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ED's Ψ Cognitiva

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ED’S - PSICOLOGIA COGNITIVA
Exercício 1: 
Os trechos abaixo foram retirados da entrevista que Judith Beck concedeu a jornalista Simone Iwasso e plublicada em 22/10/2006 no jornal "O Estado de São Paulo".
Jornalista: É uma psicoterapia bastante criticada e também elogiada por ser pragmática, baseada em regras e com resultados de curto prazo. Para alguns é uma versão americanizada de terapia. Essa é uma leitura superficial ou o objetivo é este mesmo?
J. Beck: Sim, é mesmo uma psicoterapia bastante pragmática, é focada na resolução de problemas e ajuda as pessoas a mudarem sua visão, suas respostas e seus pensamentos. É uma resposta muito melhor, não só porque é feita em pouco tempo, de curta duração, mas porque é eficaz. Acredito que nem todas as pessoas precisam ficar discutindo sua infância, elas precisam aprender a ser seu próprio terapeuta. Não é suficiente ir ao consultório e falar. Não é fazendo isso que a pessoa muda, que os problemas se resolvem. O necessário é fazer pequenas mudanças todos os dias.
Jornalista: Os problemas mentais têm mudado? Mudou o perfil dos pacientes ao longo dos anos?
J. Beck: Parece que temos mais pessoas com problemas psiquiátricos, mas parte disso é porque as pessoas estão mais dispostas a procurar ajuda, apesar de ser ainda um estigma. Percebo que há uma disposição, uma conscientização maior. Mas temos visto um aumento de algumas coisas, como os distúrbios alimentares...
Considere agora as afirmações que se seguem e escolha aquela alternativa que contém afirmações sobre a Terapia cognitiva e suas aplicações que estão presentes no trecho da entrevista:
I - A Terapia cognitiva é orientada para metas específicas.
II - A Terapia cognitiva permite que o cliente teste seus pressupostos no seu contexto de vida.
III - Para que haja resultados é essencial falar sobre a infância.
IV - Os clientes devem aprender que a melhora é conseguida quando vêm a si próprios como colaboradores ativos no contexto terapêutico. 
A) É verdadeiro o que se afirma em apenas I.
B) É verdadeiro apenas o que se afirma em II.
C) É verdadeiro apenas o que se afirma em I e IV.
D) É verdadeiro apenas o que se afirma em II e IV.
E) É verdadeiro apenas o que se afirma em I, II e IV.
Comentários: A afirmativa III esta incorreta, pois para a psicologia cognitiva é importante se trabalhar na situação que afeta o paciente hoje, promovendo a mudança para que a mesma deixe de ser um problema. Independente de a fonte do sofrimento ser na infância, o sofrimento é sentido hoje e é na atualidade que se opera a mudança. As demais afirmativas estão corretas.
Exercício 2: 
Por ocasião da morte de um amigo, Maurício de Souza escreveu uma crônica cujo trecho segue: " Hoje acordei me sentindo diferente. Pensando na vida, mas sem conseguir olhar para o futuro. Não conseguia rir, encantar com o que está em volta de mim. Estranhei meu estado de espírito. Eu não sou assim! Vivo me orgulhando de ter apenas alguns poucos minutos de baixo-astral durante um ano todo... Mas hoje a coisa pegou. eu me arrastei pela manhã e pela tarde sem emoções, sem entusiasmo, sem planos, sem vontades. e por mais que buscasse motivos, não me lembrava de nenhum que pudesse ter baqueado assim. Os problemas que eu me lembro ter, já os processei. E sinto que posso resolvê-los com decisões ou com suas eventuais alterações. então, o que estava me arrastando para um sentimento de solidão, de tristeza, de falta de perspectivas? Nunca me senti assim, antes..." Mauricio de Souza - site www.monica.com.br/mauricio/cronicas 
Tomando como referência o trecho da crônica acima, afirma-se:
I - O terapeuta deveria levar o autor a identificar a situação problema, os pensamentos aflitivos ligados a ela, bem como as reações ativadas por estes pensamentos. Depois, poderia levá-lo a responder de forma mais efetiva a tais pensamentos;
II - O Terapeuta deveria identificar, com a ajuda do autor, a ocorrência da morte de um amigo, passaria a perseguir os pensamentos automáticos associados a tal situação e o ajudaria a responder a eles de forma mais efetiva;
III - O Terapeuta deveria apontar ao autor que seu pensamento automático provavelmente estaria relacionado à perda de um amigo e que deveriam avaliar, testar a validade de seus pensamentos, para que se sentisse melhor;
IV - Se o registro dos pensamentos disfuncionais (RPD) tivesse sido feito pelo autor, com a orientação do terapeuta, ele poderia ter conseguido identificar sozinho, a situação problema (morte de um amigo), os pensamentos automáticos (imagem de alguém arrasado; "nunca serei capaz de dar conta disso"), as emoções (tristeza, solidão, falta de perspectiva, ausência de vontade, de entusiasmo...) e os comportamentos (sem rir, sem cantar, sem se encantar...)) associados a ele e como deveria responder mais efetivamente aos seus pensamentos (se eu continuar supondo que não conseguirei enfrentar tal situação, provavelmente, eu não consiguirei ter as lembranças boas relacionadas ao meu amigo);
V - O terapeuta, ao invés de avaliar o pensamento automático, falaria sobre a morte, buscando ajudar o paciente em resolução de problemas, já que se mostrou inábil para enfrentar a morte do amigo.
A) Apenas a afirmação I está correta.
B) As afirmações III e IV estão corretas.
C) As afirmações I, II e IV estão corretas.
D) Apenas a afirmação V está correta.
E) Apenas a afirmação IV está correta.
Comentários: A afirmativa correta é a “C”. Ao paciente apresentar estes tipos de pensamentos, o terapeuta sempre busca compreender com a participação e colaboração do mesmo, a razão pela qual estes pensamentos ocorrem e quando, o modo que estes se organizam e a forma que eles afetam ao paciente. Focada nestes pensamentos disfuncionais, a terapia cognitiva visa ser educativa, ensinando ao paciente a identificar, avaliar e modificar seus pensamentos, buscando com isso, aliviar os sintomas e ajudar na resolução destes problemas, fornecendo deste modo, suporte para que os pacientes sejam mais propensos a evitar recaídas.
Exercício 3: 
Judith Beck, sugere que durante o processo terapêutico o Terapeuta dê ao Cliente um "cartão de enfrentamento" .
Os dizeres abaixo é de um cartão de enfrentamento:
Pensamento automático: Eu deveria ser capaz de dirigir na estrada sem medo. sou tão covarde.
Resposta adaptativa: Na verdade, eu deveria ser capaz de viajar sozinho ainda. afinal, esta é uma habilidade nova que eu ainda tenho que desenvolver e que provavelmente ainda terei que discutir sobre isso mais vezes com meu terapeuta. Não tem nada a ver com o fato de eu ser covarde. Eu estou tentando trabalhar com um pensamento difícil e já havia previsto que isso poderia acontecer. 
Pergunta-se, para que serve um "Cartão de Enfrentamento"?
A) Lembrar o cliente que ele está em psicoterapia.
B) Ajudar o Cliente a registrar seus pensamentos.
C) Evitar que o Cliente telefone para o terapeuta.
D) Ajudar o cliente a sntir-se melhor e a monitorar seus pensamentos para que possa aprender a responder a eles.
E) Ajudar o paciente a lembrar de outros pensamentos automáticos.
Comentários: Esses cartões servem para ajudar as pessoas a manterem o foco nos objetivos e/ou superar situações difíceis... Eles podem ser lidos em períodos regulares ou quando necessário até que suas mensagens sejam internalizadas.
Exercício 4: 
No principio nº 5 da terapia cognitiva Judith Beck afirma que “a terapia cognitiva inicialmente enfatiza o presente . . . . envolve um forte foco sobre problemas atuais e sobre situações específicas que são aflitivas para o paciente”.
Assinale a afirmativa INCORRETA em relação à abordagem de problemas passados.
A) Quando cliente apresentar predileção em abordar situações passadas isto será permitido.
B) Quando o trabalho em torno de questões atuais não promover mudanças cognitivas a abordagem destas questões é estimulada.
C) Quando é importante entender a origem das idéias disfuncionais esta abordagem é privilegiada.
D) Problemáticas passadas não são valorizadas em terapia cognitiva, pois sendo orientadaem meta e focalizada no presente não poderá deter-se com questões que demandem muito tempo.
E) O terapeuta avalia as crenças em sua validade tanto no passado como no presente.
Comentários: Questão incorreta, pois embora a terapia cognitiva seja focalizada no presente, é importante entender que a terapia cognitiva não desconsidera a história de vida do paciente, o passado é trazido em três situações típicas: quando o paciente tem grande interesse nele; quando o foco no presente não provoca mudanças significativas ou quando há a necessidade de entender a relação de causas e efeitos entre o passado e o presente.
Exercício 5: 
Especificamente, na conceituação psicanalítica (Freud, 1917/1950) os pacientes deprimidos manifestam hostilidade retrofletida, expressada como “masoquismo” ou uma “necessidade de sofrer”. Contudo, em resposta a experiências de sucesso, os pacientes deprimidos pareciam melhorar em vez de resistir a tais experiências. Isto levou Beck e seus colegas, na década de 60, a novos estudos empíricos e observações clínicas, na tentativa de entender as anomalias. O eventual resultado foi a reformulação da depressão como um transtorno caracterizado pela ______________________ . (Beck & Alford, O poder integrador da terapia cognitiva, pg. 23).
Assinale a alternativa que melhor completa a afirmação acima:
A) Fixação nos acontecimentos da primeira infância, que são revividos na adolescência e vida adulta, determinando os comportamentos disfuncionais do paciente;
B) Existência de distorções cognitivas negativas, que influenciam o humor e o comportamento do paciente;
C) Ausência de apoio familiar e social, e não apenas a necessidade do paciente em sofrer;
D) Necessidade do paciente em justificar seus pensamentos automáticos relacionados aos traumas vividos na adolescência;
E) Vivência do paciente num ambiente hostil, sendo reforçado nas suas crenças de fracasso.
Comentários: A afirmativa está correta, pois as distorções cognitivas negativas afetam diretamente seus pensamentos e o agir deste sujeito.
Exercício 6: 
O significado que uma pessoa atribui a uma situação, ou a forma como um evento é estruturado (ou construído) por uma pessoa, teoricamente determina como aquela pessoa se sentirá e se comportará. (Beck & Alford, O poder integrador da terapia cognitiva, pg. 30)
De acordo com o texto acima, pode-se afirmar que:
I – Os pensamentos, interpretações e crenças são tomados como disfuncionais quando não são congruentes com a realidade, regendo emoções disfuncionais, levando a comportamentos disfuncionais e, portanto, à patologia.
II – A especificidade do conteúdo cognitivo é que determinará o tipo de emoção e determinará padrões de interpretação em relação aos pensamentos versus sentimentos.
III – A terapia cognitiva especifica que a melhora assintomática no transtorno psicológico resulta da modificação do pensamento funcional, e que a melhora durável resulta da modificação de crenças mal adaptativas.
Assinale a alternativa correta:
A) Nenhuma das afirmações acima são verdadeiras.
B) Apenas a afirmação I é verdadeira.
C) As afirmações I e II são verdadeiras.
D) Somente a afirmação III é verdadeira.
E) Todas as afirmações são verdadeiras.
Comentários: Os pensamentos automáticos congruentes com as crenças, intermedeiam as emoções e interpretações da realidade, são disfuncionais quando não são congruentes com a realidade, assim as intervenções são nós pensamentos automáticos e crenças disfuncionais.
Exercício 7:
Beck (1997) no capítulo 1 do livro “Terapia Cognitiva”, afirma que “ensinar a si mesmo as habilidades básicas da terapia cognitiva, usando você mesmo como sujeito, aumentará a sua habilidade de ensinar essas mesmas habilidades aos seus pacientes” e que “será particularmente útil identificar seus pensamentos automáticos à medida que você lê este livro e experimentar as técnicas com os seus pacientes.” Utilizando os conceitos que você aprendeu com a autora sobre pensamentos automáticos, leia atentamente as afirmativas abaixo:
a) Embora os pensamentos automáticos pareçam surgir espontaneamente, eles se tornam bastante previsíveis, uma vez que as crenças subjacentes do paciente sejam identificadas.
b) Os pensamentos automáticos são decorrentes de deliberação.
c) Pensamentos automáticos são um fluxo de pensamento que coexiste com um fluxo de pensamento mais manifesto. Esses pensamentos não são peculiares a pessoas com angustia; eles são uma experiência comum a todos nós.
d) Os pensamentos automáticos, as palavras ou imagens reais que passam pela cabeça da pessoa, são específicos à situação e podem ser considerados o nível mais superficial de cognição.
e) Pessoas com transtornos psicológicos, com frequência interpretam erroneamente situações neutras ou até mesmo positivas e, desse modo, seus pensamentos automáticos são adequados.
Assim, podemos afirmar que:
A) Somente as afirmações A e C estão incorretas;
B) Somente as afirmações B e D estão incorretas:
C) Somente as afirmações A e E estão incorretas;
D) Somente as afirmações B e E estão incorretas;
E) Somente as afirmações C e D estão incorretas.
Comentários: As afirmações B e E estão incorretas por nos levar a compreender que os pensamentos automáticos acontecem a partir de uma ação como diz na alternativa B, mas o correto é compreender que os pensamentos automáticos surgem a qualquer momento independente se a pessoa está fazendo algo ou não. Já a questão E nos leva para uma compreensão de que pessoas com transtornos psicológicos veem a realidade de forma distorcida e que seus pensamentos automáticos estão corretos por causa disso, quando na verdade esses pensamentos automáticos podem apresentar traços validos sobre a realidade como podem aparecer traços inválidos, sendo assim é necessário uma análise do caso para que seja possível compreender o que está e o que não está correto nesses pensamentos, pois o problema surge quando esses pensamentos viram não correspondem à realidade.
Exercício 8: 
A pós-modernidade é marcada por uma grande alteração nos paradigmas científicos, principalmente aqueles nos quais as psicoterapias estão inseridas. Neste contexto é que surge o construtivismo terapêutico como uma resposta à pluralidade que é encontrada dentro de cada pessoa. Para tal, algumas concepções clássicas a respeito de cognição e emoção sofrem uma profunda alteração em seus princípios. As emoções, que outrora eram consideradas inimigas e tóxicas para o equilíbrio humano, passam a ser consideradas fundamentais para o equilíbrio emocional, ou seja, de intrusas elas passam a ser essenciais para a ecologia do sistema. Abreu e outros autores enfatizam esta idéia, e de acordo com eles, podemos considerar verdadeiras ou falsas as proposições abaixo:
 - Uma ciência psicológica, compreensiva e humanizada mostra-se relevante para o esclarecimento de situações clínicas, implica necessariamente uma clarificação dos processos por intermédio dos quais os indivíduos criam, desenvolvem e transformam significados.
- A linguagem constitui um processo central na construção dos significados, e do conhecimento. O processo de significação constitui a base da viragem discurssiva, conversacional e narrativa.
- Pela compreensão do modo como os seres humanos constroem, organizam e transformam conhecimento impõem a significação como objeto central da psicologia e implica o recurso à narrativa como matriz dessa organização de significações.
A) V,V,V
B) V,F,V
C) F,V,V
D) F,F,F
E) V,V,F
Comentários: Na psicoterapia construtivista, em traços gerais, o psicoterapeuta vai procurar buscar os significados pessoais e sociais subjacentes à forma como o paciente se vê e se posiciona no mundo. Desta forma, atribui ao paciente, não uma posição estática de recetor de informação, mas de agente dinâmico, proativo e construtor dos seus significados e portanto, da sua própria vida
Exercício 9: 
Fernando Pessoa diz: “Nós fabricamos realidades”. Dentro desta perspectiva podemos dizer que a matriz existencial remete para a possibilidade deconstrução de significados diversificados e transformadores de uma realidade. Na nova quadratura da Psicologia Narrativa, postula-se pressupostos que explicam esta diversidade (Existência, Hermenêutica, Conhecimento e Discurso).
Assinale a alternativa que corresponde ao conceito em grifo.
A) Existência como conhecimento
B) Hermenêutica como discurso narrativo
C) Conhecimento como hermenêutica
D) Discurso narrativo como cultura
E) Conhecimento como processo
Comentários: Cada sujeito constrói a sua realidade por um processo de codificação ativa. A construção simbólica da realidade corresponde a um processo de significação que opera através da imposição de processos hermenêuticos. Conhecer o comportamento humano é essencialmente compreender os sistemas interpretativos utilizados pelos sujeitos no sentido de expandir e dar significado a suas experiências.
Exercício 10: 
Vide abaixo uma citação de Gustavo Arja Castañon no artigo “Construtivismo e terapia cognitiva: questões epistemológicas”.
“O Construtivismo é uma doutrina acerca do processo de obtenção do conhecimento que defende o papel ativo do sujeito neste processo. Para o Construtivismo as nossas representações sobre a realidade não são determinadas pelo objeto, antes, são construídas pelo sujeito. Não existe olhar neutro sobre a realidade, pois toda observação que fazemos é feita à luz de nossas hipóteses e teorias sobre o mundo, de nossos constructos.”.
Com base nesta citação e na leitura e síntese do artigo “Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese?”.
Escolha a alternativa incoerente com a proposta ou orientação cognitiva construtivista.
A) O processo terapêutico visa construção de sentido/significado.
B) A estimulação promovida pelo ambiente/objeto da realidade é determinante na formação/construção das crenças do sujeito, neste processo excluem-se qualquer outra influência.
C) O conhecimento/pensamento/crença/valor deverá ser validado, não por seu valor de verdade, mas pelo valor de uso, sua funcionalidade.
D) O homem é construtivista (constrói significados) na organização de sua vida.
E) O conhecimento é resultado da interação do sujeito e objeto intermediados pela sociedade e a história.
Comentários: Alternativa incorreta com a proposta construtivista, pois segundo essa doutrina, o conhecimento é resultado da interação do sujeito e objeto intermediados pela sociedade e história, este participa de forma ativa no processo, modificando e sendo modicado por ela.
Exercício 11: 
No livro “Psicoterapia Cognitiva Narrativa” (Gonçalves, 1998) o auroe propõe uma nova concepção de psicopatologia, equacionando a fenomenologia da perturbação não como um reflexo de uma disfunção interna, seja ela “mental” ou “neurobiológica”, mas como um disfuncionamento do próprio discurso narrativo.
De acordo com a proposta deste autor, assinale abaixo a alternativa que você considerar incorreta:
A) As classificações nosológicas em psicopatologia deverão ser consideradas como metáforas.
B) A psicopatologia como o produto de erros de pensamento e emoções disfuncionais.
C) O que caracteriza a psicopatologia é a sua existência e não a sua essência.
D) A psicopatologia, como processo de uma construção fragmentada e estagnada da experiência pessoal.
E) A psicopatologia como uma construção fragmentada e estagnada da experiência pessoal.
Comentários: É exatamente a partir dos emergentes da Terapia Narrativa que se passa a ter um novo entendimento do conceito de psicopatologia, deixando para trás essa ideia e a considerando como um processo de construção. Gonçalves propõe essa construção sob a análise de três dimensões : Estrutura Narrativa, que diz respeito a coerência das narrativas (envolvendo os eixos sincrônicos e diacrônicos); Processo Narrativo, que se refere a complexidade da narrativa e por fim o Conteúdo Narrativo propriamente dito.
Exercício 12: 
A Psicologia Narrativa se apresenta como alternativa aos modelos racionalistas e mecanicistas dominantes na psicologia no decurso do último século.
Os pressupostos epistemológicos desta teoria são alicerçados em quatro pilares: existência, significação, narrativa e cultura.
De acordo com estes pressupostos, assinale abaixo a alternativa correta:
A) O conhecimento passa a ser indissociável da própria existência.
B) Busca compreender os sistemas interpretativos utilizados pelos sujeitos no sentido de expandir e dar significados à coletividade.
C) A multiplicidade de significados só é possível graças ao poder criativo e múltiplo da linguagem e do discurso individual.
D) A terapia não é um ato mental individual
E) A linguagem da narrativa deve representar as verdades encontradas pelo sujeito.
Comentários: Os homens não são partes isoladas de uma vivência, mas sim partes formadas, seja pelas suas crenças, sua cultura, sua significação e fala. Sendo assim, é um ser em movimento com o meio.
Exercício 13: 
Segundo Grandesso (2006), "um terapeuta narrativo trabalha como um criador de contextos exploratórios para as histórias vividas pelos clientes, procurando por narrativas da experiência, referendadas pelos clientes, revelando recursos, competências e habilidades veladas pelos recortes feitos na experiência por meio de narrativas dominantes, edificadas em torno de problemas”.
Pode-se afirmar que:
A) Neste tipo dialógico de conversação, o terapeuta fala sobre o cliente, sobre os aspectos intrapessoais apenas.
B) Cliente e terapeuta se envolvem numa parceria genuína, no encontro da solução verdadeira do problema.
C) Existe um contexto de acolhimento genuíno em que a voz do cliente pode ser ouvida na terceira pessoa.
D) Não há espaço, neste tipo de terapia, para posições privilegiadas do cliente, apenas do terapeuta.
E) A mudança do cliente decorre do contar histórias sobre sua vida.
Comentários: A afirmativa está correta, pois a mudança envolve o desenvolvimento da narrativa, favorecendo a compreensão da experiência e dos eventos da vida do cliente, buscando sempre melhorar a sua sensação de bem estar.
Exercício 14: 
A Psicoterapia Narrativa de Grandesso (2000) pode ser definida, em linhas gerais da seguinte forma:
“Trata-se de uma conversação propositada de natureza dialógica, estruturada em torno dos dilemas que as pessoas vivem, tendo como propósito a criação de um contexto facilitador para a construção de novos significados edificados em novas narrativas, ampliando o seu sentido de autoria e suas possibilidades existenciais. A definição como dialógica e a capacidade para estabelecer novas relações entre eventos da vida e entre pessoas, criando novos marcos de sentido, favorecem para que essas conversações tenham uma natureza transformadora.”
O termo contexto facilitador utilizado pela autora diz respeito a:
A) A terapia é facilitadora pois o terapeuta conduz a conversação terapêutica de modo a facilitar a narrativa e consequente re-significação do cliente à respeito de suas experiências.
B) O terapeuta narrativo é entendido como facilitador, pois é capaz de apontar ao cliente os problemas estruturais apresentados em sua fala.
C) A terapia é facilitadora no sentido de que o terapeuta não é considerado um especialista naquele contexto, mas apenas dá o apoio necessário ao cliente durante o sofrimento.
D) A terapia é facilitadora pois o terapeuta conduz a conversação terapêutica de modo a facilitar a compreensão do terapeuta à respeito de suas experiências passadas.
E) A terapia narrativa tem o objetivo de facilitar, através de técnicas a fala do cliente.
Comentários: Quando o terapeuta propicia o contexto facilitador o paciente consegue expressar sua fala, sendo pela narrativa que o paciente consegue reviver sua experiências.
Exercício 15:
Para que seja identificado um diagnóstico ou uma avaliação é preciso comparar dados do cliente em questão com um sistema de classificação estável, baseado em déficits.
Desse modo, é preciso existir problemas e causas concretas, pressupondo uma visão objetiva de mundo, no qual há uma realidade objetiva.
Relacionando oque foi colocado acima com as ideias discutidas por Grandesso (2000) sobre a Psicoterapia Narrativa, concluímos que para essa teoria:
A) Não faz sentido falarmos em diagnóstico nessa abordagem, pois não existe essa concepção objetiva do mundo.
B) O diagnóstico deve ser dado a uma pessoa de acordo com as características que ela apresenta.
C) O diagnóstico ajuda o terapeuta a compreender as atitudes de seu cliente, ampliando a análise e deve ser dado de acordo com as significações que o cliente faz de suas experiências.
D) O cliente não deve ter contato com o diagnóstico que lhe for dado pois isso prejudicaria a interpretar de suas experiências.
E) Não é viável diagnosticar uma pessoa pela impossibilidade de acessar a realidade dessa pessoa de modo subjetivo.
Comentários: A afirmativa está correta, pois dentro dessa concepção pouco importa se a nova narrativa construída na analise é uma construção da história real do paciente. O que importa é se a nova narrativa apresenta uma coerência interna e externa, uma adequação e tolerância, e que se encaixe com as circunstancias correntes do paciente. Assim, o que obtemos com nossas definições dos problemas são apenas as nossas próprias descrições e explicações dos problemas. Sem duvida, embora tais diagnósticos objetivos tenham sua utilidade na organização das práticas de saúde, não se pode deixar de considerar o processo de subjugação do self decorrente dessas terapêuticas.

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