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Necessidades fisiológicas sede e fome

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Necessidades Fisiológicas
Necessidades fisiológicas, sistemas biológicos e estados motivacionais e o comportamento atuam juntos para que o indivíduo alcance uma regulação fisiológica estável
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Necessidade
Condição qualquer que ocorre na pessoa e que é essencial ou necessária a sua vida, seu crescimento e bem-estar.
Os estados emocionais fornecem o ímpeto para agirmos antes de ocorrerem danos ao nosso bem-estar psicológico e corporal
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Os danos podem afetar o corpo, de maneira que os motivos para a ação surgem das necessidades fisiológicas cujo propósito é evitar a danificação dos tecidos e promover a manutenção dos recursos corporais (p. ex., sede, fome c sexo).
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Os danos podem também afetar o self de modo que os motivos para a ação também surgem das necessidades psicológicas dos indivíduos com o propósito de orientar seu desenvolvimento para o crescimento e a adaptação.
Também ocorrem danos no que diz respeito à nossa relação com o mundo social, e nesse caso os motivos surgem das necessidades sociais de preservação das identidades, das crenças, dos valores e das relações interpessoais.
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As necessidades fisiológicas envolvem sistemas biológicos, tais como os circuitos neurais cerebrais, os hormônios e os órgãos do corpo. Quando insatisfeitas durante um período prolongado, as necessidades fisiológicas passam a constituir emergências que põem em risco a vida e, portanto, geram estados motivacionais capazes dc dominar a consciência. 
Quando gratificadas, as necessidades deixam de ser prementes e são esquecidas, pelo menos durante um certo tempo.
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Necessidades psicológicas
Presentes o tempo todo em nossa consciência, pelo menos em certo grau.
Duas categorias de necessidades psicológicas: 
necessidades psicológicas - são inatas e inerentes a todos os indivíduos 
necessidades sociais - refletem a história peculiar de socialização de cada indivíduo.
 
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E elas ganham ênfase na consciência principalmente na presença de condições ambientais que os indivíduos acreditam serem capazes de compreender e satisfazer essas necessidades. 
Por exemplo, encontrar amigos é algo que evidencia nossa necessidade de afiliação, ao passo que ser controlado é algo que frustra nossa necessidade de autonomia.
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Todas as necessidades geram energia. O que difere uma neces­sidade da outra são seus efeitos direcionais sobre o comporta­mento (Murray, 1937). Por exemplo, uma necessidade de fome é diferente de uma necessidade de sede, não em termos da quantidade de energia que gera, mas sim em sua capacidade de direcionar a atenção e a ação para a busca de alimento, em vez da busca de água. 
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Impulso Psicológico
É um termo psicológico, e não biológico: é a manifestação consciente de uma necessidade biológica subjacente e inconsciente. 
É o impulso, e não as necessidades fisiológicas subjacentes, que tem propriedades motivacionais. Por exemplo, é o apetite (impulso psicológico), e não a baixa taxa de açúcar (necessidade fisiológica), que energiza e direciona o comportamento. 
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Homeostase
Tendência do corpo de manter um estado estável. Por exemplo, a corrente sanguínea apresenta uma notável constância quanto a seus níveis de água, sal, açúcar, cálcio, oxigênio, temperatura, acidez, proteínas e gorduras . Por outro lado, as pessoas constantemente estão se deparando com alterações nos ambientes externos e internos que alteram o estado de homeostase.
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A homeostase é a capacidade que o corpo tem de fazer com que um determinado sistema volte a seu estado de equilíbrio.
Feedback negativo: o impulso ativa o comportamento e o feedback negativo o interrompe.
Ex.: a pessoa dorme o suficiente e não tem mais sono.
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O impulso apresenta diversos inputs. ou meios de ativação. Por exemplo, é possível experimentar a sede depois de suar, ingerir alimentos salgados ou doar sangue.
O impulso também tem diversas formas de saídas, ou respostas comportamentais, que o satisfazem. Ao sentir frio, podemos vestir uma jaqueta, acender o aquecedor ou tremer. Cada um desses comportamentos consegue o mesmo resultado ,produzir uma elevação da temperatura corporal.
O impulso surge de fontes (inputs) diferentes e motiva diferentes comportamentos direcionados para uma meta (outputs).
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Mecanismos intra-organísmicos 
Todos os sistemas reguladores biológicos que atuam em comum acordo para ativar, manter e cessar as necessidades fisiológicas subjacentes ao impulso. 
As estruturas cerebrais, o sistema endócrino e os órgãos do corpo constituem as três principais categorias dc mecanismos intra-organísmicos. 
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Para a fome, os principais mecanismos intra-organísmicos são o hipotálamo, os hormônios glicose e insulina e o estômago e o fígado. 
O estudo dos mecanismos intra-organísmicos é o estudo do papel desempenhado pelas estruturas cerebrais, pelos hormônios e pelos órgãos corporais durante o aumento e a diminuição das necessidades fisiológicas.
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Mecanismos extra-organísmicos
 Todas as influências ambientais que atuam na ativação, na manutenção e na cessação do impulso psicológico: influências cognitivas, ambientais, sociais e culturais. 
Quanto à fome, as influências extra-organís- micas incluem as crenças sobre as calorias e a meta de perder peso (influências cognitivas), o aroma da comida a uma dada hora do dia (influências ambientais), etc. 
O estudo dos mecanismos extra-organísmicos é o estudo dos papéis que as influências cognitivas, ambientais, sociais e culturais desempenham no aumento e na diminuição das necessidades fisiológicas.
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SEDE
A sede surge como uma necessidade fisiológica porque nosso corpo está continuamente perdendo água por meio da transpiração, da urina, da expiração, e até mesmo do sangramento, do vômito e do espirro (ou seja, inputs múltiplos).
Pesquisas mostram que a sede provém principalmente da desidratação das células.
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Quando bebemos, não o fazemos para sempre. Existe algo que alerta nosso corpo a parar de beber. O sistema de feedback negativo é importante porque nosso corpo não só precisa acabar com seus déficits de água, mas também impedir que bebamos água em excesso, o que poderia causar uma disfunção celular capaz de pôr em risco a nossa vida.
Naturalmente, os seres humanos costumam cometer excessos de bebida, mas esse comportamento é regulado por fatores outros que não a água, tais como o sabor ou o teor alcoólico do líquido.
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Quando bebemos, a água passa da boca para o esôfago, estômago e intestinos, sendo então absorvida na corrente sanguínea. Por meio do processo de osmose, a água termina por passar dos fluidos extracelulares para os fluidos intracelulares, para hidratar as células. 
Vistos como um todo, existem múltiplos sistemas de feedback negativo para a sede — na boca, no estômago e nas células.
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Três influências ambientais
Percepção da disponibilidade de água, adesão do indivíduo a esquemas de consumo de bebida e sabor (mais importante). 
Animais que vivem em um ambiente em que há abundância de água bebem menos ao longo do dia do que animais que vivem em ambientes em que a água é escassa .Assim, se você quiser reduzir sua sede, encha a geladeira de bebida; e se quiser aumentar sua sede, deixe apenas um vidro na geladeira. 
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FOME
Motivo mais complexo do que a sede. A regulação da fome envolve tanto processos diários a curto prazo que operam sob a regulação homeostática (p. ex., a privação e a reposição de calorias e de glicose no sangue) quanto processos a longo prazo que operam obedecendo à regulação metabólica e às condições de armazenamento de energia (p. ex., as células adiposas).
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A fome e o ato de comer são também afetados, e de maneira substancial, por influências cognitivas, sociais e ambientais, de modo que. para se compreender a fome e o ato de comer, é preciso que se adotem: (1) modelos fisiológicos de curto prazo; (2) modelosfisiológicos de longo prazo; e (3) modelos que levem em conta aspectos cognitivos, sociais e ambientais.
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Modelos fisiológicos de curto prazo - hipótese glicostática : os níveis de açúcar no sangue são de suma importância para ocorrência da fome – quando o nível de glicose cai, as pessoas sentem fome e querem comer. O fígado é o órgão que monitora o nível de glicose no sangue e quando este nível está baixo, o fígado envia um sinal excitatório para o hipotálamo lateral (HL) que é o centro no cérebro responsável pela geração da experiência psicológica da fome. 
A estimulação do HL é importante porque leva os animais a comer em excesso e, caso a estimulação seja contínua, leva-os à obesidade.
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Saciedade da fome: O hipotálamo ventromedial (HVM) atua como centro de saciedade do cérebro. Sem o HVM, os animais se tornariam comilões crônicos. E a maneira pela qual o HVM fica estimulado é pela detecção por parte do fígado de níveis elevados de glicose, distensões estomacais durante o ato de comer.
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O apetite também aumenta ou diminui em resposta a sugestões não baseadas no cérebro, uma vez que a fome surge tanto de pistas corporais cerebrais quanto de pistas periféricas (não cerebrais). A exemplo da boca, distensões estomacais e a temperatura corporal (baixas temperaturas estimulam a fome). 
O estômago é o principal regulador não cerebral da fome. Estando de estômago cheio, as pessoas relatam não sentir fome. Com o estômago 60% vazio, relatam sentir ligeira fome; 90% vazio, relatam fome máxima, embora ainda haja algum alimento. 
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Modelos fisiológicos de longo prazo – hipótese lipostática: a genética cria as diferenças individuais nos números de células adiposas que cada pessoa tem. A ativação da fome e a saciedade dependem do tamanho (e não do número) das células adiposas, que podem variar com o tempo. Quando o tamanho das células é reduzido, a fome surge e persiste até que o comportamento de alimentação possibilite que as células retornem ao seu tamanho original. 
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Os processos reguladores podem mudar com a idade, o metabolismo diminui após uma restrição calórica prolongada (dieta) e um consumo excessivo de alimentos pode levar a um aumento tanto do tamanho das células adiposas quanto do número dessas células.
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Modelos que levem em conta aspectos sociais, cognitivos e emocionais: a sensação de fome é produto não apenas do que ocorre dentro do corpo, mas também do que ocorre fora dele. 
O aroma de um bolo assando no fogo pode desencadear o desejo de comer, quer o corpo necessite ou não de comida. Olhar para o relógio e perceber que já é hora de jantar, pode fazer com que sintamos fome.
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 Linhas de pesquisas sugerem que um fator externo pode dar início a processos biológicos internos que imitam os relacionados à necessidade de se alimentar.
 Por exemplo, o mero fato de ver a comida, sentir seu aroma ou pensar nela, pode gerar um aumento da produção de insulina que, por sua vez, reduz os níveis de glicose nas células do sangue, desencadeando uma resposta do corpo que demonstra uma necessidade física do alimento.
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As influências ambientais que afetam o comportamento de comer incluem a hora do dia, o estresse, e a visão, o cheiro, a aparência e o sabor da comida. A simples disponibilidade de alimentos variados
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INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS
Quando um indivíduo dispõe de apenas um único tipo de comida (p.ex., sorvete) a existência de diversos sabores disponíveis aumenta a ingestão de alimento. 
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INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS
As pessoas comem mais quando estão na presença de outras do que quando estão sozinhas. Comer é, com freqüência, um acontecimento social.
Se comer é um comportamento importante para o grupo, então a pressão do grupo pode se tornar um motivo para comer ainda mais poderoso do que a própria fisiologia da pessoa.
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o comportamento de comer aumenta significativamente quando um indivíduo se depara com uma grande variedade dc alimentos, dc nutrientes c dc sabores. A simples disponibilidade de alimentos variados estimula o apetite mais do que faria uma dieta.
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A disponibilidade de alimentos (p. ex., cm uma festa)e sua abundância também são fatores que levam as pessoas a comerem em excesso. Cada novo alimento traz um novo sabor, e o ato de comer pode ser iniciado independentemente da fome. E, quanto à abundância, as pessoas comem mais quando as porções são enormes do que quando não são.
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Comer é, com frequência, uma ocasião social. As pessoas comem mais quando estão na presença dc outras (que também estão comendo) do que quando estão sozinhas.Pessoas que estão tentando fazer dieta têm maior probabilidade de abandonar o regime quando estão na presença de outras pessoas que estão comendo .
Outra influência ambiental sobre o comportamento alimentar é a pressão situacional para comer ou fazer dieta
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Se comer é um comportamento importante para o grupo, então a pressão do grupo pode se tomar um motivo para comer ainda mais poderoso do que a própria fisiologia da pessoa. 
Comer também é um comportamento importante na vida das crianças, e as crianças preferem os mesmos alimentos consumidos pelas pessoas que elas admiram 
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Situações de Restrição-Liberação
Ao fazer dieta, a pessoa tenta trazer o comportamento alimentar para o controle cognitivo, tirando-o do controle fisiológico
Entretanto, paradoxalmente, e com uma boa frequência, a dieta acaba fazendo com que a pessoa cometa excessos alimentares subsequentes. Quem faz dieta toma-se cada vez mais suscetível à desinibição (ou “liberação da restrição”), especialmente em condições de ansiedade, estresse, consumo alcoólico, depressão ou exposição a alimentos de alto teor calórico
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As pessoas que fazem dieta, depois de ingerirem um alimento com alto teor calórico, tomam- se progressivamente mais vulneráveis a cometer excessos alimentares. 
Esse fenômeno, conhecido como liberação da restrição, corresponde a um padrão de cometimento de excessos denominado contra-regulação Para quem faz dieta, é verdadeiro o lema de cautela: “É impossível comer um só”.
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A depressão também pode desencadear a liberação da restrição. Por exemplo, pessoas em dieta que estão deprimidas geralmente engordam, ao passo que pessoas que não estão em dieta mas que também estão deprimidas costumam emagrecer.
O álcool tem o mesmo efeito de liberação da restrição sobre as pessoas que fazem dieta.
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 Vistas como um todo, as pesquisas sobre a facilitação, a pressão social e a liberação da restrição documentam que o comportamento alimentar pode se afastar da regulação fisiológica rumo a algum tipo de regulação não-fisiológica contraprodutiva, tal como regulação social, cognitiva ou emocional 
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Estilo de Comer Regulado Cognitivamente
O corpo defende o peso que tem. Entretanto, às vezes, as pessoas chegam à conclusão de que seu peso corporal fisiologicamente regulado não está bem de acordo com suas aspirações pessoais ou culturais.
O sucesso de uma dieta (perder peso) requer que o indivíduo primeiro consiga enfraquecer seu modo de responder a pistas internas (p. ex., as sensações de fome e de satisfação alimentar) e, em segundo lugar, consiga substituir os controles fisiológicos inconscientes pelos controles cognitivos conscientes. 
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Entretanto, o grande problema é que os controles cognitivos não têm um sistema de feedback negativo. Em função disso, quem faz dieta encontra-se altamente vulnerável a cometer excessos alimentares quando eventos situacionais interferem nas inibições cognitivas (p. ex., a presença de outras pessoas, depressão, ansiedade, álcool e ingestão de aperitivos calóricos).
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Ganho de Peso e Obesidade
Obesidade é um termo médico que descreve um estado de aumento do peso corporal (de tecido adiposo), que adquire uma magnitude suficiente para produzir consequências adversas para a saúde, incluindo um aumentodo risco de doenças cardíacas, diabetes, problemas respiratórios, alguns tipos de câncer e morte prematura.
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Infelizmente, há pouca ou nenhuma pesquisa sustentando a afirmativa de que a perda de peso traz benefícios à saúde ao passo que a cura da obesidade (ou seja, a perda de peso) pode muitas vezes ser pior que o problema original. Portanto, em vez de se concentrar em incentivar a perda de peso, a maioria dos pesquisadores da obesidade enfatiza a prevenção e o cultivo de um estilo de vida mais saudável, centrado no exercício físico 
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Além da cirurgia, as duas únicas maneiras pelas quais as pessoas podem prevenir ou inverter o ganho de peso e a obesidade são diminuir a alimentação até se chegar ao ponto de consumir menos calorias do que se gasta durante a atividade física ou aumentar a atividade física até chegar a um ponto de gastar mais calorias do que se consome.
Ambas essas motivações — auto-regulação da ingestão de alimento e motivação para se exercitar —envolvem comportamentos voluntários, em vez de processos reguladores fisiológicos.
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A observação otimista a ser feita aqui é que os comportamentos voluntários, como a prática de exercício físico, não são difíceis de serem controlados conscientemente. 
Assim, motivar a si mesmo para regular o peso corporal pode ser uma ação eficaz na medida em que a pessoa concentra sua motivação para energizar e direcionar seus comportamentos voluntários, como a prática de exercício físico.
 
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Distúrbios Alimentares
Fatores psicológicos contribuem para o risco de ocorrência de distúrbios alimentares.
Os distúrbios alimentares são sabidamente difíceis de tratar, havendo divergências quanto a qual terapia seria mais eficaz. 
Na verdade, alguns psicólogos não acreditam que um dia sejamos capazes de eliminar os distúrbios alimentares em meio a uma cultura bombardeada pela mensagem de que “ser magro está na moda”.
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ANOREXIA: medo intenso de engordar, que não diminui à medida em que perde peso; incômodo com a imagem física; recusa em manter um peso corporal considerado normal; podem ter um intenso interesse por comida, mas não gostam de comer.
BULIMIA: episódios recorrentes de ingestão compulsiva de comida; comportamentos inadequados recorrentes a fim de evitar novo ganho de peso; comportamentos compensatórios seguidos pela ingestão compulsiva; influência da forma do corpo e peso na auto-imagem da pessoa.
OBESIDADE: excesso de gordura corporal, fenômeno multifacetado que integra causas e influências tanto genéticas quanto ambientais. 
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Falhas de auto-regulação das necessidades fisiológicas
Tentar exercer um controle sobre nossas necessidades fisiológicas frequentemente acaba nos fazendo mais mal do que bem. Mesmo assim, tentamos fazê-lo.
As pessoas estão sempre tentando controlar seus apetites (fome, peso, consumo de álcool e café, impulsos sexuais, etc.). Esses apetites podem às vezes nos esmagar e, ao passarmos por esse sofrimento, muitas vezes buscamos maneiras de anular as nossas necessidades fisiológicas a favor do controle mental.
Quando os estados mentais regulam as necessidades fisiológicas, ocorre a auto-regulação. Quando as urgências biológicas esmagam o controle mental, ocorre falha de auto-regulação.
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As pessoas falham ao tentarem se auto-regular devido às razões:
As pessoas rotineiramente subestimam o poder da força motivacional relacionadas às suas urgências biológicas quando não as estão experimentando.
 EX: quando não estamos com fome, tendemos a esquecer o grau de motivação que sentimos para comer quando estamos famintos.
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As pessoas podem não ter padrões, ou então têm padrões inconsistentes, conflitantes, irreais ou inadequados.
Ex: muitas pessoas têm padrões extremos (irreais) de magreza ou padrões conflitantes entre o tipo de corpo que têm de nascença versus o tipo de corpo que gostariam de ter. 
Controles mentais frágeis são facilmente esmagados pelas forças biológicas naturais. 
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Finalmente, as pessoas falham na sua auto-regulação porque não conseguem monitorar o que estão fazendo à medida que vão ficando distraídas, preocupadas, sobrecarregadas ou intoxicadas.
EX: o álcool diminui a autoconsciência e a automonitoração do indivíduo e as pessoas intoxicadas têm maior probabilidade de cometer atos que fujam ao seu controle mental normal. 
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A auto-regulação é frequentemente uma competição entre as forças biológicas e os controles cognitivos. Um controle mental focalizado em padrões realistas, em metas de longo prazo e na monitoração do que se está fazendo em geral conduz a uma auto-regulação bem-sucedida. Todavia, a auto-regulação via controle mental requer um esforço diligente, sendo, portanto, uma estratégia vulnerável e não confiável.

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