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Aula 13 Nut. Mat. Infantil FASE

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Material Didático 
AULA 13 
Recém Nato de Baixo Peso e 
Prematuridade 
 
 
Prof.ª Liliane Martins 1 
PLANO DE AULA 
Recém Nato de Baixo Peso e Prematuridade; 
 
Classificação da Prematuridade; 
 
Particularidades dos RNPB ou RNPT; 
 
Necessidades Nutricionais; 
 
Estratégias para Alimentação de RNPT 2 
Recém Nato de Baixo Peso - RNBP 
 
 
• O RNBP é todo aquele com peso de nascimento 
inferior a 2.500g e pode ser classificado em: 
 
Recém nascido de muito baixo peso (peso de 
nascimento inferior 1500g); 
Recém nascido de extremo baixo peso (peso de 
nascimento inferior a 1000g). 
3 
O baixo peso ao nascer de um bebê entre a 37ª e 
40ª semana gestacional pode ser decorrente de 
Restrição de Crescimento Intra Uterino (RCIU) ou 
da Desnutrição Fetal. 
Neste caso ele será denominado: 
PIG = pequeno para idade gestacional; 
RNBPT= recém - nascido de baixo peso a termo. 
 
Obs.: um recém nascido pode ser considerado 
adequado para idade gestacional (AIG) e 
apresentar baixo peso ao nascimento (BPN) 
devido a um parto prematuro determinado por 
várias condições, como desnutrição, etilismo e 
tabagismo materno. 
4 
Recém Nascido Pré- Termo (RNPT) 
 
Os bebês nascidos antes de 37 semanas 
completas são classificados como recém 
nascidos pré-termo, também conhecidos como 
Prematuros. 
São indivíduos com características bastante 
peculiares que merecem atenção especial. 
Toda abordagem com os RNPT tenta recriar as 
condições ambientais antes do seu nascimento. 
5 
 
Por isso surgiu o projeto Mãe Canguru em 1978 
na Colômbia que foi baseado na tríade: AMOR, 
CALOR E LEITE MATERNO. 
 
Neste método a mãe funciona como uma 
incubadora que tem seu recém nascido alocado 
junto ao seu corpo durante longo período do dia 
permitindo que ele escute os batimentos 
cardíacos materno. 
 
6 
MANTÉM O VINCULO MÃE E FILHO! 
Enquanto o bebe é aquecido por meio da 
transferência do calor materno, tal contato 
promove melhor desenvolvimento neuro-
psicoafetivo pois além do bebe ter acesso a 
sucção ao seio, permite a estimulação da 
produção láctea que fica bastante prejudicada 
em mães de prematuro. 
 
Há que se considerar que a prematuridade é 
uma condição não natural e que a maioria dos 
cuidados com o prematuro ainda é bastante 
artificial e invasiva. 
 
7 
Considerações 
 
É importante destacar que a idade gestacional e o 
peso influenciam no grau de maturidade fisiológica, 
interferindo na abordagem clínica, nutricional e de 
desenvolvimento. 
 
Algumas estratégias dietéticas utilizadas para o 
RNPT podem ser aplicáveis ao RNBP que não são 
prematuros. 
 8 
9 
 
 
A determinação da IG – IDADE GESTACIONAL ao 
nascimento é feita na maioria das vezes, através 
do Método Capurro permitindo a classificação 
da prematuridade e antecipação dos cuidados 
aplicados de acordo com as peculiaridades e 
especificidade morfofisiometabólicas destes 
neonato. 
 
Método aplicado pelos Neonatologistas. 
 
 
AVALIAÇÃO DA IDADE 
GESTACIONAL 
 • A idade gestacional é o tempo transcorrido 
desde a concepção até o momento do 
nascimento. Por métodos clínicos é impossível 
determinar o momento da concepção, podendo 
ser inferido de forma indireta a partir da data da 
última menstruação (DUM). 
 
• Este método, de uso universal, é tanto mais 
confiável quanto a mãe se recorda das datas das 
suas menstruações e quanto mais regulares 
sejam seus ciclos. 
 
10 
11 
• Quando a mãe desconhece a DUM, ou tem 
dúvidas a respeito da mesma, pode-se recorrer 
aos seguintes métodos: 
 
• Durante a gestação: - medição do fundo de útero, 
medição do tamanho do feto pela ecografia 
(abaixo de 20 semanas); 
 
• Ao nascer: - exame clínico-neurológico do RN: 
Para os recém-nascidos com idade gestacional 
maior que 28 semanas, o método de Capurro 
tem sido amplamente empregado, podendo ser 
realizado logo ao nascer (método somático). 
 
Considerações 
 
• Para os RN saudáveis e com mais de 6 horas de 
vida, é feito o somático e neurológico, ambas as 
formas têm apresentado alta correlação com 
DUM, sendo menor para os RN pequenos para a 
idade. Nestes RN tem sido observada uma 
subestimação da idade gestacional a partir da 
35ª semana. 
 
12 
Método Capurro 
 
• Método de Capurro: (Somático e Neurológico) 
 
• O escore de Capurro avalia a textura da pele, 
tamanho da glândula mamária, coloração da 
aréola, formato da orelha e pregas da planta dos 
pés. 
13 
Método Capurro 
• Idade Gestacional: 
a) Somático: Somatório dos pontos em A, B, C, D , 
E + 204 /7 
 
b) Somático-neurológico: Somatória dos pontos 
em B, C, D, E , F e G + 200 / 7 
 
• Para os RN com peso de nascimento abaixo de 
1500 g, utiliza-se o método de Ballard e cl. 
modificado por Constantine e cl. 14 
15 
 
MÉTODO DE CAPURRO NA AVALIAÇÃO DA IDADE 
GESTACIONAL : (Somático e Neurológico) 
 Formação mamilo 
 
 
A 
Mamilo pouco 
visível 
sem aréola 
 
 
0 
Mamilo nítido; 
aréola lisa 
diâmetro 
 < 0,75 cm 
 
5 
Mamilo 
puntiforme aréola 
de borda não 
elevada 
 > 0,75 cm 
10 
Mamilo 
puntiforme aréola 
de borda elevada 
 > 0,75 cm 
15 
 
Textura da pele 
 
B 
Fina, gelatinosa 
 
 
 
 0 
Fina e lisa 
 
 
 
5 
Algo mais grossa, 
com discreta 
descamação 
Superficial 
 
20 
 
Grossa, com sulcos 
superficiais, 
descamação de 
mãos e pés 
15 
Grossa, 
apergaminhada 
com sulcos 
profundos 
 
20 
Forma da orelha 
 
C 
Chata, disforme 
pavilhão não 
encurvado 
0 
Pavilhão 
parcialmente 
encurvado na 
borda 
8 
Pavilhão parcialmente 
encurvado em toda 
borda superior 
16 
Pavilhão 
totalmente 
encurvado 
 
24 
 
Tamanho da 
glândula mamária 
D 
Ausência de 
Tecido mamário 
0 
Diâmetro 
 < 5 mm 
 
5 
Diâmetro 
5 mm a 10 mm 
10 
Diâmetro 
 > 10 mm 
 
15 
 
Sulcos plantares 
 
 
E 
Ausentes 
 
 
0 
Marcas mal 
definidas na 
metade anterior da 
planta 
5 
Marcas bem 
definidas na 
metade anterior e 
no terço anterior 
10 
Sulcos na metade 
anterior da planta 
 
15 
Sulcos em mais da 
metade anterior da 
planta 
20 
16 
Classificação da Prematuridade 
Prematuridade limítrofe: 37 a 38 semanas 
 
Estes prematuros apresentam boa evolução, 
podendo apresentar sucção débil. 
 
Toda abordagem é semelhante à do recém-
nascido a termo, porém com cuidados mais 
específico quanto à sucção e método de 
alimentação. 
17 
Prematuridade Moderada: 31 a 36 
semanas 
Peso entre 1600 a 2500, Comprimento entre 39 e 46 
cm e perímetro cefálico de 29 a 33 cm; 
Mais suscetíveis a problemas comuns da 
prematuridade: 
Anóxia (imaturidade pulmonar); 
Hiperbilirrubinemia (imaturidade dos mecanismos 
de captação e conjugação da bilirrubina indireta); 
Hipoglicemia; 
Hipocalcemia; 
Hiponatremia; 
Infecções (vulnerabilidade imunológica). 
 
18 
Prematuridade Extrema 24 a 30 
semanas 
• Peso inferior a 1500g, comprimento é menor do 
que 38 cm e o perímetro cefálico é inferior a 29 
cm. 
 
• Podem apresentar as mesmas intercorrências 
dos prematuros moderados, com maior 
gravidade e outras complicações, como e 
enterocolite necrosante e anomalias cardíacas 
(persistência do canal arterial, hemorragias 
intracranianas). 19 
Particularidades dos RNBP ou RNPT 
 
Características estruturais; 
 
Características Sistêmicas; 
 
Características Metabólicas (alterações no 
metabolismo dos carboidratos, proteínase 
Lídios) 
 20 
Características Estruturais 
• De modo geral os RNBP, os RNPT apresentam 
restrições físicas. Os principais achados são: 
 
1- redução da estatura, comprimento do fêmur, 
comprimentos dos pés, perímetros cefálico (PC), 
torácico (PT) e abdominal (PA). 
2- Desproporção da relação cérebro-fígado; 
3- Desproporção da relação PC/PT (PC > PT); 
4- Retardo do desenvolvimento epifisário; 
5- Diminuição da circ. da coxa, do braço e PCT 
(reserva adiposa insuficiente). 
 
21 
Características Sistêmicas 
• As funções sistêmicas, de modo geral, dependem 
da idade gestacional e manifestam-se mediante 
mecanismos de funcionamento imaturos. Os 
principais achados são: 
 
1- Perda de peso fisiológica: PIG < 5% do peso ao 
nascer (PN); AIG 5-10% do PN; 
2- Diminuição da filtração glomerular ( 
diminuição da reabsorção de sódio, glicose e 
aminoácidos, além de bicarbonato); 22 
23 
 
3- Aumento da viscosidade sanguínea (massa 
eritrocitária, hematócrito); 
4- Diminuição do envoltório de gordura 
(isolamento térmico); 
5- Retardo na maturação pulmonar (hipóxia 
crônica e consumo de oxigênio com retenção de 
gás carbônico); 
6- Diminuição do glicogênio cardíaco e da 
largura das fibras miocárdicas. 
Características Metabólicas 
• Os principais achados referentes ao metabolismo 
de carboidratos, proteínas e lipídios são 
descritos a seguir, baseados nos relatos na 
literatura. 
 
Metabolismo dos Carboidratos: 
 
Principal achado - Hipoglicemia que ocorre 
devido aos seguintes fatores: 
24 
25 
 
Imaturidade dos mecanismos de adaptação ao 
jejum, incluindo redução das respostas de 
liberação de catecolaminas à hipoglicemia e 
diminuição das reservas de glicogênio hepático e 
cardíaco; 
Aumento de consumo de glicose pelo cérebro e 
desproporção entre o tamanho cérebro/fígado ( 
o cérebro é um grande consumidor de glicose, 
enquanto o fígado, importante produtor de 
glicose, é proporcionalmente diminuído em 
relação ao encéfalo). 
 
Metabolismo de Proteínas 
A redução da reserva energética ao nascimento 
provoca um estado catabólico protéico, cuja 
intensidade dependerá da eficácia da 
terapêutica nutricional; 
 
Este estado catabólico promove um aumento 
plasmático de íon de amônio, ureia e ácido úrico, 
além de creatinina. 
A ACIDOSE METABÓLICA PELO MESMO MOTIVO, 
NÃO É UM ACHADO RARO. 26 
27 
 
A imaturidade de processos enzimáticos 
envolvidos no ciclo da ureia também pode 
contribuir para um quadro de HIPERAMONEMIA, 
o que é extremamente desfavorável. 
 
Devido a redução da atividade da cistationase, 
enzima chave para a conversão da metionina em 
cisteína, a taurina e a cistina tornam-se 
aminoácidos essenciais para o RNPT. 
Metabolismo de Lipídios 
 
Acentuada capacidade de lipólise, 
principalmente nos PIG, devido ao aumentos das 
demandas energéticas; 
 
Dificuldade em prolongar as cadeias dos ácidos 
graxos W3 e W6, fazendo com que os ácidos 
linoleicos (W6) e alfa-linolênico (W3), seja 
essenciais para os prematuros; 
 
28 
29 
 
QUAL A IMPORTÂNCIA DOS ÁCIDOS GRAXOS 
W3 E W6 PARA OS RECÉM NASCIDOS? 
 
 
• São os precursores dos ácidos araquidônicos (AA) 
e docosaexaenoico (DHA), cujo papel é relevante 
na estrutura e função do SNC e na formação da 
retina dos recém-nascidos. 
 
30 
O LM é abundante nestes ácidos graxos, porém 
devido à dificuldade dos RNPT, principalmente os 
extremos, de sugar o seio materno, torna-se 
essencial a adição destes ácidos graxos às 
formulas nutritivas especiais para prematuros. 
 
Outra ocorrência importante é a deficiência do 
sistema carnitina-acil- transferase que promove a 
beta oxidação de ácidos graxos e que justifica a 
indicação de ácidos graxos de cadeias médias e 
curta na terapêutica nutricional aplicada aos 
RNPT. 
Particularidades Morfofuncionais 
Digestivas 
• No último trimestre da gestação ocorre o 
aprimoramento da função digestiva. Portanto, a 
depender da idade gestacional de nascimento, 
podem estar presentes inúmeras características 
de imaturidade nos recém nascidos. 
• Percebe-se, de modo geral que de acordo com o 
nível de prematuridade, podem ocorrer 
diminuição nos processo de motilidade, bem 
como função digestivo-absortiva. 
• Responda: quais as principais ocorrências por 
órgão, do trato digestório? 31 
Ver cap. 21, pág. 332 – ref. Bibliográfica 1 
Enzimas Digestivas 
 
• O processo enzimático de digestão dos 
macronutrientes também pode estar 
comprometido pela imaturidade. 
 
• Percebe-se que o principal problema neste 
sentido diz respeito aos carboidratos (as 
carboidrases são os mais fortemente afetadas), 
além de terem maior especificidade em relação 
aos substratos. 32 
33 
 
 
 
• Responda: qual a situação das principais 
enzimas digestivas para o RNPT, conforme o 
tipo de macronutriente. 
 
 (ver cap. 21, pág. 332-333; ref. Bibliográfica 1) 
Necessidades Nutricionais 
Importância de fornecer condições de nutrição 
semelhante ao ambiente uterino, veiculando 
nutrientes necessários ao seu crescimento e 
desenvolvimento, principalmente neurológico. 
Necessidades Hídricas, energéticas, de 
carboidratos, lipídios e proteínas, enfatizando a 
importância de cada nutrientes especificamente. 
(Ex: Os AGE, LCPUFAS, os Aminoácidos 
condicionalmente essenciais), as reposições de 
vitaminas e minerais. 34 
Necessidades Nutricionais 
 
• O objetivo do cuidado nutricional com os 
RNPT/RNBP é fornecer condições de nutrição 
necessários ao seu desenvolvimento semelhante 
àquelas que teriam no útero materno, 
veiculando nutrientes necessários ao seu 
crescimento e desenvolvimento (principalmente 
o neurológico, que é o de maior risco). 
35 
36 
• Responda: Por que a falta de nutrientes 
necessários para o crescimento e 
desenvolvimento afeta principalmente o 
desenvolvimento neurológico? 
 
 Porque os baixos aportes nutricionais no 
período em que o cérebro está se 
desenvolvendo resultam em diminuição das 
células cerebrais e dificuldades de 
comportamento, aprendizagem e memória. 
Necessidades Hídricas 
São estimadas com base no elevado conteúdo 
corpóreo dos RNPT/RNBP; 
Considerar a alta labilidade hídrica desses 
recém-nascidos; 
Algumas condições clínicas específicas exigem 
aumento da oferta hídrica Ex: atividade física 
aumentada (convulsões, desconforto 
respiratório), umidade ambiental baixa, frio ou 
febre, perdas gastrintestinais, calor radiante: 
fototerapia (> as necessidades hídricas em 
20%). 37 
38 
Condições que podem demandar diminuição 
da oferta hídrica: 
 
Insuficiência renal; 
Insuficiência cardíaca; 
Pós-operatório; 
Persistência do canal arterial; 
Enterocolite necrosante; 
Hipertensão intracraniana; 
Meningite. 
Recomendações hídricas para os RNBP, 
prematuros ou não – ml/kg/peso/dia 
PERÍODO ml/kg/dia 
1º DIA 50 – 60 
2º DIA 90 
3º DIA 120 
4º DIA 140 
5º DIA 150 
1ª SEMANA 
 
150 – 180 (RNBP) 
180 – 200 (RNPT) 39 
40 
• Para os RNPT, ao final da 1ª semana pode-se 
atingir até 180 – 200 ml/kg/dia, sendo que para 
aqueles nascidos com peso inferior a 1500 g , 
inicia-se com 60 ml/kg/dia e aumenta-se de 15 
a 30 ml/kg/dia até 150 ml/kg/dia entre o 7º e o 
8º dias aproximadamente. 
 
• Responda: O que o aporte hídrico em excesso 
pode provocar nos RNPT? 
 
 
• Ver cap. 21, pág. 334 – ref. Bibliográfica 1 
Capacidade gástrica e oferta de 
líquidos 
• A capacidade gástrica também deve ser lavada 
em conta na oferta de líquidos. 
 
• 1º dia : 2 ml/kg 
 
• 4º dia: 16 ml/kg 
 
• 10º dia: 27 ml/kg 
41Necessidades Energéticas 
• São estimadas com base nos gastos energéticos 
do RNBP, os RNPT utilizam em torno de 40% do 
seu gasto energético para a síntese protéica. 
 
 
42 
Necessidades Energéticas do RNBP 
Ramos e Leone, 1986 
REQUERIMENTO KCAL/KG/DIA 
METABOLISMO BASAL 50* 
ATIVIDADE 15 
ESTRESSE TÉRMICO 10 
EFEITO TERMOGÊNICO 08 
PERDA FECAL 12 
CRESCIMENTO 25 
NECESSIDADE TOTAL 120 
43 
*Podendo variar de 60-75 kcal/kg/dia, sendo que o metab. Cerebral corresponde a 
40% do metabolismo global. 
Necessidades Energéticas 
Recomendações: 
• 1ª semana: 50-100 kcal/kg/dia 
• 2ª semana: 110-150 kcal/kg/dia 
 
Aumenta-se o aporte lentamente, observando-se a 
evolução e o ganho ponderal. 
O ganho ponderal do RNBP é geralmente 
evidenciado a partir da 2ª semana de vida. 
Na prática clínica, em geral, o aporte de 120 kcal/dia 
é suficiente para que os RNPT atinjam um 
crescimento satisfatório. 44 
45 
Para alguns RNBP e para os RNPT pequenos para 
idade gestacional, por vezes, pode ser necessária 
a oferta de até 200 kcal/kg/dia. 
 
A fim de serem atingidas tais recomendações 
energéticas deve-se observar as melhores fontes 
de carboidratos e lipídios. 
 
Carboidratos: 
Preferir a maltodextrina e os oligossacarídeos, 
uma vez que há pouca tolerância ao amido e à 
lactose. 
46 
A glicose é a principal fonte de energia para os 
RNPT extremos que apresentam diminuição das 
reservas de glicogênio, diminuição da gordura 
corporal e aumento do consumo energético pelo 
cérebro. 
 
• Recomendações de Carboidratos: 
O consumo médio de um RNBP fica em torno de 
10 a 15 g/kg/dia. 
O fornecimento de lactose deve estar em torno 
de 3 a 12 g/100 kcal preferencialmente (não 
ultrapassar 8g/100ml). 
47 
• Quando oferta-se uma quantidade de CHO em 
torno de 20g/dia observa-se que os lipídios serão 
preferencialmente depositados no tecido adiposo. 
 
• Recomendações de consumo de CHO para RNBP: 
 
NÍVEIS RECOMENDADOS g/100 Kcal 
Mínimo 12,6 
Médio 13,3 
Máximo 14,0 
Martinez, Camelo, 2001 
Necessidades Lipídicas 
 
• Os TCM - Importante componente para atingir-se 
as necessidades energéticas dos RNPT, porém 
sem esquecer das fontes de gordura de cadeia 
longa que são boas fontes de ácidos graxos 
essenciais . 
 
• O uso do TCM justifica-se pelos processos 
enzimáticos e metabólicos estarem alterados no 
RNPT. 48 
49 
• As necessidades de lipídios são estimadas com 
base na importância nutricional e funcional dos 
lipídios para o RNBP cumprindo as seguintes 
funções: 
 
1- Fontes de AGE; 
2- Desenvolvimento do SNC e da Retina (fonte de 
AGE, inclusive AA e DHA); 
3- Isolante térmico. 
 
• Recomenda-se 40% de TCM e o restante de AGE. 
Recomendações de consumo de 
Lipídios para RNBP 
Kcal MÍNIMO MÉDIO MÁXIMO 
Min. 110 
kcal/kg/dia 
4 g/kg/dia 5,8 g/kg/dia 7,7 g/kg/dia 
Méd. 130 
kcal/kg/dia 
4,7 g/kg/dia 6,9 g/kg/dia 9,1 g/kg/dia 
Máx. 165 
kcal/kg/dia 
5,9 g/kg/dia 8,7 g/kg/dia 11,6 g/kg/dia 
50 
Martinez e Cameli, 2001 – não utilizada em nossa experiência 
Necessidades Protéicas 
• Fatores que influenciam a utilização de Proteínas pelo 
RNBP: 
1- Estado Nutricional; 
2- Ritmo de Crescimento; 
3- Relação energia/proteína (geralmente acima ou em 
torno de 40); 
4- Valor biológico (lembrar que a cistina, taurina e 
carnitina são essenciais para os RNPT); 
5- Alimentação: RNPT alimentados com fórmulas 
industrializadas excretam maiores quantidades de 
creatinina do aqueles alimentados exclusivamente com 
LM. 
51 
Consequências do Excesso de Pts. 
para os RNBP 
1- Aumento de amônia e Ureia; 
2- Acidose metabólica; 
3- Sobre cargas metabólicas e renal (imaturidade do 
processo de filtração glomerular). 
 
Recomendações: 
RNPT entre 800 e 1200g (4g/kg/dia) ou 3,1 g/100 kcal 
RNPT entre 1200 e 1800 g (3,5 g/kg/dia) ou 2,7 g/100 
kcal 
RNBPT: 2,7 e 3,0 g (3,0 g/kg/dia) ou 2,0 a 2,7 g/100 kcal 
(cuidado com taxas superiores a 3,0 g de Pt/kg/dia nas 
primeiras semanas. 52 
53 
Em média as recomendações variam de 3 a 4 
g/kg/dia, sendo que 1,5 a 2,0 g/kg/dia são 
necessárias para evitar catabolismo. 
 
Para agregação proteica recomenda-se taxas em 
torno de 3,85 g/kg/dia, com ingestão energética 
mínima de 50 a 60 Kcal/kg/dia. 
 
• RNBP depositam menor quantidade de 
proteínas e energia do que os AIG, quando 
ingerem o mesmo aporte nutricional. 
Necessidades de Vitaminas e Minerais 
• Devem ser observadas as recomendações 
específicas para o RNPT. 
• As fórmulas e, até o LH (banco de leite), podem 
apresentar diminuição dos teores de sódio, ferro, 
cálcio, cobre e fósforo (dependendo de grau de 
imaturidade do recém nascido. 
• Responda: como ficam as recomendações das 
vitaminas e minerais para os RNPT? 
 
Ver cap. 21, pág. 336; ref. Bibliográfica 1 
54 
Estratégias para Alimentação de 
RNPT 
Superioridade do LH; 
Diferenças na composição do LH de mães RNAT 
e RNPT; 
Na impossibilidade da utilização do LH da 
própria mãe ou do banco de leite humano, 
indicar as fórmulas infantis mais apropriadas 
para alimentação oral ou por sonda dependendo 
do caso. 
Indicações da terapia Nutricional seja por via 
parenteral isolada ou associada a enteral em 
situações críticas. 55 
Diferenças na composição do LH de 
mães RNAT e RNPT 
• 1- CHO: menor quantidade no LMPT; 
 
• 2- Osmolaridade, volume e cálcio: semelhante 
nos 2 tipos; 
 
• 3- Restante: maior quantidade no LMPT 
 
• 4- Imunologicamente o LMPT é superior para o 
RNPT 56 
Estratégias Alimentares na 
Alimentação do RNPT 
Faça um resumo sobre: 
 
1- LM / LH 
 
2- LV 
 
3- Fórmulas para RNPT e RNBP 
 
57 
Vias e Técnicas de Alimentação para 
o RNPT 
• Podem ser referidas as seguintes vias e técnicas 
de alimentação, a depender do peso e/ou idade 
gestacional de nascimento ou das condições em 
que se encontra o recém nascido. 
 
• 1- Intravenosa; 
 
• 2- Via digestiva 
58 
Intravenosa - NPT 
 
 
• Indicada para prematuros extremos, 
principalmente para aqueles de extremo baixo 
peso e nos casos de recém nascidos com idades 
mais avançadas que apresentam distúrbios 
digestivo-obstrutivos graves. 
59 
Via digestiva 
• Iniciada, em geral, em RN com peso em torno de 
1300g, estando o tubo digestivo funcionante, 
ainda que com volumes pequenos para estímulo 
trófico da mucosa intestinal (alimentação 
enteral mínima, que varia de 2,5 a 20 ml/g/dia), 
além do estímulo para a motilidade intestinal e 
para proteção contra a translocação bacteriana, 
permitindo que o tempo para atingir a dieta 
enteral plena seja reduzido , diminuindo 
também, o risco de enterocolite necrosante. 60 
Técnicas para alimentação mínima 
ou plena 
 
• Sucção: iniciada em geral, com peso em torno de 
1600 a 1800 g e idade superior a 34 semanas 
gestacionais, quando o recém-nascido já é capaz 
de coordenar os mecanismos de sucção e 
deglutição. 
 
• Sonda oro-entérica: utilizada em casos de grave 
risco de refluxo e com uso concomitante de 
ventilação mecânica. 
 
61 
62 
 
• Sonda oro-gástrica: propicia melhor retenção 
nitrogenada e energética, porém 
contraindicada em casos de RGE grave, quando 
se indica a via oro-entérica e através da 
gavagem, nos casos em que a principal 
limitação é a capacidade de sucção, quando 
deve-se observar a evolução da coordenação 
sucção deglutição e o ganho de peso, para a 
indicação da via oral. 
 
Consideração 
• Apesar dos avanços da 
tecnologia médica, que 
permite maior sobrevida 
aos RNPT e RNBP e da 
tecnologia alimentar, que 
colocaa disposição 
fórmulas nutricionais 
especializadas, práticas 
naturais, como consumo 
de LM e contato mãe-filho, 
são estratégias de grande 
impacto no cuidado a esse 
grupo especial de recém-
nascidos. 
63 
Considerações 
A diferença da composição do leite de prematuro para o leite 
considerado maduro está na maior quantidade de proteínas e 
calorias. 
 
Segundo a OMS, um recém-nascido a termo, é considerado 
eutrófico caso no momento do nascimento, apresente um 
peso em gramas superior a 2500 ou 2,5 kg. 
 
A administração de lipídeos por via oral, principalmente sob a 
forma de triglicerídeos de cadeia média, foi recentemente 
recomendada na prevenção da hipoglicemia neonatal; quanto 
a utilização de TCM podemos dizer que: Estimula a 
gliconeogênese e a lipólise; Pode acarretar cetogênese. 
64 
Considerações 
 
O recém nascido pré-termo (RNPT), em função das suas 
baixas reservas ao nascimento, necessita da 
suplementação das Vitaminas (D, E) e de mineral, 
especialmente do Fe. 
 
No leite humano os ácido graxos importantes para o 
desenvolvimento do sistema nervoso central e da retina 
são o DHA e o EPA. 
 
65 
Considerações – Para fixar: 
• No processo de digestão de nutrientes em lactentes 
existem limitações, que devem ser observadas, 
principalmente pelas dificuldades e riscos que podem 
impor no processo de adaptação alimentar. 
 
 Descreva as etapas limitantes do processo digestivo - 
absortivo em lactentes com relação a carboidratos, 
proteínas e lipídeos. 
66 
67 
CARBOHIDRATOS: AMILASE SALIVAR: níveis normais RN (mantém 
15% atividade duodeno) AMILASE PANCREÁTICA: aumento da 
atividade 3º mês vida extra uterina GLICOAMILASE: valor normal 
no 1º mês de vida extra uterina ; compensatório aos baixos níveis 
amilase pancreática LACTASE, SACARASE, ISOMALTASE: valor 
normal ao nascer. 
 
 LIPÍDIOS : LIPASE PANCREÁTICA: redução nos níveis RNAT e RNPT 
; valor normal no 2º ano de vida ÁCIDOS BILIARES: baixa 
concentração e baixo turnover. LIPASE LINGUAL : presente 30º 
semana , faz a hidrólise TCL e TCM = diglicerídeos e ácidos graxos 
LIPASE SUPRA GÁSTRICA: participa na lipólise intragástrica. 
 
 PROTEÍNA: PEPSINA e HCL : Níveis inicialmente baixos ; Aumenta 
no 4º mês de vida extra-uterina ; valor normal : 2º ano de vida 
PEPTIDASES (pâncreas): 50% atividade ao nascimento ; valor 
normal : 2 ano PEPTIDASES (intestinal - borda escova): Presentes 
no feto 8-13ª semana Exceto: Aminopeptidase A (digestão 
glutamina) 
Referência Bibliográfica 
1- ACCIOLY, E; SAUNDERS, C; LACERDA, E. 
Nutrição em obstetrícia e pediatria, 2ª edição, Rio de 
Janeiro: Cultura Médica: Guanabara Koogan, 2009 
Capítulo 21: Recém Nascido de Baixo Peso e Prematuridade 
(pág. 327 - 340) 
 
2- MONTEIRO, J & CAMELO JR, J.S. Nutrição e Metabolismo: 
caminhos da nutrição e terapia nutricional: da concepção à 
adolescência. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007 
Capítulo 6: Alimentação do Recém Nascido Pré Termo (pág. 
132 – 151). 
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