Intervenção do Estado na Ordem Econômica

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Direito Administrativo –
	Intervenção do Estado na Ordem Econômica
	– 1º Bimestre 2018 
Intervenção do Estado na Ordem Econômica
	Poder de Polícia
	Serviços Públicos
	Intervenção Estatal
	Só pode ser exercido pelo Estado
	Art. 75 – a titularidade é do Estado 
	O Estado só interfere na ordem excecionalmente.
	É indelegável
	Excepcionalmente: a titularidade é dividida com o particular; terá em regra apenas a execução do serviço.
	O domínio desse campo é do particular.
Quando houver motivo de segurança nacional ou relevante interesse coletivo.
	
	Saúde, educação, previdência e assistência social.
	Art. 173/CF.
Conceito: 
Livre iniciativa;
Livre concorrência;
Livre mercado;
Formas de intervenção do Estado na Ordem Econômica:
Intervenção por meio da administração direta: (C.A. B. M.)
A intervenção do Estado na Ordem Econômica por parte da administração direta se dá de maneira excepcional, com o fim de proteger o livre mercado, a livre iniciativa, a livre concorrência, um campo que é de domínio do particular.
Isso é fácil de se verificar, pois, o Brasil adota o regime capitalista de economia, em que o Estado, ao interferir nessa seara o faz sempre dentro de determinados limites, pois do contrário estaríamos em um regime socialista ou comunista. 
É possível verificar a interferência da administração direta na ordem econômica quando se observa situações de intervenção por parte da União diante dos seguintes exemplos:
Ex. 1: durante o governo Lula, em 2008, uma grave crise econômica começou nos EUA e se espalhou por vários outros países; com o fim de impedir os impactos dessa crise aqui no Brasil, a União à época editou medida de redução da alíquota do IPI, chegando o mesmo a 0%; diante dessa medida, se incentivou o consumo dos produtos industrializados (carros, eletrodomésticos, móveis, etc.); com isso, se manteve os níveis de emprego e de renda e assim, o ciclo econômico positivo manteve o mercado interno aquecido.
Ex. 2: no atual governo Temer, 2018, diante da crise econômica vivenciada no país, as medida tomadas pela União foram no sentido oposto no que se viu a cima, ou seja, as taxas de juros e as taxas de financiamentos foram aumentadas; com isso, o consumo caiu e também os empregos e as rendas, tudo com o objetivo de se conter a inflação. Essa medida mais drástica tem como consequência uma reação mais lenta do mercado.
Intervenção por meio da administração indireta:
A intervenção estatal na ordem econômica por meio da administração indireta ocorrerá por meio das empresas estatais (empresas públicas [caixa econômica federal] e sociedades de economia mista [Banco do Brasil e Petrobras]) isso porque, somente as empresas atuam no livre mercado; embora o domínio desse campo seja das empresas particulares, para poder atuar nessa seara, só se fará atuação por empresas, por isso, o Estado interfere por meio das estatais, que são minoria nessa ordem. 
2.1. por meio do regime concorrencial:
– Caixa Econômica Federal;
– Banco do Brasil;
No regime concorrencial as empresas estatais, caixa econômica federal e banco do brasil, vão concorrer com instituições financeiras privadas, Santander, Bradesco, Itaú, etc.; assim, quando elas praticam determinada medida, interferindo diretamente no mercado, os bancos privados se veem obrigados a seguirem a mesma medida, tentando concorrer em igualdade de condições no mercado com os bancos públicos.
Ex.: redução da taxa de juros e de financiamento feito pelo Banco do Brasil e CEF. 
2.2. por meio de monopólio:
Só terá um ente público e não tem particular envolvido.
ex.: petróleo e mineradoras; as riquezas naturais geram poder econômico e político.
O Estado manter essas riquezas é estratégico;
São atividades extremamente lucrativas.
Petróleo: a CF deu a titularidade (monopólio) do petróleo e a execução (exploração) para a União.
A União então criou a Petrobrás - sociedade de economia mista, passando o monopólio e a exploração.
Priscilia:
No tocante ao petróleo no Brasil, a CF/88 deu o monopólio e sua exploração para a União. No entanto, por falta de infraestrutura e de tecnologia a União não pode, ela mesma, fazer a exploração dessa atividade; com isso, a União criou a Petrobrás e transferiu para ela o monopólio e a exploração do petróleo do Brasil.
Exploração: obter vantagem econômica em cima da extração, somente a Petrobrás pode.
Extrair: perfurar; qualquer um pode perfurar, até mesmo empresa particular.
Minérios: No tocante aos minérios a CF atribuiu à sua propriedade, ou seja, o seu monopólio e a sua exploração à União Federal. Todavia, a União sem infraestrutura e tecnologia adequadas para a exploração dos minérios criou a Vale do Rio Doce para desempenhar tal finalidade, passando para essa entidade o monopólio e a exploração dos minérios no Brasil. Contudo, no governo FHC, com a reforma do Estado sucederam-se as várias privatizações das Estatais, dentre elas a da Vale, que foi vendida para a Iniciativa Privada. Assim, o monopólio e a exploração dos minérios retornaram à União, mas sem que essa pudesse ela mesma fazer a exploração, permitiu que a Vale Privada fizesse a exploração, mantendo o monopólio com a União.
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