Aplicação de cores em residencias

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CORES
Técnico em Design de Interiores
Introdução
Para todas as áreas do design é ne-
cessário um profundo estudo da cor. 
Ao compor um projeto, as cores são 
determinantes para a harmonia do 
que vemos e por este motivo, há o es-
tudo da forma e da cor.
Para um técnico em Design de Inte-
riores, é necessário estudar como a 
aplicação será realizada. Para a es-
colha da paleta de cores, precisamos, 
então, estudar como harmonizar e 
qual significado tem a cor na psicolo-
gia humana. Sabia que há psicologia 
das cores? 
Então,
vamos lá!
Aplicação das cores 
para residência
Círculo Cromático
Harmonia das cores
Psicologia das cores
Referência das cores
nas artes
Sites de auxílio
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Fotografia de uma sala de estar onde o teto é preto e as pa-
redes são brancas.
Aplicação das cores
para residência
Figura 1 - Sala de estar com teto escuro e paredes claras. 
A cor atua sobre o temperamento 
humano, transmitindo otimismo 
ou depressão, ação ou passivida-
de. Também pode agir de forma 
indireta, dando a sensação de au-
mento ou redução de um espaço. 
Sabendo disso e de como utilizar 
o poder das cores, podemos tornar 
um ambiente muito maior do que 
ele realmente é ou até torná-lo em 
um espaço mais relaxante ou ativo 
para o trabalho, basta saber usar a 
paleta infinita que temos disponí-
vel. Vamos entender melhor essa 
ideia, observando os ambientes a 
seguir:
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As cores escuras pesam e 
no caso da figura 1, obser-
vando-a, temos a sensação 
espacial de que o pé direito 
da sala é baixo. No entanto, 
se pintarmos o teto de bran-
co, veremos que a altura não 
é tão baixa assim. Portanto, 
para ambientes em que o pé 
direito é muito alto e você 
quiser disfarçar, usar um 
tom escuro no forro é uma 
boa opção.
Agora veja esta outra sala:
Figura 2 - Sala de estar com paredes escuras e forro branco. 
O pé direi-
to parece 
bem mais 
alto, pois 
as paredes 
são marrons 
escuras e o 
forro é bran-
co. Percebe?
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Circulação longa, em tons de bege. Para dar a sensação de menor 
comprimento, o fundo do ambiente foi pintado com um marrom 
escuro.
E se seu cliente tem uma circulação longa e estreita? 
Como dar a sensação de que o comprimento é menor?
É simples, basta pintar o fundo do ambiente com uma 
cor escura.
Figura 3 - Circulação longa com fundo de cor escura.
 Veja:
Agora, observe esta sala:
Figura 4 - Sala de estar.
As paredes da sala são brancas e as 
vigas, que estão expostas, são em um 
tom de madeira escuro. Portanto, te-
mos a sensação de que o volume das 
vigas é muito maior do que ele real-
mente é.
Agora, veja o oposto:
Figura 5 - Espaço gourmet.
As paredes deste espaço gourmet 
são em tons de terracota, escuros. 
No entanto, as tesouras (estrutura) 
aparentes do telhado são claras, 
deixando o elemento, o volume 
com uma leveza, ou seja, não pesa 
visualmente, não é verdade?
Portanto, saber utilizar as cores 
para favorecer os nossos projetos 
faz parte da vida profissional de 
um Designer de Interiores.
Domine-as!
A imagem mostra o círculo cromático, usado para definir as cores de um 
projeto.
Círculo Cromático
Este é o círculo cromático em uma 
das várias representações que você 
vai encontrar numa pesquisa sim-
ples na internet.
Figura 6 - Círculo cromático
Fonte: https://arquitetei.files.wordpress.com/2015/07/cores_1.jpg. Acesso em 29/12/2015
O disco cromático é uma ferramenta útil que nos auxilia na decisão da pale-
ta de cores que será utilizada num projeto. A cor não tem apenas impacto, 
como também afeta os objetos e a forma que percebemos o ambiente. 
O círculo cromático começa com as cores primárias:
 AMARELO, AZUL e VERMELHO. 
Estamos falando de cores obti-
das com pigmento, com tinta.
Não confunda com as cores dos 
monitores, que também são três, 
mas são diferentes.
Neste caso vermelho, verde e azul.
A seguir, temos as cores secundárias que nascem de misturas entre as 
cores primárias.
• AMARELO e AZUL produzem VERDE
• AZUL e VERMELHO produzem ROXO
• VERMELHO e AMARELO produzem o LARANJA.
E, para preencher o espaço entre estas cores, misturamos em partes 
iguais das cores de cada lado. Estas são chamadas CORES TERCIÁRIAS.
Ao dividirmos o círculo cromático, temos de um lado todas as cores 
chamadas quentes e do outro lado todas as cores chamadas frias. Olhe 
para o círculo e considere que o amarelo, cor do sol, é quente, enquan-
to o verde, é frio. A partir disto fica fácil dividir o círculo em metades. 
E é aí que entra sua aplicação no design, a composição dessas cores 
para criar um efeito.
Cores frias
(verdes e azuis)
A imagem mostra o circulo cromático dividido ao meio com uma linha, separan-
do em cores frias e cores quentes.
Figura 7 – Cores frias e cores quentes 
Cores quentes
(amarelo, laranjas, 
e vermelhos)
A imagem mostra uma sala onde as cores estão em contraste, de acordo com o 
disco cromático.
Harmonia das cores
Combinação complementar
Começamos pela combinação complementar, quando duas cores de lados 
opostos do disco cromático são usadas. Uma cor fria e uma cor quente. 
Normalmente isto cria contraste muitas vezes ousado. Há um termo usado 
para isto no design de moda. Chama-se color blocking.
Exemplo 1:
Figura 8 – Combinação complementar
A imagem mostra uma sala onde os tons de amarelo e azul, que são opostos no 
disco cromático, são usados em praticamente todo o ambiente.
Exemplo 2:
Figura 9 – Combinação complementar
A imagem mostra um quarto de solteiro com a cor azul predominante e cores 
adjacentes como suporte.
Nesta combinação, escolhemos uma cor predominante. Esta será a cor 
principal de seu projeto e, para completar, usamos as cores adjacentes.
Figura 10 – Combinação análoga
Combinação análoga
Exemplo 1:
A imagem mostra um quarto de solteiro, com a cor predominantemente laranja 
e como complemento, suas cores adjacentes do círculo cromático.
Exemplo 2:
Figura 11 – Combinação análoga
A imagem mostra uma sala com a predominância do branco, com detalhes que 
chegam ao preto, em almofadas, objetos de decoração e moldura de um quadro
É quando determinamos apenas uma cor para o projeto, complemen-
tando-a com tons onde há apenas adição de branco ou de preto. Tam-
bém conhecido como tom sobre tom ou tom sur tom.
Figura 12 – Combinação monocromática
Combinação monocromática
Exemplo 1:
A imagem mostra um quarto de criança com a predominância do azul, seguido 
de tons que chegam ao azul marinho e branco.
Figura 13 – Combinação monocromática
Exemplo 2:
A imagem mostra um triangulo dentro do disco cromático, auxiliando na esco-
lha de uma combinação tríade.
Consiste em escolher cores que estão no círculo, ligadas por um triângu-
lo em seu centro. Observe o esquema de como escolher uma combinação 
tríade na imagem a seguir:
Figura 14 –Combinação tríade no círculo cromático
Combinação tríade
A imagem mostra uma cozinha e sala de jantar com cores em combinação tría-
de.
Figura 15 – Combinação tríade
Exemplo 1:
A imagem mostra uma sala de estar com cores em combinação tríade.
Figura 16 – Combinação tríade
Exemplo 2:
Psicologia
As cores mexem com o nosso 
cérebro e fazem a gente perce-
ber coisas. 
Mudam nosso estado de humor 
e não só podem como devem ser 
usadas no design de interiores. 
Não é a toa que um restauran-
te tipo fast food tem predomi-
nância de vermelho e amarelo. 
Tampouco é sem pensar que 
outro, mais aconchegante, tem 
tons sóbrios, quentes e escuros. 
Atualmente, estas escolhas são 
baseadas no estudo da influ-
ência psicológica que as cores 
têm sobre um indivíduo ou so-
bre uma multidão.
Claro que há cores que são tra-
dições em um país que quer di-
zer absolutamenteo contrário 
de outro. Mas, estamos falando 
principalmente do mundo oci-
dental. Na Índia, por exemplo, o 
luto de uma viúva é branco. Já a 
escolha básica para um quarto 
de menino é azul enquanto para 
menina é rosa. Eventualmente 
algo será discordante. Entretan-
to, seguindo este estudo, é muito 
mais provável que você acerte 
na emoção que quer impor ao 
ambiente, do que testando uma 
combinação inédita.
das cores
Pureza, perfeição, neutralidade, 
humildade, limpeza, frieza, este-
rilidade.
Branco:
Luto, elegância, solidez, poder, 
modernidade, sofisticação, for-
malidade, morte, medo, anoni-
mato, raiva, mistério e azar.
Preto:
Cinza:
Pode simbolizar estabilidade, 
sucesso, qualidade, falta de vida, 
morbidez e falta de vigor. Simbo-
liza ainda o equilíbrio, a flexibi-
lidade, a neutralidade, indecisão 
e a ausência de energia.
É leveza, descontração, otimismo. 
Simboliza criatividade, jovialida-
de e alegria. Calor, opulência e 
prosperidade, energia. Esperan-
ça vivacidade, alegria, desprendi-
mento, desinibição, brilho. Ansie-
dade e aguçar as preocupações. 
Usada em excesso, torna a pessoa 
irresponsável e volúvel.
Amarelo:
Equilíbrio, generosidade, entusias-
mo, alegria, aconchego, energia, 
criatividade, equilíbrio, entusias-
mo e ludismo;
Laranja:
Paixão, entusiasmo, impacto, 
agressividade, força, energia, amor, 
liderança, masculinidade, perigo, 
fogo, raiva, revolução, “pare”.
Vermelho:
Amor, carinho, suavidade, acolhi-
mento e romantismo.
Rosa:
Influencia emoções e humores, 
intuição e espiritualidade; Roxo - 
velocidade, concentração, otimis-
mo, alegria, felicidade, idealismo, 
riqueza (ouro), fraqueza e dinheiro.
Lilás:
Confidência, conservadorismo, 
austeridade, monotonia, depen-
dência, liberdade, saúde, purifica-
ção, paciência, serenidade, passi-
vidade, tristeza.
Azul:
Tranquilidade, paz, sossego, limpe-
za e frescor.
Ciano:
Esperança, cura, natureza, paz, 
natureza, primavera, fertilidade, 
juventude, desenvolvimento, ri-
queza, dinheiro, boa sorte, ciúmes, 
ganância e esperança. 
Verde:
Luxúria, sofisticação, sensualida-
de, feminilidade, desejo; Violeta 
- espiritualidade, criatividade, rea-
leza, sabedoria, resplandecência e 
dor. 
Magenta:
Sólido, seguro, calmo, nature-
za, rústico, estabilidade, es-
tagnação, peso e aspereza.
Castanho:
Tonalidades roxas, violetas e lila-
ses são ligadas a fantasia, mistério, 
espiritualidade, sonho, misticismo, 
delicadeza podendo criar ambien-
tes calmos e serenos. 
Roxo/Violeta:
Sensação do que é permanente, 
sólido e seguro. Estabilidade. 
Marrom:
Beleza, nobreza, sofisticação e 
tradição.
Bege:
a imagem mostra o famoso quadro de Leonardo DaVinci, Mona Lisa, que retrata 
uma mulher com sorriso enigmático.
Impossível falar sobre 
cores sem falar a res-
peito da arte e, por-
tanto, de Leonardo Da 
Vinci. 
As cores de seu quadro 
mais famoso, a “Mona 
Lisa” ou “Gioconda”, 
são análogas. Olhe os 
exemplos acima nova-
mente e depois, obser-
ve a imagem e as cores 
da obra de Da Vinci. 
Figura 17 – Mona Lisa
Referência 
das cores nas artes
Obra o periquito e a sereia, de Henri Matisse, em que o 
artista retrata um jardim utilizando diversas formas e 
cores em harmonia.
Já artistas fauvistas, 
como Matisse, são co-
nhecidos por uma com-
binação de cores com-
plementares, como na 
obra a seguir, intitulada 
“O periquito e a sereia”.
Figura 18 – O periquito e a sereia
Uma obra de arte ou uma 
reprodução de quadro 
com uma boa escolha e 
uso das cores, podem fa-
zer crescer um ambiente 
e torná-lo ainda mais im-
pactante. 
Sites de 
auxílio
Na web, encontramos alguns sites interes-
santes que nos auxiliam na escolha das cores 
para os ambientes. Conheça a seguir alguns 
deles e não deixe de acessá-los, ok? 
Vale muito à pena!
• colorschemedesigner.com
• colorblender.com
• kuler.adobe.com
• www.suvinil.com.br
• www.coral.com.br
• www.tintasrenner-deco.com.br