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Apostila de Administração 
Financeira e Orçamentária 
Prof. Msc. Davi Riani Gotardelo 
 
 
 Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora (MG) [Digite a legenda] Disponível em www.gestaofinanceira.com 
Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora (MG) 
 
w w w . g e s t a o f i n a n c e i r a . c o m Página 1 
Sumário 
 
CAPÍTULO 01 – O QUE É FINANÇAS? 
1.1 - O que é finanças? ....................................................................................... 3 
1.2 - As grandes áreas de finanças ......................................................................... 3 
1.3 - Instituições e mercados financeiros ................................................................. 4 
1.4 - Objetivos da empresa do ponto de vista financeiro .............................................. 5 
1.5 - As decisões básicas da Administração Financeira ................................................. 5 
1.6 - A questão da teoria da agência ...................................................................... 6 
1.7 - A questão da governança corporativa ............................................................... 6 
 
CAPÍTULO 02 – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
2.1 - Regime de Competência x Regime de Caixa ....................................................... 7 
2.2 - Desempenho econômico x Desempenho financeiro ........................................... 7 
2.3 - Balanço Patrimonial .................................................................................... 8 
2.4 - Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) .................................................. 11 
2.5 - A questão da depreciação ............................................................................ 12 
2.6 - Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) ............................................................ 19 
 
CAPÍTULO 03 – REVISÃO DE ANÁLISE DE CUSTOS 
3.1 - Revisão de conceitos de custos , despesas e investimentos .................................... 24 
3.2 – Ponto de Equilíbrio e Margem de Contribuição ................................................... 26 
 
CAPÍTULO 04 – ANÁLISE DE INDICADORES FINANCEIROS 
4.1 – Índices de liquidez ..................................................................................... 27 
4.2 – Índices de endividamento ............................................................................ 28 
4.3 – Índices de rentabilidade .............................................................................. 30 
4.4 – Análise de atividade ................................................................................... 31 
4.5 - Análises Vertical e Horizontal ....................................................................... 32 
 
CAPÍTULO 05 – O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO 
5.1 - Valor Presente e Valor Futuro ....................................................................... 35 
5.2 – Juros Simples e Juros Compostos ................................................................... 35 
5.3 – Equivalência de Pagamentos ......................................................................... 36 
5.4 - Taxas de juros: ......................................................................................... 37 
5.5 - Métodos de Amortização.............................................................................. 38 
5.6 - Utilização do Excel e Calculadoras Financeiras .................................................. 39 
 
Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora (MG) 
 
 
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CAPÍTULO 06 – ORÇAMENTO DE CAPITAL 
6.1 - O processo de decisão de orçamento de capital ................................................. 42 
6.2 - Payback e Payback Descontado ..................................................................... 44 
6.3 - Valor Presente Líquido (VPL) ........................................................................ 47 
6.4 - Taxa Interna de Retorno (TIR) ....................................................................... 51 
6.5 - Taxa Interna de Retorno Modificada (TIRm) ...................................................... 52 
6.6 - Índice de Lucratividade ou Rentabilidade ......................................................... 56 
6.7 - Quadro Comparativo entre as técnicas ............................................................ 58 
 
Bibliografia ...................................................................................................... 59 
 
APÊNDICE - REGIMES TRIBUTÁRIOS 
Lucro Real ....................................................................................................... 60 
Lucro Presumido ................................................................................................ 62 
Lucro Arbitrado ................................................................................................. 65 
 
Figura 
Figura 1 - Objetivos financeiros da empresa ................................................................................................. 5 
 
Gráficos 
Gráfico 1 - Ponto de Equilíbrio .................................................................................................................. 26 
Gráfico 2 - VPL – Valor Presente Líquido ................................................................................................. 48 
Gráfico 3 - VPL x TIR .................................................................................................................................. 52 
Tabelas 
Tabela 1 - Estrutura do Balanço Patrimonial ............................................................................................... 8 
Tabela 2 - Estrutura da DRE ........................................................................................................................ 11 
Tabela 3 - Tabela de Depreciação – Receita Federal .................................................................................. 14 
 
 
 
Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora (MG) 
 
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O que é Finanças? 
 
1.1 - O que é finanças? 
 
Finanças "são a aplicação de uma série de princípios 
econômicos e financeiros para maximizar a riqueza ou o valor 
total de um negócio" (GROPPELLI, et al., 1999). 
Finanças é a ciência que estuda o valor como o 
componente chave da organização. Finanças não significa lucro. 
Ex.: Fundações, ONG's e Sociedades sem fins lucrativos. 
Já para (GITMAN, 2002), finanças é “a arte e a ciência de 
administrar fundos, ou seja, ocupa-se do processo, instituições, 
mercados e instrumentos envolvidos na transferência de fundos 
entre pessoas, empresas e governos”. 
 
1.2 - As grandes áreas de finanças 
 
As principais áreas de atuação na área de Finanças são: 
a) Mercado de Capitais: analistas de mercado (risco, 
crédito, corporate) - segmento bancário, bolsas de 
valores, seguros, previdência, entre outros; 
 
b) Análise de Investimentos: analistas de investimento, 
consultoria, vendas, analistas de carteiras e riscos, 
entre outros; 
 
c) Finanças Empresariais: Quais ativos, como adquirir, 
financiar, controlar e gerir. 
 
Em todas as áreas as atividades financeiras serão 
baseadas em: 
i) Previsão e Planejamento Financeiro; 
ii) Decisões de Investimento e Financiamento; 
iii) Coordenação e controladoria 
iv) Transação com os mercados financeiros; 
 
 
QUESTÕES PARA 
DISCUSSÃO INICIAL DO 
CAPÍTULO 
 
 
O que é finanças? 
 
Quais as áreas de 
finanças? 
 
Quais as principais 
instituições financeiras? 
 
 
 
CONCEITOS A SEREM 
DEFINIDOS NESSE 
CAPÍTULO 
 
 
Finanças 
 
Conselho Monetário 
Nacional 
 
Banco Central 
 
CVM – Comissão de 
Valores Mobiliários 
 
Ministério da Fazenda 
 
Receitas (Federal, 
Estadual e Municipal)Liquidez 
 
Rentabilidade 
 
Geração de Valor 
 
Teoria da Agência 
 
Governança 
Corporativa 
 
 
 
Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora (MG) 
 
 
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As linhas de estudo relevantes dentro do tema Finanças são: 
a) Macroeconomia (juros, política cambial, fiscal, monetária, influências externas) e 
Microeconomia (demanda, oferta e preços); 
b) Contabilidade; 
c) Estatística (Econometria); 
d) Tecnologia: Sistemas de Informação, Sistema Bancário, Transações eletrônicas, dinheiro 
eletrônico; 
 
 
1.3 - Instituições e mercados financeiros 
 
Conselho Monetário Nacional (CMN): O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão 
deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional. 
Ao CMN compete: 
a) estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia; 
 
b) regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições 
financeiras; 
 
c) disciplinar os instrumentos de política monetária e cambial. 
O CMN é constituído pelo Ministro de Estado da Fazenda, pelo Ministro do Planejamento e 
pelo Presidente do Banco Central do Brasil. 
 
Banco Central do Brasil (BACEN): é a instituição financeira independente ou ligada ao 
Estado cuja função é garantir a estabilidade da moeda de cada país e do sistema financeiro como um 
todo. Além disso, tem como objetivo definir as políticas monetárias (taxas de juros, câmbio, entre 
outras) e aquelas que regulamentam o sistema financeiro local. 
 
CVM - Comissão de Valores Mobiliários (CVM) De acordo com a lei que a criou, a 
Comissão de Valores Mobiliários exercerá suas funções, a fim de: 
a) assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão; 
b) proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e atos 
ilegais de administradores e acionistas controladores de companhias ou de 
administradores de carteira de valores mobiliários; 
c) evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar 
condições artificiais de demanda, oferta ou preço de valores mobiliários 
negociados no mercado; 
 
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Ministério da Fazenda: é o órgão que na estrutura administrativa da República Federativa 
do Brasil cuida basicamente da formulação e execução da política econômica. 
Receitas Federal, Estadual e Municipal: órgão fiscalizador de arrecadação de tributos 
federais, estaduais e municipais. 
 
1.4 - Objetivos da empresa do ponto de vista financeiro 
 
Figura 1 - Objetivos financeiros da empresa 
 
 
 
 
1) Liquidez: formalmente corresponde ao grau de monetização do ativo, ou seja, a 
capacidade que a empresa tem de tornar em dinheiro seus ativos. 
2) Rentabilidade: Grau de rendimento proporcionado por determinado investimento. Pode 
se exprimir pela percentagem de lucro em relação ao investimento total. Lucratividade diz respeito à 
operação e rentabilidade diz respeito à investimento. Ex.: Vendas / Aquisição de uma máquina. 
3) Geração de Valor: Para (LEMES JR, et al., 2001), “as finanças preocupam-se com o valor 
de troca”. Este valor de troca pode aumentar o valor da empresa em duas formas: 
 
Internamente: através de mão-de-obra, matérias-primas, equipamentos e tecnologias, são 
recursos que entram na empresa e, que processam bens e serviços e ainda são vendidos por 
um preço superior aos de custo. 
Externamente: é a imagem junto ao mercado. Depende de especulações e compras de ações. 
 
1.5 - As decisões básicas da Administração Financeira 
 
1) Orçamento de Capital: trata basicamente do investimento de longo prazo da empresa. Consiste 
basicamente em avaliar as oportunidades de investimento atrativas no mercado, sempre ponderando o 
retorno esperado e o risco envolvido. (ROSS, et al., 2000) 
2) Estrutura de Capital: Consiste basicamente em como será composto o capital empregado pela 
empresa, seja este próprio e de terceiros. O montante e a taxa são variáveis chaves na análise da 
estrutura de capital. 
3) Administração do Capital de Giro: trata da administração financeira de curto prazo da 
empresa, ou seja, preocupa-se com a administração dos ativos e passivos imediatos da empresa, tais 
como estoques, caixa, fornecedores, entre outros. 
 
LIQUIDEZ RENTABILIDADE GERAÇÃO DE VALOR 
Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora (MG) 
 
 
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1.6 - A questão da teoria da agência 
 
A Teoria da Agência pressupõe que existe um custo de agenciamento das decisões, ou seia, 
nem sempre o que é melhor para o dono é exatamente igual ao que é melhor para o administrador. 
Daí, nasce o custo de agência. (DALMÁCIO, et al., 2003) complementam: 
 
"A princípio, os gestores da empresa deveriam buscar a 
maximização da riqueza dos acionistas, mas nem sempre os ganhos 
para o gestor estão diretamente relacionados com o valor da 
empresa. Portanto, as decisões que maximizam a riqueza do 
acionista não necessariamente aumentam os ganhos dos executivos, 
isto significa dizer que, ao delegar poder aos executivos, os 
proprietários podem estar perdendo parte de sua riqueza." (p.4-5). 
 
1.7 - A questão da governança corporativa 
 
De acordo com a (CVM, 2007), governança corporativa é: 
 
"O conjunto de práticas que tem por finalidade otimizar o 
desempenho de uma companhia ao proteger todas as partes 
envolvidas, tais como investidores, empregados e credores, 
facilitando o acesso ao capital. A análise das práticas de governança 
corporativa aplicada ao mercado de capitais envolve, 
principalmente, transparência, equidade no tratamento dos 
acionistas e prestação de contas." 
Já para o (IBGC, 2007) - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – os mecanismos de 
governança corporativa podem ser evidenciados através das práticas e os relacionamentos entre os 
mais diversos públicos dentro e fora da empresa com a finalidade de otimizar o desempenho da 
empresa e facilitar o acesso ao capital. 
 
 
 
 
Tópico para discussão 
 
A questão do retorno à sociedade 
 
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Demonstrações 
Financeiras 
 
 
2.1 - Regime de Competência x Regime de Caixa 
 
A diferenciação dos regimes de competência e caixa é um 
passo importante e decisivo no processo de estudo da 
administração financeira. 
 
O Regime de Competência trata o evento financeiro 
(receita ou despesa) no efetivo momento em que o mesmo 
ocorreu, independente da forma de pagamento ou recebimento. 
Para a escrituração contábil, vale a data de emissão do 
documento fiscal. 
 
O Regime de Caixa trata o evento financeiro (receita ou 
despesa) no efetivo momento em que foi desembolsado ou 
recebido, independente do período a que se devia. Não há 
utilização desse regime para efeitos contábeis (obrigatoriedade 
da lei). 
 
Ex.: Notas fiscais - pagamento parcelado / 13º salário / 
Férias 
 
 
2.2 - Desempenho econômico x Desempenho 
financeiro 
 
É possível uma empresa ter lucro e falir? Qual o enfoque 
econômico e financeiro do desempenho? 
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
________________________________________ 
QUESTÕES PARA 
DISCUSSÃO INICIAL DO 
CAPÍTULO 
 
 
Quais as principais 
demonstrações 
financeiras existentes? 
 
 
Qual a diferença entre o 
Regime de Caixa e o 
Regime de 
Competência? 
 
 
 
 
CONCEITOS A SEREM 
DEFINIDOS NESSE 
CAPÍTULO 
 
 
Regime de CompetênciaRegime de Caixa 
 
Desempenho Econômico 
 
Desempenho Financeiro 
 
 
 
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2.3 - Balanço Patrimonial 
 
É a demonstração contábil responsável por representar a posição patrimonial da empresa. 
Através do Balanço Patrimonial, temos um panorama dos financiamentos e investimentos da empresa. 
Traduz o que ela tem e o que ela deve. O BP é dividido em: ativo, passivo e patrimônio líquido. 
 
 
Tabela 1 - Estrutura do Balanço Patrimonial 
ATIVO PASSIVO 
AC PC 
ARLP PELP 
AP PL 
 
 
(STICKNEY, et al., 2001) afirmam que “o ativo de uma empresa são os recursos econômicos 
com capacidade ou potencial para lhe oferecer benefícios futuros. Por exemplo, a empresa pode 
utilizar caixa para comprar estoques ou equipamentos [...].” É do lado do ativo (lado esquerdo do 
Balanço) que visualizamos os investimentos ou aplicações de recursos feitos pela empresa. 
Já o passivo representa as exigibilidades ou obrigações da empresa. Apresentado do lado 
direito do Balanço (juntamente com o patrimônio líquido), o passivo demonstra o montante de capital 
de terceiros utilizado. O patrimônio líquido é formado pela diferença entre ativo e passivo, 
contemplando os recursos próprios aplicados na empresa. Do lado direito do Balanço, formado por 
passivo e patrimônio líquido, encontramos todas as fontes de financiamento ou as origens de recursos 
da empresa. 
 
 
A questão do exercício social da empresa 
 
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Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora (MG) 
 
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Ativo 
 
Conforme pode ser percebido pelo quadro apresentado, o Ativo se divide em 3 grandes grupos: 
Circulante, Realizável a Longo Prazo e Permanente. A disposição das contas segue uma ordem 
decrescente de liquidez. 
Ativo Circulante: Dentro do Ativo Circulante, encontram-se todas as contas de curto prazo. 
Ex.: Caixa, Bancos, Aplicações Financeiras, Duplicatas a receber (de curto prazo), estoques, etc. 
Ativo Realizável a Longo Prazo: O grupo Ativo Realizável a longo prazo contempla todos 
os direitos da empresa recebíveis após o término do exercício seguinte ao encerramento do balanço. 
Nesse caso, enquadram-se não só as duplicatas a receber de longo prazo, mas também títulos e valores 
mobiliários adquiridos e adiantamentos ou empréstimos feitos a coligadas e controladas (com 
vencimento de longo prazo). 
Ativo Permanente: Já o Ativo Permanente engloba as contas de menor liquidez da empresa 
e é dividido em Investimentos, Imobilizado e Diferido. Em Investimentos, encontramos algumas 
contas que não estão diretamente relacionadas à manutenção das atividades da empresa. Por outro 
lado, no grupo Imobilizado, aparecem bens e direitos destinados ao funcionamento normal da 
empresa, como equipamentos, prédios, veículos, etc. Por fim, no Ativo Diferido são demonstradas as 
despesas incorridas em determinado exercício, mas que participarão do resultado de mais de um 
período. Como exemplo, podemos citar as despesas da constituição da sociedade, que beneficiam 
diversos exercícios e, por isso, não deveriam ser consideradas como despesa de apenas um exercício. 
 
 Passivo 
 
O Passivo é dividido em Circulante, Exigível a Longo Prazo e Patrimônio Líquido. ASSAF 
NETO (2001, p.68) ressalta que nesses grupos são consideradas todas as contas que denotam dívida 
ou obrigação de responsabilidade da empresa. 
 
Passivo Circulante: corresponde às dívidas de curto prazo da empresa, tais como 
Fornecedores, Contas a Pagar, Empréstimos e Financiamentos, entre outros. 
Passivo Exigível a Longo Prazo: em Exigível a longo prazo, são classificadas as obrigações 
com vencimento após o término do exercício seguinte ao encerramento do balanço. Geralmente, 
encontramos neste grupo empréstimos e financiamentos. 
Patrimônio Líquido: dentro do Patrimônio Líquido, conforme mencionado anteriormente, 
aparecem os recursos próprios investidos na empresa. É composto pelo Capital Social (valores 
investidos pelos proprietários e acionistas), Reservas (de Capital, de Reavaliação, de Lucros, 
Estatutárias, para contingências, etc.), Lucros ou prejuízos acumulados. 
 
A contabilização de Financiamentos e Arrendamentos: 
________________________________________________________________
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Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora (MG) 
 
 
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Amortização, Depreciação, Provisão e Reversão de Provisão 
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
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________________________________________________________________
____________________________________________________________ 
 
Exercício - Balanço patrimonial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora (MG) 
 
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2.4 - Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
 
De acordo com (ASSAF NETO, 2001), a Demonstração de resultados do exercício visa fornecer, de 
maneira esquematizada, os resultados (lucro ou prejuízo) auferidos pela empresa em determinado 
exercício social, os quais serão transferidos para as contas do Patrimônio Líquido. O lucro (ou 
prejuízo) é resultante de receitas, custos e despesas incorridos pela empresa no perído e apropriados 
segundo regime de competência, ou seja, independentemente de que tenham sido esses valores pagos 
ou recebidos. 
 
 
Tabela 2 - Estrutura da DRE 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 
( - ) Vendas canceladas 
( - ) Abatimentos sobre vendas 
( - ) Impostos sobre vendas 
= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 
( - ) Custo dos produtos, serviços ou mercadorias vendidas 
= LUCRO BRUTO 
( - ) Despesas com vendas 
( - ) Despesas administrativas 
( - ) Despesas financeiras 
( - ) Outras despesas operacionais 
= LUCRO OPERACIONAL 
( + ) Receitas não operacionais 
( - ) Despesas não operacionais 
= LUCRO ANTES DOS JUROS E IMPOSTOS (LAJIR) 
( - ) Provisão para IR 
( - ) Provisão para Contribuição Social sobre o lucro 
( - ) Participações 
= LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO E LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO 
 
Observações: 
 
Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora (MG) 
 
 
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a) Lucro Operacional 
________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
______________________________________________________________ 
 
b) Receitas e Despesas não-operacionais 
Corresponde aos eventos econômicos aditivos ao patrimônio líquido, não associados com a atividade 
ou atividades principais da empresa, independentemente da sua freqüência. 
________________________________________________________________
________________________________________________________________
______________________________________________________________ 
 
 
c) LAJIR: Porque juros? 
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
______________________________________________________________ 
 
d) IR e CSLL: O Imposto de Renda (IR) e a Contribuição Social sobre o lucro (CSSL) a pagar são 
deduzidos do lucro do exercício, e devem aparecer como obrigações no Balanço Patrimonial 
como IR a Pagar e CSLL a Pagar. São calculados com base no Lucro Real encontrado na DRE. 
Porém, existem outras formas de apuração do Imposto de Renda, como o Lucro Presumido e o 
Lucro Arbitrado. 
 
 
2.5 - A questão da depreciação 
 
Na maioria dos países a definição e aplicação dos critérios de depreciação é regida pela 
legislação do Imposto de Renda. O Regulamento do Imposto de Renda brasileiro (Decreto nº 3.000, 
de 26 de Março de 1999) em seu artigo 305, define a depreciação como 'a diminuição do valor dos bens 
do ativo resultante do desgaste pelo uso, ação da natureza e obsolescência normal'. 
 
 
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A definição acima sugere três aspectos distintos para interpretação da depreciação: 
 Físico - é a perda de valor decorrente do desgaste ocasionado tanto pelo uso como pela ação 
dos elementos da natureza. Ambos levam a aumento dos custos de operação e manutenção e a 
conseqüente redução da capacidade produtiva do bem, refletida nos lucros. Esta é a interpretação 
técnica do engenheiro. 
 Econômico - é a perda de valor resultante da diminuição da capacidade do bem gerar 
receitas proveniente da obsolescência e da inadequabilidade do bem. A obsolescência resulta das 
inovações tecnológicas que tornam anti econômico o uso do bem ou do produto por ele produzido. A 
obsolescência pode ainda ser causada pela mudança dos hábitos e gostos dos usuários. A 
inadequabilidade é proveniente da incapacidade do bem em atender uma demanda superior à 
finalidade pretendida na ocasião de sua aquisição. Esta é a interpretação do economista, que visa 
estabelecer uma orientação no sentido de determinar a recuperação do capital investido segundo o 
desejo do investidor. 
 Contábil - objetiva o rateio do custo de aquisição num certo número de períodos contábeis 
para atender às exigências da legislação do Imposto de Renda e às normas da Contabilidade de Custos. 
 
Depreciação e vida útil 
 
O objetivo da depreciação é criar um fundo de reserva que permita a reposição do bem quando 
ele chegue ao fim do seu prazo de utilização econômica, que é denominado vida útil. 
 O problema crítico na determinação das quotas de depreciação é o estabelecimento da vida 
útil, devido à infinidade de fatores que influenciam a durabilidade do bem, especialmente no caso de 
máquinas e equipamentos. A unidade de tempo mais utilizada para medir a vida útil é o ano. Utiliza-
se, também considerar a depreciação em termos de horas de trabalho ou de unidades produzidas. 
 A determinação da vida útil de um bem é feita por estimativa e não há métodos que a 
estabeleçam precisamente. O melhor método para estimar a vida útil é a experiência passada da 
empresa e uma das fontes mais confiáveis são os registros contábeis da própria empresa. Sendo uma 
estimativa, a vida útil poderá ser alterada posteriormente para ajustá-la de conformidade com a nova 
realidade, entretanto se houver dúvidas, a poderá ser necessário que uma entidade de pesquisa 
científica ou tecnológica reconhecida emita um parecer. 
 O órgão governamental, responsável pela administração de imposto de Renda de cada país, 
publica tabelas de taxas anuais admissíveis para as várias espécies bens, mas deixa a critério do 
contribuinte adotar os valores mais convenientes para a sua aplicação, o contribuinte porém, deve 
justificar as divergências. A tabela 'Taxas de Depreciação e Vida Útil' relaciona as taxas de depreciação 
e os valores de vida útil de alguns bens mais comuns, de acordo com a legislação brasileira. 
 
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Tabela 3
Fonte: (RECEITA FEDERAL, 2007)
 
Modelos de depreciação
 
Adotaremos os seguintes símbolos para definir as quotas de depreciação periódica para os 
métodos que vamos apresentar: 
 
D - quota anual de depreciação
Dk - quota periódica de depreciação
C - custo de aquisição 
Ck - valor contábil após o decurso de k períodos de vida útil
n - número de períodos de vida útil
k - número de períodos de vida útil decorridos, sendo 
R - valor residual do investimento
 
Modelo da depreciação linear
 
É o método clássico de cálculo da depreciação e também o mais simples de todos.
 O valor da quota anual é dado pela fórmula:
 
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3 - Tabela de Depreciação – Receita Federal 
(RECEITA FEDERAL, 2007)- disponível em www.receita.fazenda.gov.br 
Modelos de depreciação 
Adotaremos os seguintes símbolos para definir as quotas de depreciação periódica para os 
l de depreciação 
quota periódica de depreciação 
valor contábil após o decurso de k períodos de vida útil 
número de períodos de vida útil 
número de períodos de vida útil decorridos, sendo 0 < k < n 
valor residual do investimento 
Modelo da depreciação linear 
É o método clássico de cálculo da depreciação e também o mais simples de todos.
O valor da quota anual é dado pela fórmula: 
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Adotaremos os seguintes símbolos para definir as quotas de depreciação periódica para os 
É o método clássico de cálculo da depreciação e também o mais simples de todos. 
 
 
O valor contábil do bem, decorridos 
 
 
Quando o valor residual é nulo, as fórmulas passam a ter as seguintes expressões:
 
 
 
O modelo da depreciação linear é o único reconhecido pela legislação do Imposto de Renda 
brasileiro. Apesar de não admitir o uso de métodos de depreciação acelerada, a legislação brasileira 
permite a redução dos prazos de vida útil para os bens submetidos a regime de trabalho em turnos 
múltiplos, através da adoção de coeficientes de depreciação acelerada contábil
seguintes coeficientes: 
 
Um turno de 8 horas: 
Dois turnos de 8 horas: 
Três turnos de 8 horas: 
 Exemplo: 
Custo do Bem 
Valor residual após 05 anos
Depreciação 
Vida útil 
 
D = (5.500 - 500)/5 = 1.000
 
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O valor contábil do bem, decorridos k períodos de vida útil é calculado pela fórmula:
 
Quando o valor residual é nulo, as fórmulas passam a ter as seguintes expressões:
 
 
O modelo da depreciação linearé o único reconhecido pela legislação do Imposto de Renda 
e não admitir o uso de métodos de depreciação acelerada, a legislação brasileira 
permite a redução dos prazos de vida útil para os bens submetidos a regime de trabalho em turnos 
múltiplos, através da adoção de coeficientes de depreciação acelerada contábil
 1,0 
 1,5 
 2,0 
 R$ 5.500,00 
Valor residual após 05 anos R$ 500,00 
 R$ 5.000,00 
 05 anos 
500)/5 = 1.000 
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períodos de vida útil é calculado pela fórmula: 
Quando o valor residual é nulo, as fórmulas passam a ter as seguintes expressões: 
O modelo da depreciação linear é o único reconhecido pela legislação do Imposto de Renda 
e não admitir o uso de métodos de depreciação acelerada, a legislação brasileira 
permite a redução dos prazos de vida útil para os bens submetidos a regime de trabalho em turnos 
múltiplos, através da adoção de coeficientes de depreciação acelerada contábil. Assim temos os 
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 Modelo da soma dos dígitos dos anos ou de cole
 
O modelo da soma dos dígitos dos anos é um dos métodos de depreciação acelerada, isto é, as 
quotas de depreciação iniciais têm maior valor do que as finais.
 Neste modelo, as quotas de depreciação nada mais são do que o valor depreciável 
multiplicado por um fator que obedece à seguinte lei de formação:
 
 
 
Exemplo: 
1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15 
 
Ano 01 = 5/15 x R$ 5.000 = R$ 1.667
Ano 02 = 4/15 x R$ 5.000 
Ano 03 = 3/15 x R$ 5.000 = R$ 1.000
Ano 04 = 2/15 x R$ 5.000 = R$ 667
Ano 05 = 1/15 x R$ 5.000 = R$ 333
 
Depreciação e lucro 
 
A legislação do Imposto de Renda de muitos países considera as quotas de depreciação como 
dedutíveis do lucro bruto das empresas para efeito de apuração do lucro tributável. Vejamos como a 
depreciação influencia o valor final do lucro disponível para o empresário.
 
Sejam: 
D valor do fundo de depreciação
LA lucro bruto (antes do Imposto de R
LL lucro líquido (após o Imposto de Renda)
LT lucro tributável 
T valor do Imposto de Renda
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Modelo da soma dos dígitos dos anos ou de cole 
O modelo da soma dos dígitos dos anos é um dos métodos de depreciação acelerada, isto é, as 
quotas de depreciação iniciais têm maior valor do que as finais. 
Neste modelo, as quotas de depreciação nada mais são do que o valor depreciável 
multiplicado por um fator que obedece à seguinte lei de formação: 
 
Ano 01 = 5/15 x R$ 5.000 = R$ 1.667 
Ano 02 = 4/15 x R$ 5.000 = R$ 1.333 
Ano 03 = 3/15 x R$ 5.000 = R$ 1.000 
Ano 04 = 2/15 x R$ 5.000 = R$ 667 
Ano 05 = 1/15 x R$ 5.000 = R$ 333 
 
A legislação do Imposto de Renda de muitos países considera as quotas de depreciação como 
lucro bruto das empresas para efeito de apuração do lucro tributável. Vejamos como a 
depreciação influencia o valor final do lucro disponível para o empresário. 
valor do fundo de depreciação 
lucro bruto (antes do Imposto de Renda) 
lucro líquido (após o Imposto de Renda) 
valor do Imposto de Renda 
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O modelo da soma dos dígitos dos anos é um dos métodos de depreciação acelerada, isto é, as 
Neste modelo, as quotas de depreciação nada mais são do que o valor depreciável (C-R) 
A legislação do Imposto de Renda de muitos países considera as quotas de depreciação como 
lucro bruto das empresas para efeito de apuração do lucro tributável. Vejamos como a 
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t alíquota do Imposto de Renda 
 
Teremos: 
LT = LA- D e T = LT.t = (LA- D)t 
então 
LL = LA-T = LA- (LA- D) t 
e finalmente 
LL = LA ( 1 - t ) + D.t 
 
Portanto, a depreciação propicia um lucro adicional ao empresário, igual ao produto da quota 
de depreciação pela alíquota do Imposto de Renda. Além disso, como a depreciação é um custo virtual, 
não há saída de caixa e a reserva acumulada do fundo de depreciação continua na empresa à 
disposição do empresário. 
 
Exemplo: 
 DRE Demonst. de Fluxo de Caixa 
Receita de Vendas 1.500 1.500 
Custos, exceto Depreciação 1.050 1.050 
Depreciação 150 0 
Custos Totais 1.200 1.050 
Lucro antes do Imposto 300 450 
Impostos (40%) 120 120 
Lucro Líquido 180 
Somar de volta a depreciação 150 
Fluxo de caixa líquido 330 330 
Tópico para discussão 
 
 - DRE por projeto ou por centro de custo; 
 - Estimativa de lucro pela DRE; 
 
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Exercício – DRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.6 - Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) 
 
A DFC tem a finalidade de fornecer informações relevantes sobre recebimentos e pagamentos 
de caixa de uma organização durante perído determinado. Para 
Para o autor (LEMES JR, et al., 2001), “as demonstrações de fluxo de caixa assume 
características padronizadas por métodos contábeis normalmente aceitos e reflete o fluxo de 
recursos para dentro e para fora da empresa”. 
Cada empresa adota o modelo de Fluxo de Caixa que lhe parece mais conveniente. O modelo 
mais comum de DFC é o modelo direto. Além desse, o modelo americano denominado FAS95 também 
é muito utilizado e será explicado mais adiante. 
O fluxo de caixa utiliza os mesmos conceitos do orçamento contábil, porém com uma premissa 
diferente: o regime de caixa. Portanto, ao elaborar um fluxo de caixa, podemos utilizar a mesma teoria 
do orçamento contábil, porém substituindo o momento dos gastos pelo dos desembolsos e o momento 
das receitas pelo dos embolsos. Isso fará como que se consiga apurar o saldo de caixa em qualquer 
momento ou a movimentação do fluxo monetário da empresa em um determinado período. 
Para facilitar a prática da elaboração de um fluxo de caixa, pode-se definir uma seqüência de 
etapas a serem seguidas: 
 
 
Processos básicos de elaboração de uma DFC 
 
ETAPAS DE PLANEJAMENTO 
 
1 - Foco 
O primeiro ponto a ser definido para formar um Fluxo de Caixa é o comprometimento da alta 
administração e a definição por parte desta da importância que será dada a essa ferramenta 
(importância estratégica, tática ou operacional) e de quem fará uso direto das informações. Neste 
momento deverá ser definido também quem será responsável por elaborar essa ferramenta. 
 
2 - Premissas 
A boa definição das premissas a serem utilizadas depende fundamentalmente da identificação 
de quais variáveis exercem influência sobre o caixa da empresa, bem como quais dessas podem ser 
determinadas ou modificadas por ações da empresa e quais não podem. Algumas premissas usuais são 
índice de inflação (preferencialmente do setor dos fornecedores), taxas de câmbio, disposição da 
empresa para investimentos e treinamento, caixa mínimo, metas de redução de custos e despesas, 
informações sobre reestruturações, dentre outras. 
 
3 - Plano de contas 
O plano de contas pode ser o diferencial entre compreensão e incompreensão, agilidade e 
morosidade, facilidade de análise e necessidade de muitos ajustes ou retrabalhos. Portanto, o plano de 
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contas deve ter uma linguagem clara e lógica, de forma que todos os necessitam utiliza-lo possam 
facilmente compreende-lo. Além disso, ele não pode conter excessos de detalhes para evitar dados 
irrelevantes, não o deixando, contudo, com falta de detalhes, omitindo, por exemplo, movimentações 
rotineiras e de alto valor agregado. Cabe lembrar que os planos de contas do fluxo previsto e do fluxo 
real devem ser exatamente idênticos, fazendo com que não haja dificuldade nas comparações. 
 
4 - Fonte de Informações 
A fonte de informações é um ponto muito relevante a ser considerado. É importante que quem 
coleta dados, apura informações e as disponibiliza seja confiável e trabalhe com boas técnicas e 
coerência. 
 
5 - Arquitetura 
A arquitetura do Fluxo de Caixa consiste na sua forma de utilização e apresentação. Isso 
implica na disposição de todas as informações necessárias dispostas em tabelas de compreensão fácil, 
sejam elas eletrônicas ou não. Ao arquitetar a forma do Fluxo de Caixa deve-se manter constante a 
atenção quanto ao grau de complexidade e o empenho para a redução de custos e para o incremento de 
funcionalidade e clareza. 
 
6 - Horizonte de tempo e quebra de períodos 
A definição de tempo para o fluxo de caixa depende das necessidades de controle da empresa. Todavia, 
como o gerenciamento de caixa pode causar a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma empresa, o 
mais comum é que ela tenha um fluxo com horizonte mensal e quebra diária de períodos e ainda um 
fluxo anual com quebra mensal. O fluxo de quebra diária é utilizado para que se possa garantir saldo 
de caixa em curtíssimo prazo, enquanto que o fluxo com horizonte anual gera uma prevenção a médio 
prazo. 
 
7 - Metodologia de projeção 
A metodologia de projeção deve ser coerente e pode se basear em programações 
preestabelecidas, em modelagem estatística ou econométrica, em percepções de negociações e de 
mercado, ou na combinação de todos esses fatores. 
 
8 - Testes e ajustes 
Concluídas todas as etapas apresentadas acima, devem ser realizados testes de entrada de 
dados para a verificação da eficiência da ferramenta. Imediatamente devem ser feitas as devidas 
correções e uma nova verificação. Essa etapa somente deve ser dada como concluída quando não 
forem detectados mais erros relevantes para a apuração do Fluxo de Caixa. 
 
 
 
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ETAPAS DE EXECUÇÃO 
 
9 - Realização das projeções 
Em seguida são feitas todas as projeções envolvendo todo e qualquer tipo de embolso ou 
desembolso a ser efetuado pela empresa no horizonte de tempo definido. A qualidade dessas projeções 
irá depender exclusivamente da qualidade da realização das etapas de planejamento apresentadas 
acima. 
 
10 - Apuração do realizado 
A apuração do realizado consiste apenas em coletar e gerar a entrada de dados que reflete o 
que de fato aconteceu. Para isso é necessário somente que se tenha conhecimento e meios de realizar 
essa operação. 
 
11 - Comparações, análises, ajustes e reformulações das projeções 
De posse do fluxo de caixa projetado e do fluxo de caixa realizado, devem ser feitas 
comparações e análises entre os dois para que se possa identificar o funcionamento ou não das 
previsões, bem como identificar a necessidade de tomadas de decisões de mudanças na forma de 
gestão ou de operação. Realizadas todas as análises, podem ou não ser feitos ajustes ou reformulações 
das projeções para os períodos subsequentes. 
 
 
ETAPAS DE CONTROLE 
 
12 - Necessidade de alterações de planejamento 
Essa etapa consiste na verificação de uma possível necessidade de realizar modificações nas 
etapas de planejamento. Detectada a necessidade, as devidas alterações devem ser feitas e 
apresentadas a todas as pessoas envolvidas. 
 
13 - Renovação do ciclo 
Realizadas as etapas anteriores, o ciclo de elaboração do Fluxo de Caixa deve ser renovado. 
Todavia, caso não haja necessidade de alterações de planejamento, o novo ciclo poderá ser iniciado na 
etapa de execução realização das projeções. 
 
Modelo de DFC – Método Direto 
 
a) Método Direto: 
O fluxo de caixa obtido pelo método direto é o produto final da integração das entradas e das 
saídas de caixa havidas nas subcontas do Disponível ao longo de um período. Sua equação genérica é: 
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Saldo Inicial + Entradas – Saídas = Saldo Final 
Na equação acima as expressões “saldo inicial” e “saldo final” referem-se aos saldos do 
Disponível no início e no final do período considerado. 
 
EXEMPLO DE DFC MÉTODO DIRETO 
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Exercício – DFC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Princípios de Análise 
de Custos 
 
3.1 - Revisão de conceitos de custos , despesas e 
investimentos 
 
 
GASTO: Sacrifício financeiro com que a entidade arca para a 
obtenção de um produto ou serviço qualquer. 
 
INVESTIMENTO: Gasto ativado em função de sua vida útil ou de 
benefícios atribuíveis a futuros períodos. 
 
CUSTO: Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de 
outros bens e serviços. O custo se identifica com o produto 
fabricado ou serviço prestado. 
 
DESPESA: Bem ou serviço consumidos direta ou indiretamente 
para a obtenção de receitas. As despesas se identificam com o 
período (Financeiras + Administrativas + Vendas) 
 
DESEMBOLSO: É a iniciativa de pagamento resultante da 
aquisição de bem ou serviço. 
 
PERDA: Bem ou serviço consumidos de forma anormal e 
involuntária. 
 
 
 
 
 
QUESTÕES PARA 
DISCUSSÃO INICIAL DO 
CAPÍTULO 
 
Qual a diferença entre 
custo e despesa? 
 
Qual a diferença entre 
custo direto e indireto? 
 
Qual a diferença entre 
custo fixo e variável? 
 
 
 
CONCEITOS A SEREM 
DEFINIDOS NESSE 
CAPÍTULO 
 
 
Gasto 
 
Investimento 
 
Custo 
 
Despesa 
 
Desembolso 
 
Perda 
 
Ponto de Equilíbrio 
 
Margem de 
Contribuição 
 
 
 
 
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A difícil separação na prática entre custo e despesa 
 
• Valores irrelevantes não devem ser rateados; 
 
• Valores cujo rateio é extremamente arbitrário devem ser evitados para apropriação 
dos custos. 
 
Quanto ao objeto de custos1: 
 
Custo Direto: pode ser alocado de forma direta, prática e econômica. 
Custo Indireto: são difíceis de serem alocados de forma prática e econômica. 
 
 
Quanto à variação do volume de produção: 
 
Custos Fixos: São aqueles que não variam mediante o montante produzido. 
Custos Variáveis: São aqueles que apresentam variação de acordo com a variação da produção. 
 
 
Quanto à produção: 
 
Material Direto: Gastos com aquisição de materiais que se tornam parte do produto e que podem 
ser identificados a ele de maneira fácil e econômica (incluindo fretes, armazenagem, controle de 
qualidade, tarifas de importação etc.) 
Mão-de-Obra Direta: Gasto com salários na produção que pode ser identificado com o produto de 
modo fácil e econômico (inclui todos os benefícios). 
Custos Indiretos de Fabricação: São gastos considerados como parte do produto, mas que não 
podem ser identificados com ele de forma fácile econômica. 
 
 
 
 
 
 
 
1 Qualquer coisa para a qual uma medida separada de custos é desejada. 
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3.2 – Ponto de Equilíbrio e Margem de Contribuição 
 
O ponto de equilíbrio é o nível de atividade em que as receitas totais e os custos totais se 
igualam, ou seja, onde o lucro é igual a zero. 
Já a margem de contribuição é o quanto o preço de venda, após deduzidos os custos variáveis 
contribui para o pagamento dos custos fixos. 
 
Gráfico 1 - Ponto de Equilíbrio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fórmula do Ponto de Equilíbrio e Margem de Contribuição 
 
 
 
 
 
 
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Análise de Indicadores 
Financeiros 
 
Conforme dito no início da apostila, os pilares básicos da 
administração é garantir a liquidez, rentabilidade e geração de 
valor de um empreendimento. 
Neste sentido, torna-se importante, após conhecidas as 
principais demonstrações financeiras, avaliar os principais 
indicadores que envolvam a liquidez, rentabilidade, 
endividamento, eficiência operacional, entre outros, que nos 
permitam avaliar a saúde financeira das empresas. 
 
4.1 – Índices de liquidez 
 
Segundo SILVA (1999, p.266), “os índices de liquidez 
visam fornecer um indicador de capacidade da empresa pagar 
suas dívidas, a partir da comparação entre os direitos realizáveis 
e as exigibilidades.” 
GITMAN (1997, p.109) esclarece que “uma empresa 
‘líquida’ é aquela que pode facilmente satisfazer suas obrigações 
de curto prazo, no vencimento.” 
Já para ROSS (1999, p. 81), “a principal preocupação 
consiste na capacidade da empresa pagar suas contas a curto 
prazo, sem demasiada dificuldade.” 
Dentro deste item, serão abordados quatro medidas 
básicas, a saber: a) Capital Circulante Líquido; b) Índice de 
liquidez corrente; c) Índice de liquidez seco; e d) Índice de 
liquidez geral. 
 
a) Capital Circulante Líquido ou Capital de Giro 
Líquido 
 
Apesar de não se tratar de um índice, é utilizado na 
determinação da liquidez de uma empresa. Conforme foi definido 
anteriormente, é a diferença entre as disponibilidades e as 
exigibilidades de curto prazo, ou seja, Ativo Circulante menos 
Passivo Circulante. 
QUESTÕES PARA 
DISCUSSÃO INICIAL DO 
CAPÍTULO 
 
Como avaliar a liquidez 
de uma empresa? 
 
Como saber se ela está 
endividada? 
 
Como saber a margem 
de lucro que ela está 
operando? 
 
 
CONCEITOS A SEREM 
DEFINIDOS NESSE 
CAPÍTULO 
 
Capital Circulante 
Líquido 
 
Liquidez 
 
Endividamento 
 
Rentabilidade 
 
 
 
 
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Pode ser importante para controle interno, uma vez que alguns credores, ao concederem 
empréstimos de longo prazo, exigem um nível mínimo de Capital Circulante Líquido. 
 
b) Índice de liquidez corrente 
 
Indica quanto a empresa possui de bens e direitos realizáveis no curto prazo para saldar suas 
dívidas do mesmo período. É calculado através da fórmula abaixo: 
 
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����
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����
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c) Índice de liquidez seco 
 
Segundo IUDÍCIBUS (1998, p.102), esta é uma variante muito adequada para se avaliar 
conservadoramente a situação de liquidez da empresa. Eliminando-se os estoques do numerador, 
estamos eliminando uma fonte de incerteza. Por outro lado, estamos eliminando as influências e 
distorções que a adoção deste ou daquele critério de avaliação de estoques poderia acarretar, 
principalmente se os critérios foram mudados ao longo dos períodos. O Índice de liquidez seco é 
calculado segundo fórmula apresentada a seguir. 
 
��� �
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����
����� � ���	�
��
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d) Índice de liquidez geral 
 
Segundo SILVA (1999, p.267), “indica quanto a empresa possui em dinheiro, bens e direitos 
realizáveis a curto e longo prazo, para fazer face às suas dívidas totais.” Dessa forma, é calculado 
conforme fórmula abaixo. 
 
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����
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4.2 – Índices de endividamento 
 
a) Endividamento Geral 
 
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O índice de endividamento geral mede a proporção dos ativos totais da empresa financiada 
pelos credores. Quanto maior for esse índice, maior será o montante do capital de terceiros que vem 
sendo utilizado para gerar lucros (GITMAN, 1997, P. 117). 
Fórmula: 
��� �
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����	
�	���
 
 
 
b) Índice de Capital de Terceiros 
 
Este índice revela qual a participação que o capital de terceiros tem em relação ao patrimônio 
líquido da empresa. 
Fórmula: 
��� �
��������
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������ ��	
���
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c) Composição do Endividamento 
 
Este índice revela qual o perfil em relação ao prazo das dívidas. 
Fórmula: 
 
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���" �
����
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d) Imobilização do Patrimônio Líquido 
 
Este índice revela qual o volume do Ativo Permanente está financiado com Capital Próprio 
(Patrimônio Líquido). 
Fórmula: 
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����������
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w w w . g e s t a o f i n a n c e i r a . c o m Página 30 
4.3 – Índices de rentabilidade 
 
Quando foram descritas as demonstrações contábeis (Capítulo 6),algumas considerações sobre 
as principais atividades das empresas foram apresentadas. Foi descrito que são as estratégias que 
movem qualquer negócio em direção aos objetivos traçados. Dentre os objetivos, o lucro certamente é 
o primeiro a ser lembrado e, portanto, constitui-se no grande estímulo de uma atividade empresarial. 
Comparar o lucro de duas empresas em um mesmo período de tempo pode não ser 
interessante, uma vez que não se conhece a quantidade de recursos utilizados para gerar tais 
resultados. Dessa forma, os índices de rentabilidade e retorno tornam-se preponderantes para uma 
análise mais cuidadosa e detalhada do real desempenho de um empreendimento. Os principais índices 
que medem rentabilidade e retorno são objeto das próximas seções. 
 
a) Margem de lucro sobre as vendas: 
 
Também chamada de Margem Operacional por alguns autores, visa comparar o lucro com as 
vendas (líquidas, preferencialmente). Cumpre mencionar que existe uma distinção entre Margem 
Bruta, Margem Operacional e Margem Líquida, conforme pode-se perceber pelas fórmulas abaixo. O 
acompanhamento da evolução destes quocientes é fundamental. Mais importante ainda deve ser sua 
comparação com o setor no qual a empresa está inserida. 
 
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b) Retorno sobre o investimento: 
 
IUDÍCIBUS (1998) afirma que este “é, provavelmente, o mais importante quociente individual 
de toda a análise de balanços.” Assim como no caso da margem de lucro, podem ser calculados o 
retorno sobre o investimento operacional e total. 
IUDÍCIBUS (1998, p.114) ressalta a importância deste índice porque representa a medida 
global de desempenho da empresa e leva em conta todos os fatores envolvidos. Este quociente deveria 
ser usado como grande teste geral de desempenho de uma empresa, numa base comparativa entre os 
resultados obtidos e a meta desejada de retorno. A análise dos desvios e a investigaçãode todos os 
fatores que podem ter ocasionado os desvios nos dão um grande entendimento do mecanismo 
empresarial. 
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c) Retorno sobre o Patrimônio Líquido: 
 
Mede o retorno obtido sobre o investimento dos proprietários da empresa (Capital Social, 
Ações Preferenciais e Ordinárias). 
Fórmula: 
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4.4 – Análise de atividade: 
 
De acordo com GITMAN (1997, p. 111), os índices de atividade podem ser usados para medir a 
rapidez com que as contas circulantes (estoques, duplicatas a receber e duplicatas a pagar) sã 
convertidas em caixa. Auxilia na verificação da verdadeira liquidez da empresa. Os principais 
indicadores de atividade são: 
 
 
a) Giro do Ativo 
 
Segundo SILVA (1999, p.233), “estabelece relação entre as vendas do período e os 
investimentos totais efetuados na empresa, que estão representados pelo ativo total.” 
Logo, a fórmula é: 
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b) Prazo médio de recebimento: 
 
O prazo médio de recebimento é o período compreendido entre o momento em que foram 
efetuadas as vendas e o momento do pagamento dessas vendas. Indica quanto tempo em média a 
empresa leva para receber as suas vendas. Neste caso devemos estar atentos para a quantidade de 
vendas a prazo e os prazos concedidos. 
 
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Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora (MG) 
 
 
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c) Prazo médio de pagamento 
 
O prazo médio de pagamento é o período compreendido entre o momento em que foram 
efetuadas as compras e o momento de seu pagamento. Para esse cálculo utilizaremos a seguinte 
fórmula: 
 
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d) Giro do Estoque 
 
De acordo com GITMAN (1997, p. 112), o giro de estoque mede a atividade ou liquidez dos 
estoques da empresa. Assim: 
 
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4.5 - Análises Vertical e Horizontal 
 
Quando falamos em Análise de Balanços, é importante perceber a importância da comparação 
entre demonstrações de diversos anos, no sentido de se buscar a compreensão dos fatores responsáveis 
pelas variações encontradas, bem como tentando obter informações acerca da efetividade de políticas e 
estratégias adotadas. 
Uma determinada conta analisada isoladamente pouco contribui para estes objetivos. Assim, 
utilizamos as técnicas de análise horizontal e vertical como instrumentos de comparação e visualização 
da situação atual da empresa. Contudo, como ressalta (IUDÍCIBUS, 1998), existem alguns fatores que 
podem limitar a análise de balanços e, por isso, devem ser observados com atenção: 
a) registros contábeis da empresa devem ser mantidos com esmero; 
b) [...]é altamente desejável que os relatórios financeiros sejam auditados por auditor 
independente; [...] 
c) é preciso tomar muito cuidado na utilização de valores extraídos de balanços iniciais 
e finais, principalmente na área de contas a receber e estoques, pois muitas vezes tais contas, 
nas datas de balanço, não são representativas das médias reais do período e 
d) os demonstrativos objetos de análise devem ser corrigidos tendo em vista as 
variações do poder aquisitivo da moeda.” 
 
 
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 Análise Horizontal 
 
ASSAF NETO (2001, p.100) define análise horizontal como “a comparação que se faz de uma 
mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais.” Ou seja, compara duas 
demonstrações ou conjuntos de dados de períodos diferentes, geralmente consecutivos, conta por 
conta, ou por grupo de contas, apontando as variações percentuais ocorridas entre um período e outro. 
 
 Análise Vertical 
 
Pode ser definida como “um processo comparativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao 
se relacionar uma conta ou grupo de contas com um valor afim ou relacionável, identificado no mesmo 
demostrativo.” (ASSAF NETO, 2001, p.108) O objetivo de tal processo é descobrir a participação de 
cada conta dentro de um grupo maior, seja de ativo, passivo ou demonstração de resultados. Em suma, 
não aponta variações e sim a importância, ou seja, a participação percentual de cada item em relação 
ao total do Ativo ou do Passivo, no caso do balanço patrimonial, ou em relação à receita bruta, no caso 
de demonstração de resultados. 
 
Exercício - Análise de Indicadores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exercício - Análise de Indicadores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O Valor do dinheiro no 
tempo 
 
Na Avaliação de Investimentos, o entendimento da 
dinâmica do valor do dinheiro no tempo é imprescindível para o 
correto entendimento do tema. Assim, nas próximas páginas 
serão apresentado um breve resumo sobre os principais aspectos 
relevantes na Matemática Financeira aplicáveis à Administração 
Financeira. 
 
5.1 - Valor Presente e Valor Futuro 
 
VALOR PRESENTE: 
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________ 
 
VALOR FUTURO: 
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________ 
 
5.2 – Juros Simples e Juros Compostos 
 
JUROS SIMPLES: Apenas o principal rende juros, isto 
é, os juros são diretamente proporcionais ao capital emprestado. 
 
FÓRMULA JUROS SIMPLES: M = P x I x N 
 
JUROS COMPOSTOS: Após cada período de 
capitalização, os juros são incorporados ao principal e passam a 
QUESTÕES PARA 
DISCUSSÃO INICIAL DO 
CAPÍTULO 
 
 
Como avaliar o valor do 
dinheiro ao longo do 
tempo? 
 
 
 
 
 
CONCEITOS A SEREM 
DEFINIDOS NESSE 
CAPÍTULO 
 
 
Valor Presente 
 
Valor Futuro 
 
Anuidade 
 
Amortização 
 
Juros Simples 
 
Juros Compostos 
 
Taxa nominal 
 
Taxa real 
 
Taxa efetiva 
 
Taxa equivalente 
 
 
 
 
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render juros também. 
 
FÓRMULA JUROS COMPOSTOS: M = P (1 + i)n - P 
 
Exemplos 
1. Qual a diferença entre os juros de um empréstimo de R$ 10.000 a taxa de 1% a.m. durante 05 meses 
a juros simples e compostos? 
R.: 
 
 
2. Uma pessoa aplicou R$ 100.000 e obteve um montante de R$ 109.576,82 num prazo de 04 meses. 
Qual a taxa anual da aplicação? 
R.: 
 
 
 
3. Um capital de R$ 120.000 aplicado a uma taxa de 5,45% a.m. gera um montante R$ 178.230 
Quantos dias a aplicação foi mantida? 
R.: 
 
 
 
5.3 – Equivalência de Pagamentos 
 
São valores que, embora analisados em períodos distintos, apresentam o mesmo valor financeiro 
no tempo. 
 
Exemplo: 
1. Uma pessoa deseja aplicar hoje uma quantia num fundo de investimento que possibilite trêsretiradas alternadas nos meses 2,4 e 6 no valor de R$ 1.000, R$ 1.200 e R$ 1.500 cada uma. Supondo 
que a rentabilidade seja de 1,12% a.m, quanto será aplicado? 
R.: 
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2. Você pegou um empréstimo de R$ 40.000 à taxa efetiva de 3% a.m. e deseja pagar em duas 
prestações iguais (60 e 120 dias). Qual o valor da prestação? 
R.: 
 
 
 
 
5.4 - Taxas de juros: 
 
a) Taxas efetivas: São taxas em que a unidade se refere à mesma unidade do período de 
capitalização; 
 
b) Taxas equivalentes: São taxas que geram, para um mesmo principal, um mesmo 
montante em um mesmo prazo; 
 
c) Taxas de juros nominais: São taxas em que a unidade de tempo do período de 
capitalização não coincide com a unidade de tempo da taxa. Quando colocados na mesma 
unidade de tempo, a taxa passa a ser efetiva. 
 
d) Taxas de juros reais: Taxa de juros além da inflação. 
 
Exemplos: 
 1. Um automóvel que custa R$ 13.000 à vista, é financiado em 36 parcelas de R$ 510,03. Qual 
a taxa de juros reais, supondo a inflação de 0,4% em média? 
 
 
 
 
 2. Qual a taxa anual efetiva equivalente à taxa nominal de 24% a.a. com capitalização mensal? 
 
 
 
 
 3. Um capital foi aplicado durante 4 meses a uma taxa de 14% e em seguida durante 3 meses a 
uma taxa de 18%. Qual a taxa média no período? 
 
 
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 4.Qual o valor do reajuste a ser dado em 2003 para eliminar o efeito inflacionário sobre o 
salário dos empregados? 
 1999 2000 2001 2002 
Reajuste 8,9% 4,6% - 5,6% 
Inflação 12,4% 9,1% 13,45% 15,9% 
 
 
5.5 - Métodos de Amortização 
 
a) Sistema Francês de Amortização: o devedor pagará o principal mais juros em prestações 
iguais e períodos iguais. 
 
b) Tabela PRICE: Idêntico ao Sistema Francês, porém a taxa de juros é dada em termos nominais. 
 
c) Sistema de Amortização Constante: O valor da amortização é igual ao valor do principal 
dividido pelo número de prestações. 
 
Comparativo SAC TABELA PRICE - TP 
Prestações = Amortização + Juros Decrescentes Constantes 
Amortizações Constantes Crescentes 
Juros Decrescentes Decrescentes 
Vantagem Saldo devedor diminui mais 
rapidamente em relação ao TP 
Prestação inicial menor em relação a 
calculada pelo SAC 
Desvantagem Prestação inicial maior Saldo devedor diminui mais lentamente 
em relação ao SAC 
 
Exercícios finais de revisão: 
 
1 - Um comerciante vende à vista com 5% de desconto sobre o preço de etiqueta e a prazo vende em 3 
prestações iguais a 1/3 do preço de etiqueta (sendo 1 de entrada + 2). Qual a taxa de juros mensal desta 
transação? 
 
 
 
 
 
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2 - Um empresário financiou R$ 150.000 em 6 parcelas com juros de 5% a.m. Qual o valor das 
parcelas segundo o sistema PRICE e o SAC? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 - Suponha que um banco tenha emprestado, a título de cheque especial, a ordem de R$ 50 milhões. 
Utilizando a taxa de 10% a.m. (juros simples), qual o "spread" do banco por não ter utilizado juros 
compostos? 
 
 
 
 
 
 
5.6 - Utilização do Excel e Calculadoras Financeiras 
 
Funções financeiras no MS Excel: 
 
1. VF (Valor Futuro): (taxa; nper; pgto; vp, tipo): 
 
Nper: número de parcelas ou prazo de uma operação. Deve ter a mesma unidade da taxa de 
juros. 
Pgto: valor da parcela. 
VP: valor presente da operação. 
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Tipo: Deve ser 0 ou 1. O número 1 indica que a primeira parcela é efetuada no ato da 
contratação, e o número 0 um período após. 
 
2. VP (Valor Presente): (taxa; nper; pgto; vf, tipo). 
 
 
3. TAXA (nper; pgto; vp; vf, tipo, estimativa). 
 
 
4. NPER (taxa; pgto; vp; vf, tipo). 
 
 
5. VFPLANO (capital; plano) 
 
Capital: Valor principal que sofrerá a atualização. 
Plano: Intervalo de taxas compostas que serão aplicadas ao capital. 
 
Trabalho no Laboratório de Informática 
 
1. A empresa Alfa tomou emprestado do Banco Beta a quantia de R$ 100.000,00 por sete dias, por 
meio de uma operação de Hot money, à taxa de juros simples de 3% ao mês. Sabendo-se que ainda 
foram cobrados no ato da contratação do empréstimo o IOF, à alíquota de 0,0041% ao dia, e uma 
tarifa de contratação de R$ 60,00, pergunta-se: 
 
 A) Qual o valor do Imposto sobre Operações Financeiras? 
 B) Qual o valor líquido liberado para a empresa? 
 C) Qual o valor dos juros? 
 D) Qual o valor final a ser pago pela empresa? 
 
 
2. O Sr. José investiu, no dia 01/02/1999, a quantia de R$ 30.000 em uma Caderneta de Poupança. 
Qual o valor total dessa conta no dia 01/09/1999, sabendo que o Sr. José não efetuou saques nem 
depósitos adicionais? (Ver tabela de taxas) 
 
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3. Quanto uma pessoa deve aplicar hoje, para ter acumulado um montante de R$ 100.000 daqui a 12 
meses, a uma taxa de juros compostos de 2% a.m.? 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Uma calculadora está sendo vendida nas seguintes condições: 
 
a) À vista: R$ 100,00 
b) A prazo: R$ 30,00 de entrada, mais uma parcela de R$ 85,00 a ser paga em 45 dias. 
Qual a taxa de juros mensal cobrada em tal financiamento? 
 
 
 
 
 
 
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Orçamento de Capital 
 
6.1 - O processo de decisão de orçamento de capital 
 
A análise de investimentos de longo prazo tem 
fundamental importância, tendo em vista a necessidade da 
empresa decidir sobre alternativas que impactarão, positiva ou 
negativamente, os resultados, dependendo da decisão tomada. 
Uma função-chave do administrador financeiro é a montagem do 
orçamento de capital – que nada mais é do que uma identificação 
quantificada das inversões a serem realizadas envolvendo o Ativo 
Permanente. A elaboração deste engloba “todo o processo de 
análise de projetos e tomada de decisão sobre se eles devem ou 
não ser incluídos no orçamento de capital” ( (BRIGHAM, et al., 
2002) 
 
O lucro corporativo será diretamente influenciado pelas 
decisões estratégicas da empresa. E estas decisões são melhor 
tomadas, quando se utilizam técnicas que permitem, por 
exemplo, planejar o financiamento dos gastos de capital, a 
compra de equipamentos, e onde, quando e quanto investir. 
Logo, o orçamento de capital visa atender objetivos estratégicos 
fundamentais para o sucesso das empresas 
 
 
Princípios da análise de investimentos: 
 
1 - PRINCÍPIO DA COMPARAÇÃO: 
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________ 
 
2 - UNIDADE DE TEMPO E MOEDA EM COMUM: 
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________ 
QUESTÕES PARA 
DISCUSSÃO INICIAL DO 
CAPÍTULO 
 
Como avaliar a 
viabilidade de um 
investimento? 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCEITOS A SEREM 
DEFINIDOSNESSE 
CAPÍTULO 
 
Pay-Back 
 
Pay-Back Descontado 
 
VPL – Valor Presente 
Líquido 
 
TIR – Taxa Interna de 
Retorno 
 
TIR Modificada 
 
Índice de Rentabilidade 
 
 
 
 
 
 
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3 - RETORNO QUANTIFICÁVEL X RETORNO NÃO-QUANTIFICÁVEL: 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
__________________________________________________________________ 
 
4 - CONCEITO DE PROJETOS MUTUAMENTE EXCLUSIVOS ou EXCLUDENTES: 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
__________________________________________________________________ 
 
5 - CONCEITO DE PROJETOS INDEPENDENTES: 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
__________________________________________________________________ 
 
6 - PROJETOS POR TIPO DE FLUXO DE CAIXA (CONVENCIONAIS E NÃO-CONVENCIONAIS); 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
__________________________________________________________________ 
 
 
Processo de Orçamento de Capital 
 
1) Geração de propostas --> 2) Determinação de alternativas (PB, VPL, TIR, BE, IR) --> Tomada de 
decisão --> Implementação --> Acompanhamento 
 
 
 
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Algumas questões relevantes 
 
A questão dos Custos Irrecuperáveis (Sunk Costs) 
 
Um custo irrecuperável, por definição, é aquele em que já se pagou ou já foi comprometido a pagar. Tal 
custo não pode ser alterado hoje, pela decisão de aceitar ou rejeitar o projeto. 
Ex.: Consultoria em projetos -> Inclusão dos honorários no projeto. 
 
A questão do Custo de Oportunidade 
 
 O custo de oportunidade é aquele em que o investidor obtém retorno independente da 
aceitação ou não do projeto. Geralmente é mensurado em aplicações mais seguras. O custo de 
oportunidade deve ser incluído na análise incremental dos fluxos de caixa. 
 Ex.: Terreno para estacionamento. Construção do prédio. 
 
A questão dos efeitos colaterais 
 
 É possível que a aceitação de um projeto provoque reduções e efeitos colaterais em outros 
produtos da mesma empresa. Pode ocorrer até o canibalismo de produtos (erosão). Neste caso, devem 
ser ajustados para baixo os fluxos de caixa do projeto. Não se deve confundir erosão com concorrência. 
Ex.: Lançamento de novo modelo de carro. 
 
A questão do regime de caixa e regime de competência 
 
A análise baseia unicamente no regime de caixa. 
 
 
6.2 - Payback e Payback Descontado; 
 
Pay-back 
 
 É o período de tempo necessário para que as entradas líquidas de caixa recuperem o 
investimento inicial do projeto. 
 
 
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w w w . g e s t a o f i n a n c e i r a . c o m Página 45 
 Regra de decisão: 
 PB < Padrão da empresa --> Aceita-se o projeto; 
 PB = Padrão da empresa --> Aceita-se o projeto; 
 PB > Padrão da empresa --> Rejeita-se o projeto; 
 
 Problemas: 
• Não considera o valor do dinheiro no tempo; 
• A análise se restringe ao período do investimento; 
 
 
 
Pay-back Descontado 
 
É quase o mesmo que o payback, mas antes de calculá-lo, desconta-se primeiro fluxo de caixa. 
pelo custo de capital. Por quê? Porque é dinheiro que vai ser ganho no futuro, e terá menos valor que o 
dinheiro hoje. 
Da mesma forma: 
 PB < Padrão da empresa --> Aceita-se o projeto; 
 PB = Padrão da empresa --> Aceita-se o projeto; 
 PB > Padrão da empresa --> Rejeita-se o projeto; 
 
Problema: 
• A análise se restringe ao período do investimento; 
 
 
 
 
Custo de Capital 
 
O custo de capital para um investimento é um custo de oportunidade, ou seja, é a taxa de 
retorno esperada que os investidores num projeto conseguem ganhar no mercado de capitais sobre 
outros investimentos de risco similares. 
 
 
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Exercício – Pay-Back e Pay-Back Descontado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6.3 - Valor Presente Líquido (VPL): 
 
Método utilizado para avaliação de projetos que se baseia nas técnicas de fluxos de caixa 
descontados - FCD - (ordenação de propostas de investimento que utilizam conceitos de valor do 
dinheiro no tempo). 
 
Procedimentos de cálculo 
 
1. Encontramos o valor presente de cada fluxo de caixa, incluindo tanto entradas como 
saídas, descontadas ao custo de capital do projeto. 
2. Somamos esses fluxos de caixa descontados, esta soma é definida como o VPL do projeto. 
3. Se o VPL for positivo o projeto deve ser aceito; se negativo, rejeitado. Se dois projetos são 
mutuamente excludentes, deve ser escolhido o que tem o VPL mais alto - desde que positivo. 
 
+,- �
./0
0 � 1
�
./2
30 � 145
�
./6
30 � 146
7 8 8 8 7 �
.9: 
 
Assim, FC é o fluxo de caixa líquido esperado no período t e k é o custo de capital do projeto. 
Saídas de caixa (gastos como o custo de comprar o equipamento ou construir fábricas) são tratadas 
como fluxos de caixa negativos. 
 
Fundamentação do Método VPL 
 
É simples. Um VPL de zero significa que os fluxos de caixa do projeto são exatamente 
suficientes para recuperar o capital investido e proporcionar a taxa de retorno exigida daquele capital. 
Se um projeto tem um VPL positivo, então ele está gerando mais caixa do que é necessário para o 
pagamento de sua dívida e para prover o retorno exigido aos acionistas, e esse excesso de caixa reverte 
unicamente em favor dos acionistas da empresa. 
O VPL considera o valor do dinheiro no tempo e considera todos os fluxos de caixa do projeto. 
 
Exemplo de VPL: 
 Projeto A Projeto B Projeto C 
Investimento Inicial 40.000 40.000 40.000 
Ano Entradas de caixa 
1 13000 7000 19000 
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2 13000 10000 16000 
3 13000 13000 13000 
4 13000 16000 10000 
5 13000 19000 7000 
Calcule o VPL de cada projeto e diga qual o melhor, supondo um custo de capital de 10% a.a. 
 
Gráfico 2 - VPL – Valor Presente Líquido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O VPL na HP 12-c: 
 
 
 
 
 
Faculdade

Outros materiais