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ANÁLISE TEXTUAL CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL

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ANÁLISE TEXTUAL – CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
Na língua culta, os indivíduos são exigentes tanto em relação à concordância nominal, quanto em relação à concordância verbal. Ao dizermos “As menina veste azul”, a ausência de concordância, tanto nominal, quanto verbal, marca-nos socialmente. Observemos as sentenças a seguir:
As duas menina bonita já saiu.
A gente vamos ao cinema.
Os pessoal já chegou.  
Ao lermos as três sentenças acima, percebemos que há inadequações na forma como as palavras foram combinadas. Para sanar os problemas nelas encontrados, é preciso: 
Os determinativos ‘as’ e ‘duas’ devem concordar com o substantivo menina. Além disso, será preciso ajustar o verbo de modo que ele concorde com o sujeito que ficará no plural (“saíram”).
‘A gente’, apesar de fornecer uma ideia de plural, vem acompanhado de verbo na terceira pessoa do singular.
A palavra ‘pessoal’ nos fornece a ideia de plural, mas, por se tratar de substantivo coletivo, o verbo e o determinativo devem estar no singular. 
Seguindo-se o exposto acima, as frases ficarão:
1’. As duas meninas bonitas já saíram.
2’. A gente vai ao cinema.
3’. O pessoal já chegou.
Assim, concordância nominal consiste na adaptação de determinantes e modificadores ao núcleo do sintagma nominal em questão, de uns nomes aos outros, harmonizando-se nas suas flexões com as palavras de que dependem. Quando pensamos na concordância verbal, tratamos de um processo de adaptação entre o sujeito e o verbo.
 
A CONCORDÂNCIA NOMINAL
REGRA GERAL. O adjetivo, o artigo, o numeral e o pronome adjetivo concordam com o substantivo em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural). 
Exemplo: Um médico atencioso / Uns médicos atenciosos / Uma médica atenciosa / Umas médicas atenciosas
REGRAS ESPECÍFICAS.
ADJETIVO POSPOSTO
1. Concordância lógica ou concordância atrativa. Quando o adjetivo vem posposto a dois ou mais substantivos no singular e do mesmo gênero, pode ir para o singular (concordância atrativa) ou plural (concordância lógica ou gramatical). 
Exemplos: 
Fiquei encantado com as serras e a gente mineiras. 
Fiquei encantado com as serras e a gente mineira.
Elas foram nora e filha dedicadas.
Elas foram nora e filha dedicada. 
Atenção. Quando os substantivos são do mesmo gênero os dois modos de se fazer concordância podem ser realizados, embora as primeiras sejam mais adequadas porque mostram que a característica é atribuída aos dois substantivos.
Quando o adjetivo se referir claramente ao último substantivo, a concordância com este será obrigatória. 
Exemplo: O casaco e o perfume francês eram dele. 
2. Concordância atrativa. Quando o adjetivo vem depois de dois ou mais substantivos no singular e de gêneros diferentes, o adjetivo vai para o plural masculino ou concorda com o substantivo mais próximo. 
Exemplo: O presidente vestia calça e paletó escuros (escuro). 
Observação: A concordância do adjetivo com o último substantivo será obrigatória quando: 
a) o sentido assim o exigir. 
Exemplos: Comprei na feira um pano de chão e frutas frescas. 
b) os substantivos forem sinônimos. 
Exemplo: Minha tia passou por dor e sofrimento demasiado. 
c) os substantivos estiverem no plural.
Exemplo: Eles estão sempre com os corações e as casas abertas. 
ADJETIVO ANTEPOSTO. A concordância é feita de acordo com a função sintática do adjetivo.
3a) Adjunto adnominal. Quando o adjetivo vier anteposto a mais de um núcleo substantivo do mesmo gênero e número ou não, ele concordará necessariamente com o substantivo mais próximo. 
Exemplo:
Sua mãe e filhas podem ficar aqui. 
Lembre-se: Sua é pronome adjetivo (indica posse).
3b) Predicativo. Quando o adjetivo funciona como predicativo de um sujeito composto ou de um objeto composto, preferencialmente, concorda com todos os núcleos desses termos. �
Exemplo: Pai e filho são talentosos. (‘talentosos’ é predicativo do sujeito composto ‘pai e filho’)
 O policial encontrou o bandido e a vítima mortos. (‘Mortos’ é o predicativo do objeto ‘o bandido e a vítima’)
Atenção.
Quando os substantivos expressarem nomes próprios ou grau de parentesco, o adjetivo irá, obrigatoriamente, para o plural. 
Exemplos: Fomos à casa dos seus adoráveis sogro e sogra. 
As belas Ana e Luísa são primas.
No caso de substantivos de gêneros diferentes, o adjetivo irá para o masculino plural.
Exemplo: O aluno e a aluna estão aprovados.
4) No caso de mais de um adjetivo qualificar ou determinar o mesmo substantivo, podem ser dadas à frase várias formas. 
Exemplos: O primeiro e o segundo turno foram anulados. 
Primeiro e segundo turnos foram anulados. 
O primeiro turno e o segundo foram anulados. 
(Estilisticamente, as duas primeiras construções são preferíveis, pois a terceira, apesar de o adjetivo estar no plural, pode trazer um pouco de incerteza: o primeiro turno também foi anulado?).
 
Atenção. Quando temos um substantivo e mais de um adjetivo, devemos observar em relação ao uso do artigo que:
a) quando o substantivo estiver no plural, não se usa o artigo antes dos adjetivos. 
Exemplo: Quando criança, estudávamos os idiomas francês e inglês.
b) se o substantivo estiver no singular, o uso do artigo será obrigatório a partir do segundo adjetivo.
Exemplo: Estudo a língua inglesa, a francesa e a italiana. 
 
OUTROS CASOS.
5) O adjetivo irá para o plural quando o substantivo, mesmo no singular, vier precedido das expressões "um e outro", “um e outro” ou "nem um nem outro". 
Exemplos: Não posso fazer um e outro trabalho cansativos. 
 substantivo adjetivo 
Nem um nem outro aluno doentes fizeram a prova. 
 substantivo adjetivo 
6) Caso o adjetivo venha antecedido das expressões "alguma coisa" ou "qualquer coisa", mais a preposição "de", vai para o masculino. Caso contrário, vai para o feminino. 
Exemplos: 
Alguma coisa de aterrador aconteceu ontem. 
Alguma coisa aterradora aconteceu ontem. 
ALGUMAS CURIOSIDADES NO USO DE CERTOS SUBSTANTIVOS, ADJETIVOS E ADVÉRBIOS
Anexo, apenso, incluso, junto, separado. Todas essas palavras são adjetivos e concordam em gênero e número com o substantivo ao qual se refere�.
Exemplos: 
Seguem anexas às cartas as contas de telefone.
Anexo ao e-mail, coloquei o arquivo de que você precisava.
Está incluso ao processo o seu pedido.
Elas estão separadas há muito tempo.
As planilhas de custo estão apensas aos documentos.
Atenção. A expressão ‘em anexo’ é invariável.
É bom, é necessário, é proibido. Essas expressões concordam obrigatoriamente com o substantivo a que se referem, quando for precedido de artigo. Caso contrário são invariáveis. 
Exemplos: É necessário ter paciência. 
A paciência é necessária ao homem.
Menos�, pseudo. Menos é advérbio; pseudo é prefixo. Assim, ficam sempre invariáveis.
Exemplos: Tinha menos experiência agora. (‘Experiência’ é um substantivo feminino e, ainda assim, a palavra ‘menos’ não varia).
Todos estavam alerta.
É uma pseudo-heroína.
 
Monstro. Todo substantivo no papel de adjetivo é INVARIÁVEL. Assim, não devemos dizer “Ela é uma monstra.” e sim “Ela é um monstro.”
Obrigado, servido. Usado como forma de agradecimento deve concordar em gênero e número com o emissor. 
Exemplos: Muito obrigadas - disseram as moças.
Estamos servidos – afirmaram os homens.
Óculos. É um substantivo plural e deve ser usado sempre com os determinantes e o verbo no plural. 
Exemplo: Meus óculos quebraram quando caíram no chão.
Qualquer e quaisquer. A palavra ‘qualquer’ possui como plural ‘ palavra ‘quaisquer’. 
Exemplos:
Traga qualquer livro.
Traga quaisquer livros.
Quite. A palavra ‘quite’ é o particípio irregular do verbo quitar e funciona, frequentemente, como adjetivo concordando apenas em número com seu referente, ou seja, não varia em gênero, somenteem número.
Exemplos: Os deputados ficaram quites com suas obrigações na Câmara.
Ela está quite com a financeira.
Só. Palavra que pode funcionar como adjetivo, com o significado de ‘sozinho’ ou como advérbio, sendo sinônimo de ‘somente’. Da mesma forma que o adjetivo quite acima, o adjetivo só, apenas fará concordância de número com seu referente. Lembrem-se de que, quando advérbio, não varia!
Exemplos: Aquelas médicas venceram na vida por si sós.
Esse rapaz vive só no mundo.
A palavra ‘só’ é invariável quando significa apenas/somente. 
Exemplos: Eles queriam ficar só na sala. (apenas) 
CONCORDÂNCIA VERBAL
Assim como os determinantes e os modificadores concordam com o substantivo em gênero e número, o verbo também precisa participar desse processo de concordância. Todavia, ressaltamos a relevância dos estudos da sintaxe para que o sujeito da oração seja corretamente identificado, pois só desta forma que o verbo receberá adequada flexão. 
Vejam este trecho do nosso belo Hino Nacional:
“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante”
Por que o verbo está no plural, OUVIRAM? Simples: porque o sujeito deste verbo é AS MARGENS PLÁCIDAS. Esta frase está na ordem inversa! Se você não reconhece o sujeito, não percebe a personificação desta poesia. Viram como é importante saber análise sintática?
Vamos ao trabalho!
REGRA GERAL. A regra geral é a de o verbo concordar com o sujeito em número e pessoa.
O carro enguiçou.
Os carros enguiçaram.
REGRAS ESPECIAIS COM O SUJEITO COMPOSTO. 
1 Sujeito composto antes do verbo 
 a) o verbo vai para o plural: 
 Exemplo: Mariana e Paulo são as finalistas do concurso literário.
 b) o verbo poderá ficar no singular ou ir para o plural:
Se os núcleos do sujeito forem sinônimos. 
Exemplo: A libertinagem e a devassidão destruiu / destruíram Roma. �
Quando os núcleos formam uma gradação. 
Exemplo: Uma palavra, um gesto, um olha bastava/bastavam para se entenderem. 2
c) Quando os núcleos aparecem seguidos de aposto resumitivo: com as palavras tudo, nada, ninguém. O verbo concorda com o aposto.
Exemplo: Diretores, atores, fãs, ninguém gostou da festa.
� aposto resumitivo
Diretores, atores, fãs, todos gostaram da festa. 
� 
 aposto resumitivo
2. Sujeito composto depois do verbo. O verbo vai para o plural ou concorda com o núcleo mais próximo, se este estiver no singular.
Exemplo: Viajaram para a Disney ela e as primas. 
Viajou para a Disney ela e as primas.
3. Sujeito composto por pessoas diferentes. 
a) quando aparece a 1ª pessoa do singular o verbo vai para a 1ª pessoa do plural. 
Exemplo: Ana e eu estudaremos juntas no próximo semestre. 
b) se o sujeito for formado de segunda e terceira pessoas do singular, o verbo pode ir para a 2ª ou 3ª pessoa do plural. 
Exemplo: Tu e ela estudareis juntas no próximo semestre. 
Tu e ela estudarão juntas no próximo semestre.  
4. Núcleos do sujeito ligados por OU.
a) Se houver ideia de exclusão ou de retificação. Nesse caso, a ação ou fato só pode ser atribuído a um dos núcleos: o verbo fica no singular ou concordará com o núcleo do sujeito mais próximo. 
Exemplos: Aécio ou Serra será o candidato do Partido. (ideia de exclusão)
Escultura ou pinturas eram do século XVIII. (ideia de exclusão)
O professor ou os professores elaboraram as questões. (ideia de retificação)
b) Se não houver ideia de exclusão. Quando a ação ou fato pode ser atribuído a ambos os núcleos, o verbo vai para o plural na pessoa gramatical predominante. 
Exemplo: Tu ou a prima dela sereis sempre odiados por todos.
c) Se houver ideia de retificação. O verbo concordará com o mais próximo.
5. Núcleos do sujeito ligados por COM. O verbo irá para o plural, mas pode concordar com o primeiro núcleo, se o objetivo for realçá-lo.  
Exemplo: O pai com o filho deu / deram o depoimento em Paris. 
Sujeito coletivo ou partitivo. Quando houver expressões quantitativas seguidas de expressão determinante, a concordância é facultativa, ou seja, o verbo concorda com o núcleo ou com o determinante, quando este último aparecer na sentença. 
Exemplos: A multidão aplaudiu a fala do presidente sobre o pré-sal. 
 
A maioria dos alunos fez os exercícios.
 A maioria dos alunos fizeram os exercícios.
Um grupo de alunos faltou à prova. (grupo = nome coletivo)
Um grupo de alunos faltaram à prova.
6.1. Sujeito formado por expressões percentuais. Bechara (1999:566) considera que, nas expressões numéricas de porcentagem “[...] a tendência é fazer concordar o verbo com o termo preposicionado que especifica a referência numérica.”
Exemplo:
Vinte por cento dos alunos ainda não fizeram o trabalho.
6.2. Sujeito formado por expressões: outros casos. 
a) Um ou outro. O verbo concorda no singular com o sujeito. 
Exemplo: Um ou outro fazia o almoço aos domingos. 
 
b) Um e outro, nem um nem outro, nem (...) nem (...). A concordância nesse caso é facultativa, ou seja, o verbo pode ficar no singular ou no plural. No entanto, Bechara (1999:556) e outros autores respeitados consideram mais comum o uso do verbo no plural. 
Exemplo: Um e outro trabalha / trabalham com informática. 
Nem um nem outro comprou / compraram a comida.
Um dos que, uma das que. O verbo pode ficar no singular ou no plural. Novamente, entre outros, Bechara (1999:562) considera a necessidade do uso do verbo no plural mais forte para que se mantenha o efeito de sentido.
Exemplo: Ele é um dos que mais compra / compram livros. 
Mais de, menos de. O verbo concorda com o numeral a que se refere. 
Exemplos: Mais de um vereador votou contra a lei. 
 Mais de vinte vereadores votaram contra a lei. 
Se a expressão for mais de um o verbo fica no singular.
Quais de vós, quantos de nós, alguns de nós, poucos de nós, nenhum de nós etc. Quando o sujeito for representado por locução pronominal ou pronome pessoal preposicionado, a concordância será feita de acordo com o núcleo do sujeito. 
 
Exemplos: Nenhum de nós foi à festa. (O núcleo do sujeito é ‘nenhum’ e está no singular)
Muitos de nós não foram à festa. (O núcleo do sujeito é ‘muitos’ e está no plural) 
 
Um milhão. O verbo pode concordar com a palavra ‘milhão’ ou concordar atrativamente com o especificador.
Exemplos:
Um milhão de pessoas já votou.
Um milhão de pessoas já votaram.
Núcleo do sujeito formado por fração. Quando o núcleo do sujeito é formado por uma fração, o verbo deve concordar com o numerador.
Exemplo: Um terço dos alunos já saiu.�
Dois terços dos alunos já saíram.
Um de nós, boa parte, um bando, metade, muitos de nós. Nesses casos, a concordância com o núcleo é obrigatória.�
Exemplos:
Um de nós saiu cedo. (‘Um’ é o núcleo = verbo no singular)
Muitos de nós estudaram para a prova. (‘Muitos’ é o núcleo= verbo no plural)
7. Sujeito formado por nome próprio pluralício. Quando o sujeito é um substantivo usado somente no plural, há duas possibilidades: 
a) se o substantivo não vier precedido de artigo fica no singular. 
Exemplos: Estados Unidos é a maior potência econômica do mundo. 
Minas Gerais possui um povo muito hospitaleiro. 
 
b) se o substantivo for precedido de artigo, o verbo vai para o plural. 
Exemplos: Os Estados Unidos são a maior potência do mundo.
As Minas Gerais possuem um povo muito hospitaleiro.
8. Sujeito formado por pronome de tratamento. Quando o sujeito é um pronome de tratamento, temos um caso especial de concordância: o pronome possessivo é o de terceira pessoa. O que acaba nos induzindo ao erro é a ideia de que haveria o par vossa/vosso e, portanto, o uso do pronome oblíquo ‘vós’. É comum vermos exemplos como “Vossa excelência deve apresentar vossa proposta”.� Nesses casos:
o verbo vai para a 3ª pessoa; 
o adjetivo deverá indicar o sexo da pessoaa que se referir;
o pronome iniciado por Vossa é de segunda pessoa e o pronome iniciado por Sua é de terceira pessoa.
Exemplos: Vossa Excelência foi correto corretamente, assim como seus correligionários.
 Verbo na 3ª pessoa Adjetivo no masculino: indicativo de que o referente é do sexo masculino
Vossas Excelências votaram a nova lei. 
	 
9. Sujeito formado pelos pronomes relativos QUE e QUEM.
a) se o sujeito for o pronome relativo QUE, o verbo concordará em número e pessoa com o antecedente do pronome. 
Exemplos: Fui eu que liguei o rádio. 
Foram eles que ligaram o rádio
Fomos nós que ligamos o rádio. 
b) se o sujeito for o pronome QUEM, antecedido pelo pronome eu, o verbo fica na 3ª pessoa do singular. Nos demais casos, tem-se a concordância com o pronome.
Exemplo: Não sou eu quem paga a conta.  
Fui eu quem pagou a conta. 
Fomos nós quem pagamos a conta.
Observação: Na língua falada, é comum o verbo concordar com o antecedente do pronome QUEM e ouvirmos “Não sou eu quem pago a conta.” No entanto, a prescrição gramatical condena esse uso, considerando-o um desvio da norma culta. 
10. O sujeito é formado por uma oração. Nesse caso, o verbo fica na 3ª pessoa do singular. 
Exemplos: Faltava resolver alguma pendência na última hora. 
 Oração subordinada substantiva subjetiva, reduzida de infinitivo.
Faltava comprar cinco blusas para a quermesse.
 Oração subordinada substantiva subjetiva, reduzida de infinitivo.
 
 
11. O núcleo do sujeito é formado por infinitivos. O verbo vai para o plural se os infinitivos forem determinados por artigos. Caso os infinitivos não aparecerem determinados o verbo poderá ficar no singular. 
 
Exemplo: Andar e nadar é um ótimo exercício. 
  
O andar e o nadar são ótimos exercícios. . 
 
Prezados alunos,
Acessem em nossa biblioteca o arquivo sobre infinitivo flexionado.
12. Verbo com a partícula apassivadora SE (se + verbo transitivo direto). O verbo normalmente concorda com o sujeito porque o ‘SE’ faz a frase ser passiva, ou seja, o sujeito é quem sofre a ação do verbo. 
 
Exemplo: Vende-se apartamento. / Vendem-se apartamentos. 
Nos exemplos acima, ‘apartamento’ ocupa a função de sujeito e, por isso, o verbo concorda com ele, ficando, respectivamente, no singular e no plural. As frases acima correspondem à “Apartamento é vendido” e “Apartamentos são vendidos.”
 
13. Verbo com índice de indeterminação do sujeito (se + verbo intransitivo; se + verbo transitivo indireto; se + verbo de ligação). O verbo fica na 3ª pessoa do singular porque a partícula ‘se’ tem a função de tornar o sujeito indeterminado e, nesse caso, o verbo fica obrigatoriamente no singular.
 
Exemplos: 
Vive-se feliz no interior. (‘Viver’ é verbo intransitivo)
Precisa-se de pedreiros. (‘Precisar’ é verbo transitivo indireto: precisar ‘de’)�
Permanece-se feliz no interior. (‘Permanecer’ é verbo de ligação)
14. Haja vista. As regras de concordância com essa estrutura são variáveis. 
A expressão fica invariável, quando significa ‘por exemplo’. 
Exemplo: Haja vista os problemas da sociedade, haverá sempre crianças na rua. 
 
A expressão vai para o plural, quando significa ‘vejam-se’. 
Exemplo: Hajam vista os livros da escola.
 15. A concordância com os verbos impessoais. Esses verbos constroem orações sem sujeito e ficam na 3ª pessoa do singular. 
 
Exemplos: Havia cinco anos que sonhávamos com essa viagem.
Faz dois anos que recebemos a carta. 
Não os vejo há três meses.
 
O mesmo acontece com os verbos que formam oração sem sujeito como “Chovia muito quando chegamos ao aeroporto.” No entanto, quando esses verbos que exprimem fenômenos da natureza são usados em sentido figurado deixam de ser impessoais. 
Exemplo: Choviam lágrimas de seus olhos. (sentido metafórico)
 
16. Concordância do verbo SER. Seguindo a relação sintática que se estabelece entre o sujeito e o verbo, o mais comum é que o verbo ser concorde em com o sujeito. 
Exemplos: Ele era muito aplicado.
Eles eram muito aplicados.
No entanto, em muitos casos, esse verbo adequa-se à flexão do predicativo. É que veremos a seguir. 
O verbo ser concorda com o predicativo nos seguintes casos:
Quando o substantivo ou pronome designa pessoa. 
Exemplos: Sua maior alegria eram os alunos.
O maior acionista foste tu.
Embora ouçamos com frequência “O escolhido foi eu.” A forma prescrita é “O escolhido fui eu”, já que o verbo ‘ser’ deve concordar com o predicativo ‘eu’. 
Se o predicativo for o pronome demonstrativo o, o verbo SER fica no SINGULAR:
Exemplos:
“Problemas é o que não lhe falta.”
Nas indicações de tempo e de distância, ele é neutro, ou seja, relaciona-se a horas, distâncias e datas, concordando com o numeral a que se refere.
Exemplos:
É uma hora.
São dez horas. 
Hoje é primeiro de abril.
Hoje são 30 de abril. �
Daqui à praia será um quilômetro.
Daqui à praia serão dois quilômetros.
Quando o sujeito for um dos pronomes que, quem e o que o verbo SER concordará obrigatoriamente com o predicativo. 
Exemplo: Que são homônimos? 
Quem foram os vencedores do campeonato? 
Quando o sujeito for representado pelos pronomes tudo, isso, aquilo, isto, ninguém, nenhum ou expressão do tipo de o resto, o mais, etc. o verbo SER concorda, preferencialmente, com o predicativo. � 
Exemplos: Tudo são flores no início da relação. 
Isto são fenômenos da natureza. 
O resultado da pesquisa foram mais incertezas sobre o tema.
Quando o sujeito da oração é constituído por expressões que indicam quantidade, preço, valor, medida e o verbo ser aparece nas expressões é muito, é pouco, é bastante o verbo SER permanece na 3ª pessoa do singular. 
Exemplos: Quatro reais é pouco para irmos ao cinema. 
Seis quilos de feijão é mais do que pedi. 
 
 
17. Concordância do verbo PARECER. O verbo PARECER antes de infinitivos admite duas concordâncias: 
O verbo PARECER se flexiona e o infinitivo não varia. 
Exemplo: As paredes do prédio pareciam estremecer. 
Não varia o verbo PARECER e o infinitivo é flexionado. 
Exemplo: Os alunos parecia concordarem com o diretor da escola. 
O verbo PARECER concordará no singular, usando-se oração desenvolvida. 
Exemplo: As paredes parece que estão estremecidas.
18. Os verbos HAVER e EXISTIR.
O verbo HAVER, quando indica tempo decorrido ou quando usado no sentido de “existir”, deve ser usado sempre na 3ª pessoa do singular e isso também ocorre quando o verbo HAVER for o verbo principal de uma locução verbal. � Quando acompanhado de verbo auxiliar, esse fica invariável na 3ª pessoa do singular. 
Exemplos: Há cinco anos não falávamos com Rita.
Devia haver cinco anos que não falávamos com Rita. 
O verbo HAVER fica no singular porque não tem sujeito ( = sujeito inexistente), mas os seus sinônimos têm sujeito e devem concordar. Assim, o verbo EXISTIR é pessoal (= com sujeito) e deve concordar com o seu sujeito. 
Exemplos: 
EXISTE no Brasil uma tendência à desorganização. ( = sujeito singular) 
Na rua, EXISTEM vário carros azuis.(= sujeito plural)
 
19. O verbo FAZER indicando tempo decorrido. Quando usamos o verbo ‘fazer’ para indicar tempo decorrido ele é impessoal e, portanto, fica no singular. 
Exemplo: “Faz três dias que ele não sai de casa.”
 Quando usamos a expressão ‘vai fazer’ também iremos manter ambos os verbos no singular, já que temos a ideia de tempo decorrido. "Vai fazer dois anos que não viajamos.” 
 
20. A concordância com dar e sinônimos aplicados a horas. Os verbos dar, bater e soar, quando usados para indicar hora, devem concordar com as horas quando não há sujeito expresso. 
Exemplos: 
Deu uma hora.
O relógio deu dez horas.�
. Saiba mais:
Comentários do Professor Pasquale sobre concordância
http://colunas.g1.com.br/portugues/?s=Concord%C3%A2ncia
O desvio da concordância
http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11841
Os numerais da discórdia
http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11773Troca de papeis
http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11711
O tropeço da conversa
http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11525
Casos especiais de concordância
http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11479
Referências bibliográficas
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37ª ed. Revista e ampliada. Rio de Janeiro: Lucerna, 1999.
CIPRO NETO, Pasquale. Nossa língua em letra e música. São Paulo: EP&A, 2002.
DORNELLES, José Almir Fontella. A gramática do concursando. 13ª ed. Brasília: Vestcon, 2002.
SILVA, Sérgio Nogueira da. O português do dia-a-dia: como falar e escrever melhor. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009.
FARACO, Carlos Alberto e TEZZA, Cristóvão. Oficina de texto. 3ª ed. Petrópolis, RJ:Vozes, 2003.
INFANTE, Ulisses. Curso de gramática aplicada aos textos. 5ª ed. São Paulo: Scipione, 1999.
MOURA, Fernando. Gramática aplicada ao texto. 2ª ed. Brasília: Vestcon, 2002.
PIMENTEL, Ernani Figueiras. Gramática pela prática. 6ª ed. Brasília: Vestcon, 2002.
 
� Não há concordância entre os gramáticos quando à concordância do predicativo com o núcleo mais próximo. Recomendamos que ao estudar para um concurso público, façam-no sempre através da(s) gramática(s) recomenda(s) pela banca.
� Vale ressaltar a importância de se encontrar o núcleo do sintagma nominal a que se referem estas palavras para que a concordância seja adequada. Exemplo: Seguem anexas as planilhas... Só usamos anexas, porque reconhecemos o núcleo planilhas.
� Retomando a questão da variação linguística discutida na aula2, usar a palavra ‘menas’ marca o falante de uma forma negativa. Lembrem-se: ‘Ela usa menOs roupa que eu’ e não ‘Ela usa menas roupa que eu.’
� Exemplos retirados de Dornelles (2004:178).
� Ainda que haja autores que considerem aceitável o uso do verbo no plural nessa construção, alguns professores, entre eles o Professor Sérgio Nogueira, recomendam que o verbo fique no singular. 
� Nesse caso também há diferentes opiniões. No entanto, a maior parte dos autores considera que a concordância com o núcleo é a que deve ser priorizada.
� Exemplo retirado de CIPRO NETO (2002).
� Nesse exemplo, a presença da preposição ‘de’ indica que a partícula ‘se’ é indeterminadora do sujeito.
� Alguns autores defendem uma concordância com a palavra ‘dia’ subentendida. Exemplo: Hoje é (dia) quatro de maio. Sugere-se o uso da palavra ‘dia’ como forma de evitar que se entre em discussões desnecessárias.
� Mais uma vez, Bechara (1999:558) comenta que considere melhor que o verbo fique no plural: “A concordância normal com o sujeito ocorre, apesar de mais rara.” E exemplifica com a frase “Tudo é alegrias.”.
� Locução verbal é quando juntamos dois ou mais verbos. O verbo principal é o último. Exemplo: “Deve haver livros sobre a mesa.”
 
� Neste exemplo, ‘dez horas’ é objeto direto do verbo ‘dar’ e, por isso, não determina a flexão verbal.

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