Unidae VI Max Weber

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FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
CENTRO UNIVERSITARIO DA FACULDADE ESTACIO DE SÁ
KATIA LILIANE ALVES CANGUÇU
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A Lógica compreensiva de Max Weber
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Apresentando Max Weber
Karl Emil Maximilan Weber nasceu em Erfurt (Prússia) em 1864.
Doutorou-se em Direito (1889) e começou a lecionar na Universidade de Berlim.
A morte do pai em 1897 o abala profundamente e começo a ter sintomas de depressão grave, ataques de ansiedade e insônia constante.
Sem poder continuar lecionando foi internado em um sanatório.
Publicou sua obra mais famosa em 1904.
Em 1915 na I Guerra Mundial alista-se no exército alemão e fica responsável por gerenciar hospitais de guerra.
Frustrado com a política volta a lecionar em 1919.
E morre de pneumonia, aos 56 anos, em 1920.
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Discordâncias e concordâncias entre Weber e Marx
Weber emergiu como intelectual nas décadas de 1880 e 1890 na época em que o marxismo começa a ganhar força.
Politicamente Weber tendia para a esquerda mas rejeitava a revolução socialista marxista.
Rejeitava a ideia do materialismo dialético de Marx para explicar as mudanças históricas, o conflito de classes e os modos de produção.
Não acreditava em uma separação cada vez maior entre a burguesia e o proletariado e nem considerava a ruína do capitalismo como inevitável.
Segundo Weber para entender como a história se transforma precisaria mais do que o estudo das classes sociais.
E por fim Weber tendia a ser um cientista social e Marx um cientista político.
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Ciência e política
Karl Marx estava preocupado em explicar e intervir na realidade (sociologia crítica).
Durkeim se preocupava em explicar e em delimitar a área de atuação da sociologia (sociologia teórica positivista).
Weber não se interessava em intervir só em explicar. (sociologia do método).
A sociologia não poderia responder a questão de qual seria melhor causa a defender, o que se poderia oferecer era uma melhor compreensão das causas em disputa.
Segundo Weber os cientistas deveriam emitir um juízo científico e não um juízo de valor. Baseado no conhecimento científico da realidade (não uma cópia da realidade e sim uma aproximação da realidade).
Não da totalidade da realidade e sim estudar as individualidades socioculturais, a compreensão das particularidades.
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Diferente de Durkeim que buscava a explicação dos fenômenos através da noção de fatos sociais que existiam além dos indivíduos, Weber vai observar as ações dos indivíduos a fim de captar o seu sentido.
E diferente de Marx que via os indivíduos submetidos as estruturas do sistema capitalista, Weber analisa com os indivíduos constroem a realidade dentro deste sistema.
Por isto mesmo Weber é considerado um individualista metodológico, pois seu método consiste em partir do estudo das ações dos indivíduo para então buscar compreender seu sentido (por que fazer daquela forma) e que resultados acabam produzindo.
Compreender o sentido para entender suas motivações e os sentidos que atribuem as suas ações.
Weber quer entender os sentidos das ações sociais que são resultantes das interações sociais e baseadas em expectativas de reciprocidade. 
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Os tipos de ação
A ação é uma conduta humana que possui um significado para quem a executa.
Assim, apenas a ação que tenha um sentido é objeto da estudo da sociologia.
Weber distingue 4 tipos de ação que podem vir sozinhas ou combinadas entre si:
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Os tipos ideais
Weber encontra na noção de tipo ideal a ferramenta metodológica para estabelecer o significado dos fenômenos observados e formular hipóteses empíricas sobre eles.
Um tipo ideal é um instrumento formal, elaborado pela intensificação unilateral de alguma característica do fenômeno observado. Ou seja, não existe de fato mas é um modelo construído pelo pesquisador para facilitar a compreensão do fenômeno estudado. 
Um dado fenômeno pode ser observado de vários ângulos, a significação é que deve prevalecer na escolha de qual ângulo estudar mediante a intenção da pesquisa.
Tipos de alimentação
Vestuário
Divisão social do trabalho
Rituais religiosos
Organização familiar
Arquitetura das ocas
Doenças
 Figuras de autoridade
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O Tipo Ideal é uma ferramenta conceitual para explicar a realidade nos permitindo compreendê-la de forma mais nítida.
É um instrumento que facilita a busca de conexões causais, que nos ajuda a entender o por que de tal fenômeno, sendo uma construção o tipo ideal não é falso ou verdadeiro.
Para avaliar se o tipo ideal tem alguma utilidade tem-se que verificar sua contribuição para a compreensão de um dado fenômeno.
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A Ética protestante e o espírito capitalista
A maioria das cidades ricas do império alemão havia se convertido ao protestantismo.
No século XIX os protestantes eram maioria entre os proprietários de empresas e de capital, ao passo que os católicos ocupavam posições menos privilegiadas.
Poderia a religião ser uma fator explicativo desta diferença de sucesso profissional?
Fiel a o seu princípio metodológico, Weber realizou uma pesquisa histórica com o objetivo de analisar as ações dos indivíduos da religião protestante e captar o sentido que lhes atribuíam e o efeitos que acabaram gerando.
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A Ética protestante e o espírito capitalista
Resumidamente o estilo de vida do protestante: como não sabiam se seriam salvos após a morte, dedicavam sua vida ao trabalho metódico, organizado, confiável, poupava os ganhos e reinvestiam na atividade produtiva como uma forma de louvar a Deus. 
Viviam de maneira ordeira, sem ser hedonistas. Ganhar dinheiro era uma obrigação moral.
A ética protestante era um conjunto de exigências sociais que levava os protestantes a se comportarem de uma determinada forma em relação ao trabalho e à vida como um todo.
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Para Weber a ética protestante acabou ajudando a moldar o que ele chamou de espírito capitalista.
estrangulou o consumo e liberou a ambição pelo lucro.
 esforço diário passou a ser não pelo ganho, mas pelo uso racional das posses.
Como resultado, os protestantes acumulavam dinheiro através da poupança, mas apenas para reinvestir em capital.
A ética protestante forneceu incentivos psicológicos e culturais necessários ao desenvolvimento de atitudes rigorosas de trabalho que foi um dos fatores que permitiu a expansão do capitalismo europeu.
Argumentava que o capitalismo foi a conseqüência, na esfera da economia, de um dos principais processos de racionalização que teve na ética do trabalho protestante um dos seus principais motores. 
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Racionalização, burocracia e desencantamento do mundo
Ser racional é procurar a melhor adequação entre os meios e os fins: para obter determinado resultado terá que realizar a tarefa de determinada forma.
Quando Weber fala em racionalização está chamando atenção para a crescente intelectualização da sociedade, resultado do especialização científica e da diferenciação técnica da civilização ocidental.
Trata-se de um desenvolvimento prático que contamina todas as esferas da vida como religião, direito, artes, ciências, política, economia....
Todas as esferas da vida são cada vez mais organizadas sobre princípios e procedimentos racionais.
De acordo com seus métodos Weber não vai defender e nem criticar a racionalização.
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Conclui que o homem moderno perdeu o sentido da magia, do extraordinário. Sua vida é guiada pelo pragmatismo, pela necessidade de ser melhor e mais eficiente em menos tempo.
Sua realidade é cansativa, utilitária e monótona. Ficou robotizado.
O homem moderno está preso em uma jaula de ferro da especialização profissional, um especialista sem coração.
Um dos efeitos da racionalização é a formação de burocratas, profissionais especializados pela administração (do Estado, dos partidos políticos, das igrejas..)
Há espaço também para o irracional na política e na história. Que rompe de tempos em tempos a ordem vigente.
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*A teoria da dominação
Weber identificou duas tendências fundamentais da vida no mundo moderno: a racionalização e a burocratização.
O capitalismo foi um dos principais motores da racionalização: fazer negócios significa agir sempre pensando no melhor meio de atingir um fim (lucro).
O motor da burocratização foi o Estado, responsável por implementar leis e administrar a população.
O que garantia a obediência das pessoas?
Weber acreditava que no mundo moderno a dominação racional-legal (leis, ciência) iria superar a tradicional pelo declínio dos meios tradicionais de dominação (religião, família). Um líder carismático poderia abalar a tradição e a racionalização-legal.