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QUINOLONAS, SULFONAMIDAS E TRIMETOPRIMA Jequié/BA 2018 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA DEPARTAMENTO DE SAÚDE II –DS II CURSO DE ENFERMAGEM DISCIPLINA FARMACOLOGIA QUINOLONAS Quinolonas • As quinolonas, também chamadas fluoroquinolonas, age como antibióticos bastante potente. • São derivados do ácido nalidixico, usados no tratamento das infecções bacterianas. Mecanismo de ação • A fluoroquinolona entra na bactéria por difusão passiva através de canais protéicos da membrana externa. Dentro da célula o medicamento inibe a replicação do DNA bacteriano. • Inibe a topoisomerase II e da topoisomerase IV durante o crescimento e reprodução bacteriana. Mecanismo de Resistência • O uso intenso desse medicamento provocou o aparecimento de bactérias resistentes(Cepas), às quinolonas. Os mecanismos de resistência utilizados são as mutações. • As mutações provocam alterações nas subunidades A do DNA girase, ou da topoisomerase IV, diminuição no acúmulo da droga associada a alterações nas proteínas purinas da membrana externa e a resistência pleiotropica. Principais Representantes • Ácido Nalidíxico • Oxolínico • Cinoxacina • Norfloxacina • Afloxacina • Enoxacina • Fleroxacina • Ciprofloxacina • Pefloxacina • Domefloxacina • Rufloxacina • Levoflaxacina • Esporflaxacina • Grepafloxacina • Trovafloxacina • Clinafloxacina • Gatifloxacina • Moxifloxacina Uso clínico • O uso extenso das fluorquinolonas na clínica deve-se a sua potência, espectro de atividade farmacológica. Possuem potente atividade contra uma grande variedade de microorganismos • Ácido nalidixico - infecção urinária; • Levofloxacino - trato respiratório e infecções na pele; • Norfloxacina - infecção urinária; • Pefloxacina - trato urinário e respiratório. Efeitos colaterais • Tontura; • Cefaleia; • Agitação; • Perda da força muscular; • Anorexia; • Náuseas; • Vômitos; • Diarreia; • Desconforto gástrico; • Entre outros. SULFONAMIDAS Sulfonamidas • Grupo antibióticos sintéticos; • São fármacos utilizados para tratamento de infecções bacterianas; • As sulfas são mais solúveis em meios alcalinos; • Efeito bacteriostático e inibem o metabolismo do ácido fólico, por mecanismo competitivo. Sulfonamidas • FARMACOCINÉTICA: • São administradas vias oral ou parenteral; • São absorvidas no trato gastrointestinal; • Distribuem-se por todo o organismo; • Ligam-se variavelmente à proteína albumina; • São metabolizadas no fígado, sendo eliminada principalmente pelos rins; Sulfonamidas • Mecanismo de ação: • As sulfonamidas são análogos estruturais do ácido p- aminobenzóico (PABA); • As sulfas entra na reação no lugar do PABA; • Inibição do metabolismo do ácido fólico • As bactérias dependem da produção do ácido fólico, por isso são afetadas. Sulfonamidas Mecanismo de ação: Ácido p-aminobenzóico (PABA) Ácido di-hidropteroato-sintetase Ácido di-hidrofólico Inibido pela Sulfonamida Mecanismo de Resistência • Somente organismo que sintetizam seu ácido fólico são sensíveis às sulfonamidas. • A resistência bacteriana pode ser adquirida pela: • Mutação; • Transferência de plasmídeos. • A resistência em geral é irreversível Principais Representantes • Sulfanilamida; • Sulfadiazina; • Sulfamerazina; • Sulfametoxazol; • Sulfadoxina. • Sulfanilamida • A sulfanilamida é aplicada diretamente na vagina, dissolvida em pH 4,3. • Farmacocinética: • Absorção: Mucosa vaginal • Distribuição: Amplamente nos tecidos; • Metabolismo: Hepático; • Eliminação: Renal ou fezes. Uso clínico Uso clínico • A sulfadiazina é destinado ao tratamento das infecções gonocócicas, estafilocócicas, estreptocócicas e meningocócicas e no tratamento da toxoplasmose juntamente com a Pirimetamina. • Farmacocinética: • Absorção: Trato gastrointestinal ou Tegumento; • Distribuição: Amplamente nos tecidos; • Metabolismo: Hepático; • Excreção: Renal ou Hepatobiliar. Uso clínico • A Sulfadoxina tem uma ação prolongada, usada no tratamento da Malária. Usada em combinação com Pirimetamina. • Farmacocinética: • Absorção: Trato gastrointestinal; • Distribuição: Amplamente nos tecidos; • Metabolismo: Hepático; • Excreção: Renal. Efeitos colaterais • Diarreia; • Tontura; • Dor de cabeça; • Perda de apetite; • Náuseas; • Vômitos; • Cansaço. TRIMETOPRIMA Trimetoprima • É um inibidor potente da di-hidrofolatoredutase bacteriana, exibe espectro antibacteriano similar ao das sulfonamidas. É associada com mais frequência a sulfametoxazol, produzindo a combinação denominada cotrimoxazol. Mecanismo de ação • A forma ativa do folato é o derivado tetra-hidro que se forma pela redução do ácido di-hidrofólico pela di- hidrofolatoredutase. Essa reação enzimática é inibida pela trimetoprima, diminuindo a disponibilidade da coenzima tetra-hidrofolato necessária para a síntese de purina, pirimidina e aminoácidos. A redutase bacteriana tem afinidade muito maior pela trimetoprima do que as enzimas dos mamíferos, o que causa toxicidade seletiva do fármaco. Mecanismo de Resistência • A resistência das bactérias Gram – é devida a presença de uma di-hidrofolatoredutase alterada que tem menor afinidade pela trimetoprima. A super proteção da enzima também pode provocar resistência porque pode diminuir a permeabilidade ao fármaco. Principais Representantes • Bacfar; • Bactrim; • Diazol; • Ectrin; • Espectrin; • Infectrin; • Qiftrim; • Septra; • Sulfatrin. Usos clínicos • Tratamento de ITU agudas, prostatite bacteriana (embora as fluoroquinolonas sejam preferidas) e vaginite. • Boa capacidade de eliminação da flora patógena fecal, vaginal e periuretral; a combinação de sulfametoxazol e trimetoprima serve para eliminar a infecção da próstata. Efeitos colaterais • Náuseas; • Vómitos; • Défice de ácido fólico com disfunção da formação das células sanguíneas; • Reações alérgicas como erupções da pele. Interações Medicamentosa QUINOLONAS Referências • Antimicrobianos-bases teóricas e uso clinico. III. Antimicrobianos - principais grupos disponíveis para uso clínico. Disponível em: < http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_control e/opas_web/modulo1/sulfonamidas4.htm > Acesso em 27 março 2018 • Grupo editorial Moreira Jr. Quinolonas: aplicações clínicas. Disponível em: < http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=2632 > Acesso em 27 março 2018. • OLIVEIRA K. N. Síntese, caracterização e avaliação biológica de sulfonamidas e sulfonilidrazonas. Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Florianópolis, Fevereiro 2005. • FINKEL R. Farmacologia ilustrada. 4 ed. Porto alegre. Artmed. 2010. pág. 387 -398.
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