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Avaliação na educação infantil

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AVALIAÇÃO
NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL
Fernanda Clímaco
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
2
Você acha chato escrever relatórios? Calma!!! Você não está sozinho nessa! Vou te ajudar mostrando 
modelos de relatórios e documentações pedagógicas para te inspirar a escrever de um jeito mais fácil e 
rápido, sem deixar de lado a importância deste documento. 
A intenção deste e-book é apresentar possibilidades de AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL para o 
professor que queira experimentar a avaliação na perspectiva de um olhar atento, de uma escuta sensível, 
de registros e documentações que possam dar visibilidade às conquistas das crianças e ao trabalho 
docente de maneira exponencial e disruptiva. 
Qual significado e função da avaliação na educação infantil? O que avaliar? Como avaliar? Quais as melhores 
metodologias? Quais instrumentos? Como respeitar a diversidade de ritmos, as diferenças? 
Tais perguntas são ainda mais presentes quando falamos de crianças com deficiência, cujas presenças 
interroga muitos professores. 
É preciso entender que avaliar é superar e romper com modelos avaliativos que classificam, discriminam 
e marcam a trajetória escolar de uma criança. É desenvolver atitudes coerentes com as concepções mais 
inovadoras de educação. É acima de tudo, considerar e olhar para a diversidade.
E ainda:
É empoderar-se da profissão e assumir a 
postura de PROFESSOR DA INFÂNCIA.
É acreditar no seu potencial como 
profissional competente de educação, 
apto a reconhecimento social, estudioso 
e especialista em busca de novas 
conquistas para a carreira docente. 
Um professor que desenvolve práticas 
reflexivas contribui para mudar o mundo, 
acredite!
Assim como outras práticas educativas, 
a avaliação na educação infantil revela 
concepções político pedagógicas de uma 
instituição. Avaliação permeia processos, 
ela deve ser uma prática constante e 
não acontecer somente nos momentos 
finais. É o ponto de partida para fazer 
um planejamento e mediar experiências 
significativas.
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
3
Utilizar a avaliação somente como FIM de uma etapa, pode trazer consequências irreversíveis ao processo 
escolar de uma criança. Por isso, é importante compreender o que nos dizem as leis que regulamentam essa 
prática em nosso país.
É importante observar se sua instituição possui um Projeto Político-
Pedagógico que contemple os aspectos apontados nas Diretrizes Nacionais 
para a Educação Infantil.
As Diretrizes Nacionais para a Educação Infantil 
(DNEI), publicadas por meio da Resolução do 
Conselho Nacional de Educação CNE-CEB nº05-
2009, no artigo 10º identificam a avaliação definindo 
que as instituições de educação infantil devem criar 
procedimentos para acompanhamento do trabalho 
pedagógico e para a avaliação do desenvolvimento 
das crianças, sem objetivo de promoção ou 
classificação. Dessa maneira, substituem-se 
referências herdadas do ensino fundamental e 
passa-se a pensar em práticas adequadas e próprias 
para a infância atual.
Nesse sentido, se a escola está mudando, os 
professores estão mudando, as práticas pedagógicas 
estão mudando, a avaliação também precisa mudar. 
E já tem muita gente pensando nisso… Para citar 
referências que podem apoiar o professor em 
estudos aprofundados, cito Jussara Hoffmann, 
Elvira Souza Lima, Pedro Demo, José Pacheco, Carla 
Rinaldi, Loris Mallaguzzi, Luchesi, Philipe Perrenoud e 
Zeichner, como alguns dos expoentes atuais.
Partindo do ponto de vista desses autores, que 
apontam uma concepção de Avaliação na Educação 
Infantil que busca considerar a diversidade e, 
articular os saberes do professor e a promoção 
do desenvolvimento integral das crianças, pensei 
em cinco importantes passos para a ação dos 
professores:
CINCO ATITUDES DO PROFESSOR PARA A 
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
1. A partir da observação e reflexão da própria prática, o professor deve pensar, avaliar suas ações e dar 
continuidade ou propor mudanças no planejamento.
2. Observar, ouvir e registrar crítica e cuidadosamente as pesquisas da meninada, atividades propostas, 
brincadeiras e interações das crianças no cotidiano.
3. Utilizar múltiplos instrumentos de registros (diários de bordo, cadernos de anotações, planejamento, 
fotos, vídeos, entre outros recursos que o professor sentir necessidade de utilizar para dar visibilidade às 
aprendizagens).
4. O professor deve propor a criação de documentação pedagógica que permita à criança e às famílias 
reconhecer os processos de desenvolvimento e aprendizagens na educação infantil.
5. Enxergar a avaliação como meio para novas aprendizagens, tanto do professor, quanto das crianças.
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
4
Avaliar crianças com deficiência torna-se um desafio 
ainda maior ao professor que ainda não desenvolveu 
hábitos de escrita. Junto à escuta e olhares sensíveis, 
está a disciplina em escrever. Nossa memória não 
suporta tantos registros! Crianças com deficiências 
nos desafiam em suas manifestações e demandam 
a mesma atenção de outras. O foco é o mesmo: 
prestar atenção, observar, intervir, registrar, refletir, 
planejar, agir, observar... 
Se um vídeo comunica melhor, utilize. Imagens 
fotográficas revelando sequência de pesquisa ou 
aprendizagem, utilize! Estamos em uma época 
de muitas possibilidades e o professor também 
deve expressar seus olhares através de múltiplas 
linguagens. É possível, é válido e muitas vezes, 
necessário, transcender a escrita no papel.
Muitas vezes, o que salta aos olhos é o que falta, 
o não saber, o não conseguir. A proposta de 
documentar processos inverte esse olhar: se 
não há fala, há movimento, há olhares, sentidos, 
gestos a serem inventados, decifrados, valorados, 
ressignificados. Não pode-se mais registrar com 
foco somente nos comportamentos das síndromes. 
Considerar a deficiência, sim. Mas enxergar os 
pequenos esforços e possíveis avanços é o que 
importa.
Entender como acontece o desenvolvimento das 
crianças e estar atento a mudanças, avanços e 
possíveis retrocessos, exige reflexão e planejamento 
por parte do professor. Há três questões que me 
inquietam quando penso na avaliação na educação 
infantil:
SOBRE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIAS
1. Como entender como a criança está descobrindo e construindo conceitos sobre o mundo?
2. Como reconhecer experiências reveladoras e oferecer possibilidades ricas e significativas que desafiem e 
encoragem a criança a prosseguir em suas descobertas com segurança e iniciativa?
3. Como comunicar tudo isso?
Imagino que todo professor também fique aflito com essas questões que remetem ao COMO fazer. Parece 
simples falar de observação, olhares e escutas. Registros, relatórios e documentações. Mas, na hora de avaliar, 
de comunicar aprendizagens, como fazer? Vamos começar pela escrita de relatórios sobre a criança:
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
5
RELATÓRIOS INDIVIDUAIS
Demonstra, apresenta, tem revelado, mostra-se, aparenta, agrada-lhe, tem avançado, 
procura, investe, demonstra esforços, expressa-se através de, tal atitude indica, aponta 
necessidade de...
A escrita de relatórios deve ser sempre objetiva, simples, respaldada por registros e relatos de observação do 
professor e também registros importantes feitos pela família. HOFFMANN(2012) sugere algumas perguntas que 
devem fazer parte de um olhar curioso e investigativo do professor:
• Em que áreas de conhecimento a criança mais avançou?
• Baseado em que observações, você professor, constatou estes avanços? (fotos, desenhos, 
registros de jogos,escritas, comentários da criança, interesses, brincadeiras preferidas, atitudes, 
movimentos...)
• Em qual linguagem a criança deveria ser mais estimulada? (matemática, motora, linguagem oral...)
• O que você tem feito para que haja avanços nessas linguagens?
• Como a criança está se desenvolvendonas relações com os colegas, coordenação, funcionários e 
professores da escola?
• Quais as suas intervenções com a criança nos momentos de conflitos?
• A criança percebe e comunica seus próprios avanços? ( autoavaliação)
• Como a família poderia contribuir com as aprendizagens e experiências da criança?
Tendo em vista as considerações feitas, seguem mais algumas dicas inspiradoras que podem ser orientadoras 
na escrita dos seus relatórios de avaliação. Vamos lá!
Primeiro, um roteiro e depois, modelos de escrita com frases para inspirar a sua escrita!
A escrita de um relatório sobre a criança é a 
prática avaliativa mais utilizada nas instituições de 
educação infantil segundo estudos sobre o tema. 
Há necessidade de saber e comunicar como está 
acontecendo o trabalho pedagógico com a criança 
e com o grupo e de entender o que ela é capaz 
de fazer, sem classificá-la em uma estrutura pré-
determinada sobre o que sabe ou não. De acordo 
com HOFFMANN(2012), relatórios são documentos 
importantes porque constituem a história, a memória 
dos processos educativos de uma criança por um 
determinado tempo, além servir de orientação aos 
próximos professores.
Falar da criança em um relatório por escrito, requer 
exercício ético e reflexivo. O relatório na avaliação 
deve ser um instrumento de promoção. Entende-
se que a infância é uma etapa inaugural da vida. A 
criança é um ser em desenvolvimento, por isso, não 
há ainda, características definitivas. Tudo é processo.
Ela não É, ela ESTÁ de uma determinada maneira, 
em determinado momento. Por isso, nunca deve-se 
utilizar palavras que representem inferiorização, juízo 
de valor e desvalorização da criança e sua família. 
Como por exemplo, expressões do tipo: “É uma 
criança muito esperta”, “É tímida”, “Falta muito”...
Deve-se utilizar expressões que ajudam a comunicar 
as aprendizagens e o desenvolvimento como 
processo contínuo tais como:
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
6
SUGESTÃO DE ROTEIRO DE ESCRITA DE RELATÓRIOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
1. ADAPTAÇÃO 
 Item recorrente, importantíssimo, já que a criança vive diferentes processos ao longo das etapas. Adaptar-se é 
modificar hábitos, incluir-se, construir novas relações, conectar-se afetivamente, enfrentar desafios, se superar. 
Vivemos em constantes adaptações. E as crianças também! (colegas novos, professores novos, espaço novo, 
chegada de um irmão, perda de alguém querido...)
Frases sobre ADAPTAÇÃO
Adaptou-se de forma tranquila, apresentou dificuldades em separar-se dos pais, necessitando de 
acolhida do professor e dos colegas. O choro inicial deu lugar a novas interações e relações afetivas, 
Apresentou entusiasmo com a participação na construção e planejamento coletivo da rotina, mostra-
se desinteressado em participar da organização do dia, precisa ser estimulado a participar. Demonstra 
envolvimento com atividades iniciais do dia, contribui recebendo os colegas e convidando-os a brincar. 
Apresenta dificuldades para socializar, necessita da intervenção da professora ou dos colegas chamarem 
para brincar.
2. INTERAÇÕES
Relacionamento da criança com o grupo, com os adultos, com objetos e brinquedos, nas brincadeiras e 
momentos coletivos.
Frases sobre INTERAÇÕES
Geralmente, se relaciona com poucas/muitas crianças. Demonstra preferência por determinados colegas, 
estamos oferecendo nas brincadeiras, possibilidades de ampliar os vínculos afetivos e interações. Procura 
colegas de outras turmas para brincar, demonstra estar aberto a novas amizades. Demonstra preferência 
por brincar sozinho. Prefere cantos para brincar sozinho. Mostra descontentamento na companhia de 
muitas crianças. Mostra-se dominante. Mostra-se passivo, nesses momentos precisa ser estimulado a 
falar de suas vontades. Mostra interesse por colegas de outra idade. Mostra-se curioso ao ver um objeto 
que ainda não conhecia, sente necessidade de explorar e demonstra satisfação com novas descobertas. 
Afasta-se quando percebe a chegada de novos colegas, demonstra preferir a segurança dos pequenos 
grupos. Explora possibilidades nos objetos. Não se sente motivado a experimentar novos objetos. Cria 
novas brincadeiras com os brinquedos. Sente-se motivado a inventar objetos para resolver problemas. 
Interage com diferentes materiais. Mostra desconforto na relação de cuidados com outros adultos que 
não as referências. Aceita ser cuidado por todos os adultos.
• ADAPTAÇÃO 
• INTERAÇÕES ( adultos, crianças, objetos, ambiente...)
• CUIDADOS ( sono, alimentação, higiene pessoal...)
• ORGANIZAÇÃO E AUTONOMIA
• BRINCAR- MOVIMENTO
• DESENHO - CONSTRUÇÕES
• LINGUAGEM ORAL E ESCRITA
• MATEMÁTICA
• PROJETOS
• PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA
• AUTO-AVALIAÇÃO (3,4 e 5 anos) (perguntas: me fale uma coisa que aprendeu aqui na escola, fale algo que não 
gostou, o que mais gosta na escola, por exemplo) 
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
7
3. AUTONOMIA
Apresentar nível de independência ou dependência nas diversas situações escolares, cuidados pessoais, 
organização pessoal, cumprimento e elaboração de regras, resolução de problemas.
Frases sobre CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA
 Mostra confiança na realização de tarefas habituais. Organiza seus pertences. Esforça-se para 
vencer dificuldades. Usa de meios físicos para resolver conflitos, necessitando da mediação de um 
colega ou de um adulto. Solicita ajuda mesmo quando não é necessário.Precisa ser estimulado a 
pedir ajuda.Busca soluções para seus problemas.Busca formas de comunicar seus desejos utilizando 
o corpo, apontando, indo em direção ao objeto. Demonstra muita/pouca iniciativa na resolução de 
conflitos-problemas. Demonstra disposição em ajudar. Precisa ser estimulada a guardar seus objetos. 
Alimenta-se sozinha. Está sendo estimulado a usar o banheiro sozinho, sob supervisão de um adulto. 
Dorme sozinho. Precisa de um adulto ao lado para dormir, estamos conversando e construindo 
combinados para que se sinta mais seguro nesses momentos. Demonstra dificuldades em organizar 
pertences, estamos ajudando nessa organização.
4. BRINCAR, EXPERIMENTAR, EXPLORAR AMBIENTES
Frases sobre BRINCAR, EXPERIMENTAR, EXPLORAR AMBIENTES
Demonstra curiosidade pelo espaço escolar.mostra-se observadora, faz perguntas, levanta hipóte-
ses, busca respostas sobre objetos, pessoas, situações, lugares e fenômenos. Manipula objetos(a-
grupa, ordena…) Mostra-se interessado ns pesqisas que realiza com objetos tentando compreen-
der funcionamento. Mostra-se interessado em ficar no chão, fora do carrinho ou cadeira de rodas 
para fazer explorações e brincadeiras no ambiente. Demosntra insatisfação ao sair da cadeira de 
rodas para o chão, estamos sempre incentivando colocando da cadeira para o colo e depois ao 
chão.Antecipa efeitos de suas ações sobre os objetos.Demosntra capacidade de concentração em 
jogos de montar (quebra-cabeças, encaixe…).Brinca espontâneamente de jogos simbólicos nos 
cantinhos de faz-de-conta.Nomeia e reconhece os espaços escolares, sente seguro, demonstra 
insegurança nos ambiente escolar. Precisa estar sempre com um adulto. Mostra preferência por 
brincar sozinho. Lidera jogos. Apresenta dificuldades com jogos de regras, precisa ser lembrado. 
Falar dos jogos e brincadeiras preferidas, como a criança experimenta, brinca e explora.
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
8
5. LINGUAGENS ORAL, ESCRITA, MATEMÁTICA
Relacionar aprendizagens relativas as linguagens oral, escrita e matemática e registrar como a criança está 
evoluindo.
Frases sobre a LINGUAGEM ORAL, ESCRITA E MATEMÁTICA
Demonstra compreender o que lhe é dito. Demonstra não compreender comandos. Escuta, 
compreende e é capaz de recontar histórias. Conversa para expressar necessidades. Apoia-se em 
gestos para se comunicar. Balbucia para expressar-se. Nomeia objetos ou quandomostramos 
imagens consegue descrever. Solicita ajuda verbalmente. Demonstra insatisfação utilizando gritos 
e gestos repetitivos, nesses momentos, buscamos fichas com imagens para ajudar na comunicação 
de sentimentos. Mostra desejo em comunicar-se através de gestos e movimentos corporais. 
Apresenta comunicação através do olhar atento, apontando o que quer. Mostra evolução no 
traçado gráfico. Apresenta formas. Seus desenhos estão cada vez mais elaborados, cheio de 
detalhes (cílios, nariz, dedos…). Mostra interesse pela leitura de livros e outros portadores de 
textos na escola. Demonstra prazer em escrever. Reconhece-escreve letras. Reconhece-escreve 
nome próprio e dos colegas. Identifica letras e números. Reconhece-escreve números. Demonstra 
habilidade em contar, quantificar, ordenar, seriar, sequenciar objetos de acordo com atributos 
(maior para o menor…) Conhece cores e formas. Demonstra habilidades lógicas na resolução de 
problemas. Transmite recados orais. Mostra ampliação de vocabulário ao dizer novas palavras 
(colocar exemplo). Apresenta interesse em brincar com letras e números. Apresenta interesse em 
jogos de palavras e jogos de contagem. Não demonstra interesse pela escrita de letras, prefere 
desenhar. Está sendo estimulado a reconhecer seu nome na lista de ajudantes. Demonstra 
diferenciar letras, desenhos e números. Demonstra não diferenciar letras desenho e números.
6. MÚSICA, ARTES e MOVIMENTO
Frases sobre MÚSICA, ARTES e MOVIMENTO
Demonstra habilidade com diferentes materiais-instrumentos-movimentos. Apresenta resistência 
a materiais, instrumentos, movimentos. ( Observar e escrever quais). Mostra capacidade de 
reproduzir gestos, imitações, cantar, dançar, desenhar, pintar, modelar. Mostra interesse por 
músicas e pede para cantar. Move o corpo ao sentir vibração e sons de instrumentos. Demonstra 
sentimentos ao desenhar, modelar, criar, cantar. Demostra ritmo e coordenação para acompanhar 
gestos e músicas. Mostra irritação com determinado som ou música. Mostra desconforto ao 
utilizar tintas, argila, areia…(citar materiais).Apresenta interesse em explorar ritmos utilizando 
instrumentos, mostra interesse em criar a partir de de tintas e materiais plásticos. Sobe, desce, 
escala, abaixo, corre, anda, pula, movimenta-se em circuitos e percursos com segurança-destreza-
lentidão. Está sendo estimulado a utilizar com mais autonomia a cadeira de rodas. Precisa ser 
estimulado a movimentar-se. Apresenta desenho figurativo-preenche a folha sem intencionalidade-
imita formas. Nomeia-reconhece partes do corpo, cores e materiais e instrumentos. Mostra-se feliz 
com conquistas motoras, com produção de sons e desenhos.
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
9
PARA INICIAR UM RELATÓRIO
Começamos o(a) (segundo-a) semestre ( etapa) com muitas histórias para contar!
Retornamos das férias com grande entusiasmo, com vontade de voltar (começar na) para a escola e rever 
(conhecer) os colegas. 
Todos os dias, no momento da chegada, xxxxxxxx, entra na sala sozinha, cumprimenta os colegas, a 
professora, abre a mochila, tira a agenda, coloca na mesa da professora, guarda seus pertences e escolhe 
onde vai brincar. Dessa maneira, demonstra segurança, organização com seu material e a capacidade de 
fazer escolhas.
Retomamos as aulas com o grupo em pleno desenvolvimento! Todas as crianças estão andando e essa 
novidade gerou uma nova organização do espaço para os pequenos continuarem fazendo suas pesqui-
sas e descobertas. XXXXX demonstra cada dia mais segurança nos movimentos. Apresenta passos firmes, 
apoia-se algumas vezes durante os percursos que faz pelos espaços da sala, da escola e quando cai, abre 
um sorriso e levanta-se sozinho, demonstrando alegria por essa conquista.
Escrever é difícil. Mas pode ficar mais fácil se você 
usa os recursos certos. O momento de produção 
da escrita de um relatório na educação infantil é 
o momento de organizar todas as observações, 
materiais e produções da criança a fim de tecer uma 
narrativa que mostre sua trajetória, individualidades, 
suas conquistas e aprendizagens. É o momento 
de estabelecer mais uma conversa com as famílias, 
fortificar laços e caminhar rumo a próxima etapa 
com essa parceria ainda mais consistente.
Leve em consideração a etapa do ano, se é início 
ou fim do ano letivo. Pense se a criança está 
começando na escola ou se é veterana. Busque em 
seus registros, particularidades de cada criança e 
escreva enriquecendo e atribuindo personalidade 
aos relatórios. Cada criança é única. O relatório 
também. E cada criança tem o direito de ter o seu: 
pessoal e intransferível.
Ao iniciar esse semestre, percebi o grupo ainda mais envolvido com a organização da sala e dos materiais 
escolares. Por isso, contei com a ajuda da meninada para mudar e preparar um novo ambiente para os 
nossos momentos de histórias. Criamos um tapete com tintas e tecidos, almofadas e colocamos os livros 
preferidos em uma caixa pintada pela meninada. A turma de 4 anos está envolvida e pronta para novas 
aprendizagens!
XXXXX mostrou-se, inicialmente, desinteressado pela criação desse espaço. Ficava distante e quando 
chamava para participar, não mostrava interesse, preferia desenhar sozinho na mesa do canto oposto em 
que as crianças trabalhavam. Foram vários chamados e várias negativas. Até que um dia, como atividade, 
ele trouxe de casa uma almofada e tudo mudou. Ele a pintou com azul, sua cor preferida e várias vezes 
ao dia, vai para o canto, pega a almofada, e começa a “ler” o livro que mais gosta, Gato Xadrez. Com isso, 
está demonstrando cada vez mais interesse pelos livros, gosta de observar e folhear. Estamos começando 
a investir no reconto utilizando as figuras da história do Gato xadrez. Como fazemos na rotina todo dia. 
Entrego para ele e ele as coloca na ordem em que quer “contar”. Outro dia, organizando figuras dessa 
maneira, “contou” a história para os colegas. No fim, demonstrou satisfação fechando com cuidado o livro 
e abrindo um sorrisão para mim. Balbucia poucas palavras na escola, pede água e pede quando quer ir 
brincar fora da sala e diz: sair! Apontando para a porta.
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
10
PARA FINALIZAR UM RELATÓRIO
Depois de escrever sobre as manifestações, aprendizagens, dificuldades e avanços das crianças, é hora de 
“fechar” a escrita. Deve-se ter em mente que na verdade, encerra-se apenas uma etapa, enquanto outras novas 
possibilidades se abrem. 
Foi ano de uma convivência muito legal, eu gostei muito de conhecer você, xxxx, e poder compartilhar 
com você seus pais uma etapa importante da sua formação. 
Desejo um ano-novo repleto de alegrias e novas conquistas na Fase 3!...
Um grande abraço,
No trabalho realizado com a turma de 5 anos, procurei promover situações pedagógicas que 
evidenciassem a investigação, criatividade e o respeito pela individualidade e pelas construções de cada 
criança, de maneira que elas avançassem na conquista de sua autonomia. Assim, voltando aos primeiros 
dias de aula, vejo com clareza como o grupo amadureceu, envolvendo-se com interesse nas atividades 
propostas e estabelecendo vínculos afetivos entre eles.
XXXXXXX chegou ao grupo em Agosto e, naturalmente, demorou um tempo para se apropriar da rotina, 
dos temos e espaços e dos combinados, precisava ser lembrada pelos colegas. Apresentava postura 
contraditória ao grupo, mostrava-se irritada com atitudes dos novos amigos e algumas vezes externava 
seus sentimentos usando a força física. Nesses momentos, acolhemos e conversamos nas rodas de papo 
sério do grupo. Aos poucos foi compreendendo e atualmente está contribuindo para a manutenção das 
regras da turma, demonstrando segurança e amadurecimento ao resolver conflitos através do diálogo. 
Essa atitude representa um grande avanço nas relações!
Encerramos essa etapa de trabalho coma certeza de que estamos caminhando juntos e realizando 
os objetivos propostos em nosso primeiro encontro no 2º semestre. Também sabemos o que não 
foi possível concretizar e o que é preciso mudar para a constante evolução do trabalho na creche. 
Estamos gratos por participar do processo de formação de XXXXX e contamos sempre com a presença e 
participação da família. Desejamos muitas conquistas pela vida afora. Boas Férias!
E POR FIM...
Avaliar continuamente e incluir as crianças nesses processos fez toda a diferença no encaminhamento 
das propostas de trabalho.
 Através das rodas de conversas, das conversas informais entre elas, de uma escuta mais sensível e 
da tomada da decisão de mudar os caminhos, nós nos organizamos, ficamos mais próximos, criamos 
vínculos. 
 Percebo a mudança de postura de xxxxxx, a forma como pensa a organização, como está mais 
empenhada nos trabalhos, como sente-se feliz em compartilhar o que já sabe. Até mesmo chorinhos e 
birras foram, aos poucos, dando lugar ao diálogo e entendimento.
 As brincadeiras compartilhadas, jogos e momentos de estar junto, dividir, compartilhar, ajudar. 
Perceber o outro, ajudou na percepção do EU. E assim xxxxx cresceu, viveu experiências construtivas e se 
divertiu muito nessa etapa do 1º período. Que venham novas conquistas no próximo ano!
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
11
Os exemplos foram recolhidos de relatórios escritos por mim, por professores de educação infantil e são 
disponibilizados aqui para inspirar sua escrita. Não existe um modelo ideal nem um jeito certo ou errado de 
fazer. Leve em consideração o seu contexto escolar para iniciar a escrita. Pense em cada uma de suas crianças 
e busque ser ético, objetivo e simples. Essa sim, é a escrita perfeita! Escrever é um exercício importante para a 
reflexão da própria prática. Basta começar!
OITO PONTOS IMPORTANTES PARA PENSAR 
SOBRE AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL:
Ações fundamentais na prática docente, VER e 
OUVIR as crianças configura-se em um exercício 
constante. E com a prática, torna-se parte da ação 
educativa desenvolvida e aprimorada a cada dia pelo 
professor. 
Para observar e escutar crianças é preciso estar com 
elas. Brincar junto, estar ao lado. Tomar distância, 
algumas vezes, para ver melhor. Conversar, ouvir, 
deixar falar. Perguntar.
De acordo com HOFFMAN (2012), a permanente 
curiosidade do professor sobre a criança é ponto de 
partida da avaliação.
A dificuldade, de muitos professores de educação 
infantil, esbarra na formação teórica dos cursos de 
Magistério e Pedagogia que não ensinam a ver, ouvir 
e conversar com as crianças, entender seus senti-
mentos, perceber seus desejos e ansiedades. Por 
isso, muitas vezes, vejo professores sem saber como 
agir diante dos balbucios dos bebês, por exemplo. 
Para compreender sobre a aprendizagem das crian-
ças, é preciso caminhar com elas. Lado a lado. Não 
se pode ficar ao lado da criança só no final do cami-
nho e dizer se chegou ou não lá. O professor precisa 
estar presente durante todo o percurso. 
1. Avaliar é conhecer e reconhecer as crianças e seus 
processos.
2. Avaliar, ao contrário das práticas educativas centradas 
no resultado, significa dar visibilidade aos saberes e 
fazeres em um contexto global, não fragmentado.
3. Avaliar é promover desenvolvimento.
4. Avaliar significa enxergar dificuldades e pensar em 
situações para resolvê-las.
5. Avaliar não é classificar, é mediar para avançar.
6. Avaliar é enxergar o processo das crianças como 
protagonistas, pesquisadoras e autoras de suas 
aprendizagens.
7. Avaliar não é uma ação isolada de marcar um 
“X”. Importantes instrumentos de avaliação, tais 
como: observação, registros em diários de bordo, 
planilhas, tabelas, diagnósticos, entre outros, apoiam 
e impulsionam novas intervenções pedagógicas a fim 
de contribuir tanto para o avanço das crianças, quanto 
para a reflexão docente.
8. Avaliar é documentar.
OBSERVAR E ESCUTAR
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
12
REGISTRAR
Vou apresentar mais alguns modelos que vão te 
ajudar na escrita e com certeza ajudarão também 
na sua reflexão sobre o quê e como avaliar na 
educação infantil.Vou contar para você o que eu e 
alguns professores que acompanho, baseados nos 
teóricos citados, pensamos sobre a Documentação 
pedagógica:
RECURSOS DE REGISTROS
DO PROFESSOR
INSTRUMENTOS DE
REGISTROS DA CRIANÇA
INSTRUMENTOS DE
REGISTROS DO GRUPO
Documentação pedagógica- 
Narrativas compostas por marcas, 
escritas, desenhos, imagens, videos, 
áudios 
Documentação pedagógica Documentação pedagógica
Diário de bordo blocos de 
anotações
Portfólio, Álbum- Envelopes – 
Coletâneas
Dossiês e Livrão (da Vida, da Turma, 
…)
Planejamentos Relatório individual Relatório coletivo
Já entendemos que o primeiro passo para a 
avaliação na educação infantil é olhar e escutar 
crianças. Mas o que fazer com essas observações? 
É preciso utilizar instrumentos de apoio de 
memória, registros que ajudarão na construção 
e entendimento de processos de aprendizagens 
individuais e coletivos. 
Importante lembrar, que esses instrumentos são 
importantes também porque ajudam o professor 
a construir uma prática reflexiva. Para apoiar esses 
instrumentos temos muitos Recursos de Registros. 
E para isso, não existe um modelo único e ideal. 
Depende da intencionalidade do professor, do 
contexto, dos envolvidos. É fundamental conhecer 
para fazer escolhas consistentes na hora de 
planejar as experiências educativas e escolher 
recursos e instrumentos eficientes de registro para 
iniciar processos de documentação pedagógica 
com as crianças. Veja o quadro abaixo com alguns 
exemplos de registros e instrumentos utilizados por 
professores da educação infantil:
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
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DOCUMENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Entre tantos “modismos” na educação, já vivi a 
“moda” dos projetos, dos portfólios e agora, a “onda” 
do momento é a Documentação Pedagógica. É 
preciso ter cuidado e entender a fundo, estudar, 
pesquisar para não reduzir uma prática tão 
significativa a uma ação instrumentalizada e 
mecânica. 
E afinal de contas, o que é Documentação 
Pedagógica? Documentação pedagógica é 
instrumento ou recurso de avaliação na educação 
infantil? Documentar é avaliar?
De acordo com RINALDI (2012), a palavra avaliação, 
a qual tem origem latina, “a-valere” e significa atribuir 
valor a algo ou alguém. A documentação pedagógica, 
ao atribuir significados e emprestar sentidos, 
já é um processo avaliativo, pois torna visível e 
partilha ações que contém valores individuais e/
ou coletivos. A documentação pedagógica como 
um processo narrativo, no trabalho com crianças 
pequenas implica uma experiência processual 
onde o narrador (professor) está constantemente 
emprestando-se como coautor do narrado (criança). 
A documentação pedagógica não é um agrupamento 
de ações isoladas que vão gerar um relatório. Ela 
diz respeito a processos, refletidos e revelados 
em narrativas com a participação das famílias e 
crianças. Documentar é inverter o olhar para novas e 
múltiplas possibilidades.
Nesse sentido, o termo Documentação Pedagógica 
insere-se em uma concepção que considera a 
importância da escuta, da observação e do registro 
para conhecer as crianças. O ato de documentar, 
de acordo com GANDINI e EDWARDS(2002), nessa 
perspectiva, torna-se um processo cooperativo 
que ajuda professores a escutar as crianças 
possibilitando assim, a construção de experiências 
significativas com elas.
Para começar um processo de documentação, basta 
iniciar o exercício de um olhar atento e uma escuta 
sensível e escrever sobre os processos vivenciados 
pelas crianças que você consegue enxergar. 
Dessa maneira, vão se constituindo narrativas, 
onde as crianças e suas experiências, descobertase aprendizagens se tornam protagonistas e o 
professor, co-participante, mediador, desses 
processos. Para apoiar a escrita, é importante 
utilizar fotos, desenhos, escritas e produções das 
crianças. Muitos professores estão experimentando 
a produção de documentação pedagógica com 
suas crianças e se descobrindo como co-autores de 
práticas e experiências incríveis. Fica a dica!
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
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AVALIAÇÃO EM CONVERSA COM A GESTÃO
A socialização, as interações e as aprendizagens 
entre adultos e crianças são pilares que sustentam 
a avaliação na educação infantil. Adultos e crianças 
são co-protagonistas do processo educativo. A 
criança vista como protagonista, sujeito potente, 
ativo e inventivo. O professor, parceiro mais 
experiente, é convocado a ler, reconhecer, valorizar, 
mediar e documentar, oferecendo possibilidades 
educacionais que potencializem o desenvolvimento 
psíquico, cognitivo e social. 
São muitas as possibilidades de avaliar. Avaliar 
a própria ação docente é a primeira delas. A 
partir da reflexão sobre a prática, novas ações 
educativas emergem e apontam novas experiências 
e aprendizagens não só para as 
crianças, mas também para 
os professores. Desenvolver 
uma postura reflexiva é sem 
dúvida um desafio para todos 
na escola.
Refletir a ação educativa e a 
pós-ação compõe um processo 
documental que narra um 
percurso único, que ganha 
vida no cotidiano sob escutas e 
olhares atentos dos professores. 
É muito importante não deixar a 
criança sob o olhar único de um 
professor. É preciso ter múltiplos 
olhares para ela. 
Para que de fato, uma proposta de avaliação se 
concretize, é necessário suporte e apoio ao docente. 
Oferecer condições para efetivar registros, planejar 
momentos conjuntos nos quais o professor possa 
contar com outro adulto para refletir, possibilitar 
encontros coletivos a fim de trocar olhares sobre 
as crianças, são algumas dentre outras ações 
fundamentais para efetivar novas práticas avaliativas. 
Avaliação é processo, é prática permanente. Não é 
somente um produto final.
Portanto e sempre, todo apoio aos professores é 
fundamental!
A CONVERSA NÃO TERMINA, COMEÇA AQUI!
1. Desenvolver olhar e escuta sensível às crianças
2. Escrever sobre o que vê nessas experiências, no dia a dia e não somente nos finais de etapa. 
Documentar é uma prática pedagógica permanente. (como a criança interage, que tipo de 
aprendizagens ela demonstra, como age, falas, perguntas e tudo que instigue o professor a 
pensar sobre)
3. Compartilhar as narrativas com a criança ( inserir interferências da criança ao rever seus 
processos)
4. Compartilhar a documentação que está sendo construída com a família
5. Utilizar fotos, desenhos, produções e escolhas da criança para ajudar a escrever (apoio de 
memórias) as narrativas.
CINCO PASSOS PARA O PROFESSOR INICIAR UMA 
DOCUMENTAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL:
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
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Se a instituição onde você trabalha utiliza tabelas 
avaliativas para marcar SIM, NÃO ou ÀS VEZES, 
não desanime! Ao contrário. Desenvolva olhares 
e escutas para suas crianças, comece a escrever 
sobre o que vê, ouve e percebe. Essa atitude vai 
gerar posturas reflexivas e com certeza, um novo 
olhar para documentar a sua prática pedagógica. 
Compartilhe esse e-book e inicie um processo 
de estudos e reflexão na sua instituição. Utilize a 
bibliografia sugerida no final e parta para novas 
aprendizagens que te levarão a alcançar um novo 
patamar na profissão.
Documentar requer observar, escutar, registrar, 
interpretar, narrar, fazer escolhas... Escolhas que 
implicam construção de significados e revelam sobre 
relações entre professores e crianças. E dessa ma-
neira, constituem um processo avaliativo permanen-
te. Documentar é uma prática evolutiva.
Pensar a documentação pedagógica como possibili-
dade e assumir a avaliação como um processo nar-
rativo nos transporta a uma zona estranha, incerta e 
fascinante. É um convite a você, professor da infân-
cia, a compreender a diversidade, a inverter o olhar e 
pensar uma lógica que vê e narra a criança pequena 
não como faltosa ou inábil, mas como força, po-
tência e possibilidades. Isso diz de uma concepção 
inovadora de educação infantil, de um novo perfil 
de professor da infância, de um novo olhar sobre a 
avaliação. Prepare-se! 
Vamos continuar nossas conversas sobre avaliação! 
Quer saber mais sobre como organizar portfólios, 
dossiês, coletâneas, entre outros instrumentos de 
documentação pedagógica? Conta comigo! Vem que 
eu te ajudo!
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
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Sou professora de professores da infância, professora 
transformadora, pedagoga e mestre em Educação, 
Gestão Social e Desenvolvimento Local. Hoje ajudo 
educadores a desenvolver ideias pedagógicas, a 
repensar suas práticas a partir de suas próprias 
experiências e a buscar novas oportunidades 
profissionais na educação. Conheça mais sobre meu 
trabalho de FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA INFÂNCIA 
e vamos juntos explorar novos caminhos na educação 
infantil e construir um novo significado para sua vida 
profissional.
#FormaçãoDeProfessoresDaInfância
#EducaçãoMudaOMundo
#EuAcredito
Fernanda Clímaco
Fernanda Climaco Formação de Professores
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AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
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BIBLIOGRAFIA
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tempo na escola infantil. In: CRAIDY, M. C.; KAERCHER, G. E. 
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Artmed, 2004. 
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atualizada ortografia. Porto Alegre: Mediação, 2009. 
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atualizada ortografia. Porto Alegre: Mediação, 2010. 
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TORNANDO VISÍVEL A APRENDIZAGEM: CRIANÇAS QUE 
APRENDEM INDIVIDUALMENTE E EM GRUPO, Coleção Reggio 
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fernandaclimaco.com.br

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