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MATERIAL DIDÁTICO: AULA – 3 
 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DO PACIENTE 
HOSPITALIZADO, AMBULATORIAL OU DOMICILIAR. 
 
VISÃO PRÁTICA DO ATENDIMENTO CLÍNICO 
PARTE-II 
Prof.ª Liliane Martins 
1 
CONTEÚDO 
o Introdução 
 
o Métodos objetivos AEN 
 
 
2 
INTRODUÇÃO 
 
 
Através da avaliação composição corporal é possível 
identificar riscos à saúde: 
 
 Excesso de gordura corpórea 
 Escassez de massa magra e gordura corpórea 
3 
INTRODUÇÃO 
 
Excesso de Gordura Corpórea 
 
Morbidade 
 
Estudo sueco, de seguimento (2 anos) com pacientes não 
tratados com IMC médio de 38kg/m², encontrou as 
seguintes doenças associadas: 
 
o Hipertensão: 13,6% 
o DM: 6,3% 
o Hiperinsulinemia: 7,7% 
o ↓ HDL- col.: 8,6% 
o Hipercolesterolemia: 12,1% 
Zanella,2005 
4 
INTRODUÇÃO 
 
Excesso de Gordura Corpórea 
 
Mortalidade 
 
Estudo realizado com 115 mil mulheres 
 
 
Risco de morte, IMC: 29kg/m² 
 
Um dos métodos para avaliação do percentual de 
gordura corporal é a avaliação das dobras cutânea, 
porém a precisão desse método diminui com o 
aumento da obesidade. 
Nurse´s Health Study, 2005 
5 
INTRODUÇÃO 
 
Escassez de massa magra e gordura corpórea 
 
A perda de massa magra, mais especificamente da 
musculatura, ocorre em estado de desnutrição chegando 
até a 600 gramas por dia. 
 
 Diretamente relacionada com o aumento do tempo de 
hospitalização; 
 
 Compromete função respiratória, cardio-vascular, renal e 
digestiva. 
 
6 
COMPOSIÇÃO CORPORAL 
Proporção entre diferentes componentes 
corporais e a massa corporal total. 
 
 
Expressa pelas % de gordura e massa magra. 
 
7 
CONTEÚDO 
o Introdução 
 
o Métodos objetivos AEN 
 
 
8 
MÉTODOS OBJETIVOS AEN 
 
 Métodos Diretos: 
 Dissecção de cadáveres; extração lipídica. 
 
 Métodos Indiretos: 
 Absorciometria radiológica de dupla energia (DEXA); 
 Densitometria corporal; 
 Análise de ativação de nêutrons (diluição de isótopos) 
 TC; RNM, etc. 
 
 Métodos Duplamente Indiretos: 
 Técnicas de avaliação da composição corporal (dobras 
cutâneas, circunferências) 
 BIA 9 
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO COMPOSIÇÃO 
CORPORAL 
 
 Absortometria de raio X de dupla energia (DEXA) 
 Bioimpedância elétrica 
 Hidrodensitometria 
 Ressonância magnética 
 Tomografia computadorizada 
 Diluição de isótopos 
10 
Absorciometria Radiológica de Dupla 
Energia (DEXA) 
 
Inicialmente desenvolvida para avaliar o conteúdo 
mineral ósseo na investigação de doenças como 
osteoporose 
 
 
Técnica baseada na atenuação de raios em diferentes 
níveis de energia, permite realizar a mensuração 
corporal total e por segmentos (cabeça, tronco e 
membros) 
11 
Absorciometria Radiológica de Dupla 
Energia (DEXA) 
 
Principio básico - utilização de uma fonte de Raios X 
com um filtro 
Filtro converte → feixe de Raios X em picos 
fotoelétricos. 
 
A obtenção dos compartimentos corporais é feita pela 
medida e atenuação desses picos fotoelétricos. 
12 
Absorciometria Radiológica de Dupla 
Energia (DEXA) 
 
Limitação 
Incapacidade de detectar a quantidade de água 
contida na massa magra. 
 
Necessidade de mais estudos de validação para ser 
aceito como método padrão ouro na avaliação corporal. 
 
Equipamento sofisticado, avaliador treinado e 
apresenta custo elevado. 
13 
Não necessita de nenhum preparo ou requisito especial 
para execução do exame 
Absorciometria Radiológica de Dupla 
Energia (DEXA) 
 
Vantagens 
14 
Bioimpedância Elétrica (BIA) 
Método não invasivo, que pode ser realizado a beira do leito, 
de fácil aplicação e relativamente preciso. 
 
 
Avalia a massa corpórea magra (MCM), gordura corpórea 
(GC), e água corpórea total (ACT). 
 
 
 
 
 
Avalia a composição corpórea, através da passagem de 
corrente elétrica de baixa amplitude e de alta 
frequência. 
 
 
 
 
15 
Protocolo para realização da BIA 
 
FASE 1. Preparo para o exame 
 
 Obter as medidas de peso, altura, sexo e idade no 
momento do exame; 
 
 O paciente deve estar em jejum por um período de 3 a 
4 horas; 
 
 Esvaziar a bexiga antes do exame; 
 
 
16 
Protocolo para realização da BIA 
 FASE 1. Preparo para o exame 
 
 O paciente não deve se exercitar pelo menos 12 horas 
antes do exame; urinar 30 minutos antes; 
 
 Retirar todos os objetos de metal que estão em contato 
com o corpo (relógio, anéis, pulseiras...); 
 
 Não ingerir café ou bebida alcoólica; Não fumar antes 
do exame, não usar diurético há pelo menos 7 dias. 
17 
FASE 2. Uso do aparelho 
 
O paciente deve deitar-se em decúbito dorsal com os 
membros afastados; 
 
Limpar a área onde os eletrodos serão colocados; 
 
 
Protocolo para realização da BIA 
18 
FASE 2. Uso do aparelho 
 
Os eletrodos são colocados no lado dominante 
unilateralmente na mão e no pé; 
 
Na mão, colocar o eletrodo centralizando diretamente 
na terceira articulação do dedo do meio. Coloque o 
segundo eletrodo na dobra do punho no dorso da mão; 
 
No pé, coloque o eletrodo na união do segundo e 
terceiro dedo. Coloque o segundo eletrodo na dobra do 
tornozelo; 
 
Protocolo para realização da BIA 
19 
Conectar os clips dos aparelhos conforme 
orientação do fabricante. 
 
Bioimpedância Elétrica (BIA) 
20 
A corrente elétrica é introduzida através dos eletrodos 
distais e a queda de voltagem é transmitida pelos 
eletrodos proximais, que é detectada no pletismógrafo; 
 
Os valores fornecidos devem ser anotados, de 
acordo com fabricante / modelo do aparelho !! 
Bioimpedância Elétrica (BIA) 
21 
Bioimpedância Elétrica (BIA) 
Vantagens 
Alta precisão para pessoas sadias, com enfermidades 
crônicas, na obesidade leve e moderada e em situações 
sem distúrbios hídricos. 
22 
Limitações 
Bioimpedância Elétrica (BIA) 
Pode sofrer alterações na presença de edema e 
distúrbios eletrolíticos, em pacientes nefro e 
hepatopatas, na desidratação e grandes alterações de 
peso (desnutrição grave e obesidade mórbida). 
23 
Hidrodensitometria 
Técnica laboratorial empregada para determinar a 
densidade corporal. 
 
A densidade corporal é um dos métodos indiretos mais 
utilizados para avaliação da gordura corporal total. 
 
Behnke & Wilmore, 1974 
24 
Hidrodensitometria 
 
A densidade do corpo humano pode ser traduzida como a 
relação do seu peso corporal total dividido pelo seu volume. 
 
A mensuração do volume corporal pode ser calculado 
através do deslocamento d’água ou da pesagem 
hidrostática (Princípio Arquimedes) 
Behnke & Wilmore, 1974 
25 
Pesagem Hidrostática (PH) 
É considerado o método “padrão ouro” para a validação 
de outros métodos no campo da composição corporal. 
 
Método indireto e não invasivo para avaliação da 
composição corporal. 
 
 
Wagner & Heyward, 1999 
26 
Pesagem Hidrostática (PH) 
% Gordura Corporal= 4,95 – 4,50 x100 
 DC 
Quando um corpo é pesado em 
água, causa um deslocamento 
de volume desta água, o qual 
será igual ao volume do corpo. 
 
A densidade do corpo humano 
(Dc) 
Dc= Peso / Volume 
Going, 1996 
Siri, 1991 
27 
Pesagem Hidrostática (PH) 
Limitações 
 
A PH tem excelente precisão para medidas da densidade 
corporal, mas o exameé demorado e requer muita 
cooperação do avaliado. 
 
Contra indicado para crianças, idosos, hospitalizados. 
 
Alto custo. 
 
Teixeira, 2003 
28 
Ressonância Magnética (RM) 
O campo magnético, exercita os núcleos de hidrogênio 
da água corporal e das moléculas lipídicas e gera 
imagens das variáveis do interior do tecido. 
 
Os sinais emitidos são colecionados por um receptor de 
RM e armazenados no computador. 
Van der Kooy & Seidell, 1993 
McArdle, Katch & Katch, 1998 
29 
Esse processo pode ser repetido em cada posição ao 
longo do corpo até o corpo todo ser mapeado. 
 
Esta técnica é utilizada para quantificar o tecido 
adiposo total e subcutâneo em indivíduos com 
diferentes níveis de gordura corporal. 
Ellis, 2000 
Ressonância Magnética (RM) 
30 
Vantagens 
Ressonância Magnética (RM) 
Não utiliza radiação iônica 
Limitações 
Custo elevado 
 
Dificuldade técnica 
31 
Tomografia Computadorizada (TC) 
McArdle, Katch & Katch, 1998 
A correlação foi significativa entre a circunferência da 
cintura (CC) e o tecido adiposo abdominal profundo 
medido por TC 
A relação entre as medidas antropométricas na 
região abdominal (pregas cutâneas e circunferência) 
com o volume total do tecido adiposo mapeado por TC 
(Déspres,1991) 
32 
Tomografia Computadorizada (TC) 
Este estudo concluiu que homens com maior CC têm 
uma maior quantidade de tecido adiposo visceral, 
favorecendo a utilização da CC no controle do tecido 
adiposo abdominal. 
Lukaski, 1987 
33 
Exposição à radiação, principalmente em mulheres 
grávidas e crianças. 
 
O alto custo do equipamento 
 
Necessidade de técnicos especializados. 
 
 
Tomografia Computadorizada (TC) 
Limitação 
34 
Diluição Isotópica / Hidrometria 
É um método invasivo, devido à necessidade de 
ingerir ou aplicar uma substância no indivíduo 
(isótopo de hidrogênio) a qual será distribuída 
igualmente por toda a água contida no corpo. 
 
Estima a relação de água corporal total 
 X massa magra 
 
Em adultos saudáveis a água corporal total constitui 
aproximadamente 73% da massa magra. 
Kotler et al., 1999 cit. Ellis, 2000 
35 
Diluição Isotópica / Hidrometria 
Limitação 
Custo 
 
Necessidade de técnicos especializados 
 
Dificuldade da análise 
Lukaski, 1987 e Wagner & Heyward, 1999 
36 
DOBRAS CUTÂNEAS 
Muitos estudos têm mostrado que a densidade corporal 
pode ser predita através das mensurações das dobras 
cutâneas. 
 
Distribuição da gordura corporal- RCQ 
 
Existe uma significativa relação entre a gordura 
subcutânea, a gordura interna e a densidade corporal. 
 
37 
Dobras Cutâneas 
Medida indireta da espessura do tecido adiposo 
subcutâneo. 
 
 
A soma de dobras pode ser utilizada para estimar o % 
gordura corporal. 
EQUAÇÕES PREDITIVAS 
38 
Equações Preditivas 
Para selecionar a equação mais adequada, fatores 
como, idade, sexo, etnia, nível de atividade física e 
quantidade de gordura corporal, precisam ser levados 
em consideração. 
 
O ideal é que as características da população que se 
quer avaliar sejam similares às da amostra utilizada 
no processo de validação da equação escolhida. 
Heyward,2001 
39 
Equações Preditivas 
o Durnin & Wormersley (1974) 
 
o Jackson & Pollock (1978/1980) 
 
 
 
40 
Equações Preditivas 
Durnin & Wormersley (1974) 
 
 
 
Público estudado: Homens e mulheres, com idade entre 
16 e 72 anos, sedentários e pertencentes à classe média. 
 
Foram aferidas medidas de dobras cutâneas 
(bicipital, tricipital, subescapular e suprailíaca) 
 
 
DC= (A-B)x log ∑ 4 pregas 41 
Equações Preditivas 
Durnin & Wormersley (1974) 
 
 
 
DC= (A-B)x log ∑ 4 pregas 
Idade 17-19 20-29 30-39 40-49 + 50 
A 1,1620 1,1631 1,1422 1,01620 1,1715 
B 0,0630 0,0632 0,0544 0,0700 0,0779 
 
Homens: 
Idade 17-19 20-29 30-39 40-49 + 50 
A 1,1549 1,1599 1,1423 1,1333 1,1339 
B 0,0678 0,0717 0,0632 0,0612 0,0645 
 
Mulheres: 
42 
Equações Preditivas 
Durnin & Wormersley (1974) 
 
 
 
DC= (A-B)x log ∑ 4 pregas 
% Gordura Corporal= 4,95 – 4,50 x100 
 DC 
43 
Cálculo do Percentual de Gordura 
% de gordura = (4,95 / densidade) – 4,5 x 100 
densidade = c – m x log( 𝒑𝒓𝒆𝒈𝒂𝒔) 
 17-19 20-29 30-39 40-49 + 50 
c 1,1620 1,1631 1,1422 1,01620 1,1715 
m 0,0630 0,0632 0,0544 0,0700 0,0779 
 
Durnin & Womersley (1974) 
44 
45 
Jackson & Pollock (1978/1980) 
Equações Preditivas 
Público estudado: Homens com idade entre 18 e 61 
anos. Mulheres com idade entre 18 e 55 anos. Ambos 
estudos apresentavam populações que variavam, 
consideravelmente, na composição corporal e prática de 
atividade física. 
 
Foram aferidas medidas de dobras cutâneas (tricipital, 
subescapular, peitoral, axilar média, supra ilíaca, 
abdominal e coxa) 
 
 
46 
Jackson & Pollock (1978/1980) 
Equações Preditivas 
DC Homens: 1,12000000 - [0,00043499*(Σ7DC)] + [ 0 , 0 0 0 0 0 0 
5 5 * (Σ7 D C ) 2] - [0,00028826*(idade)] 
 
DC Mulheres: 1,09700000 - [0,00046971*(Σ7DC)] + [ 0 , 0 0 0 0 0 0 
5 6 * (Σ7 D C ) 2] - [0,00012828*(idade)] 
 
% Gordura Corporal= 4,95 – 4,50 x100 
 DC 47 
 RESUMINDO: EQUAÇÕES PREDITIVAS 
 
 Limitações 
 
 Não leva em consideração níveis de atividade física 
praticados pelos indivíduos. 
 
 A idade é um dos fatores determinantes para as 
alterações da composição corporal → idade da 
população estudada foi heterogênea 
 
 Treinamento do avaliador para aferir as dobras de 
forma padronizada 
 
48 
% DE GORDURA SEGUNDO LOHMAN, 1992 
49 
REPRESENTAÇÃO DO % DE GORDURA 
50 
Menor custo dos aparelhos utilizados. 
 
Método não invasivo. 
 
Rapidez e facilidade para interpretação dos resultados. 
 
Boa correlação entre as medidas antropométricas e a 
densidade corporal. 
 
Necessário praticar de 50 a 100 avaliações !! 
Dobras Cutâneas 
Vantagens 
51 
Este parâmetro avalia a reserva de tecido 
muscular e/ou reserva proteica somática (sem 
correção da área óssea). É obtida a partir dos 
valores da CB e da PCT (reserva adiposa). 
 
CMB (cm) = CB (cm) – (0,314 x PCT (mm)) 
 
 
 
 
 
 
 
(Cuppari, L., 2005). 
 
CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO 
BRAÇO (CMB) 
52 
REFERÊNCIAS PARA A CMB 
53 
ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO CORRIGIDA 
(AMBC) 
 
 Avalia a reserva de tecido muscular corrigindo a 
área óssea. Reflete mais adequadamente a 
verdadeira magnitude das mudanças do tecido 
muscular do que a CMB. É obtida de acordo com o 
gênero por meio das fórmulas: 
 
 
Homem: 
 AMBc (cm2) = [CB (cm) – 3,14 x PCT (mm) / 10]2 10 
 4 x 3,14 
 
Mulher: 
 
 AMBc (cm2) = [CB (cm) – 3,14 x PCT (mm) / 10]2 6,5 
 4 x 3,14 
 
 
 
 
54 
REFERÊNCIA PARA A AMBC 
55 
TIPOS DE ADIPÔMETROS 
 Hapenden (inglês) e Lange (americano). 
 
 Aceitos no meio científico internacional. 
 Alta precisão e confiabilidade. 
 O Hapenden pode subestimar em 1,5% o percentual de 
gordura de homens e mulheres porque requer 3 vezes 
mais força para abrir suas hastes. 
 
 Sanny e Cescorf – Fabricação Nacional. 
56 
EXAMES BIOQUÍMICOS 
A grande vantagem de utilização de marcadores 
bioquímicos se deve à maior acurácia e à 
confiabilidade nos resultados, porém também 
apresentam limitações.Por meio destes, é possível avaliar a 
condição da reserva de proteínas viscerais, 
somáticas e de competência imune. 
57 
MASSA PROTÉICA VISCERAL 
 
 
 A restrição alimentar prolongada, bem como as situações de 
injúria, comprometem a integridade visceral. 
 
 A maioria dos órgãos tem redução de sua massa 
proporcionalmente à perda de massa corpórea total, exceto o 
cérebro. 
58 
MASSA PROTÉICA VISCERAL 
 
o A dosagem de algumas proteínas sintetizadas por estes 
tecidos, em associação com outros parâmetros, são 
úteis na avaliação do comprometimento visceral 
e no diagnóstico nutricional. 
 
59 
MASSA PROTÉICA VISCERAL 
Albumina 
 
- É a mais abundante proteína circulante no plasma e dos 
líquidos extracelulares. 
 
- Exerce a função de proteína de transporte (cálcio, cobre, 
ácidos graxos, remédios) 
 
- A hipoalbuminemia pode estar relacionada à 
desnutrição e, portanto, a dosagem dessa proteína 
representa uma medida de avaliação do estado 
nutricional. 
 
60 
ALBUMINA X EDEMA X DESNUTRIÇÃO 
61 
Passagem transcapilar de albumina para o espaço extracelular = EDEMA 
Interpretação do resultado: 
 
> 3,5 g% = normal 
3,0 – 3,5 g% = depleção leve 
2,4 – 2,9 g% = depleção moderada 
< 2,4 g% = depleção severa 
Massa Protéica Visceral 
• Albumina 
62 
MASSA PROTÉICA VISCERAL 
Albumina 
 
Desvantagens 
 
Longa vida média (18 a 20 dias)→ Baixa sensibilidade 
(não permitindo ver alterações em períodos curtos); 
 
Outros fatores podem determinar hipoalbuminemia→ 
Baixa especificidade (pode está alterada em doenças 
hepáticas e em enfermidades graves durante a fase 
aguda) 
 
 
63 
MASSA PROTÉICA VISCERAL 
Albumina 
 
Vantagens 
o Baixo custo; 
o Se mostra eficiente como indicativo de prognóstico 
nutricional e de risco de complicações durante a 
internação. 
A hipoalbunemia como “índice de doença” parece 
útil, enquanto o seu valor diagnóstico ou de 
rastreamento de desnutrição é atualmente objeto 
de revisão crítica devendo ser avaliado 
individualmente. 
64 
MASSA PROTÉICA VISCERAL 
Transferrina 
 
o É uma proteína de síntese hepática relacionada com o 
transporte sérico de ferro. 
 
o Vida Média: 7 a 8 dias, mais sensível nos casos de 
desnutrição aguda e no controle de intervenções 
dietoterápicas. 
 
o A transferrina é uma proteína plasmática que pode ser 
utilizada como indicador de reserva proteica visceral. 
 
Transferrina 
65 
MASSA PROTÉICA VISCERAL 
Transferrina 
 
Interpretação dos resultados: 
150 a 200 mg/dl = depleção leve 
100 a 150 mg/dl = depleção moderada 
< 100 mg/dl = depleção grave 
 
Transferrina 
66 
MASSA PROTÉICA VISCERAL 
Transferrina 
 
Desvantagens 
Sua utilização como parâmetro de avaliação do estado 
nutricional deve ser restrita em condições como: 
doenças hepáticas e neoplasias 
Vantagens 
Mais sensível que a albumina devido à meia-vida 
mais curta. 
 
67 
MASSA PROTÉICA VISCERAL 
Pré-albumina 
 
o Sintetizada no fígado com ação no transporte da tirosina. 
 
o Possui vida média de 2 dias. 
 
o Está diminuída na desnutrição e nas enfermidades 
hepáticas. 
 
 68 
MASSA PROTÉICA VISCERAL 
Pré-albumina 
 
Valores de referência para a análise no contexto da 
abordagem nutricional: 
 
20 mg/dL = normal 
10 a 15 mg/dL = depleção leve 
5 a 10 mg/dL = depleção moderada 
< 5 mg/dL = depleção grave 
 
69 
MASSA PROTÉICA VISCERAL 
Pré-albumina 
 
Desvantagens 
Está alterada nas enfermidades hepáticas. 
 
Vantagens 
Mais sensível a alterações nutricionais recentes do que a 
transferrina, devido à meia vida de 2 dias. 
70 
COMPETÊNCIA IMUNOLÓGICA 
A avaliação da resposta imunológica auxilia na 
identificação de alterações nutricionais. 
 
A competência imunológica é avaliada, 
principalmente, por meio da contagem total de 
linfócitos e pela resposta quanto à sensibilidade a 
testes cutâneos 
71 
COMPETÊNCIA IMUNOLÓGICA 
Testes cutâneos 
 
 A desnutrição pode alterar a imunidade celular e uma das 
manifestações é a hipersensibilidade cutânea tardia a 
antígenos específicos. 
 
A avaliação da imunidade celular 
 Testes cutâneos através da administração intradérmica de 
antígenos padronizados. 
 
 
 
72 
COMPETÊNCIA IMUNOLÓGICA 
Testes cutâneos 
 Interpretação dos resultados: 
5 a 10 mm de diâmetro = depleção moderada 
< 5 mm de diâmetro = depleção grave 
 
Desvantagens 
 Fatores não nutricionais: idade avançada, câncer, 
anestesia, trauma, quimioterapia e radioterapia, podem 
modificar a resposta cutânea ao antígeno administrado. 
 
 
73 
COMPETÊNCIA IMUNOLÓGICA 
Contagem total de linfócitos (CTL) 
 
Mede as reservas imunológicas momentâneas 
 
 
Indicando as condições do mecanismo de defesa celular do 
organismo 
 
CTL= % de linfócitos x leucócitos 
 100 
74 
COMPETÊNCIA IMUNOLÓGICA 
Contagem total de linfócitos (CTL) 
 
Interpretação dos resultados: 
 depleção leve: 1.200 a 2.000/mm3 
 depleção moderada: 800 a 1.199/mm3 
 depleção grave: < 800/mm3 
 
Desvantagem 
Pode ser influenciada por infecções, cirrose hepática, 
queimaduras e alguns medicamentos. 
 
 
 
75 
ÍNDICE CREATININA -ALTURA 
Pelo fato da creatinina urinária de 24 horas 
correlacionar-se com o músculo esquelético, 
ela tem sido utilizada como parâmetro para 
identificar as condições da massa muscular 
do organismo 
 
Nos processos carenciais, quando ocorre 
diminuição da massa muscular 
 
 
 Menor produção de creatinina e menor 
excreção urinária de creatinina 
76 
 
 
*Excreção urinária ideal de creatinina Homens: 23 mg X PESO kg 
 Mulheres: 18 mg X PESO kg 
ÍNDICE CREATININA -ALTURA 
 Índice creatinina= Excreção urinária de creatinina 24h 
 Excreção urinária ideal de creatinina* 
X 100 
77 
78 
Interpretação do resultado: 
90 a 100%= Normal 
89 a 75% = depleção leve 
74 a 45% = depleção moderada 
< 60% = depleção severa 
ÍNDICE CREATININA -ALTURA 
79 
Desvantagens: 
 
 Necessário coleta da urina de 24 horas; 
 
 Restrições a pacientes nefropatas (elevação de creatinina); 
 
 Restrições para idosos (fisiologicamente mais elevada); 
 
 
ÍNDICE CREATININA -ALTURA 
80 
Desvantagens: 
 
 Recomendado que 24 a 48 horas antes da coleta da urina 
os pacientes façam uma dieta restrita em carne e 
derivados; 
 
 Pacientes em trauma é contra indicado (excreção de 
creatinina elevada nesta fase). 
 
ÍNDICE CREATININA -ALTURA 
81 
MONITORAÇÃO DA TERAPIA 
NUTRICIONAL 
Balanço Nitrogenado (BN) 
 
Fornece uma medida dinâmica e não estática do balanço 
proteico energético. 
 
Cálculo do Balanço Nitrogenado 
 
BN= Nitrogênio ingerido - Nitrogênio eliminado 
 
82 
Balanço Nitrogenado (BN) 
 
Quando a introdução de nitrogênio é suficiente para substituir 
as perdas, obtém-se um balanço positivo (> 0). 
 
Ao contrário, as perdas superarem as introduções, verifica-se 
um balanço negativo (<0). 
 
Comum em: catabolismo aumentado nos traumas, 
sepse, queimaduras, perdas de nutrientes 
aumentadas pelo TGI, por fístulas, drenagem ,etc. 
MONITORAÇÃO DA TERAPIA 
NUTRICIONAL 
83 
Balanço Nitrogenado (BN) 
 
Cálculo: 
 
BN = (gramas de proteínas introduzidas/ 6,25*) – N uréico 
urinário + 4**) 
 
* O nitrogênio introduzido é avaliado dividindo-se por 6,25 
das proteínas consumidas pelo organismo, visto que 16% 
das proteínas são nitrogênio (100: 16 = 6,25) 
 
MONITORAÇÃO DA TERAPIA 
NUTRICIONAL 
84 
Balanço Nitrogenado (BN) 
 
Cálculo: 
BN = (gramas de proteínas introduzidas / 6,25*) – N uréico 
urinário + 4**) 
 
** Na prática clínica, é adicionado 4 g de nitrogênio, em 
consideração às perdas de nitrogênio através da pele, 
fezes e produtos finais da degradação protéica não 
medidos, como por exemplo a amônia. 
MONITORAÇÃO DA TERAPIA 
NUTRICIONAL 
85 
Balanço Nitrogenado (BN) 
O período adequado para avaliação do BN é de 3 dias, e os 
dados de balanço são expressos como média em gramas. 
 
Desvantagens: 
o Deve-se coletar precisamente toda a urina de 24 horas; 
 
o Imprecisões na determinação do nitrogênio excretado nos 
casos de má absorção, diarréia, enteropatia perdedora de 
proteínas, hemorragia digestiva, em que as perdas fecais 
são mais elevadas. 
MONITORAÇÃO DA TERAPIA 
NUTRICIONAL 
86 
Desvantagens: 
 
o Pacientes com doenças renais; 
 
o Pacientes com perdas protéica anormais (através da pele 
em queimaduras, pelo TGI em fístulas); 
 
o Dificuldade de quantificar a introdução/ingestão de 
proteínas com a dieta. 
MONITORAÇÃO DA TERAPIA 
NUTRICIONAL 
87 
Balanço Nitrogenado (BN) 
Vantagens: 
 
Apesar das limitações do BN, ele continua sendo o melhor 
método quantitativo e dinâmico de observar a continuidade 
da terapêutica nutricional, auxiliando, portanto, no 
ajuste de uma terapia nutricional em excesso ou 
deficitária, baseada no componente estrutural mais 
significativo, a proteína. 
 
No entanto, vale ressaltar que o mesmo não pode fornecer um 
quadro do estado nutricional atual do paciente. 
MONITORAÇÃO DA TERAPIA 
NUTRICIONAL 
88 
89 
Quais os métodos indiretos de Avaliação do Estado 
Nutricional na prática clínica e sua importância? 
 
HISTÓRIA ALIMENTAR: Focando nas etapas da 
Abordagem Nutricional (informações básicas, padrões 
gerais) e na utilização de um instrumento quantitativo. 
Importante para verificar a real ingestão alimentar e 
relacionar às necessidades nutricionais (análise nutricional). 
EXAME FÍSICO: Semiologia nutricional e sinais clínicos de 
desnutrição. Avaliação clínica de prejuízo nutricional. 
AGS: Método simples, rápido, de baixo custo e não 
invasivo. Componentes básicos: história clínica e exame 
físico. Questionários: Detsky 1987 - TN, Mini Nutrition 
Assessment 1993 - Idoso, NRS 2000, outros (pacientes 
nefropatas, neoplasias, hepatopatas, HIV +) . Triagem 
nutricional. 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
 
o Nutrição clínica no adulto, Lílian Cuppari, Editora 
Manole Ltda, 2005 3ª reimpressão, 2009. 
 
o Nutrição nas doenças crônicas não-transmissíveis, Lílian 
Cuppari, Editora Manole Ltda, Edição: 1ª Edição, 2009. 
 
o Nutrição clínica – Estudos de casos comentados, Rita de 
Cássia de Aquino & Sonia Tucunduva Phillippi, Editora 
Manole Ltda, Edição: 1ª Edição, 2009 
 
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