Buscar

Relatório de dispensa de estagio

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RELATORIO DE DISPENSA DE ESTÁGIO
FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI íTALO BOLOGNA
CURSO SUPERIOR EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
MARCO AURÉLIO VIEIRA DIAS
Matrícula: 581354
Goiânia,05 de Maio de 2015
Relatório de dispensa de estágio em uma empresa de grande porte no ramo de laticínios intitulada como Laticínios Bela Vista LTDA. realizado durante o período em que ao mesmo tempo exercia a função de Eletricista Industrial que se iniciou em abril de 2009 até o presente momento.
Resumo
Este relatório descreve o período de estágio curricular supervisionado do aluno Marco Aurélio Vieira Dias, do curso de Automação Industrial , na área elétrica da empresa Laticínios Bela Vista LTDA, localizada na cidade de Bela Vista de Goiás. Os serviços prestados na empresa, em sua maioria, são nas áreas de manutenção elétrica, bem como acionamentos e proteção de motores de indução trifásico além de executar manutenção corretiva e preventiva em quadros elétricos e máquinas responsáveis ao processo incluindo melhorias e a correta intervenção. 
 
SÚMARIO
1. Introdução.
2. Desenvolvimento. 
2.1 Características da Empresa. 
2.2 Atividades Desenvolvidas Durante o Estágio. 
2.2.1 Motores Trifásicos e Métodos de Partida. 
2.2.2 Rebobina mento de MIT’s. 
2.2.3 Instalação de Banco de Células para Correção Fator de potência. 3.Conclusões. 
4. Sugestões.
5. Referências Bibliográficas.
6. Assinatura.
1. Introdução
Faz parte da rotina de trabalho com manutenção elétrica desenvolver atividades voltadas para o setor de planejamento, projeto, execução e implantação de circuitos e equipamentos eletrônicos geralmente, trabalham em laboratório, com equipamentos de teste e programas de computador para simulação, instalando, configurando e inspecionando sistemas e equipamentos. 
Os motores elétricos desempenham um papel importantíssimo no progresso da humanidade. Devido à sua extrema versatilidade, podem ser utilizados nos mais variados campos de aplicação. Seguramente, é o meio mais eficiente para a transformação de energia elétrica em mecânica. Para que possam ser especificados corretamente, é necessário conhecê-los, saber quais os tipos existentes, seus princípios de funcionamento, suas características construtivas e as regras que devem ser seguidas para fazer a seleção do motor mais adequado à determinada aplicação.
Conhecer como se liga um motor trifásico não consiste simplesmente em conectá-lo a rede elétrica. Pois, é de grande importância entender as características internas de cada tipo de motor, as normas que auxiliam o bom funcionamento de todo conjunto, as determinações da concessionária de energia elétrica local, enfim, uma série de medidas que fará o sucesso de todo o sistema.
Sendo assim, os circuitos que comandarão os motores precisam estar bem dimensionados, pois caso contrário, pequenos detalhes podem gerar uma série de problemas, que poderão resultar em grandes prejuízos.
O Eletricista industrial deve conhecer todos esses aspectos e saber efetuar instalações, onde o conhecimento técnico e teórico são de fundamental importância. 
O Eletricista deve, também, determinar a aplicação correta de cada caso, sugerindo implantações de melhorias que visem tanto à otimização do processo quanto a redução de custos.
Os estágios supervisionados realizados por graduandos em Automação Industrial têm objetivo de proporcionar ao futuro o exercício teórico-prático com atividades e aplicações no campo de atuação, que culmina com a formação técnica-profissional recebida no curso referente à: projetos, supervisão, otimização, gestão de processos, racionalização de recursos e consequente aumento de produtividade. Dessa forma, o estágio supervisionado contribui para excelência na formação dos nossos futuros profissionais.
Tendo em vista a necessidade de adquirir experiência com a prática, e conhecer alguns processos industriais atuais.
As tarefas relacionam-se basicamente com a compreensão do princípio de funcionamento, projeto e montagem de painéis elétricos, de acordo com suas diversas aplicações na indústria. Também foi possível realizar manutenção e troca de enrolamentos de motores, verificando suas características construtivas e as causas dos danos a que os motores estão sujeitos.
Neste relatório serão tratadas as principais características dos motores de indução trifásicos, algumas formas de acionamentos desse tipo de motor, os componentes que são empregados na montagem de quadros de comando, o dimensionamento destes componentes e, por fim, são dados alguns exemplos práticos de participação de manutenção corretiva de motores e projetos extras acompanhados pelo estagiário.
2. Desenvolvimento
2.1 Características da Empresa
A empresa Laticínios Bela Vista LTDA. CNPJ/GO 02.089.969/0001-06, com sede na cidade de Bela Vista De Goiás, Estado de Goiás, sob a direção de seus proprietários e irmãos Marcos e Cesar Helou, foi fundada em 1955.
Hoje, a empresa emprega em media de 2000 funcionários diretos e indiretamente.
No dia a dia somos encaminhados para desenvolverem suas atividades nos setores de potência (motores elétricos), montagem de painéis elétricos, acionamentos e proteção. A empresa tem como parceria para treinamentos e atualização dos técnicos, sobre novas tecnologias de equipamentos, a Siemens do Brasil.
• Instalações de padrões;
• Manutenção corretiva e instalações de motores, geradores, bombas hidráulicas e máquinas de solda;
• Automatização de processos via montagem de painéis elétricos;
• Projetos e execuções de instalações industriais elétricas.
Serão apresentados neste relatório, alguns dos principais trabalhos técnicos desenvolvidos ou acompanhados pelo estagiário.
Nas tarefas realizadas seguiram-se procedimentos de execuções, tais como:
• Conhecimentos e esquematização do projeto, dimensionamento de cabeamento e componentes, montagem, verificação do funcionamento e medição das grandezas elétricas envolvidas no circuito;
• A escolha dos componentes dos circuitos de força e comando como disjuntores, contatores, relés, entre outros. Assim como a escolha da espessura dos cabos do circuito de força.
2.2.1 Atividade 1 – Motores Trifásicos e Métodos de Partida
No período inicial do estágio foi necessário que o estagiário realizasse uma revisão e atualização dos conhecimentos sobre motores de indução. Nesse período o estagiário recebeu instruções de como lidar com o MIT (Motor de Indução Trifásico), entender os dados de placa e fazer reparos. Também foi realizada uma revisão bibliográfica. Sendo assim, serão apresentados a seguir alguns tópicos importantes que foram abordados.
Um motor elétrico é acompanhado de uma placa de identificação, onde são informadas suas principais características. Outros dados podem ser obtidos com o fabricante, através de catálogos ou consultas diretas.
A grande maioria dos motores elétricos é fornecida com terminais religáveis, de modo que possam funcionar ao menos em dois tipos de tensões. Os possíveis esquemas de ligações são: ligação estrela-triângulo, série/paralelo, estrela/dupla-estrela e triângulo/duplo-triângulo. A imagem de um MIT(motor de indução trifásica) pode ser visto na figura 1.
Figura 1
CORRENTE ELÉTRICA NO MOTOR TRIFÁSICO
- Corrente nominal (In): É lida na placa de identificação do motor, é aquela que o motor absorve da rede quando em funcionamento em condições nominais.
- Corrente de partida (Ip/In): da ordem de 6 a 10 vezes a corrente nominal. Este valor depende das características do motor e não da carga acionada. A carga influencia apenas no tempo de aceleração do motor.
POTÊNCIA MECÂNICA
Mede a rapidez com que a energia é aplicada ou consumida. A unidade mais usual é o cv (cavalo- vapor).
POTÊNCIA ELÉTRICA
Em que:
P= Potência em Watts (W);
V= Tensão de linhasem Volts (V);
I= Corrente de Linha em Ampères (A);
RENDIMENTO
O rendimento determina a eficiência da transformação da energia elétrica absorvida pela rede, em energia mecânica disponível no eixo.
FATOR DE SERVIÇO
É um multiplicador que, quando aplicado à potência nominal do motor, indica a carga que pode ser acionada continuamente sob tensão e frequência nominais e com limite de elevação de temperatura do enrolamento.
CLASSE DE ISOLAMENTO
É a determinação da temperatura máxima de trabalho que o motor pode suportar continuamente sem ter prejuízos em sua via útil.
GRAU DE PROTEÇÃO
É a indicação das características físicas dos equipamentos elétricos, referindo-se à permissão da entrada de corpos estranhos em seu interior. É definido pelas letras IP seguidas por dois algarismos. Pode ser visto na figura 2.
Figura 2
CATEGORIA
Existem três categorias de conjugados definidos por norma que determinam a relação do conjugado com a velocidade e a corrente de partida dos motores trifásicos. Categoria D, H e N, sendo cada uma adequada a um tipo de carga. A NBR 17094 classifica os motores de indução trifásicos com rotor de gaiola quanto às características de conjugado em relação à velocidade e quanto à corrente de partida em três categorias.
MÉTODOS DE PARTIDA
Muitas vezes é desejável acionar MIT’s limitando-se a corrente de linha, evitando assim distúrbios na rede de alimentação e aumento da demanda de energia elétrica. Enquanto no primeiro caso o objetivo é evitar transitórios que possam levar a quedas de tensão em outros pontos da rede, ou mesmo interrupção, no segundo caso implicações econômicas desfavoráveis podem ocorrer, como o impacto “na demanda de uma alta corrente de partida” (WEG, 2010).
Constitui-se uma das atividades da empresa a montagem, instalação e manutenção de painéis elétricos, para o acionamento de motores acoplados a equipamentos industriais, tais como: sopradores de oxigênio a altos fornos, compressores, equipamentos de iça mento e transporte (elevadores de cargas e pontes rolantes), além de bombas hidráulicas.
As maneiras de acionar um motor são basicamente divididas em dois grupos: partida direta e partida indireta. Já as formas de comandar os motores são variadas, e não existe um esquema definido, somente padrões (normas) de instalação.
PARTIDA DIRETA
Consiste em energizar o motor com a tensão nominal, desde o instante inicial. É o sistema mais simples, fácil e barato de instalar, sendo também aquele que oferece o maior conjugado de partida do motor. Porém, a corrente de partida do motor é grande, fato que possibilita a sua aplicação em motores de potência muito elevada. Existem limites de potência para cada tensão de rede, conforme determinação da concessionária local, sendo na maioria dos casos de 5 cv nas redes de 220/127 V e de 7,5 cv nas redes de 380/220V. O diagrama do circuito elétrico da partida pode ser visto na figura 3.
O painel foi solicitado para acionamento automático ou manual de uma bomba de incêndio trifásica de 5 cv.
O material utilizado foi:
1 Contator Siemens, 3RT10117-1AN11;
1 Disjuntor trifásico, Siemens, 3RV1011 de 10 A;
1 Disjuntor de linha 5SX1 2X004 A;
1 Relé de falta de fase, Siemens;
1 Chave comutadora de três posições;
1 Sinalizador luminoso;
10 Bornes de conexão;
2 Bornes de fixação;
5 Cabos de 2,5mm;
10 Cabos de 0,75mm;
1 Armário de chapa de aço 600 x 600 x 300 mm;
1 Motobomba de 5 cv;
Anilhas e terminais de conexão;
Canaletas, trilhos de fixação, abraçadeiras, terminais, anilhas, arrebites e placa de identificação.
Figura 3	
PARTIDA INDIRETA
A alta corrente de partida solicitada por motores trifásicos pode causar queda de tensão e sobrecarga na rede, aquecimento excessivo dos condutores e uma série de outros fatores prejudiciais à instalação elétrica. Isso piora à medida que aumenta a potência dos motores.
Nesses casos deve-se aplicar uma tensão inferior à nominal no instante da partida. Assim a potência do motor fica reduzida e consequentemente sua corrente. Depois que o motor atinge rotação nominal, eleva-se sua tensão ao valor nominal. O diagrama do circuito elétrico da partida pode ser visto na figura 4. 
Figura 4
CHAVE ESTRELA-TRIÂNGULO
Destina-se ao comando e proteção de motores trifásicos de até 11 KW (15cv), acoplados a máquinas que partem a vazio ou com baixo conjugado e praticamente constante, tais como: ferramentas para corte de madeira e agrícolas. Na ligação estrela, os motores podem partir com até 30% de sua carga nominal, pois cada fase “enxerga” uma tensão que é de sua tensão nominal. Dessa forma, a corrente absorvida da linha fica reduzida a 1/3 daquela a plena tensão; por outro lado, os conjugados ficam também reduzidos a 1/3 do nominal (ALEXANDER e SADIKU, 2003). O diagrama do circuito elétrico da partida pode ser visto na figura 5.
Material utilizado:
1 MIT 12,5 cv, 30 A, 2 polos e 3510 RPM;
3 Contatores;
1 Disjuntor;
1 Relé temporizador;
1 Chave liga-desliga;
1 Botoeira;
1 Relé de sobrecarga;Cabos de 6 mm para o circuito de força e de 0,75 mm para o de comando.
Figura 5
CHAVE COMPENSADORA
Aplicável a todos os motores trifásicos, desde que funcionem com a tensão da rede local, não interessando o tipo de ligação nem o número e terminais. Destina-se a motores trifásicos acoplados a máquina que partem com aproximadamente metade de sua carga nominal, tais como: compressores, ventiladores, bombas e britadores. A redução da tensão é feita com um autotransformador de partida trifásico, alimentando-se o motor com um percentual da tensão da rede, até sua aceleração total. Os valores mais usuais de saída dos trafos são de 65% a 80% da tensão nominal. Na partida, a corrente e o conjugado ficam reduzidos em aproximadamente 42% e 64% dos valores atingidos em partida direta, para os terminais de 65% e 80%, respectivamente. O diagrama do circuito elétrico da partida pode ser visto na figura 6.
Material utilizado:
1 MIT 12,5 cv, 30 A, 2 polos e 3510 RPM;
1 Autotransformador tap's 65 e 80%;
3 Contatores;
1 Disjuntor;
1 Relé temporizador;
1 Chave liga-desliga;
1 Botoeira;
1 Relé de sobrecarga;
Cabos de 6 mm para o circuito de força de 0,75 mm para o de comando;
Terminais de conexão e anilhas.
Figura 6
SOFT – STARTER (PARTIDA SUAVE)
É um sistema microprocessado, projetado para acelerar, desacelerar e proteger MIT’s fornecendo aumento ou redução progressiva da tensão ao motor, através de tiristores.
No teclado, é possível ajustar os valores de torque e corrente em função da solicitação da carga acionada, ou seja, a corrente exigida será a mínima necessária para o aceleramento do motor. Também, é possível ajustar a tensão de partida por um tempo pré-definido; o pulso de tensão na partida para cargas de alta inércia; proteções contra falta de fase e sobrecorrente; faixa de limitação da corrente; rampas de aceleração e desaceleração, entre outras funções.
Em paralelo com o soft-starter usa-se um contator (by-pass) que faz a alimentação do motor depois de terminado o processo de partida, evitando desgastes dos componentes.
Esse método de partida é normalmente usado em motores de grande porte, como ventiladores e exaustores, bombas centrífugas e dosadoras, agitadores, misturadores, centrífugas de açúcar, esteiras transportadoras e compressores. As Figuras 5 e 6 apresentam, respectivamente, um soft-starter da Weg e seu diagrama esquemático.A imagem pode ser vista na figura 7.
Figura 7
DISPOSTIVO DE PROTEÇÃO E ACIONAMENTO
Os dispositivos de proteção e acionamentos são usados para montar os circuitos elétricos descritos na seção anterior. Existem várias marcas e produtos, disponíveis no mercado para atender uma área mais ampla.
2.2.2 Atividade 2 – Rebobina mento de MIT’s
A vida útil do enrolamento de um motor elétrico pode ser menor se este forexposto a condições de operação desfavoráveis, sejam elétricas mecânicas ou ambientais.
É relativamente frequente na recuperação de um motor danificado, a introdução de novos fatores que irão aumentar consideravelmente as perdas em relação ao projeto original tais como tais como :
• Aquecimento excessivo do núcleo de ferro para retirada do enrolamento defeituoso, provocando o rompimento do isolamento interlaminar e, como consequência, aumento das perdas por correntes parasitas (correntes de Foucault);
• Rebobinagem em desacordo com os dados de projeto do fabricante número de espiras a menos, diâmetro do fio menor, etc.;
• Reparos no rotor, como a usinagem no diâmetro externo, provocam um grande aumento na corrente de magnetização e, consequentemente, das perdas.Portanto é de suma importância não efetuar procedimentos que possam alterar as características originais do motor a ser recuperado.
Procedimentos de rebobina mento de um MIT's
I. Preenchimento de uma ficha de controle de serviço onde são registradas todas as informações da máquina o que inclui: dados do proprietário, defeito ocorrido, processo no qual estava inserido, tipo de acoplamento, etc.;
II. Retirada da polia, parafusos, porcas e chaveta, com equipamentos adequados como martelo de borracha, fluido desengripante e saca-polia;
III. Marcação da posição das tampas em relação à carcaça antes de retirá-las;
IV. Remoção do rotor pelo lado do ventilador;
V. Retirada dos rolamentos utilizando ferramenta semelhante ao saca-polia;
VI. Limpeza do rolamento usando querosene ou outro produto adequado, secagem usando um pano isento de fiapos/sujeiras ou ar comprimido;
VII. Com o motor aberto sem a presença do rotor faz-se uma inspeção visual interna registrando avalias encontradas e anotando algumas informações com relação às características construtivas do estator e do enrolamento, tais como:
a) Número de ranhuras;
b) Tipo de enrolamento (imbricado, concêntrico);
c) Número de bobinas por grupo;
d) Número de grupos por fase;
e) Ligação entre grupos de bobinas;
f) Passo de bobina;
g) Passo polar;
h) Passo de face;
i) Esquema de ligação (número de terminais).
VIII. Com esses dados faz-se a confecção do diagrama planificado do enrolamento, que deverá ficar anexado à ficha de controle do motor;IX. Retirada dos enrolamentos, contagem do número de espiras e mensuração da bitolado fio esmaltado;
X. Limpeza do estator retirando todo o material isolante presente nas ranhuras e os resíduos de verniz;
XI. Confecção das bobinas conforme o projeto original do fabricante;
XII. Colocação dos moldes das fibras antes de colocar as bobinas novas nas ranhuras, evitando assim o deslizamento do isolante e reforçando, consequentemente, a isolação na borda da ranhura;
XIII. Definição das ranhuras a serem ocupadas, em função do passo de bobina e, de acordo com o esquema planificado. Ao término da colocação de cada bobina nas ranhuras, deverá ser colocada uma fibra isolante no final para fixação da mesma;
XIV. Após a colocação de todas as bobinas, providencia-se a fixação das cabeceiras das bobinas no lado contrário ao dos terminais, utilizando fibra isolante entre os grupos de bobinas e fita ou cadarço isolante para amarração das mesmas;
XV. A etapa seguinte é a identificação dos grupos de bobinas pertencentes a cada enrolamento e sua respectiva interligação;
XVI. Amarração final, da mesma forma que foi feita no lado oposto, colocando uma fibra isolante entre os grupos de bobinas e ajeitando as emendas e fios terminais na cabeceira das bobinas, evitando os cruzamentos;
XVII. Antes da impregnação, com verniz isolante, o bobinado é testado para certificar-se que o trabalho está correto;
XVIII. Após secagem total do estator, o motor é remontado, observando a colocação correta das tampas laterais;
XIX. E então se efetua a pintura de acabamento. Alguns ensaios são efetuados antes da liberação do motor.
Outra característica importante é o tipo de ligação dos motores trifásicos. Os motores trifásicos de uma só velocidade podem dispor de 3, 6, 9 ou 12 terminais para a ligação à rede elétrica. A ligação de motores trifásicos com três terminais à rede é feita conectando-se os terminais 1, 2, e 3 aos terminais de rede RST em qualquer ordem. 
OBS: Para inverter o sentido de rotação do motor trifásico, basta inverter duas fases.
Os motores trifásicos com seis terminais só tem condição de ligação em 2 tensões: 220/380V. Esses motores são ligados em triângulo na menor tensão e em estrela,na maior tensão.A figura 8 a seguir, mostra uma placa de ligação desse tipo de motor. 
Figura 8
OBS: Nos motores de seis terminais, é comum encontrarmos as marcações U, V, W, X, Y, e Z, ao invés de 1, 2, 3, 4, 5, e 6, respectivamente.
Os motores com nove terminais tem possibilidade de ligação em três tensões: 220/380/440 V. Os motores com doze terminais tem possibilidade de ligação em quatro tensões: 220/380/440/760 V.
2.2.3 Atividade 3 - Instalação de Bancos de Células para Correção do Fator de Potência
A Correção do fator de potência através, principalmente, da instalação de capacitores tem sido alvo de muita atenção das áreas de projeto, manutenção e finanças de empresas interessadas em racionalizar o consumo de seus equipamentos elétricos. Objetivando otimizar o uso da energia elétrica gerada no país, o extinto DNAEE (Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica), atualmente com a denominação de ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), através do Decreto de 25 de março de 1992, a Portaria DNAEE nº. 085 foi publicada, estabelecendo diversas mudanças na forma de controle da energia reativa que circula pelo sistema.
Com o avanço da tecnologia e com o aumento das cargas não lineares nas instalações elétricas, a correção do fator de potência passa a exigir alguns cuidados especiais. Na figura 9 pode ser visto a imagem de um quadro elétrico com o banco de capacitores.
Figura 9
Cuidados na Instalação de Capacitores
• Evitar exposição ao sol ou proximidade de equipamentos com temperaturas elevadas;
• Não bloquear a entrada e saída de ar dos gabinetes;
• Os locais devem ser protegidos contra materiais sólidos e líquidos em suspensão (poeira, óleos);
• Evitar instalação de capacitores próximo do teto (calor);
• Evitar instalação de capacitores em contato direto sobre painéis e quadros elétricos (calor).
Localização dos Cabos de Comando
Os cabos de comando deverão estar preferencialmente dentro de tubulações blindadas com aterramento na extremidade do Controlador Automático do Fator de Potência.
Cuidados na Instalação Localizada
Alguns cuidados devem ser tomados quando se decide fazer uma correção de fator de potência localizada:
• Cargas com alta inércia: ex: Ventiladores, bombas de recalque, exaustores, etc. Deve-se instalar contatores para a comutação do capacitor, pois o mesmo quando é permanentemente ligado a um motor, pode ocasionar problemas quando o motor é desligado da fonte de alimentação. O motor ainda girando irá atuar como um gerador e fazer surgir sobretensão nos terminais do capacitor. Pode-se dispensar o contator para o capacitor, desde que sua corrente nominal seja menor ou igual a 90% da corrente de excitação do motor (NBR 5060).
• Inversores de Frequência: Inversores de frequência que possuam reatância de rede conectada na entrada dos mesmos emitirão baixos níveis de frequências harmônicas para a rede. Se a correção do fator de potência for necessária, aconselha-se não instalar capacitores no mesmo barramento de alimentação do(s) inversores. Caso contrário, instalar em série com os capacitores Indutores Anti-harmônicas.
• Soft-starter: Deve-se utilizar um contator protegido por fusíveis retardados (gL-gG) para manobrar o capacitor, o qual deve entrar em operação depois que a soft-starter entrar em regime. É sempre importante medir as harmônicas de tensão e corrente se o capacitor for inserido no mesmo barramento da soft-starter.
O estabelecido pelo Decreto nº 62.724de 17 de maio de 1968 e com a nova redação dada pelo Decreto nº 75.887 de 20 de junho de 1975, as concessionárias de energia elétrica adotaram, desde então, o fator de potência de 0,85 como referência para limitar o fornecimento de energia reativa.
O Decreto nº 479, de 20 de março de 1992, reiterou a obrigatoriedade de se manter o fator de potência o mais próximo possível da unidade (1,00), tanto pelas concessionárias quanto pelos consumidores, recomendando, ainda, ao Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica - DNAEE - o estabelecimento de um novo limite de referência para o fator de potência indutivo e capacitivo, bem como a forma de avaliação e de critério de faturamento da energia reativa excedente a esse novo limite. A nova legislação pertinente, estabelecida pelo DNAEE, introduziu uma nova forma de abordagem do ajuste pelo baixo fator de potência, com os seguintes aspectos relevantes.
Em 25 de março de 1992, a Portaria DNAEE nº. 085 foi publicada, estabelecendo diversas mudanças na forma de controle da energia reativa que circula pelo sistema. Em particular, o limite mínimo do fator de potência foi aumentado para 0,92 e passou-se a ter a possibilidade de faturamento pelo excedente de energia reativa capacitiva no período noturno para alguns consumidores.
Com isso muda-se o objetivo do faturamento: em vez de ser cobrado um ajuste por baixo fator de potência, como faziam até então, as concessionárias passam a faturar a quantidade de energia ativa que poderia ser transportada no espaço ocupado por esse consumo de reativo. Este é o motivo de as tarifas aplicadas serem de demanda e consumo de ativos, inclusive ponta e fora de ponta para os consumidores enquadrados na tarifação horosazonal.
Além do novo limite e da nova forma de medição, outro ponto importante ficou definido: das 6h da manhã às 24h o fator de potência deve ser no mínimo 0,92 para a energia e demanda de potência reativa indutiva fornecida, e das 24h até às 6h no mínimo 0,92 para energia e demanda de potência reativa capacitiva recebida (ANEEL, 2012).
Excedente de reativo / Forma de avaliação
A ocorrência de excedente de reativo é verificada pela concessionária através do fator de potência mensal ou do fator de potência horário.
O fator de potência mensal é calculado com base nos valores mensais de energia ativa (“kWh”) e energia reativa (“kVArh”). O fator de potência horário é calculado com base nos valores de energia ativa (“kWh”) e de energia reativa (“kVArh”) medidos de hora em hora.
Faturamento / Fator de potência horário
A demanda de potência e o consumo de energia reativa excedentes, calculados através do fator de potência horário, serão faturados pelas expressões:
FDR(P) = Faturamento da demanda de potência reativa excedente por posto tarifário.
DAt = Demanda de potência ativa medida de hora em hora.
DF(p) = Demanda de potência ativa faturada em cada posto horário.
TDA(p) = Tarifa de demanda de potência ativa.
FER(p) = Faturamento do consumo de reativo excedente por posto tarifário.
cat. = Consumo de energia ativa medido em cada hora.
TCA(p) = Tarifa de energia ativa, ft = Fator de potência calculado de hora em hora, S = Soma dos excedentes de reativo calculados, a cada hora, MAX = Função que indica o maior valor da expressão entre parênteses, calculada de hora em hora.
t = Indica cada intervalo de uma hora, p = Indica posto tarifário: ponta e fora de ponta, para as tarifas horosazonais, e único, para a tarifa convencional. n = Número de intervalos de uma hora, por posto horário no período de faturamento (ANEEL, 2012).
Fator de potência mensal
A demanda de potência e o consumo de energia reativa excedentes, calculados através do fator de potência mensal, serão faturados pelas expressões:
FDR =Faturamento da demanda de reativo excedente.
DM = Demanda ativa máxima registrada no mês (kW).
DF = Demanda ativa faturável no mês (kW).
TDA = Tarifa de demanda ativa (R$/ kW).
FER = Faturamento do consumo de reativo excedente.
CA = Consumo ativo do mês (kWh).
TCA = Tarifa de consumo ativo (R$ / kWh). fm = Fator de potência médio
mensal.
A Portaria nº 456, de 29 de novembro de 2000, estabelecida pela ANEEL, através do artigo 34, estabelece-se que o fator de potência da unidade consumidora do Grupo B (consumidores trifásicos atendidos em baixa tensão) será verificado pelo concessionário através de medição transitória, desde que por um período mínimo de 7 dias consecutivos (ANEEL, 2012).
3. Conclusão
O estágio curricular realizado proporcionou uma oportunidade única para o estagiário colocar seu conhecimento teórico (adquirido ao longo do curso Automação) em prática, além do aprendizado constante na empresa em áreas supracitadas como acionamentos.
Foi possível também, ter uma interação ativa e enriquecedora com as atividades de base que promovem o desenvolvimento da economia local. As diversas visitas técnicas vivenciadas pelo estagiário durante o estágio o fizeram ter uma visão ampla sobre as diversas oportunidades que surgem com a graduação.
A vivência no ambiente , e também com os seus funcionários, proporcionou ao estagiário a experiência de se trabalhar dentro de uma estrutura organizacional, desenvolvendo hábitos como trabalho em equipe, responsabilidades para cumprir seus prazos e metas e iniciativa na tomada de decisões.
4. Sugestões
O estagiário sugere que a empresa invista na aquisição de novas tecnologias e na capacitação dos funcionários para a correta utilização delas. Uma das tendências do mercado atual é a automatização dos processos.
5. Referências Bibliográficas
ALEXANDER, Charles K.; SADIKU, Matthew N. O. Fundamentos de Circuitos Elétricos. São Paulo: Bookman, 2003.
FILHO, João Mamede. Instalações Elétricas Industriais. 7 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007. 913p.
Apostilas e Manuais:
Catálogo Siemens. Métodos de Partida, 2007. Disponível em: http://www.jpengenharia.com.br/MetodosPartidas.pdf, acessado em 14/12/2012.
WEG. Centro de treinamento de clientes Módulo 1, Comando e proteção, 2010. Disponível em http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAoDYAE/curso-weg, acessado em 15/01/2013.
http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/audiencia/arquivo/2012/065/documento/nota_tecnica_0083_daniel_dir.pdf, acessado dia 23/01/2013.
SENAI. Apostila de Eletricidade Industrial. 2010
___________________________________________________________
Marco Aurélio Vieira Dias
(Estagiário)

Continue navegando