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Toxicologia de Animais Peçonhentos BRUNA

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Toxicologia de Animais Peçonhentos 
Bruna Novais
Tiago Silva
Introdução
Animais peçonhentos são conhecidos como aqueles que produzem ou modificam algum veneno e possuem algum aparato para injetá-lo na sua presa ou predador.
Os principais animais peçonhentos que causam acidentes no Brasil são algumas espécies de serpente, escorpiões e aranhas. Outros animais com o número menor de incidentes são as lacraias, abelhas, formigas, entre outros.
Identificação do animal causador do acidente 
Possibilita a dispensa imediata da maioria dos pacientes picados por serpentes ou outros animais não peçonhentos;
Viabiliza o reconhecimento das espécies de importância medica no âmbito regional;
É medida auxiliar na indicação mais precisa do antiveneno a ser administrado.
Serpentes peçonhentas (Ofídios)
As serpentes peçonhentas possuem dentes inoculadores de veneno, localizados na região anterior do maxilar superior. Nas Micrurus (corais), essas presas são fixas e pequenas, podendo passar despercebidas;
Presença de fosseta loreal - com exceção dos corais, as serpentes peçonhentas têm entre a narina e o olho um orifício termo receptor, denominado fosseta loreal;
Os corais verdadeiros (Micrurus) são a exceção à regra acima referida, pois apresentam características externas iguais às das serpentes não peçonhentas. De modo geral, toda serpente com padrão de coloração que inclua anéis coloridos deve ser considerada perigosa. 
Jararaca (Botrópico)
Cascavel (Crotálico)
Surucucu (Laquético)
Coral (Elapídico)
Ações do veneno
Ação proteolítica: As lesões locais, como edema, bolhas e necrose, atribuídas inicialmente à “ação proteolítica”, têm patogênese complexa. Possivelmente, decorrem da atividade de proteases, hialuronidases e fosfolipases, da liberação de mediadores da resposta inflamatória.
Ação coagulante: Ativa fatores responsáveis pela coagulação. Decorre de atividade do tipo trombina que converte o fibrinogênio diretamente em fibrina.
Ação hemorrágica: Provocam lesões na membrana basal dos capilares, associados à plaquetopenia (baixo nível de plaquetas no sangue) e alterações da coagulação.
Ação neurotóxica: Neurotoxinas de ação pré-sináptica que atua nas terminações nervosas inibindo a liberação de acetilcolina. Esta inibição é o principal fator responsável pelo bloqueio neuromuscular do qual decorrem as paralisias motoras apresentadas pelos pacientes.
Ação Miotóxica: Produz lesões de fibras musculares esqueléticas, com liberação de enzimas e mioglobina para o soro e que são posteriormente excretadas pela urina.
Quadro clínico
Dor local, sudorese, náuseas, vômitos, sonolência, inquietação, secura na boca, alteração do diâmetro pupilar, alterações do paladar e olfato, entre outros.
ESCORPIONISMO
Os escorpiões são animais invertebrados. Apresentam o corpo dividido em tronco e cauda; quatro pares de patas, um par de ferrões (queliceras), um par de pedipalpos (em forma de pinça e que serve para capturar o alimento); um ferrão no final da cauda por onde sai o veneno. São também chamados de lacraus, picam com a cauda e variam de tamanho entre 6 a 8,5 cm de comprimento. 
Escorpião do nordeste (Tityus stigmurus)
Escorpião amarelo (Tityus serrulatus )
Escorpião Preto (Tityus bahiensis )
Ações do veneno
Estudos bioquímicos experimentais demonstraram que a inoculação do veneno bruto ou de algumas frações purificadas ocasiona dor local.
Quadro clínico
Hipo ou hipertermia e sudorese profusa, náuseas, vômitos, sialorréia e mais raramente, dor abdominal e diarreia, arritmias cardíacas, hiper ou hipotensão arterial, edema pulmonar agudo, agitação, sonolência, confusão mental, tremores, entre outros
ARANEISMO
As aranhas são animais carnívoros, alimentando-se principalmente de insetos, como grilos e baratas. Muitas têm hábitos domiciliares e peridomiciliares. Apresentam o corpo dividido em cefalotórax e abdome. No cefalotórax articulam-se os quatro pares de patas, um par de pedipalpos e um par de quelíceras. Nas quelíceras estão os ferrões utilizados para inoculação do veneno. 
Armadeira (Phoneutria)
Aranha marrom (Loxosceles)
Viúva negra(Latrodectus)
Ações do veneno e quadro clínico
Foneutrismo: os acidentes causados pela Phoneutria sp representam a forma de araneísmo mais comumente observada no país. Apresentam dor local intensa, frequentemente imediata, edema discreto, eritema e sudorese local. 
Latrodectismo: quadro clínico caracterizado por dor local intensa, eventualmente irradiado. Alterações sistêmicas como sudorese, contraturas musculares, hipertensão arterial e choque são registrados. 
Loxoscelismo: são descritas duas variedades clínicas: 
Forma Cutânea: é a mais comum, caracterizando-se pelo aparecimento de lesão inflamatória no ponto da picada, que evolui para necrose e ulceração. 
Forma Cutâneo-Visceral: além de lesão cutânea, os pacientes evoluem com anemia, icterícia cutâneo-mucosa, hemoglobinúria. A insuficiência renal aguda é a complicação mais temida.
OUTROS ANIMAIS PEÇONHENTOS
Lacraias: O veneno das lacraias é muito pouco tóxico para o homem. Embora existam muitas lendas a respeito desse animal, não há, no Brasil, relatos comprovados de morte nem de envenenamentos graves em acidentes com lacrais. 
Formigas: Algumas espécies são portadoras de um aguilhão abdominal ligado a glândulas de veneno. A picada pode ser muito dolorosa e pode provocar complicações tais como anafilaxia, necrose e infecção secundária. 
Abelhas: As abelhas de origem alemã (Apis mellifera mellifera) foram introduzidas no Brasil em 1839. Posteriormente, em 1870, foram trazidas as abelhas italianas (Apis mellifera ligustica). Essas duas subespécies foram levadas principalmente ao sul do Brasil. Já em 1956, foram introduzidas as abelhas africanas (Apis mellifera scutellata), identificadas anteriormente como Apis mellifera adansonii. 
Via de contato
Toxicocinética e toxicodinâmica 
O veneno da Apis mellifera é uma mistura complexa de substâncias químicas com atividades tóxicas como: enzimas hialuronidases e fosfolipases, peptídeos ativos como melitina e a apamina, aminas como histamina e serotonina entre outras. 
. A fosfolipase A2, o principal alérgeno, e a melitina representam aproximadamente 75% dos constituintes químicos do veneno. São agentes bloqueadores neuromusculares. Podendo provocar paralisia respiratória, possuem poderosa ação destrutiva sobre membranas biológicas, como, por exemplo, sobre as hemácias, produzindo hemólise.
A apamina representa cerca de 2% do veneno total e se comporta como neurotoxina de ação motora.
Fase clínica
As reações desencadeadas pela picada de abelhas são variáveis de acordo com o local e o número de ferroadas, as características e o passado alérgico do indivíduo atingido. As manifestações clínicas podem ser: alérgicas (mesmo com uma só picada) e tóxicas (múltiplas picadas). 
Sintomas gerais: cefaléia, vertigens e calafrios, agitação psicomotora, sensação de opressão torácica e outros sintomas e sinais.
Intoxicação
Nos acidentes provocados por ataque múltiplo de abelhas (enxame) desenvolve-se um quadro tóxico generalizado denominado de síndrome de envenenamento, por causa de quantidade de veneno inoculada. Além das manifestações já descritas, há dados indicativos de hemólise intravascular e rabdomiólise. Alterações neurológicas como torpor e coma, hipotensão arterial, oligúria/anúria e insuficiência renal aguda podem ocorrer.

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