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Trabalho de Psicopatologia em Análise do Comportamento Abigail

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CENTRO UNIVERSITARIO DOUTOR LEÃO SAMPAIO
CURSO DE PSICOLOGIA
PSICOPATOLOGIA EM ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
ABIGAIL VIRGINIA MIRANDA DE ALENCAR
JUAZEIRO DO NORTE – CEARÁ
I - A PSICOPATOLOGIA EM ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
A Análise do Comportamento rejeita a concepção internalista de psicopatologia, na verdade, o analista do comportamento tem interesse por mapear as variáveis que o comportamento é função, e as que tiveram papel importante no seu condicionamento, que são as que hoje são responsáveis pela sua manutenção, sendo também muito importante verificar se as contingências responsáveis pela manutenção do problema são iguais ou diferentes daquelas que são responsáveis pela sua instalação, o que pode exigir análises de contingências distintas, já que assim como já foi apontado por muitos autores existem algumas variáveis ambientais que parecem ter uma relação direta com a instalação e a manutenção dos comportamentos ditos psicopatológicos (ABREU; PRADA, 2004; STURMEY, 1996 apud VERMES; ZAMIGNANI, 2002).
Algo muito usado para definir as psicopatologias é O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM, que é um manual para profissionais da área da saúde mental que lista diferentes categorias de transtornos mentais e critérios para diagnosticá-los, de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria - APA. Ele é usado ao redor do mundo por psicólogos, médicos, terapeutas ocupacionais, entre outros profissionais (PRADO, 2013).
Uma coisa que a análise do comportamento critica nesse manual é que a classificação faz uma redução de eventos dinâmicos a coisas estáticas, excluindo detalhes da vida do indivíduo e as suas diferenças em relação aos outros, também não levando em consideração as diferentes culturas, onde um comportamento pode ser considerado normal dentro de uma sociedade e dentro de outra não, outra critica é a estigmatização que ocorre em função do rótulo, já que o diagnostico acaba enquadrando e marcando o indivíduo de diversas maneiras pelas idéias que permeiam o rótulo que ele recebeu. (PRADO, 2013).
II - A PSICOPATOLOGIA
Para o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-V (APA, 2014), existem diversos tipos de transtornos depressivos, a característica comum de todos eles é a presença de humor triste, irritável ou vazio, acompanhado de alterações cognitivas e somáticas, que acabam afetando consideravelmente a vida do individuo, o que diferencia um transtorno depressivo do outro é a sua duração, etiologia presumida, ou o momento.
Outra coisa que é possível notar são as alterações orgânicas que ocorrem, como disfunções de sistemas de neurotransmissão central de serotonina, dopanine, e noradrenalina. (DOUGHER; HACKBERT, 2003).
III - A PSICOPATOLOGIA NA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
Para Análise do Comportamento, qualquer tipo de explicação do comportamento depressivo exige uma analise funcional do comportamento de cada individuo especificamente em relação com os contextos em que ocorrem. Mas algumas coisas que estão presentes em muitos casos são a interrupção de reforçamento para respostas que anteriormente eram reforçadoras, experiências com adventos aversivos incontroláveis, histórico de punições e as funções estabelecedoras (DOUGHER; HACKBERT, 2003).
 Em relação à bioquímica da depressão, os dados são correlacionais, isso significa que não é possível estabelecer uma relação causal entre o comportamento depressivo e as alterações orgânicas, não é possível saber se é o comportamento depressivo que causa as alterações orgânicas, se são as alterações orgânicas que causam o comportamento depressivo ou se são fatores ambientais que causam as duas coisas (DOUGHER; HACKBERT, 2003).
IV - CASO CLINICO PACIENTE COM DEPRESSÃO
Anamnese:
Identificação, L. A. F. 30 anos sexo masculino cor branca, estado civil viúvo, natural do Rio de Janeiro. Estudante do nível superior e trabalhador da área de saúde, em nível técnico. L. A. F. relata ter procurado atendimento Psicológico, por não ter mais vontade de viver, o paciente compareceu ao consultório psiquiátrico relatando que sua vida está sem sentido, ele está desanimado, com crise de choro, triste, e revoltado com as pessoas ao seu redor.
O quadro clinico teve inicio em 2008, quando sua mulher com quem foi casado por seis anos, faleceu de distrofia muscular progressiva. Desde então L. A. F. Passou a ter dificuldades no trabalho, e de assistir aulas, até de não ter mais atenção aos estudos. O paciente relata não conseguir fazer mais nada do que fazia antes, “minha vida está uma porcaria”, repetia ele, “está uma porcaria mesmo.” L. A. F. fala na dificuldade em dormir a noite e isso passou a ser constante, também passou a se isolar das pessoas, não querendo fazer mais nada, quando não estava dormindo, ficava com o filho que o fazia lembrar muito da esposa, sempre repetindo que está sem vontade de viver, por se sentir injustiçado por deus e sozinho por falta de apoio dos colegas de trabalho e ate da própria família.
A historia pessoal:
A. L. F. E natural do Rio de Janeiro, e o filho mais velho de uma prole de cinco irmãos foi criado só pela a mãe não teve contato com o pai, diz que durante sua infância sempre se sentiu sozinho, a mãe e os irmãos não lhe davam muito atenção, sempre foi um sujeito tímido reservado nunca teve muitos amigos durante a sua adolescência não mantendo um bom relacionamento social com os demais familiares, não costuma solicitar ajuda da família, A. L. F. Relata nunca que teve um relacionamento estável ate conhecer Cris, aos 24 anos com quem se casou e teve o seu único filho de 6 anos, a psiquiatra observa que o paciente chega para o atendimento com barba por fazer e a roupa com tom escuro.
Sobre o Caso
É possível notar que houve uma experiência com um advento aversivo incontrolável que foi a morte de sua esposa, que acaba sendo algo importante para desencadear a sua depressão, já que esse foi o seu único relacionamento estável. Na sua historia de vida, existe um histórico de punições, já que nem sua mãe e nem seus irmãos lhe davam atenção, e atualmente ele se sente injustiçado por deus e ao olhar para o filho, ele acaba lembrando-se da sua esposa, também existem poucas fontes reforçadoras já que ele se sente sozinho devido à falta de apoio dos colegas de trabalho e até da própria família, e respostas que anteriormente eram reforçadoras não são mais, como o seu trabalho e os estudos.
Outra classe de respostas que é evocada pelas funções estabelecedoras de punição e de reforço insuficiente na sua vida é o comportamento verbal, com diversos mandos representados na forma de reclamações e autocríticas e isso só acaba aumentando a estimulação aversiva e acentua a depressão.
Para esse caso, podem haver diversas estratégias de tratamento, uma delas é a medicamentosa com antidepressivos, que podem funcionar como operações estabelecedoras que acabam neutralizando funções estabelecedoras de eventos que produzem a depressão, essas drogas vão ter o efeito de atenuar ou abolir contingências que são depressivas e potencializar as não-depressivas, a psicoterapia também é necessária para manter os efeitos do tratamento durante e após a interrupção do uso da droga.
REFERÊNCIAS
ABREU, P.R. PRADA, C. G. Transtorno de ansiedade obsessivo-compulsivo (TOC) e transtorno da personalidade obsessivo-compulsivo (TPOC): um “diagnóstico” analítico-comportamental. Rev. bras. ter. comport. cogn. vol.6 no.2 São Paulo dez. 2004.
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-V-TR (Trad.Maria Inês Corrêa Nascimento... et al.). Porto Alegre: ARTMED, 2014.
DOUGHER, M. J.; HACKBERT, l. Uma explicação analítico-comportamental da depressão e o relato de um caso utilizando procedimentos baseados na aceitação. Rev. Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva. Vol. V, nº 2, P. 167-184. 2003.
PRADO, R. de C. P. Uma leitura analítico-comportamental da psicopatologia, Scientia, Ano 01, Edição 02, p. 192 - 395, Nov. 2012/Jun.2013.VERMES, J. S. ZAMIGNANI, D. R.A perspectiva analítico-comportamental no manejo do comportamento obsessivo-compulsivo: estratégias em desenvolvimento. Rev. bras. ter. comport. cogn. Vol.4 no. 2. São Paulo dez. 2002.

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