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AULA 10 ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR

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Prof.ª Liliane Martins 
 
 
 
Material Didático: Aula 10 
 
 
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR 
1 
Plano de Aula 
 
 1- Alimentação Complementar do Lactente; 
 2- Alimentação Complementar x Desmame; 
 3- Riscos associados a Alimentação 
Complementar; 
 4- Necessidades Nutricionais durante a 
Alimentação Complementar; 
 5- Técnicas de Alimentação Complementar; 
 6- Aconselhamento Nutricional às mães. 
2 
Alimentação Complementar do 
Lactente 
O AM exclusivo deve ser mantido durante 
os 6 primeiros meses de vida do lactente, 
quando se inicia a introdução gradativa de 
novos alimentos na dieta infantil. 
 
A OMS e a UNICEF desenvolveram em 
2002 a Estratégia Global para a 
Alimentação de Lactentes e Crianças a fim 
de chamar atenção para o impacto das 
práticas alimentares no estado nutricional 
infantil. 
3 
4 
MS e a OPAS/OMS elaboraram os 10 
Passos para Alimentação Saudável 
para Crianças Menores de 2 anos 
consolidando a prática do AM 
exclusivo durante os 6 meses de vida, 
com a introdução de novos alimentos 
e manutenção conjunta do LH até 2 
anos. 
 
Em 2009 foi elaborado pelo MS o 
Caderno de Atenção Básica, nº 23, 
Saúde da Criança. 
 
5 
 
 
O Guia Alimentar para Crianças 
Brasileiras menores de 2 anos, que 
consolida os 10 Passos, e orienta os 
profissionais de saúde que atuam na 
Alimentação Infantil para a prática 
adequada e segura quanto a introdução 
de novos alimentos. 
 
6 
 
 O conteúdo do Guia Alimentar é uma 
compilação de evidências científicas 
atualizadas sobre alimentação das 
crianças pequenas, apresenta um 
diagnóstico da situação alimentar e 
nutricional dos menores de 2 anos no 
Brasil, além de incluir questões sobre 
percepções, práticas e tabus 
alimentares das diferentes regiões do 
país. 
Alimentação Complementar 
 Uma alimentação complementar 
apropriada é: 
 
Oportuna; 
Adequada; 
Segura; 
Oferecida de forma adequada. 
 
RESPONDA: Qual o significado de cada um 
desses termos? 
7 Ver cap. 19; pág. 302; ref. Bibliográfica 1 
8 
 Alimentação Complementar x Desmame 
 
 Alimentação Complementar é definida 
como a oferta de alimentos à criança 
que recebe LM, processo iniciado 
quando a amamentação exclusiva não é 
mais capaz de suprir as necessidades 
nutricionais da criança. 
 
 O termo Desmame é utilizado para 
descrever a completa interrupção da 
oferta do LM. 
Início da AC 
 Em algumas circunstâncias, alguns 
micronutrientes podem ser insuficientes 
antes mesmo de 6 meses, como o ferro. 
 
 Crianças nascidas a termo = reserva de 
ferro hepático; 
 Crianças pré-termo ou de baixo peso, 
cujas reservas são menores, há 
necessidade de suplementação de ferro 
após 30 dias de vida. 
 
 
9 
10 
 Zinco: apesar de seu teor no LH ser 
relativamente baixo apresenta boa 
biodisponibilidade e sua suplementação 
deve ser avaliada de acordo com a 
situação. 
 
 Vitaminas: deficiências são raras em 
crianças amamentadas com LM 
exclusivo, mas seu teor pode ser 
reduzido no LM se a dieta materna for 
deficiente em, por exemplo, vits. A, B6, 
B12 e Riboflavina. 
11 
Responda: o que fazer nessas 
situações? 
 
 Vitamina D: a deficiência pode ocorrer 
em crianças que não recebam 
exposição solar. 
 
 Responda: Por que o AM continuado é 
considerado benéfico? 
 
 
 Ver cap. 19; pág. 303; ref. Bibliográfica 1 
 
 
Alterações Orgânicas na Fisiologia 
Infantil 
 Alguns indicadores orgânicos confirmam 
que após 6 meses, a criança está 
preparada para receber novos alimentos: 
 
 
Sistema Digestório: aumento progressivo 
de secreção de ácido clorídrico; melhora 
da permeabilidade da mucosa intestinal 
com menor risco de absorção de proteína 
intactas e desenvolvimento de alergia 
alimentar; aumento dos níveis de amilase 
pancreática. 
12 
13 
 
 
 
 Sistema Excretor: aumento da taxa de 
filtração glomerular e capacidade de 
concentração de urina, podendo 
suportar variações dietéticas, tendo 
menor chance de hipernatremia e 
acidose. 
14 
 Sistemas neurológicos e muscular: 
 
Presença de reflexos fundamentais que 
facilitam a introdução de alimentos 
complementares; 
 Aos 5 meses, movimentos 
mandibulares longitudinais permitem 
suaves movimentos mastigatórios e 
maior força de sucção; 
Após 8 meses, movimentos laterais da 
língua empurram os alimentos em 
direção aos dentes e molares; 
15 
Após 12 meses movimentos 
mastigatórios rotatórios mais amplos 
permitem mastigar carne e vegetais; 
 
Erupção da dentição; 
 
Aumento da destreza manual e 
capacidade de sentar-se sozinho e o 
desaparecimento do reflexo de 
expulsão (falta de habilidade de 
transferir o alimento da ponta da língua 
em direção ao palato, resultando em 
expulsão do alimento oferecido). 
Riscos associados a Alimentação 
Complementar 
A Introdução de alimentos deve ser de forma 
gradativa, para prevenir as alergia 
alimentares, infecções, contaminação 
microbiana e diarreias; 
 
Riscos sobre os níveis seguros de ingestão de 
nitratos para lactentes (especialmente com 
menos de 3 meses); 
 
 Portaria 34 de 13/01/1998 da ANVISA que 
trata dos alimentos de transição para 
lactentes e crianças na 1ª infância. 
16 
Considerações 
 
O período de AC caracteriza-se pela maior 
prevalência de doenças diarreicas que em 
qualquer outro período da vida, pois o 
lactente deixa de receber uma 
alimentação nutricional e 
microbiologicamente adequada para 
receber um tipo de alimentação que pode 
ser insuficiente, contaminada e 
alergizante. 
17 
18 
 Responda: Por que a contaminação 
microbiana é a principal causa de 
diarréia na infância? 
 
A contaminação da AC está relacionada 
com ausência de sanitário no interior 
da residência, não utilização de 
sanitário pelas crianças, manipulação 
inadequada da AC e presença de casos 
de diarréia em domicílio. 
 
 Ver cap. 19; pág. 304; ref. Bibliográfica 1 
 
 
19 
O desenvolvimento de alergias 
alimentares é outro risco da AC, 
particularmente naqueles com história 
familiar de atopia. 
 
Entre os aspectos alimentares 
associados a alergias destacam-se o 
curto período de AM e a introdução 
precoce de AC com potencial 
alergênico. 
20 
A AC inadequada iniciada precocemente, 
antes de 3 meses pode ocasionar a 
METEMOGLOBINEMIA. 
 
Responda: 
 Qual a relação do Nitrato com a 
metemoglobinemia? 
Quais as manifestações clínicas 
relacionadas com a metemoglobina? 
Quais os fatores que determinam a maior 
incidência de metemoglobinemia em 
lactentes? 
 Ver cap. 19; pág. 304; ref. Bibliográfica 1 
 
 
 
21 
Não há dados sobre níveis seguros de 
nitrato para crianças. Os alimentos com 
maior teor de nitrato são: beterraba, 
cenoura, espinafre e feijão verde, não 
sendo recomendado o seu uso antes dos 3 
meses. 
 
A ANVISA, na portaria nº 34 de 
13/01/1998, sobre alimentos de transição 
para lactentes e crianças da 1ª infância, 
declara que os alimentos industrializados 
que contiverem espinafre e/ou beterraba 
em sua composição devem trazer no rótulo 
a advertência de que não devem ser 
consumidos por lactentes menores de 3 
meses de idade. 
 
Necessidades Nutricionais durante a 
AC 
 Baseado nos requerimentos de energia do 
lactente e no consumo de LH a OMS 
estabeleceu uma estimativa das 
necessidades energéticas e de nutrientes 
(com ênfase nos lipídeos, ferro e zinco) da 
AC de lactentes de 6-24 meses. 
 
 O Programa Nacional de Suplementação 
de Ferro recomenda que todas as crianças 
de 6-18 meses, inclusive o pré-termo 
recebam ferro suplementar. 
22 
NecessidadesNutricionais durante a 
AC 
 Energia: 
Dependendo da intensidade com a qual a 
criança consome LM, estimou-se o volume 
ingerido e consequentemente, seu valor 
energético (Quadro 2; pág. 305); 
Em seguida, o valor energético 
proveniente do LM foi subtraído da 
recomendação energética para lactentes 
(Quadro 3; pág. 305) = valor médio de 
energia que deverá ser oferecido pela 
AC (Quadro 4; pág. 305) 
23 
Recomendação de consumo energético durante 
1º e 2º anos de vida 
 Quadro – 3 (pág. 305) ; Butte, 1996 
 
 
24 
IDADE (MESES) RECOMENDAÇÃO DE 
ENERGIA 
0 – 3 MESES 88 
3 – 5 MESES 82 
6 – 8 MESES 83 
9 – 11 MESES 89 
25 
 Lipídios: 
 
O óleo vegetal é fonte de ácidos graxos 
essenciais e energia; contribuem para o 
aumento da densidade energética das 
refeições, características importante na 
AC; melhora do sabor e viscosidade da 
refeição. 
 
O consumo de lipídios para crianças 
entre 7 – 12 meses de idade deverá ser 
de carca de 35% do VET da dieta e 
32% para faixa de 1 e 3 anos de idade. 
26 
 Ferro: 
Após o 6º mês se torna elevada a 
chance de desenvolver Anemia 
Ferropriva, atenção deve ser dada pois 
97% da necessidade deste mineral deve 
ser coberta pela AC. 
As grande refeições do lactente devem 
conter alimentos fonte de ferro-heme 
(carnes) e ferro não-heme (hortaliças 
folhosas e leguminosas), associadas a 
alimentos rico em vit. C (melhorar a 
biodisponibilidade do ferro da refeição). 
27 
Deve-se desestimular a oferta de leite e 
derivados, chás e mate, que reduzem a 
absorção do ferro. A utilização de alimentos 
fortificados deve ser incentivada. 
 
 Zinco: 
Há risco de deficiência de zinco no 2º 
semestre da criança amamentada ao seio. 
Cerca de 86% da necessidade de Zn 
devem ser cobertos pela AC (oferta de 
carne), apesar da boa biodisponibilidade de 
Zn no LM. 
 
Técnicas de AC 
 
 Tipos de Alimentos (quantidade, 
variedade e restrições); 
 
 Preparo e oferta de alimentos (como 
introduzir, consistência, adaptações, uso 
de condimentos, horários e 
fracionamento, preservação e higiene 
dos alimentos). 
28 
Grupos de Alimentos 
 
 
29 
Energia Proteínas, 
Fe não-Heme 
e Fibras 
Proteínas 
de alto 
valor 
biológico, 
Fe e Zn 
Vitaminas
, 
Minerais, 
Fibras 
Arroz, 
macarrão, 
farinha de 
mandioca, 
farinha de 
milho, batata 
(doce, baroa 
e inglesa), 
aipim, inhame 
e cará. 
Feijão (todos os 
tipos), lentilha, 
Ervilha, soja, 
Grão de bico. 
Carnes 
bovina, 
de frango, 
Peixe, ovo, 
Vísceras. 
Frutas, 
Legumes e 
Verduras. 
30 
 
 Faça um resumo sobre tipos de 
alimentos com relação a quantidade, 
variedade e restrições bem como, sobre 
o preparo e oferta dos alimentos 
complementares (como introduzir, 
consistência, adaptações, uso de 
condimentos, horários e fracionamento, 
preservação e higiene dos alimentos). 
 
 
 Ver cap. 19; pág. 306-310; ref. 
Bibliográfica 1 
 
 
Aconselhamento Nutricional 
às mães 
Manter um clima de cordialidade e 
confiança para uma boa comunicação e 
entendimento por parte das mães. 
Orientar que o retorno das mães ao 
trabalho não impede que o AM seja 
mantido, isto deve ser considerado ao se 
planejar o AC do lactente. 
Orientar as mães sobre a necessidade de 
adotar medidas preventivas contra a cárie 
na infância. 
31 
Considerações 
Retorno da mãe ao trabalho não impede 
que o AM seja mantido junto com AC. 
 
No planejamento da AC o nutricionista 
deve considerar: jornada de trabalho da 
mãe, horários de saída e chegada em 
casa, distância casa-trabalho, 
possibilidade de ordenha e estocagem do 
LM no local de trabalho. 
 
 Ver quadro 6 – Ordenha da mama, conservação e 
oferta do LM ordenhado. (pág. 311 – 312) 
32 
Cálculo do volume de leite 
 O cálculo do volume de leite a ser 
consumido pela criança pode ser estimado 
por meio da fórmula usualmente 
empregada para cálculo da capacidade 
gástrica da criança: 25 a 30 ml/kg de 
peso da criança. 
 
 Ex: 
bebe de 5 meses, PA = 5kg 
 25 x 5kg = 125 ml ou 30 x 5kg = 150 ml 
33 
Para exercitar: 
 P.C.S. tem 3 meses, PA = 6,0 kg. 
Considerando que ele toma leite Nan 1 de 3/3 
horas (06h as 24hs) com diluição de 1:30 ml 
e que uma lata de leite tem 400g e custa 
cerca de R$27,00. Calcule: 
 A) qual a sua capacidade gástrica mínima e 
máxima? 
 B) quantas mamadeiras ele toma por dia? 
 C) quanto de leite ele gasta por semana com 
a mamadeira com a capacidade gástrica 
mínima e máxima (grama / latas e custo)? 
 
 Obs: considerar 1 medida com 5 gramas 
34 
AC e Prevenção da Anemia 
Ferropriva 
 Responda: 
Qual a recomendação de suplementação 
de ferro segundo o Comitê de Nutrologia 
Pediátrica da SBP para crianças a termo 
no momento que for iniciada a AC? 
 
Qual a recomendação do Programa 
Nacional de Suplementação de Ferro? 
 
 Ver cap. 19; pág. 312; ref. Bibliográfica 1 
 
35 
Cárie dentária na Infância 
 Prevenção: 
 
 Tem sido baseada em mudanças das práticas 
alimentares pós-natais, apesar do fato de a 
formação dos dentes iniciar-se na fase 
intrauterina. 
 
 Prevenção da deficiência de Ca e vit. D, que 
pode produzir defeitos no esmalte dentário e 
predispor à cárie ainda no período pré-natal 
+ medidas educativas sobre as práticas 
alimentares pós-natais + higiene oral. 
36 
Considerações 
 
 
Durante o processo de digestão no 
lactente, os glóbulos de gordura do leite 
sofrem a ação de uma lipase específica 
que facilita a hidrólise inicial, sendo ela a 
lipase lingual. 
37 
38 
A introdução precoce e em grandes 
quantidades de um tipo específico de 
carboidrato no recém-nascido a termo, 
nos primeiros seis meses de vida, pode 
provocar diarréia, cólica, perda de peso 
e até mesmo danos à mucosa intestinal. 
 
 Neste caso, qual o tipo de carboidrato 
que deve ser evitado? 
 R = AMIDO 
39 
 
Com relação à alimentação de uma 
criança de 0 a 6 meses quando o 
aleitamento materno não é possível, as 
fórmulas infantis são indicadas, pois o 
leite de vaca possui grande 
inadequação quanto às necessidades 
nutricionais e à capacidade funcional da 
 criança. 
 
40 
 
Conforme recomendação da OMS, as 
crianças amamentadas exclusivamente 
ao seio e aquelas com fórmulas 
caseiras, devem iniciar a introdução do 
alimentos, respectivamente aos 6 
meses e aos 4 meses respectivamente 
com a introdução de papas, sucos e 
sopa. 
41 
 
 
Conforme a recomendação da OMS, 
lactentes maiores de 6 meses 
amamentadas exclusivamente ao seio e 
aqueles em aleitamento artificial 
(fórmulas caseiras), devem realizar no 
início da alimentação complementar, 
respectivamente 3 e 5 refeições ao dia. 
Para Exercitar 
 Bianca tem 20 anos, está desempregada e 
leva seu filho Felipe, de 8 meses, para a 
primeira consulta no ambulatório de 
Nutrição/Puericultura. Ele nasceu a termo e 
está eutrófico. 
 Na anamnese alimentar foi destacado: 6:00 
h Seio materno / 9:00 h Seio materno / 11: 
00 h Sopa de batata, cenoura e chuchu na 
mamadeira /14: 00 h Banana amassada /17: 
00 h Seio materno 20: 00 h / Seio materno 
23: 00 h / Seio materno. A mãe relata ainda 
não ter condições financeiras para compra de 
nenhum tipo de carne. 
 
42 
43 
 1- Elabore um novo plano alimentar para 
Felipe baseado na condição sócio-econômicas 
descrita e nos 10 passos da alimentação 
saudável para crianças menores de 2 anos 
recomendados pelo Ministério da Saúde. 
 
 2- Ao completar 2 e 4 meses anos Felipe foi 
internado no mesmo hospital em decorrência 
de crises convulsivas e sonolência constante. 
No momento dainternação encontrava-se 
desnutrido gravemente e desidratado. 
Estabeleça as recomendações diárias de 
energia, proteína e água, por Kg de peso, na 
fase inicial de seu tratamento segundo a 
Organização Mundial de Saúde. 
 
 
Resposta 
 1. Considerando os 10 passos neste caso deve-se 
orientar: 
a) A substituição de sopa por papa salgada 
b) A papa salgada deverá ser amassada com garfo 
c) Oferecer a papa salgada e doce com colher 
d) A composição correta da papa salgada 
e) Oferecer 50 a 80 ml de suco de fruta rica em 
vitamina C 5 minutos após a papa salgada (mínimo 
1x /dia) 
f) Introdução de papa salgada no jantar 
 g) Plano alimentar com Manutenção do aleitamento 
 materno nos demais horários 
 
44 
45 
 
 Sugestão do plano ALIMENTAR: 
 
 6:00 h Seio materno; 
 9:00 h Seio materno; 
 12: 00 h Papa salgada (um alimento do grupo dos 
cereais (arroz, milho ou trigo) ou tubérculos (batata, 
inhame, aipim), um das hortaliças (legume ou verdura) 
e um do grupo dos alimentos de origem animal (ovo) 
ou leguminosas (feijão). Não liquidificar a refeição 
salgada, oferecer na forma de papa (amassada com 
garfo) e com colher. Oferecer 50 a 80 ml de suco de 
fruta rica em vitamina C após a papa salgada (mínimo 
1x /dia); 
 15: 00 h Papa de fruta (fruta amassada ou raspada); 
 
46 
 18: 00 h Papa salgada (um alimento do grupo 
dos cereais (arroz, milho ou trigo) ou 
tubérculos (batata, inhame, aipim), um das 
hortaliças (legumes ou verduras) e um do 
grupo dos alimentos de origem animal (ovo) 
ou leguminosas (feijão). 
 Não liquidificar a refeição salgada, oferecer na 
forma de papa (amassada com garfo) e com 
colher; 
 21: 00 h Seio materno; 
 24: 00 h Seio materno. 
 
47 
 2. Considerando as recomendações para 
lactentes desnutridos, na fase de 
readaptação deve-se oferecer: 
 
Recomendação diária por Kg de peso de 
energia: 80 -100 Kcal/kg/dia. 
Recomendação diária por Kg de peso de 
proteína: 1-2 g/Kg/dia de proteína. 
Recomendação diária por Kg de peso de 
água: 120 -140 ml/Kg/dia de água. 
Referência Bibliográfica 
1- ACCIOLY, E; SAUNDERS, C; LACERDA, E. Nutrição 
em obstetrícia e pediatria, 2ª edição, Rio de Janeiro: 
Cultura Médica: Guanabara Koogan, 2009 
 Capítulo 19: Alimentação Complementar do Lactente (pág. 301 - 314) 
 
 2- MS – Saúde da Criança. Nutrição Infantil. Aleitamento Materno e 
 Alimentação Complementar – Normas e Manuais. 
 
 3- Caderno de Atenção Básica, nº 23. Brasília: MS, 2009 – 10 
 Passos para Alimentação Saudável para Crianças Menores de 
 2 anos ; Guia Alimentar para Crianças Brasileiras menores 
 de 2 anos – Secretaria de Políticas de Saúde. OPAS. Brasília: 
 MS, 2002. 
48

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