Museu do brinquedo

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Visita ao museu do brinquedo
Às nove horas da manhã, do dia oito de novembro de 2017, realizei a visita ao Museu do brinquedo localizado na Av. Afonso Pena, nº 2564, bairro Funcionários, Belo Horizonte. Chegando ao museu pontualmente às nove horas fui recebido e recepcionado pela funcionária/monitora Sandra dos Anjos, que de pronto explanou sobre o contexto histórico do museu e sua origem. Disse que o museu foi inaugurado em 2006, através da coleção de brinquedos e jogos, reunida ao longo de décadas, de Luíza de Azevedo Meyer (idealizadora do espaço). O acervo conta com vários, brinquedos e jogos de várias décadas reunidos pela Sra. Luíza, seus familiares e doações recebidas ao longo do tempo.
Assim como eu, quem visita o museu, faz uma viagem no tempo e na infância pois vários brinquedos e jogos de várias épocas estão presentes no museu.
Logo na entrada do museu percebi o zelo e o capricho do espaço que é bem cuidado e alojado em uma casa também parecida com uma casa de brinquedo com estilo arquitetônico alemão.
Após a explicação da monitora Sandra, esta me apresentou a primeira sala temática que remete a origem dos brinquedos, inclusive em vários países com etnias e culturas diferentes. O que percebi na visita a este espaço é que apesar das divergências culturais dos países, os brinquedos tinham um objetivo comum de diversão e desenvolvimento tanto intelectual quanto físico, que provém da interação do homem com a natureza e a sociedade. Por tanto esse espaço apresentava réplicas dos brinquedos mais antigos inventados pelo homem, e através desse acervo pude aprender um pouco da história da humanidade, seus costumes, valores, formas de vida, como agiam, pensavam e até mesmo as funcionalidades de cada objeto lá apresentado. Eram brinquedos com características simples e rudimentares, porém com grandes significados, de grande engenhosidade (apesar de poucos recursos da época) pois utilizava-se a própria inteligência e imaginação para a fabricação e uso. Observei que alguns brinquedos lá expostos fazem sucesso até hoje, pois durante a minha visita haviam alunos de uma escola visitando o local e uma criança ficara bastante interessada no carrinho de rolimã.
Posteriormente visitei uma sala temática bastante intrigante, pois retrata em ordem cronológica ao longo das décadas o surgimento e a história de vários brinquedos e também a industrialização desses brinquedos que lá estavam expostos por décadas da seguinte forma:
1900: Brinquedos de lata, mobílias de casinha, caixinha de música,ursinho de pelúcia,etc.
1920 a 1940: Robôs, Banco Imobiliário, Batalha Naval e outros.
1950: Lego, Boneca Barbie, Skate, Boneca Pupi.
1960: Boneca Susi, Boneca amiguinha, Forte Apache, Futebol de botão.
1970: Boneca mãezinha, Pega varetas, Ferrorama, Cãozinho xereta, Boneca Tippy, Lalá e Lulu, Feijãozinho, Boneco Falcon, entre outros.
1980: Playmobil, Pense bem, Detetive, Doutor Saratudo, Moranguinho, Kit frite, Atari, Genius,etc.
1990: Comandos em ação, Tamagotchi, Kinder ovo, Pokémon, Super massa, Papa ficha, Pula Pirata.
Como são muitos brinquedos, haviam vários deles expostos em vitrines com bastante cuidado. Enfim, foi bastante curioso relembrar alguns brinquedos e brincadeiras expostos nesta sala e também conhecer os brinquedos que fizeram parte da infância de nossos antepassados.
Nesta sala supracitada há um anexo com várias fotos das pessoas responsáveis pelo surgimento, história, preservação, conhecimento e divulgação deste espaço cultural lúdico “O museu dos brinquedos”, como forma de homenagem àqueles que ajudaram a, despertar em cada visitante sua mais pura essência enquanto crianças.
Posteriormente fiz uma visita a sala de Tema “Gambio Game” História e desafios dos Jogos eletrônicos (Brincando na era digital), aonde de pronto visualizei a frase escrita na parede defronte a entrada “Para onde vamos?”,frase essa que nos remete ao futuro. Este questionamento se torna interessante devido a gama de jogos já existentes. Hoje nossos antepassados diriam: ”Aonde chegamos!” Jamais imaginariam compartilhar da nossa tecnologia atual naquela época, ficariam surpresos! Mas esta evolução de certa forma era esperada, assim como na primeira sala temática, pois o homem sempre teve o principal recurso, a inteligência e a imaginação.
Este espaço se tornou ainda mais interessante pela condição de interação que existe pois encontrei diversos jogos eletrônicos que despertam a vontade de jogar, brincar, com apenas o toque de uma simples tecla ou botão.Havia um aparelho sonoro junto a parede acionado por botões onde brincamos e lembramos de canções relacionadas a jogos eletrônicos. Na parede de fundo estão expostos em uma vitrine o acervo de vários consoles e joysticks de vídeo games de várias épocas.Tomei conhecimento da origem do vídeo game que se deu com o estudante de engenharia Nolam Bushnell que descobriu um jogo eletrônico em 1962, começou a estudar o assunto e em 1971 lançou uma versão chamada Computer Space. No Brasil o primeiro vídeo jogo veio em 1977.
Enfim, como foi dito, os jogos oferecem novos níveis de interatividade com tecnologias cada vez mais sofisticadas e gráficos mais realistas, imitando a realidade. Como conclusão nesta sala verifica-se que esses jogos possuem sua essência baseada no raciocínio, no entretenimento, na simulação, na sorte, na competição, entre outros; pressupostos comuns aos mais arcaicos e antigos jogos. Conclui-se ainda que o que sempre irá reger a transformação e evolução dos, brinquedos, brincadeiras e jogos é o homem.
Finalizando a visita ao Museu do brinquedo, agradeci imensamente à funcionária/monitora Sandra dos Anjos que explanou todas as informações e conteúdos sobre o assunto de forma educada e cordial.
Raydan Felipe Santos
Universidade Salgado de Oliveira - BH
Relátório
Visita ao Museu do brinquedo
Belo Horizonte
2017