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AULA 10 AULA DE ARTES

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AULA 10 :CONTEÚDO,METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO A ARTE.
AULA 10; ARTE/EDUCAÇÃO E EDUCAÇÃO INCLUSIVA.
Ao final desta aula você será capaz de;
*conhecer o conceito de inclusão e educação inclusiva.
*reconhecer o papel da arte nos processos de inclusão educacional e social.
*reconhecer os fundamentos teóricos e metodológicos da arte no contexto da educação inclusiva.
*saber como propor meios e mediações no processo de ensino-aprendizagem de arte que contribuam para educação inclusiva.
Construir práticas pedagógicas e projetos inclusivos é um desafio no cenário educacional atual. Você conhece a proposta inclusiva de educação?
A proposta de educação inclusiva entende ser possível oferecer a todos os educandos as condições necessárias para o acesso e construção de conhecimento, independentemente de suas características ou limitações. 
A pesquisa de alternativas e adaptações às necessidades especiais que os alunos possam apresentar é o caminho traçado para a remoção de barreiras no processo educativo e de inclusão social.
O campo das linguagens artísticas é de grande importância nessa perspectiva inclusiva de educação, pois abre outras possibilidades de comunicação e expressão humana que se dá a partir das imagens visuais, da linguagem corporal e musical.
A prática pedagógica articulada ao paradigma estético e artístico amplia e enriquece a relação dos educandos com o conhecimento em seus diferentes campos.
Nessa perspectiva inclusiva, alunos com necessidades educacionais especiais devido a uma deficiência física, intelectual, sensorial ou com síndromes diversas devem estar e trabalhar juntos com os demais alunos inseridos no contexto da escola regular.
Este é um desafio atual que leva educadores a pensar sobre estratégias, recursos adaptados, materiais e mediações que favoreçam o processo de ensino-aprendizagem a todos os alunos.
No campo da arte/educação, também, é preciso buscar adequações metodológicas que favoreçam o fazer artístico, a apreciação e a reflexão sobre a arte, independentemente de suas características ou necessidades especiais.
O reconhecimento do potencial criador como característica de todo ser humano abre uma nova perspectiva de trabalho com a arte na educação especial em uma perspectiva inclusiva. 
Conheça as diferentes perspectivas do trabalho com a arte na educação especial ao longo do tempo.
*Perspectiva Antiga;
Durante muito tempo, as atividades de artes destinadas aos alunos com algum tipo de deficiência tinham como fim apenas o exercício de adestramento motor ou a cópia de modelos ou de uma técnica artesanal, sem lugar para a livre expressão e o desenvolvimento do processo de criação nas diferentes linguagens artísticas.
*Perspectiva Atual;
Atualmente, as novas orientações e a democratização de acesso às informações sobre o campo da educação especial e sobre as necessidades, potencialidades e limitações da pessoa com deficiência contribuíram para a revisão de propostas e o investimento em projetos educacionais inclusivos que têm a arte/educação como fio condutor.
Você sabe como se deu a mudança da antiga para a atual perspectiva do trabalho com a arte na educação?
Essa mudança se deu, principalmente, pelo reconhecimento do potencial da arte para promover o encontro, a valorização das diferenças e o reconhecimento da diversidade humana como fator positivo e facilitador da criação artística.
No campo da educação, autores como John Dewey (a partir de 1900), Viktor Lowenfeld (a partir de 1939) e Herbert Read (a partir de 1943), influenciados pelo movimento da Escola Nova, publicaram importantes obras que destacam a contribuição da arte na educação, numa perspectiva de valorização da livre expressão. 
Foi a partir daí que observamos o surgimento de algumas experiências de artistas e educadores que marcaram a trajetória da arte/educação no Brasil e sua relação com o campo da educação especial.
Segundo o projeto Escola Nova,surgido nos anos 20/30,no Brasil,.foi inovador,uma vez que “propunha uma nova concepção de educação enfocando na relação ensino-aprendizagem,o aluno,a liberdade de expressão,a experimentação,de certa maneira,o aprender fazendo”.
Também foi importante o Movimento de Escolinhas de Arte no Brasil para a revisão dos pressupostos teóricos e metodológicos que norteavam o campo da educação.
Conheça, agora, os fundamentos da arte na educação especial no Brasil.
Em um primeiro momento, as ideias que fundamentaram a articulação da arte com a educação especial no Brasil tomaram como base o pensamento de Herbert Read e de Viktor Lowenfeld.
Herbet Read e de Viktor Lowenfeld; Em suas obras esses autores oferecerem uma base teórica para a reflexão sobre o acesso à arte para as pessoas com necessidades especiais de aprendizagem.
Herbet Read; O filósofo inglês, Herbert Read (1982) resgata o pensamento de Platão e defende a tese de que a arte deve constituir a base da educação para a formação integral do ser humano. 
 Criticando a dicotomia entre Arte e Ciência, Read aponta como equívoco do sistema educacional a separação do conhecimento em áreas separadas e isoladas.
Vitor Lowenfeld; Já Viktor Lowenfeld, arte-educador austríaco, iniciou sua carreira trabalhando com crianças e jovens cegos no Instituto de Cegos de Viena, em 1922. 
 Contrariando o pensamento vigente, na época, de que a pessoa com deficiência visual seria incapaz de construir e pensar esteticamente, Lowenfeld desenvolveu projetos e pesquisas que se tornaram referência na área.
Amplie os seus conhecimentos sobre o pensamento de Viktor Lowenfeld.
*Ao discutir a importância e o significado da arte para a educação, Lowenfeld afirma que a arte é vital na educação, uma vez que, a criação artística é “um processo complexo em que a criança reúne diversos elementos de sua experiência, para formar um novo e significativo todo”. No processo de criação, a criança revela sua forma de pensar, sentir e perceber (Lowenfeld, 1977, p.13).
Segundo o autor, a atividade artística mobiliza a capacidade de procurar e descobrir respostas, levando à descoberta de novas perspectivas e formas de compreensão de si mesmo, do outro e do meio.
Lowenfeld destaca, ainda, a importância do desenvolvimento da sensibilidade perceptual no processo educativo. Defende a ideia de que o “homem aprende através dos sentidos” e a escola deve priorizar a experiência sensorial, ao invés de limitar o processo de aprendizagem ao domínio lógico de certas respostas definidas e preestabelecidas, descontextualizadas da experiência do aluno.
Desenvolvimento da sensibilidade percentual;
Segundo o autor, no campo da experiência artística, este aspecto é amplamente trabalhado e, desta forma, a arte contribui significativamente para a aprendizagem e o desenvolvimento do educando, já que, “quanto maior for a oportunidade para desenvolver uma crescente sensibilidade e maior a conscientização de todos os sentidos, maior será também a oportunidade de aprendizagem” (Lowenfeld, 1977, p.17).    
Lowenfeld critica o sistema educacional que normalmente está preocupado apenas com a evolução intelectual do educando, priorizando a avaliação do resultado final em detrimento do processo de ensino e aprendizagem. Para ele, a aprendizagem não envolve apenas a acumulação de conhecimentos, mas deve implicar a compreensão de como esses conhecimentos podem ser utilizados e as relações estabelecidas neste processo, que envolve a interação entre educadores e educandos.
O investimento no desenvolvimento do processo de criação deve ser um dos principais objetivos da educação, pois, segundo Lowenfeld (1977, p.28): “o processo criador abrange a incorporação do Eu na atividade: o próprio ato de criar fornece a compreensão do processo por que outros estão passando, quando enfrentam suas próprias experiências. Viver cooperativamente, como seres bem-ajustados, e contribuir, de forma criadora, para a sociedade torna-se um dos mais importantes objetivos da educação”.
Obtenha mais informações sobre os fundamentos da arte na educação especial no Brasil.
1 -Nasdécadas de 50 e 60, no Brasil, a partir das ideias de Herbert Read e Viktor Lowenfeld, o artista e arte-educador Augusto Rodrigues iniciou o diálogo com educadores, artistas e psicólogos que reconheciam a importância da arte na educação e suas contribuições no campo da educação especial.
2 - Nessa articulação, cabe destacar a participação no Movimento das Escolinhas de Arte, da médica e educadora russa Helena Antipoff e dos psiquiatras Drª Nise da Silveira e Dr. Ulisses Pernambucano. Eles destacavam a importância da educação através da arte e o caráter terapêutico da expressão artística.  
3 - Em diferentes contextos, esses profissionais levam adiante suas propostas e constroem um acervo de referências teóricas e de práticas que influenciam, até os dias de hoje, o trabalho no campo da arte/educação e da educação especial.
4 - Essas propostas se baseiam na crença de que a arte como expressão criadora é um meio de educação por excelência e, consequentemente, reconhecem o papel fundamental do artista no processo educativo e de formação do sujeito (Lopes, 2005).  
A partir de agora, você aprofundará os seus conhecimentos sobre o trabalho de arte/educação na perspectiva da educação inclusiva.
O trabalho de arte/educação na perspectiva de uma educação inclusiva envolve a pesquisa de uma proposta de ensino da arte que abarque o campo multissensorial, explorando o potencial expressivo e de criação de cada um dos educandos, independentemente de suas limitações ou necessidades especiais.
O trabalho de arte/educação na perspectiva de uma educação inclusiva envolve a pesquisa de uma proposta de ensino da arte que abarque o campo multissensorial, explorando o potencial expressivo e de criação de cada um dos educandos, independentemente de suas limitações ou necessidades especiais.
Vygotsky nos traz significativas contribuições sobre o trabalho de arte/educação na perspectiva de educação inclusiva.
Segundo Vygotsky (1982, p.46), todo ser humano tem potencial criador e capacidade de desenvolver a imaginação criadora. E, para que possa desenvolver este potencial, necessita de estímulos do meio e da mediação do adulto: “a criação consiste, no seu verdadeiro sentido psicológico, em fazer algo novo; é fácil chegar à conclusão de que todos podemos criar em grau maior ou menor e que a criação é o acompanhante normal e permanente do desenvolvimento infantil”.
A partir das considerações de Vygotsky,é possível destacar o potencial inclusivo da arte,uma vez que todo ser humano,independente de suas características ou limitações tem potencial criador e de imaginação,que poderá ser desenvolvido de variadas formas e através das diferentes linguagens.
Resgatar este potencial e acreditar nele como caminho para o desenvolvimento do processo educativo pode ser uma forma de abrir uma nova perspectiva de trabalho e de construção de um projeto pedagógico inclusivo,que se propõe a explorar e trabalhar com todas as potencialidades humanas e com os diferentes campos do saber.
As linguagens artísticas destacam-se como facilitadoras deste processo de construção de conhecimento e encontram na mobilização da imaginação e da fantasia a base de desenvolvimento do ato de criação e de expressão artística.
Nesta aula, você refletiu sobre a possibilidade de desenvolvimento de práticas educativas não segregadoras, que tenham a arte como fio condutor, fundamentadas no paradigma da inclusão e na concepção de que a relação estabelecida entre a pessoa com e sem deficiência física, mental ou sensorial, assim como a relação dialética entre o social e o individual, entre o particular e o universal, devem ser considerados como referenciais básicos para a construção de uma sociedade menos discriminadora e excludente e de um sistema educacional inclusivo.
1 - É preciso estimular e viabilizar o permanente diálogo entre os diferentes segmentos envolvidos no processo educativo - alunos, responsáveis, educadores, funcionários, comunidade -, para que sejam pensadas, transformadas e criadas as reformulações e adaptações necessárias ao atendimento das necessidades especiais que os alunos possam apresentar.
2 - A efetiva consolidação do direito à educação a todos os alunos e a inclusão do aluno com necessidades especiais de aprendizagem no ensino regular requerem alterações significativas nos pressupostos e nas práticas pedagógicas.  
3 - É fundamental considerar as contribuições da arte no processo educativo e sua dimensão inclusiva enquanto forma de expressão e comunicação potencialmente aberta a todos os alunos, independentemente de suas características ou necessidades especiais.  
SÍNTESE DA AULA 10; ARTE/EDUCAÇÃO E EDUCAÇÃO INCLUSIVA.
Nesta aula, você:
• conheceu o conceito de inclusão e educação inclusiva;
 reconheceu o papel da arte nos processos de inclusão educacional e social;
• reconheceu os fundamentos teóricos e metodológicos da arte no contexto da educação inclusiva;
• soube como propor meios e mediações no processo de ensino-aprendizagem de arte que contribuam para a educação inclusiva.

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