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JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL SOBRENOME, Daniela dos santos bandeira² Ru 1272794 SOBRENOME, Lena Patrícia Cardoso da Conceição³ RESUMO Através deste trabalho monográfico de caráter bibliográfico, será mostrada a importância do lúdico no processo de socialização das crianças como também sua importância no processo ensino e aprendizagem, através dos jogos, dos brinquedos e das brincadeiras. Tendo como tema central jogos e brincadeiras na educação infantil, fazendo deste assunto um fator primordial a ser trabalhado por todos os pedagogos, professores, comunidade, escola e familiares que tenham a intenção de educar, sabendo que isto não se limita a repassar informações ou mostrar apenas um caminho, mas sim ajudar a criança a tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade. Palavras-chave: ludicidade.Aprender brincando.educação infantil.Criatividade. ² Daniela dos santos bandeira. Artigo apresentado como trabalho de conclusão do curso de pedagogia. 08-2015. ³ Lena Patrícia Cardoso da Conceição. [E1] Comentário: Seu resumo deve conter no mínimo 150 palavras. 1 Introdução Tendo como ponto principal o entendimento sobre as necessidades e os interesses do educando e do educador no processo de ensino aprendizagem, escolhi como tema os jogos e brincadeiras na educação infantil. Sendo se necessário à pergunta. Qual o valor dos jogos e brincadeiras no processo de ensino- aprendizagem na educação infantil? Os jogos e brincadeiras proporcionam as crianças, aprender de forma prazerosa, estimula a interação umas com as outras, desenvolvendo suas habilidades, ampliando seu intelecto sem ter a “obrigação” de aprender. Tudo acontece de forma espontânea, à criança passa a entender e a estabelecer regras por si mesmas ou pelo grupo, isso possibilita a resolução de possíveis conflitos gerados no momento do jogo, permitem o desenvolvimento da imaginação de modo que elas possam sonhar sentir, decidir, se aventurar e agir, recriando o tempo e o espaço da brincadeira, colocando toda sua imaginação em ação. A brincadeira ajuda no desenvolvimento de suas habilidades, na compreensão melhor do mundo em que vivemos, uma vez que há regras a serem seguidas na sociedade, se torna mais agradáveis de trabalhar, por meio de jogos e brincadeiras, assim aprender se torna mais prazeroso para elas, uma forma de proporcionar a criança uma aproximação da realidade, propiciando um espaço de aprendizagem, onde ela possa expressar suas fantasias, medos, desejos e agressividades. Por meio de brincadeiras é que a criança estabelece relações entre o mundo. Com o intuito de compreender melhor o tema, destaquei alguns objetivos: Compreender o valor dos jogos e brincadeiras no processo de ensino- aprendizagem na educação infantil. Refletir sobre aspectos teóricos dos jogos e brincadeiras na educação infantil. Analisar como os jogos podem ser inseridos nas práticas pedagógicas; Investigar quais as contribuições dos jogos e brincadeiras para o desenvolvimento infantil. Sendo assim, este estudo tem como base uma pesquisa bibliográfica sobre: jogos e brincadeiras na educação infantil, a pesquisa será realizada por meios de leituras, a partir de livros, sites, artigos e fontes eletrônicas, visando alcançar os objetivos propostos. Inicialmente, será feita uma revisão bibliográfica para descrever teorias que abordam práticas pedagógicas inovadoras e para apresentar aspectos teóricos da metodologia de aprendizagem por projetos, levando em conta a importância dos jogos e das brincadeiras para as crianças, nessa fase da vida. Com as seguintes justificativas, a escolha desse tema serve para entender porque os jogos e brincadeiras, sofre uma grande resistência quando utilizada como ferramenta pedagógica, sendo que é tão importante e necessária, para o desenvolvimento integral da criança, pois visa uma aprendizagem criativa, prazerosa e lúdica com a interação e a participação de todos em sala de aula. O interesse pelo tema começou a partir dos estágios, quando percebi que a criança aprendia com mais facilidade quando tinha essa relação mais próximas com os jogos e as brincadeiras, só que ao mesmo tempo eram poucas às vezes em que isso acontecia, às vezes pela falta de criatividade ou receio do professor de propor essa forma de aprendizagem, que é muito interessante, não apenas pelos objetos que as constituem, mas também pelos desafios das regras impostas por uma situação imaginária. Sendo assim, essencial e necessário à utilização desses recursos pedagógicos, pois influenciam na formação dos indivíduos e na sua capacidade de reproduzir seu dia a dia, caracterizando o seu processo de aprendizagem mais eficaz e prazeroso. 2 EDUCAÇÃO INFANTIL Sabe-se que é na Educação Infantil, que a criança adquire os primeiros preparos para o convívio social, tem as primeiras noções de valores morais e também, através de atividades apropriadas, aprimora suas capacidades cognitivas e motoras. Assim a criança precisa de cuidado, e de uma educação dirigida, que possa desenvolver suas faculdades mentas e físicas, pois é nessa fase que os estímulos educativos têm maior poder de influência sobre a formação da personalidade e o desenvolvimento da criança. 2.1 AS CONTRIBUIÇÕES DE JOGOS E BRINCADEIRAS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DA EDUCAÇÃO INFANTIL. Sabendo que, a criança aprende brincando, os educadores deverão se utilizar da presença de jogos e brincadeiras em sua prática pedagógica como recurso no processo de aprendizagem, pois esses recursos ajudam a ensinar conteúdos de uma forma prazerosa. Desse modo, a criança aprende como ela gosta de uma forma prazerosa para ela e, portanto eficiente. Acredito que brincando a criança aprende, se socializa, assimila regras, integra-se ao grupo, aprende a dividir, a competir, a cumprir regras. Sabendo disso a escola pode valer-se do uso se materiais concretos e de jogos e brincadeiras para facilitar a aprendizagem e tornar as aulas mais agradáveis e eficazes. Ao brincar as crianças revivem situações e acontecimentos do seu dia a dia e consegue entendê-los, e ao brincar elas são estimuladas a perceber e explorarem o espaço em que ela esta inserida e criar formas de representá-los através de sua imaginação. O brincar é fundamental para o desenvolvimento infantil da criança, já que é uma atividade sociocultural, impregnada de valores, hábitos e normas que refletem o modo de agir e pensar de um grupo social. Para Lopes, (2005, p. 35) “o jogo para a criança é o exercício, e a preparação para a vida adulta”. De acordo com as ideias da autora, a criança aprende brincando, ela afirma que o jogo para criança é o exercício que a faz desenvolver suas potencialidades. A autora ainda nos diz que enquanto a criança está simplesmente brincando incorpora valores, conceitos e conteúdos. De acordo com Teixeira (2010, p. 44), “brincar é fonte de lazer, mas é, simultaneamente, fonte de conhecimento; é esta dupla natureza que nos leva a considerar o brincar como parte integrante da atividade educativa”. Os jogos e brincadeiras são um excelente recurso pedagógico em que o professor deve utilizá-los na sala de aula, esses recursos devem ser usados não apenas como diversão, mas também como meio para a construção de conhecimentos emsituações formais de aprendizagem. Ainda em relação ao jogo e aprendizagem Kishimoto (2011, p.41) afirma que: Quando as situações lúdicas são intencionalmente criadas pelo adulto com vistas a estimular certos tipos de aprendizagem, surge a dimensão educativa. Desde que mantidas as condições para a expressão do jogo, ou seja, a ação intencional da criança para o brincar, o educador está potencializado as situações de aprendizagem. Assim, a dimensão educativa surge quando o professor utiliza as atividades lúdicas de forma intencional, com objetivos estabelecidos, tendo em vista, desenvolver aprendizagens nos alunos. Nesse sentido, os jogos podem ser utilizados como um dos instrumentos pedagógicos para ensinar conteúdos na educação, mas para que isso aconteça é necessária uma intencionalidade educativa, o qual implica do professor um planejamento, visando alcançar objetivos. Quando jogamos estamos praticando, direta e profundamente, um exercício de coexistência e de reconexão com a essência da vida. A importância da brincadeira na vida da criança fica explicita nas palavras da Teixeira (2010, p.49) quando afirmar que, por meio da brincadeira, a criança aprende a seguir regras, experimentar formas de comportamento e se socializar, descobrindo o mundo ao seu redor, brincando com outras crianças, encontra seus pares e interage socialmente, descobrindo, dessa forma, que não é o único sujeito da ação, e que, para alcançar seus próprios objetivos, precisa considerar o fator de que outros também têm objetivos próprios. Percebemos na ideia da autora algumas das contribuições que a brincadeira pode oferecer as crianças para o seu desenvolvimento e [E2] Comentário: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-importancia-brincar-na-educacao-infantil.htm aprendizagem, as atividades lúdicas são de fundamental importância sociocultural, impregnada de valores, hábitos e normas que refletem o modo de agir e pensar de um grupo social. 2.2 O PAPEL DO EDUCADOR NOS JOGOS E BRINCADEIRAS O professor pode desempenhar um importante papel na realização dos jogos e brincadeiras, para isso ele precisa discernir quando deve intervir ou apenas observar, integrar-se como participante, dá informações ou discutir de forma crítica, selecionar quantidade e variedades de materiais, possibilitando o acesso a todos. É importante que o professor conheça as contribuições das atividades lúdicas para a aprendizagem e desenvolvimento dos educandos para realizar essas atividades de forma consciente e eficaz em sua prática na sala de aula. Nesse sentido Teixeira (2010, p.65) diz que “Para que o brincar aconteça, é necessário que o professor tenha consciência do valor das brincadeiras e do jogo para a criança, o que indica de este profissional conhecer as implicações nos diversos tipos de brincadeiras, bem como saber usá-la e orientá-las”. Assim, para realização do brincar é preciso que o professor tenha conhecimento das contribuições de jogos e brincadeiras para a criança. Esse professor deve ter consciência que por meio da brincadeira a criança aprende, se socializa se integra ao grupo, assimila regras, desperta a imaginação, encontra pares e interagi, dentre outras possibilidades, vale ressaltar que este profissional deve saber usá-los e orientá-los a utilizar os jogos e as brincadeiras nas aulas como recuso pedagógico, o professor não se deixe levar por uma liberdade de exploração, ou seja, simplesmente deixar os alunos em determinado espaço brincando sem nem uma orientação e consciência de suas ações. O professor ao utilizar jogos e brincadeiras como recurso pedagógico deve planejar a sua aplicação, para que possa desfiar seu aluno e abrir sua mente para descoberta, além de sistematizar o conhecimento que foi construído, permitindo que o jogo não seja visto apenas como diversão ou para motivar sua aula expositiva, mas como algo que estimule o aprendizado. Sobre o tema abordado, Maluf (2009) nos diz que o educador antes de aplicar uma atividade lúdica, deve saber criar, organizar, agir, mostrar, ajudar e avaliar a atividade proposta. Nesse sentido, observamos a necessidade do professor planejar as atividades lúdicas para trabalhar em suas aulas, e fazer o seu planejamento de acordo com essas atividades. A intervenção do educador durante as brincadeiras realizadas pelas crianças nas instituições escolares é de suma importância, mesmo que seja no brincar espontâneo. O professor deve oferecer matérias, espaço e tempos adequados para que a brincadeira ocorra em sua essência. Diante dos esclarecimentos acima, ficou clara a importância da participação do professor durante as brincadeiras realizadas pelas crianças na escola. Para que as atividades lúdicas ocorram de forma adequada é necessário que o educador organize o tempo das brincadeiras, os espaços adequados e ofereça materiais para as crianças. É papel do educador, observar e coletar informações sobre as brincadeiras das crianças para enriquecê-las em futuras oportunidades. Sempre que possível o educador deve participar das brincadeiras e aproveitar para questionar com as crianças sobre as mesmas. É relevante que este profissional organize e estruture o espaço de forma a estimular na criança a necessidade de brincar, também visando facilitar a escolha das brincadeiras. É possível uma aprendizagem com características lúdicas, com o objetivo de dinamizar a aprendizagem, pela iniciativa do aluno e pela motivação gerada pelo trabalho grupal. Nessa medida, a participação do professor no jogo e na brincadeira dos alunos tem a finalidade de ajudá-lo a perceber como podem participar da aprendizagem e da convivência em geral. [...] (TEIXEIRA, apud MOREIRA, 2010, p.71). Desse modo, observei que as atividades lúdicas podem ser utilizadas no processo de aprendizagem dos educandos, uma vez que auxilia a ação do professor. Sendo assim, a função do professor é de mediador desse processo. [E3] Comentário: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:zVrcIXOIeVQJ:www.ojs.ufpi.br/index.php/fundamentos/article/download/4736/2730+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br A partir das informações acima, percebi a importância do professor compreender o seu papel na realização dos jogos e brincadeiras, bem como entender que é possível utilizar esses recursos pedagógicos, dependendo de sua postura frente o jogo e a brincadeira. 2.3 JOGOS E BRINCADEIRAS NA INFÂNCIA Os jogos e as brincadeiras vêm acompanhando o ser humano por muitas gerações e com o passar dos tempos foram evoluindo, mas mesmo assim os conceitos tradicionais permanecem no mundo infantil, sendo passados de avós, pais, tios e professores para os filhos e, essas brincadeiras consideradas como tradicionais ajudavam a criança a desenvolver melhor a criatividade, a coordenação motora, o raciocínio, a solidariedade e os conceitos de cooperação, respeitando os princípios do passado e a linguagem da atualidade (HAETINGER, 2004). Segundo Haetinger (2004), os professores tentam resgatar as brincadeiras tradicionais, como o esconde-esconde, o pega-pega, o passar anel, pois faz parte da cultura do país o brincar e, desta forma, os alunos têm a ajuda para entender a sua personalidade e relacionar-se com os membros familiares. Para Sebastiani (2003), a infância e o brincar são conceitos muito próximos, pois, as crianças sempre brincaram e procuraram conhecer o mundo por meio de 13 adivinhas, faz de contas, jogos com bolas, rodas, cordas e bonecos, deixados por várias gerações. Além disso, eles aprendem que as regras podem variar ao longo do tempo, mas o essencial do jogo continua o mesmo. Os jogos e as brincadeiras fazem parte da convivênciado cotidiano das crianças, é através dela que a criança cria um espaço de investigação e construção de conhecimentos sobre si mesma e sobre o mundo, brincar é uma forma da criança exercitar sua imaginação, que de certa forma permite as crianças relacionarem seus interesses e suas necessidades com a realidade de um mundo que pouco conhecem (SEBASTIANI, 2003, p.98). [E4] Comentário: http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/4709/1/MD_EDUMTE_VII_2012_11.pdf [E5] Comentário: Toda e qualquer citação deve conter autor, ano e página. Assim, através da brincadeira a criança irá refletir, organizar, desorganizar, construir, destruir e reconstruir o seu mundo expressando de modo simbólico, as suas fantasias, desejos, medos, sentimentos e conhecimentos que irá construir através de suas experiências diárias (SEBASTIANI, 2003). De acordo com Haetinger (2004) a criança, ao brincar, consegue transmitir para a brincadeira todas as suas emoções, fantasias e desejos que tem sobre o mundo real independente da idade, tem a necessidade de libertar- se, de fantasiar, de criar, divertir e prazer de extravasar, sendo necessário para o desenvolvimento sadio de toda a humanidade. Almeida e Shigunov (2000) retratam o brincar como uma característica inerente ao ser humano e que pode ser compreendida pelas crianças, variando de acordo com a faixa etária e o desenvolvimento em que se encontra. Desta forma, é evidente que em tempos remotos as crianças tenham mais acesso ao brincar, de forma livre, sem se preocupar com as exigências expostas pela sociedade capitalista, mas na atualidade este cenário já não é mais visível em nossa sociedade, devido ao aumento de violências e, diante disso, os professores estão preocupados em resgatar a brincadeira na Educação Infantil, favorecendo as crianças a desenvolvimento da sua criatividade diante do brincar. 2.4 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL Segundo Oliveira (2000), o brincar faz parte do procedimento de desenvolvimento infantil, cognitivo e afetivo-emocional, no qual a criança vai estabelecendo a base da concepção e uso de sistemas simbólicos. Haetinger (2004) afirma que as brincadeiras consideradas tradicionais ampliam bem mais a criatividade, a coordenação motora, o raciocínio, a solidariedade e os conceitos de cooperação das crianças, e na atualidade estão brincando no computador, no vídeo game ou permanecem a maior parte do dia assistindo televisão, não fazendo com que sua imaginação se desenvolva. No entanto, é necessário que seja respeitados os momentos vivenciados em cada época. De acordo com o autor supracitado, os educadores mesmo diante de tanta tecnologia inserem em seus planejamentos as brincadeiras que fizeram parte do passado, pois diante de muita violência e cidade agitada, os pais não estão deixando que seus filhos brinquem a vontade na rua de sua casa, nas praças, em espaços verdes e nos campinhos. Desta forma, as crianças não sabem brincar com as brincadeiras ditas tradicionais como esconde-esconde, pega-pega, passar anel etc. Diante desta realidade, os professores têm sido incentivados a estimularem as crianças a compreenderem suas culturas e as auxiliarem a se relacionarem melhor com seus pais e avós perante o brincar, pois ao brincarem as crianças acabam transferindo para as brincadeiras todas as emoções, fantasias e desejos que fazem parte do mundo real. Além disso, destaca-se que, indiferente da idade, o brincar proporciona a necessidade de libertar-se, de fantasiar, de criar, divertir e extravasar, contribuindo para o desenvolvimento saudável da humanidade, principalmente no que diz respeito à criança, observa Haetinger (2004). Almeida (2004) informa que em cada período histórico e de acordo com a respectiva cultura há uma visão diferenciada de infância, sendo reformulados os conceitos acerca da mesma diante de suas características e necessidades individuais com o passar dos anos. Desta forma, foi necessário que as mudanças ocasionassem um novo conceito sobre a imagem da criança no espaço social associando uma atitude positiva das atividades voltadas para os jogos e brincadeiras com o intuito de aprimorar o desenvolvimento infantil (ALMEIDA, 2004). Souza e Martins (2003) destacam que o brincar faz parte do ambiente diário das crianças e, diante desta ação irá exercitar sua imaginação, se relacionando com os interesses e anseios perante suas necessidades que estão envolvidas com a realidade. [E6] Comentário: http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/4709/1/MD_EDUMTE_VII_2012_11.pdf Desta forma, o brincar tem por função expressar a forma como a criança reflete, ordena, desorganiza, destrói e reconstrói o mundo de acordo com o seu 15 entendimento, expressando as fantasias, desejos, medos, sentimentos e os conhecimentos adquiridos diante destas experiências, o brinquedo exerce um grande controle no aprimoramento infantil. O termo “brinquedo” diz respeito à atividade, ao ato de brincar, ressaltando que o jogo de papéis ou a brincadeira de “faz de conta”, faz com que a criança represente e se envolva em uma situação imaginária, ou seja, brinca diante da necessidade de agir perante a realidade dos adultos e através da situação imaginária representa um comportamento além da sua idade, mas mesmo havendo uma distância significativa entre o comportamento na vida real e o comportamento no brinquedo, impulsionam conceitos e processos do pleno desenvolvimento infantil, pontua Souza e Martins (2003). O Brincar é muito importante para o aprendizado da criança, se tornando uma ação capaz de reproduzir a sua vivência diante da brincadeira, possibilitando o processo de sua aprendizagem, facilitando o aperfeiçoamento da criatividade, constituindo desta forma a assimilação entre o brincar e a aprendizagem. 2.4 A APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL O desenvolvimento do indivíduo diante do seu aprendizado merece um olhar atento perante a ação, a investigação, autonomia e conflito cognitivo e, de acordo com a Revista Pátio (2009), o aprendizado parte do pressuposto de que a humanidade aprende a fazer fazendo, pois as crianças são curiosas perante seus desafios (conflitos) ofertados em seu meio social sendo este mais adequado para a construção do conhecimento. Kuhlmann Jr (1998) enfatiza que: É preciso considerar a infância como uma condição da criança. O conjunto de experiências vividas por elas em diferentes lugares históricos, geográficos e sociais é muito mais do que uma representação feita por adultos sobre essa fase da vida. [E7] Comentário: http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/4709/1/MD_EDUMTE_VII_2012_11.pdf É preciso conhecer as representações da infância e considerar as crianças concretas, localizá-las nas relações sociais, etc., reconhecê-las como produtoras de história (KUHLMANN JR, 1998, p.31). Existem importantes diferenças entre as fases do desenvolvimento infantil, e cada uma corresponde a um ensinar diferenciado, capaz de aprimorar as experiências, tanto para os alunos quanto para os professores, não deixando de ser educativa, pois muitos educadores concordam que a aprendizagem ocorre melhor diante da brincadeira através de atividades lúdicas como: “blocos, jogos simbólicos, pintura, brincadeiras com areia e água e quebra cabeças” (Revista Pátio, 2009, p.07). Diante da construção de blocos de acordo com a revista supracitada, o aluno sem perceber estará trabalhando os conteúdos de ciências (na busca do equilíbrio), geometria e representação (na montagem de casinha, posto de gasolina, etc.). A criança através do jogo simbólico assume posições sociais como assumir papéis da vida cotidiana: pai, mãe, vendedor de loja, etc., e responsabilidades do cotidiano que ao brincar dá o dinheiro e recebe o troco. Oliveira(2005) destaca que o brincar com encaixes influencia no desenvolvimento psicomotor da criança e se desenvolve diante da montagem de estruturas como blocos ou outros materiais, obtendo conhecimentos de proporções e estudando reações físicas de causa e efeito. O valor educacional das atividades diante das brincadeiras estimula a capacidade das crianças em classificar objetos, adquirindo conhecimento físico sobre este. Assim, as crianças ficam encantadas com suas descobertas e repetem o mesmo comportamento até que tenham total domínio sobre ele e quando ocorre o 17 aprendizado, procuram novas experiências, sendo motivados por adquirir e dominar novos conhecimentos (REVISTA PÁTIO, 2009). Segundo Piaget (1976), a atividade lúdica compreende meios que cooperam e enriquecem o desenvolvimento individual da criança, fornecendo a esta um amparo imprescindível e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu, de modo que os métodos ativos da educação [E8] Comentário: http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/4709/1/MD_EDUMTE_VII_2012_11.pdf das crianças exijam que seja ministrado às crianças um material apropriado, a fim de que, jogando, elas incorporem as realidades intelectuais. Piaget (1976) distingue estágios progressivos para o desenvolvimento e aprendizagem, avaliando que a criança se desenvolve progressivamente em fases de assimilação e acomodação, as quais definem seu desenvolvimento afetivo, social, motor e cognitivo. Assim, segundo o autor, a criança experimenta três diversos tipos de conhecimento durante seu desenvolvimento cognitivo, quais sejam: físico – o qual se constitui no conhecimento das propriedades físicas de objetos e fatos, como forma, tamanho, peso, textura e outras; lógico-matemático - que é o conhecimento estabelecido a partir do pensar sobre as experiências com objetos e fatos; conhecimento social – que não pode ser extraído das ações sobre os objetos, mas sim da influência mútua com as demais pessoas. De acordo com a Revista Pátio (2009), o conhecimento adquirido através do meio físico faz com que a criança aja sobre o objeto diante de sua capacidade física e mental. O professor deve levar a criança a pensar a utilizar o seu raciocínio. O método mais adequado e interessante para atingir o aprendizado é deixar que as crianças experimentem todas as ideias para ir sempre à busca de algo novo. Segundo o Referencial curricular (1998), a criança é considerada um ser social e que faz parte do momento histórico diante do procedimento utilizado em sua formação, levando em consideração a capacidade para exercer determinadas atividades pedagógicas diante das necessidades da criança permitindo o desenvolvimento físico, afetivo, cognitivo e ético, diante da inclusão social da criança, que são protagonistas de sua própria capacidade, sendo sujeitos de direitos, produtos de conhecimento e cultura e os profissionais da educação estão diariamente realizando, redescobrindo e reinventando os estímulos que farão com que os educandos se desenvolvam plenamente. 3 METODOLOGIA DE PESQUISA Nesta seção, apresenta-se a abordagem teórica, em que se demonstra a descrição dos sujeitos da investigação e as estratégias de recolhimento de dados, bem como o modo como foram tratados. O presente estudo insere-se numa investigação qualitativa uma vez que decorreu no ambiente natural do Centro de Educação Infantil. Portanto, segundo Bogdan e Biklen (1994), é uma metodologia de investigação que enfatiza a descrição, a teoria fundamentada e o estudo das percepções pessoais. Com a finalidade de se alcançar os objetivos propostos nesta pesquisa, foi feito um levantamento bibliográfico, apoiando-se nos autores que defendem uma educação de qualidade e compromissada dentro, sobretudo, da Educação Infantil. REFERÊNCIAS DOHME, Vânia D’Ângelo. Atividades lúdicas na educação: o caminho de tijolos amarelos do aprendizado. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. FROEBEL. Friedrich A. A Educação do homem. Tradução de Maria Helena Câmara Bastos. Passo Fundo: UPF, 2001. KISHIMOTO, T.M. Jogos infantis: o jogo, a criança e a educação. Petrópolis, RJ: Vozes,1993. VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991. Lopes, (2005, p. 35), Teixeira (2010, p. 44), Kishimoto (2011, p.41), Maluf (2009) , [E9] Comentário: Na sua metodologia você deve trazer seu tipo de pesquisa busque autores que embase a sua escolha TEIXEIRA, apud MOREIRA, 2010, p.71), HAETINGER, 2004), Sebastiani (2003), Almeida e Shigunov (2000), Souza e Martins (2003), Revista Pátio (2009), KUHLMANN JR, 1998, p.31), Piaget (1976), Referencial curricular (1998), Bogdan e Biklen (1994),
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