fim e, esse fim será menos traumático quanto mais detalhadamente ele estiver contratualmente previsto. “Os sócios devem estar conscientizados, desde o início, de que a retirada não é o fim do mundo, mas um evento natural e às vezes inevitável ante os desdobramentos possíveis da vida societária. O sócio sábio é o que negocia cautelosa e previamente as cláusulas que ditam o até quando seu comprometimento é exigível e o como se dará sua despedida”. Sugestão de algumas questões que devem ser debatidas e resolvidas antes da elaboração do contrato: administração e destituição de diretores; _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 19 destinação dos resultados, inclusive distribuição dos lucros; saída de sócios, apuração de seus haveres e forma de pagamento; relação dos sócios remanescentes com os herdeiros do sócio falecido; a cessão de quotas; atos da vida civil dos sócios que interfiram na sociedade; quoruns de deliberações; meios de solução de litígios. Observações: 1) O contrato social nos casos de empresas não enquadradas no Simples (ME e EPP), a assinatura no documento deve ser de um advogado; 2) Empreendedores individuais (EI) não precisam de contrato social. 3.1.2 - Redesim– Rede nacional para simplificação do registro e da legalização de empresas e negócios visando mais agilidade e facilidade para aqueles que se valem do Estado para a prática de determinados registros, dentre os quais o Registro Público de Empresas Mercantis, destaca-se a criação da Redesim (Rede nacional para simplificação do registro e da legalização de empresas e negócios) pela lei 11.598 de 3 de dezembro de 2007, que estabeleceu normas gerais de simplificação e integração do processo de registro e legalização de empresários e de pessoas jurídicas no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 3.1.3 Regin Registro mercantil integrado. O Regin (Registro mercantil integrado) é um sistema informatizado que integra a Junta Comercial com os órgãos públicos envolvidos no registro empresarial: Receita Federal, Secretaria de Fazenda Estadual, Prefeitura e demais órgãos. No âmbito da Prefeitura. O empresário, quando desejar abrir sociedade empresária, empresário individual, ou sociedade anônima; alterar sua denominação social ou endereço; abrir filial, tem que primeiro providenciar o preenchimento de uma viabilidade para obter, além de dados sobre o nome empresarial e da Prefeitura Municipal, a validade para tramite na Junta Comercial referente ao _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 20 endereço com a atividade a ser explorada, pois existem determinadas atividades que não podem ser explorada em determinados locais, por força de proibição de lei municipal. Diz a lei que a Prefeitura tem um prazo de três dias para prestar a informação. Porém, para a prática de tal ato, a Prefeitura precisa participar como integrante do Regin. No estado do Rio de Janeiro, principalmente nos municípios menores, os sistemas já estão devidamente integrados. Os benefícios que as Prefeituras terão participando do Regin: antes mesmo do registro do documento na Junta Comercial, a Prefeitura toma conhecimento de que uma empresa deseja se estabelecer no município, podendo, de início, saber quem são os sócios, qual o nome empresarial a ser adotado e demais informações necessárias para a confecção do cadastro da empresa, aguardando apenas a comunicação da Junta de que o processo foi deferido, podendo assim ser extraído o alvará de localização. Esse alvará poderá ser fornecido imediatamente, pois as informações necessárias estão no cadastro da Prefeitura. E a fiscalização poderá ser feita posteriormente. Além do mais, o cadastro da Prefeitura estará sempre de acordo com o da Junta Comercial. Delegacias da Jucerja: outro ponto importante que a Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja) tem disponibilizado para as Prefeituras, é a criação das delegacias que estão aptas a receber e julgar processos e registrá-los no próprio município, além de autenticar livros e expedir certidões on-line, não havendo necessidade do profissional de contabilidade comparecer à sede da Junta para obter qualquer serviço.. 3.1.3 – Razão Social Não copiar nomes ou marcas já existentes e não confundir nome empresarial com nome fantasia. O nome empresarial, que constará no Contrato Social, deverá observar as regras de formação próprias de cada tipo jurídico - consulte a Instrução Normativa DNRC nº 116, de 22 de novembro de 2011. Já o nome fantasia (nome comercial ou de fachada) é aquele pelo qual a empresa se torna conhecida do público. Observações: A inscrição do nome da empresa (firma ou denominação social) no respectivo órgão de registro (INPI), assegura o seu uso exclusivo nos limites do respectivo Estado. Entretanto, caso o empreendedor pretenda estender a exclusividade para todo o território nacional, deverá registrar o nome da empresa no Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI. _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 21 3.1.3.1 - Regras de formação próprias de cada tipo jurídico 1 - . Dependendo do tipo de sociedade escolhida, o nome a ser adotado poderá ser em forma de denominação social ou firma. Equipara-se ao nome empresarial a denominação das sociedades simples, associações e fundações. 2 - O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, não pode ser conservado na firma social. 3 - A sociedade limitada pode adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final “limitada” ou a sua abreviatura. A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas físicas, de modo indicativo da relação social. Exemplo: José Carlos da Silva e Manoel Rodrigues Mercearia Ltda. A denominação é formada com palavras de uso comum ou vulgar na língua nacional ou estrangeira e ou com expressõesde fantasia, com a indicação do objeto da sociedade. A omissão da palavra “limitada” determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade. Exemplo: Bar e Restaurante Estrada Amarela Ltda. 4 - A sociedade anônima opera sob denominação designativa do objeto social, integrada pelas expressões “sociedade anônima” ou “companhia”, por extenso ou abreviadamente. Pode constar da denominação o nome do fundador, acionista, ou pessoa que haja concorrido para o bom êxito da formação da empresa. 5 - O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade. Exemplo: José Carlos da Silva Filho Mercearia. 6 - A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão “e companhia” ou sua abreviatura. Ficam solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações contraídas sob a firma social aqueles que, por seus nomes, figurarem na firma da sociedade. 3.1.4 - Procedimentos para Regularização de Edificação junto ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro Nos Quartéis de Bombeiro Militar, distribuídos no Estado do Rio de Janeiro, o público obterá orientação, em específico nas Seções de Serviços Técnicos, de quais procedimentos deverão tomar com fins a regularizar uma determinada edificação. _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 22 Uma edificação estará aprovada junto ao Corpo de Bombeiros, caso possua um Laudo de Exigências, ou em alguns casos Certificado de Despacho, acompanhado do respectivo Certificado de Aprovação. O CBMERJ expede dois tipos distintos de Laudos de Exigências, que são: laudo (V) e laudo (P), o primeiro é expedido quando a edificação estiver isenta de dispositivo preventivo fixo, como por exemplo: instalação de canalização preventiva, canalização de chuveiros automáticos do tipo Sprinklers, e sendo assim a confecção deste laudo ficará condicionada a vistoria ao local (por isso o chamado laudo V), o segundo caso, será quando uma edificação vier, em função do nº de pavimentos e área total construída, a requerer os dispositivos preventivos fixos, exemplificados anteriormente, cabendo para este caso, a apresentação de projeto de segurança contra incêndio e pânico, ao qual, caso aprovado, será expedido um laudo (P), pois se trata de análise de projeto. Uma vez expedido o laudo, quer seja (V) ou (P), o solicitante cumprirá todas as exigências contidas neste e após solicitará, junto ao quartel da área, o Certificado de Aprovação, o qual será concedido mediante nova vistoria, agora de verificação de cumprimento de todas as exigências contidas no laudo. PROCEDIMENTOS 1. O solicitante (proprietário ou locatário de uma edificação) poderá dirigir-se ao quartel da localidade e buscar orientação técnica de como regularizar o referido imóvel; 2. Ao solicitante será informado se a tramitação do processo referente à regularização desse imóvel será realizada pela Diretoria Geral de Serviços Técnicos ou pelo Quartel da área, isto dependerá do enquadramento das exigências para cada edificação, que também dependerá de uma forma geral, do nº de pavimentos e área total construída, tudo definido pelo CoSCIP; 3. Uma vez definido o órgão responsável pela tramitação (DGST ou quartel da área), será necessária a abertura de processo administrativo neste, que basicamente, será composto de: Guia de DAEM (Documento de Arrecadação de Emolumentos) paga. Esta Guia, além do link acima colocado, pode ser obtida no Portal do Fundo Especial do Corpo de Bombeiros - FUNESBOM, e quitado no Banco ITAU, depois do devido preenchimento orientado pelo Corpo de Bombeiros (ver instruções, mais abaixo, para o preenchimento da guia de recolhimento de emolumentos); Cópia da carteira de identidade do proprietário ou representante legal, assim como cópia de título de propriedade do imóvel; _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 23 4. Quando se tratar de apresentação ou modificação de projeto de segurança contra incêndio e pânico, pois a edificação esta sujeita a exigência de dispositivos preventivos fixos, o solicitante deverá contratar um profissional autônomo ou firma que esteja credenciada no Corpo de Bombeiros, devendo para isso solicitar, no quartel de Bombeiros, a relação de credenciados para elaboração destes projetos, em consulta exclusiva por parte do solicitante; 5. Caso a edificação não se enquadre nas exigências citadas no item nº 04 - (acima), ou seja, esteja isenta de dispositivos preventivos fixos, não haverá necessidade de contratação de profissional credenciado. 3.2. - Procedimentos Prévios Para o empresário legalizar o seu negócio há todo um trâmite legal pelo qual ele deve passar nas três esferas de governo (Federal, Estadual e Municipal). Na sequência, relacionamos os procedimento prévios à esta legalização, depois é claro, dos cuidados e precauções sobre os quais já falamos em itens anteriores. O primeiro passo após a escolha do local onde funcionará empresa é decidir sobre a natureza jurídica da empresa. 1) Decisão de Natureza Jurídica A legislação brasileira contempla várias naturezas jurídicas, conforme visto no capítulo 2. É importante avaliar cada uma das possibilidades, seus pontos fortes e fracos. 2) Consulta Comercial Finalidade A consulta comercial tem como finalidade a aprovação, por parte da Prefeitura Municipal, do local de funcionamento da empresa. Para tanto, verifica-se a conformidade, em termos legais, das atividades a serem desenvolvidas com a área (bairro, rua, avenida) onde a empresa será instalada. É necessário solicitar “Consulta Prévia” à Prefeitura Municipal para saber se é possível exercer as atividades desejadas no local em que se pretende implantar a empresa (conformidade com o Código de Posturas Municipais), bem como para obter a descrição oficial do endereço pretendido para a empresa. Órgão responsável Prefeitura Municipal _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 24 Secretaria Municipal de Urbanismo 3) Busca de nome e marca Finalidade Verificar se existe alguma empresa registrada com o nome pretendido e a marca que será utilizada. Órgão responsável Junta Comercial ou Cartório (no caso de Sociedade Simples) Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) Documentação necessária Para a busca de nome e marca: Formulário próprio (Junta Comercial) preenchido com três opções de nome, pode-se fazer a consulta no site (www.jucerja.rj.gov.br) Para verificação damarca no INPI, pode-se fazer a consulta pela internet no site www.inpi.gov.br Para a busca – Marcas (site INPI) Com essa ferramenta de busca online você pode verificar se já existe alguma marca que pode impedi-lo de registrar determinado nome, e também pode acompanhar o andamento do seu processo. Caso surja uma mensagem do navegador sobre certificado de segurança, basta prosseguir. O ambiente é seguro. Os usuários podem optar por entrar com seus logins do sistema e-INPI ou podem seguir apenas clicando em “Continuar”. 4) Arquivamento do contrato social/Declaração de Empresa Individual Finalidade Registrar o contrato social. Verifica-se também, os antecedentes dos sócios ou empresário junto a Receita Federal, através de pesquisas do CPF. Órgão responsável Junta Comercial ou Cartório (no caso de Sociedade Simples) _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 25 Documentação necessária Para registro e arquivamento do contrato social Contrato Social ou Declaração de Empresa Individual - assinado em 1 via Cópia autenticada do RG e CPF dos sócios Requerimento Padrão (Capa da Junta) em 1 via Cópia autenticada do RG do elaborador do contrato, quando Microempresa. Cópia autenticada da OAB, quando necessário. Pagamento das guias através de GRP e DARF 5) Solicitação do CNPJ Finalidade Incluir a empresa no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) Órgão responsável Receita Federal Documentação necessária Deve ser preenchido um formulário de CNPJ, via internet, disponível no site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br) e enviado à mesma, após, deverá ser impresso, assinado pelo administrador e reconhecido firma do DBE (documento básico de entrada) que anexado a uma cópia do contrato social autenticado deverá ser entregue à Receita Federal, para obtenção do CNPJ. 6) Inscrição Estadual A Inscrição Estadual é obrigatória para empresas dos setores do comércio, indústria e serviços de transporte intermunicipal e interestadual. Também estão incluídos os serviços de comunicação e energia. Finalidade Obter a inscrição no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 26 Órgão responsável Receita Estadual; Agência de Rendas (é um órgão estadual criado para dar assistência judiciária sem custos para a comunidade.) Documentação necessária Comprovante de endereços dos sócios, cópia autenticada ou original Cópia autenticada do contrato de locação do imóvel ou escritura pública do imóvel; - quando for o caso. Cópia do contrato social; Cópia do CNPJ Certidão de casamento e cópia autenticada do RG e CPF do cônjuge e filhos menores Cópia do alvará de licença RG e CPF dos sócios 7) Alvará de licença e Registro na Secretaria Municipal de Fazenda Finalidade Licenciamento para desenvolver as atividades no local pretendido. Liberação da inscrição municipal (ISS). As empresas e os profissionais autônomos, que praticarem atividades de prestação de serviços de qualquer natureza, estarão obrigados a se cadastrar no Município. Órgão responsável Prefeitura Municipal Secretaria Municipal da Fazenda Documentação necessária Preenchimento do formulário próprio (Prefeitura); Consulta comercial aprovada Cópia do CNPJ Cópia do Contrato Social Laudo do corpo de bombeiros, quando for o caso. Laudo da vigilância sanitária, quando for o caso. E outros documentos específicos pedidos na consulta comercial, quando necessário. 8) Licença Sanitária _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 27 Alvará de Funcionamento, expedido pela Vigilância Sanitária, para as empresas de fabricação, distribuição e importação de produtos alimentícios e medicamentosos de uso humano, saneantes, imunobiológicos, cigarros, restaurantes, bares, empresas de prestação de serviços médicos etc.; Finalidade Comprovar que a empresa está em condições para funcionar dentro dos padrões de higiene e saúde Órgão responsável Prefeitura Municipal Documentação necessária Cópia do contrato social Cópia do CNPJ Cópia do atestado de viabilidade, aprovado na consulta comercial. 9) Matrícula no INSS (até 30 dias após o registro do CNPJ) Finalidade Quando o sócio não tem registro no INSS, deverá providenciar após a abertura da empresa. Órgão responsável INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social; Divisão de Matrículas 10) Conectividade Social - Certificado Eletrônico FGTS Conectividade Social é um canal eletrônico de relacionamento, desenvolvido pela Caixa Econômica Federal. A sua finalidade é a troca de arquivos e mensagens por meio da internet. O canal foi criado para ser utilizado por todas as empresas, ou equiparadas, que estão obrigadas a recolher o FGTS ou prestar informações à Previdência Social. Além de simplificar o processo de recolhimento do FGTS, reduz os custos operacionais, aumenta o conforto, a precisão, a segurança e o sigilo das transações relativas ao FGTS. O uso do canal Conectividade Social é obrigatório para transmissão do arquivo SEFIP e requer a certificação digital da empresa que o utiliza. _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 28 Para obter mais informações ou esclarecer outras dúvidas, há uma Central de Atendimento: 0800 726 0104. Horário de atendimento: segunda a sexta das 7h às 20h, http://www.caixa.gov.br/fgts/conectividade_social.asp 11) Notas Fiscais e Cupom Fiscal Para iniciar as atividades da empresa será necessário solicitar a Notas Fiscais ou cupom fiscal. As empresas de prestação de serviços, contribuintes do Imposto Sobre Serviços – ISS, deverão se dirigir à Prefeitura local. Muitas prefeituras já utilizam o sistema de Nota Fiscal eletrônica de serviços. Com a utilização da nota fiscal eletrônica não haverá necessidade do pagamento do AIDF - Autorização para impressão de Documentos Fiscais, uma vez que todo o procedimento é realizado por meio da internet. Em regra, será necessário realizar um cadastro junto às prefeituras para acesso ao sistema de nota fiscal eletrônica. No município do Rio de Janeiro acesse: www.notacarioca.rio.gov.br para as empresas de serviços e www.fazenda.rj.gov.br para empresas comerciais e industriais. Atualmente a legislação nacional permiteque a Nota Fiscal eletrônica substitua as notas fiscais modelo 1 / 1ª, que são utilizadas, em regra, para documentar transações comerciais com mercadorias entre pessoas jurídicas. Não se destinam a substituir os outros modelos de documentos fiscais existentes na legislação como, por exemplo, a Nota Fiscal a Consumidor (modelo 2) ou o Cupom Fiscal. Dessa forma, os documentos que não foram substituídos pela NF-e devem continuar a ser emitidos de acordo com a legislação em vigor. Para consultar a obrigatoriedade de emissão de Nota fiscal eletrônica modelo 1/1ª para sua empresa, consulte o site: http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/. No Estado do Rio de Janeiro, o estabelecimento que exerça a atividade de venda ou revenda de mercadorias ou bens, o restaurante e estabelecimento similar, ou de prestação de serviços em que o adquirente ou tomador seja pessoa física ou jurídica não contribuinte do ICMS, com receita bruta acima de R$ 120.000,00 está obrigado à utilização do ECF- Emissor de Cupom Fiscal. É importante esclarecer que independente da receita bruta anual, o estabelecimento com atividade declarada de MINI, SUPER ou HIPERMERCADO é obrigado ao uso de ECF. Sendo assim, as empresas enquadradas na obrigatoriedade de emissão de cupom fiscal devem realizar a escolha do equipamento mais adequado, entre aqueles autorizados pelo Secretário de Estado da Fazenda do Rio de Janeiro, o usuário deve solicitar ao fisco, pelo Sistema ECF, a autorização de uso do equipamento. _____________________________________________________________________________________________________ Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 29 12) Certificado Digital Um certificado digital é um arquivo de computador que contém um conjunto de informações referentes à entidade para a qual o certificado foi emitido (seja uma empresa, pessoa física ou computador) mais a chave pública referente à chave privada que se acredita ser de posse unicamente da entidade especificada no certificado. A emissão, renovação e revogação de Certificado Digital e-CPF ou e-CNPJ será realizada por uma empresa devidamente autorizada pela Receita Federal do Brasil, denominada Autoridade Certificadora Habilitada. Solicitação de Certificado: O interessado na obtenção de um certificado digital e-CPF ou e-CNPJ deverá escolher uma das Autoridades Certificadoras Habilitadas ou acessar diretamente a página da Autoridade Certificadora Habilitada pela RFB, na Internet, para o preenchimento e envio da solicitação de certificado e-CPF ou e-CNPJ. 13) Outras Providências Cumpridos os passos anteriores, o empresário deverá observar outras exigências previstas na legislação, necessárias à perfeita regularização da empresa: Registro no Sindicato patronal (até trinta dias após o registro no CNPJ); Registro de produtos, industrializados ou importados, no Ministério da Saúde, tais como: alimentos e medicamentos de uso humano, saneantes, imunobiológicos, cigarros etc.; Outros registros conforme a atividade (IBAMA, Secretaria de Turismo, Conselhos Profissionais etc) Referências http://www.portaldoempreendedor.gov.br/empresario-individual/abertura-registro-e-legalizacao http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/. http://www.fazenda.rj.gov.br http://www.caixa.gov.br/fgts/conectividade_social.asp
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