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Índice 1. INTRODUÇÃO 1 2. REVISÃO DA LITERATURA 2 2.1. O comércio internacional 2 2.2. Importância do Comércio Internacional 2 2.3. Regulamentação do comércio internacional 2 2.4. Riscos do Comércio Internacional 3 2.5. Teoria do Comércio internacional 3 3. Modelo Ricardiano 4 3.1. Modelo de Heckscher-Ohlin 4 4. Tarifas e cotas de importação como intervenção no comércio internacional 5 4.1. Taxa de Câmbio 6 5. EVOLUÇÃO HISTÓRIA DA MOEDA 6 5.1. Origem 6 5.2. Funções da Moeda 9 6. Noção de Orçamento e seus elementos 10 6.1. Orçamento: 10 6.2. Funções do orçamento do estado 11 6.3. Elementos do orçamento do estado. 11 6.4. Tipos de orçamento: 11 6.5. Natureza jurídica do orçamento: 12 6.5.1As características da lei orçamentária 13 6.6. Princípios orçamentários: 13 7. ESTADO 16 7.1. Elementos Constitutivos Do Estado 16 7.2. Novo Estado Liberal 17 8. O SURGIMENTO DA MACROECONOMIA COMO CIÊNCIA 18 8.1. As principais correntes macroeconómicas 18 9. A EVOLUÇÃO DA TEORIA TRADICIONAL DO EQUILÍBRIO DO PLENO EMPREGO 20 9.1. A concepção de equilíbrio da teoria clássica 20 10. Conclusão 24 11. Referências Bibliográficas 25 1. INTRODUÇÃO No presente trabalho abordaremos o tema referente ao comércio internacional, seus ganhadores e perdedores, bem como os argumentos a favor da restrição ao comércio. apresentando, ainda, noções de balanço de pagamento e o papel de taxa de câmbio mencionando a taxa de câmbio na alteração da economia. abordaremos também uma noção da economia monetária da importância da moeda como meio de troca, unidade de conta e reserva de valor para a economia, dar o conceito assim como a evolução e a função da moeda, falarei também do orçamento do estado no seu todo assim como irei trazer o conceito de estado mas no que diz respeito ao estado liberalista e por fim poderei abordar o tema referente a macroeconomia mencionando as principais correntes macro-económicas. 1 2. REVISÃO DA LITERATURA 2.1. O comércio internacional O comércio internacional é a troca de bens e serviços através de fronteiras internacionais ou territórios. Na maioria dos países, ele representa uma grande porcentagem do PIB (produto interno bruto). Ou por outras palavras o comércio internacional é uma disciplina da teoria econômica, que, juntamente com o estudo do sistema financeiro internacional , forma a disciplina da economia internacional . O comércio internacional é o conjunto de operações comerciais realizada entre países e que são regidas por normas estabelecidas em acordos internacionais. O conceito pode se referir tanto à circulação de bens e de serviços como ao movimento de capitais . O comércio internacional existe desde os primórdios da civilização. Um exemplo que podemos citar é a Rota da Seda. Nas últimas décadas, sua importância tem crescido com o avanço dos transportes, das comunicações e da indústria, sendo essa uma das características da globalização. 2.2. Importância do Comércio Internacional O Comércio Internacional é de suma importância para os países a fim de vender seu excedente de produção e poder disponibilizar ao seu mercado consumidor mercadorias e serviços que o mesmo não produz. Esta relação também é composta de interesses e acordos políticos e econômicos, o que torna esta interação entre países ainda mais complexa. Outro fator importante é a diluição dos riscos por meio da diversificação de mercados, em caso de crise interna, os países podem continuar a comercializar seus produtos com parceiros comerciais e manter certo equilíbrio econômico. 2 2.3. Regulamentação do comércio internacional Tradicionalmente o comércio é regulamentado através de tratados bilaterais entre nações. Durante os séculos de crença no mercantilismo a maioria das nações mantinham altas tarifas e muitas restrições ao comércio internacional. No século 19, especialmente no Reino Unido , a crença no livre comércio tornou-se um paradigma e este pensamento tem dominado as nações ocidentais desde então. Nos anos seguintes à segunda guerra mundial , tratados multilaterais como o GATT e a OMC tentaram criar estruturas regulatórias de alcance mundial 2.4. Riscos do Comércio Internacional Os riscos existentes no comércio internacional podem ser divididos em dois grandes grupos: ● Riscos econômicos Insolvência do comprador; Atraso no pagamento - a falha do comprador em pagar o total em até seis meses; Flutuações cambiais ; Relacionados à soberania econômica. ● Riscos políticos De cancelamento ou não renovação de licenças de exportação ou importação; Relacionados a conflitos armados; Expropriação ou confisco por companhias importadoras; De imposição de um banimento de algum bem após o embarque; De transferência: A imposição de controle de transferência de valores pelo país importador devido a crises de liquidez; Relacionados à soberania política. 2.5. Teoria do Comércio internacional Vários modelos diferentes, como o modelo ricardiano e o de Heckscher-Ohlin, entre outros, foram propostos para prever os padrões de comércio e analisar os efeitos das políticas de comércio, como as tarifas. 3. Modelo Ricardiano 3 ● Clássica O modelo ricardiano foca nas vantagens comparativas (ou vantagens relativas), e é talvez o mais importante conceito de teoria de comércio internacional. Neste modelo, os países se especializam em bens ou serviços que produzem relativamente melhor. Diferentemente de outros modelos, o ricardiano prevê que países irão se especializar em poucos produtos em vez de produzir um grande número de bens. O modelo não considera diretamente as características naturais de um país, como disponibilidade relativa de mão de obra e de capital. E no modelo ricardiano, temos apenas um fator de produção, que se trata da mão de obra (trabalho). O diferencial de produtividade do trabalho e o custo de oportunidade nos países justificaria a especialização dos países, que realizaria, desta maneira, trocas internacionais depois da especialização. 3.1. Modelo de Heckscher-Ohlin O modelo de Heckscher-Ohlin foi criado como uma alternativa ao modelo ricardiano. Apesar do seu poder de previsão maior e mais complexo, ele também tem uma missão ideológica : a eliminação da teoria do valor do trabalho e a incorporação do mecanismo neoclássico do preço na teoria do comércio internacional. A teoria defende que o padrão do comércio internacional é determinado pela diferença na disponibilidade de alguns fatores naturais. Ela prevê que um país irá exportar aqueles bens que fazem uso intensivo daqueles fatores ( insumos , por exemplo) que são abundantes neste país e irá importar aqueles bens cuja produção é dependente de fatores escassos localmente. Ou seja, o modelo expõe que um país abundante em capital exportará bens de capital, ao passo que um país em posição contrária, com escassez de capital, exportará bens ou serviços que sejam intensivos no uso do fatorde produção mão de obra. Ohlin, por meio de seu modelo, foi o primeiro a tratar diretamente do que hoje se conhece por Investimento externo direto - componente do Balanço de pagamentos pesquisado por organismos internacionais como, FMI,etc. Balanço De Pagamento e o registro de transações entre as pessoas fisicas e juridicas de um país e o restante do mundo em determinado período ( fonte:lacombe 2004). O Resultado desse balanço é obtido através do somatório das contas: 4 ● CONTA CORRENTE Formado por três subcontas: ● Balança comercial :registra a movimentação de mercadoria.Seu saldo é dado pela entre vendas de mercadorias efetuadas pelo país ao exterior e compras de mercadorias efetuadas pelo país no exterior; ● Balanca de servicos:Registra as transações com os serviços. Essas transações sao consideradas intangíveis; ● Transferências Unilaterais :Resultado das doações, remessa de dinheiro feita ou recebidas pelo país ; ● Movimentos de capitais autônomos:formados pela entrada ou saída de capitais. sendo representadas pelo capital de risco (investimento directo), de empréstimo ou especulativo; ● Erros e omissões:conta de ajuste devido às dificuldades de mensuração de algumas transações; for positivo, ampliam-se as reservas. ● reservas(capital compensatório ou induzido):quando o balanço de pagamento representa resultados negativos(deficitário), deve se cobrir essa lacuna com com as reservas.Do contrario , se o resultado. A importância do comércio internacional para a economia de um país se deve a diversos fatores. Entre eles está a garantia da venda do excedente de produção desse país, ao mesmo tempo em que permite que seu mercado consumidor tenha acesso a mercadorias não disponíveis localmente. 4. Tarifas e cotas de importação como intervenção no comércio internacional É desnecessário comentar que o comércio entre as pessoas (também empresas) faz parte da vida social. Através do comércio se busca, principalmente, satisfazer as necessidades mais básicas do ser humano (alimentação, higiene, etc). Obviamente, o comércio também se presta para a obtenção de saciedade de necessidades não tão básicas, mas que, de qualquer sorte, assim se apresentam para a sociedade moderna (acesso a informação: jornal, rádio, internet, etc), e até mesmo para satisfazer necessidades ilícitas, tais como as referentes ao comércio de drogas. 5 Ocorre que o comércio, especialmente pelas atuais facilidades de comunicação entre pessoas e empresas do mundo, acaba se dando também “para além das fronteiras” de um país, e a partir daí passa a ser ainda mais regulado do que se estivesse ocorrendo no chamado “mercado interno”. Assim, quando se trata de comércio entre vendedor e consumidor de países diferentes, estamos diante do denominado “comércio internacional”. E uma das suas principais características é a sua fragilidade mediante os efeitos da adoção de “instrumentos de política comercial” por um dos governos de país em que esteja o vendedor ou o consumidor. Já na imposição de cotas de importação, que, na prática, restringem a quantidade possível de algum produto ser importada, é importante fixar a idéia de que também ocorre o aumento do preço ao consumidor doméstico. E nesse caso, o aumento se dá para, mais uma vez, comprovar a existência da mão invisível do mercado. Pois se é necessário limitar a importação, a tendência é que existe latente uma procura maior desse produto (e o Governo só permite o acesso a um número menor do que aquele que o mercado “quer comprar”). Sendo assim, o efeito imediato no mercado interno é que, existindo menos produtos do que o desejado para consumo, o vendedor consiga subir o seu preço até o ponto em que o mercado entre “novamente em equilíbrio” e que menos consumidores estejam dispostos (e em condições financeiras) de adquirir esse produto objeto de cota. 4.1. Taxa de Câmbio A taxa de câmbio é uma relação entre moedas de dois países que resulta no preço de uma delas medido em relação à outra. Mas, além de expressar quantitativamente a condição de troca entre duas moedas, a taxa de câmbio expressa as relações de troca entre dois países. A taxa de câmbio é definida de forma direta quando exprime o preço de uma unidade de moeda estrangeira em moeda nacional - ou seja, exprime a quantidade de moeda nacional necessária para comprar uma unidade de moeda estrangeira. Por exemplo, a taxa de câmbio USD/EUR está definida de forma directa para os habitantes da zona euro. 6 A taxa de câmbio é definida de forma indireta quando exprime o preço de uma unidade de moeda nacional em unidades (ou frações) de moeda estrangeira - ou seja, quando expressa a quantidade de moeda estrangeira equivalente a uma unidade de moeda nacional. Por exemplo: a taxa de câmbio EUR/USD está definida indiretamente, para os habitantes da zona euro. O Sistema cambial ou regime cambial é definido pela regra estabelecida para a formação da taxa de câmbio. As de câmbio (compra e venda de divisas) pode realizar -se nos bancos e nas casa/agencias cambiais que quando a sua regra geral cotizam duas taxas de câmbio:uma para a compra e outra para a venda. EX:se quisermos comprar o dólares, o preço a pagar a casa de câmbio e de 0,74 eur por cada dólar. No entanto , se quisermos vender euros iremos receber 1,34 dólares por cada euro que entregamos. pode se mencionar duas taxas de câmbio: ➢ A Taxa de Câmbio Real ➢ e a Taxa de Câmbio Nominal. A Taxa de Câmbio Real E aquele que estabelece a relação pela qual o uma pessoa pode trocar bens e serviços de um país pelos outros. A Taxa de Câmbio Nominal E a relação directa entre uma moeda e outra estrangeira. E taxa de câmbio usada nos bancos e nas casa cambiais. O banco central pode optar por vários tipos de taxa de câmbio. a taxa de câmbio Fixa: e administrada pelo banco central( autoridade monetária) do país e a taxa de câmbio flutuante:regime cambial flexível, no qual a autoridade monetária não tem compromisso algum para apoiar determinada taxa (lei da oferta e procura). 5. EVOLUÇÃO HISTÓRIA DA MOEDA 7 5.1. Origem Na Antiguidade, as mercadorias produzidas numa comunidade serviam como meio de pagamento para suas transações comerciais. Destacava-se sempre uma entre as demais. Como moedas, já circulou peles,fumo, óleo de oliva, sal, mandíbulas de porco, conchas, gado e até crânios humanos. O ouro e a prata ganham rapidamente preferência devido à beleza, durabilidade, raridade e imunidade à corrosão. Os primeiros registros do uso de moedas metálicas datam do século VII a. C., quando eram cunhadas na Lídia, reino da Ásia Menor e também na região do Peloponeso, ao sul da Grécia . O papel-moeda (as notas) surge no século IX na China. A Suécia é o primeiro país europeu a adotá-lo, no século XVII. Fácil de transportar e de manusear, oseu uso difundiu-se com rapidez. Até então, a quantidade de moedas correspondia ao volume de ouro ou prata disponível para cunhagem. O papel-moeda, por não ser feito de metal, permite o aumento arbitrário da quantidade de dinheiro. Para combater o desvio, institui-se o padrão ouro, em que o volume de dinheiro em circulação deve ser igual ao valor das reservas de ouro de um país depositado nos bancos. Mesmo assim, tornou-se comum a emissão de notas em quantidades desproporcionais às reservas e que não tinham, em conseqüência, o valor declarado. Tal prática leva à desvalorização da moeda, cuja credibilidade depende da estabilidade da economia nacional e da confiança junto aos órgãos internacionais. Hoje, as moedas são feitas de níquel e alumínio e o seu valor nominal é maior que o de facto. A Moeda tem como suas características em ser o mais, líquido dos ativos(liquidez e a sua capacidade de se transformar em dinheiro vivo ou facilidade com que o bem possa ser convertido em meio de troca da economia). A Moeda desempenha três funções: 8 * meio de troca :quando é aceito como pagamento por outros bens e serviços ou por outra, e aquele elemento que vai viabilizar de milhares de troca a cada momento; *reserva de valor:a moeda precisa guardar poder de compra ao longo tempo. Guardar poder de compra até hoje para amanhã; *Unidade de conta:o bem utilizado como base para medir o preço dos demais bens, isso quer dizer que é uma medida que as pessoas usam para estabelecer os preços de seus serviços e bens, e fazer seus cálculos econômicos. ● O Escambo Os primeiros grupos humanos, em geral nômades, não conheciam a moeda e recorriam às trocas diretas de objetos (chamada de escambo) quando desejavam algo que não possuíam. Esses grupos, basicamente, praticavam uma exploração primitiva da natureza e se alimentavam por meio da pesca, caça e coleta de frutos. Num ambiente de pouca diversidade de produtos, o escambo era viável. Nos primeiros momentos históricos em que a divisão de trabalho começou a ser praticada, estruturaram-se primitivos sistemas de trocas, inicialmente baseados no escambo. Como ainda não haviam sido desenvolvidos sistemas monetários, as trocas realizavam-se em espécie –produto por produto, produto por serviço ou serviço por serviço. Praticando o escambo, um produtor que dispusesse de excedentes do produto A iria ao mercado para trocá-los por unidades de B,C ou D – outros produtos que, eventualmente, seriam mais importantes para a satisfação de suas necessidades do que os seus próprios excedentes disponíveis. No mercado, esse produtor deveria defrontar-se com outros produtores, que, dispondo de excedentes de B, C ou D, estariam dispostos a permutá-los por A. Assim, ele procuraria negociar com os que eventualmente tivessem necessidade dos excedentes de seu produto, realizando-se, então, as correspondentes trocas diretas em espécie. ● O Papel-moeda 9 Mas a evolução dos instrumentos monetários não pararia com descoberta da operacionalidade da moeda-papel. Os certificados emitidos, devido à sua aceitação já generalizada, passaram a circular mais que as próprias peças metálicas. Seu valor não decorreria ainda da regulamentação oficial de sua emissão, mas simplesmente da confiança geral em sua plena conversibilidade. Essas emissões monetárias trariam vantagens para produtores, comerciantes e banqueiros. Os primeiros passaram a ter acesso a uma nova fonte de financiamento, os comerciantes obtinham créditos suficientes para a expansão de seus negócios e os banqueiros beneficiavam- se das receitas correspondentes aos juros. Evidentemente, essa passagem histórica das primeiras formas de moeda-papel (certificados emitidos mediante lastro metálico integral) para as primeiras formas de papel-moeda ou de moeda fiduciária (notas bancárias emitidas a partir de operações de crédito, sem lastro metálico) envolveria consideráveis margens de risco. Como o valor das notas em circulação passou a ser maior do que as garantias de conversibilidade. Originalmente, os certificados de depósito em circulação eram iguais ao valor total de metais custodiados. Mas, com o desenvolvimento das operações de crédito e emissão de moeda fiduciária, o lastro metálico tornara-se apenas parcial. Se as casas bancárias não exigem com prudência, todo o sistema poderia desmoronar, desde que os possuidores do papel-moeda em circulação reclamassem, por desconfiança generalizada, a reconversão metálica em grande escala e em curtos intervalos de tempo. A insuficiência de reservas desacreditaria essa nova forma de moeda – cuja aceitação se vinha processando lentamente, desde fins do século XVII e ao longo de todo o século XVIII. Os riscos então evidenciados conduziram os poderes públicos a regulamentar o poder de emissão de notas bancárias, já então entendidas como papel-moeda ou moeda fiduciária. O direito à emissão de notas, em cada país, seria confiado a uma única instituição bancária oficial, surgindo, assim, os Bancos Centrais. Tipos de moeda 10 ● Moeda - Mercadoria E aquela que toma a forma de uma mercadoria com valor em si.Mesmo não sendo moeda, teria valor, seria aceita naturalmente. o exemplo clássico desta moeda e o ouro, ou por outra o cigarro nos campos de concentração; ● Moeda de curso forçado E a moeda que não tem valor em si mesma.isto quer dizer que o meio utilizado para garantir sua circulação e por decreto governamental. Demanda da moeda A moeda, como meio de troca, e a maneira mais eficaz de um indivíduo adquirir os bens e serviços de que necessita. A primeira razão e o facto de os pagamentos e os recebimentos não serem perfeitamente sincronizados. A segunda razão e a demanda da moeda para a precaução e por fim a terceira razão que é a demanda de moeda para especulação ou demanda especulativa. Taxas de juros E o valor da remuneração que o tomador de um empréstimo deve pagar ao proprietário do capital emprestado, geralmente expressa sob a forma de porcentagem do valor tomado emprestado por período definido no contrato de empréstimo. A taxa de juro e o preço cobrado pelos credores aos devedores pelo uso de suas poupanças durante certo período de tempo. oferta da moeda Nas economias modernas, quem oferece moeda ao público são as autoridades monetárias(banco central), em função das necessidades dos agentes econômicos. O 11 conjunto de moeda manual(ou moeda corrente), depósito a vista(moeda escritural ou bancária) e quase moeda forma os meios de pagamento de uma economia. Meios de pagamento=moeda manual+depósitos a vista +quase moeda. Ou seja, a oferta também é chamada de meios de pagamento. Meios de pagamento nesse caso e o total da moeda à disposição do sector privado nao bancario, ou seja e a moeda escritural ou manual. ● Moeda manual E o papel da moeda emitido pelos governos e carregado pelos indivíduos.Os pagamentos realizados em moeda manual(papel-moeda e moeda-)estão relacionadas , em geral, a transação de baixo valor. ● A Moeda Escritural E o total de deposito a vista nos bancos, Desenvolve-se, juntamente com a moeda fiduciária, a chamada moeda bancária, escritural (porque corresponde a lançamentos a débito e crédito) ou invisível (por não ter existência física). O seu desenvolvimento foi acidental), uma vez que não houve uma conscientização de que os depósitos bancários, movimentáveis por cheques, eram uma forma de moeda. Eles ajudaram a expandir os meios de pagamento através da multiplicação de seu uso. Hoje em dia, a moeda bancária representa a maior parcela dos meios de pagamento existentes. Criada pelos bancos comerciais, essa moeda corresponde à totalidade dos depósitos à vista e a curto prazo e sua movimentação é feita por cheques ou por ordens de pagamento instrumentos utilizados para sua transferência e movimentação. Nessas condições, recorrendo a essa nova sistemática de pagamento, os agentes envolvidos passariam, em larga escala, a utilizar moeda escritural. E os depósitos a vista no sistema bancário, passariam a integrar os meios de pagamento do sistema. Quase-moeda são activos que têm alta liquidez-embora não tenha imediata-e que rendem juros, com os títulos públicos, as cadernetas de poupança, os depósitos a prazo e alguns títulos privados, como letras de câmbio e letras imobiliárias. 12 Existem vários conceitos de pagamento, dependendo das quase -moedas incluídas, como podemos verificar abaixo: ● M1:inclui dinheiro(papel-moeda) em poder do publico e os depositos a vista (ou moeda escritural) ● M2:M1+fundos do mercado monetário+títulos públicos; ● M3:M2+depósitos de poupança; ● M4:M3+títulos privados. 5.2. Funções da Moeda Para aprofundar as utilizações da moeda escritas acima, quando foi feita a sua conceituação, estão, a seguir, as principais funções da moeda relacionadas por Cavalcanti e Rudge: “Intermediária de trocas: Superação do escambo, operação de economia monetária, melhor especialização e divisão social do trabalho, transações com menor tempo e esforço, melhor planejamento de bens e serviços”; Medida de valor: Unidade padronizada de medida de valor, denominador comum de valores, racionaliza informações econômicas constrói sistema agregado de contabilidade social, produção, investimento, consumo, poupança; Reserva de valor: Alternativa de acumular riqueza, liquidez por excelência, pronta aceitação consensual; Função liberatória : Liquida débitos e saldo dívidas, poder garantido pelo Estado; Padrão de pagamentos: Permite realizar pagamentos ao longo do tempo, permite crédito e adiantamento, viabiliza fluxos de produção e de renda; “Instrumento de poder: Instrumento de poder econômico, conduz ao poder político, permite manipulação na relação Estado-Sociedade” 13 A moeda apresenta, ainda, algumas características essenciais. Segundo Adam Smith, a moeda se caracterizaria principalmente por sua: “Indestrutibilidade e inalterabilidade: A moeda deve ser suficientemente durável, no sentido de que não se destrua ou se deteriora, à medida que é manuseada na intermediação das trocas”. (…) Além disso, a indestrutibilidade e a inalterabilidade são obstáculos à sua falsificação (…). Homogeneidade: Duas unidades monetárias distintas, mas de igual valor, devem ser rigorosamente iguais. (…). Divisibilidade: A moeda deve possuir múltiplo e submúltiplos em quantidade tal que tanto as transações de grande porte quanto as pequenas possam realizar-se de tal que tanto as transações de grande porte quanto as pequenas possam realizar-se sem dificuldade. (…). Transferibilidade: Outra característica essencial da moeda diz respeito à facilidade com que deve processar-se sua transferência, de um possuidor para outro. (…) é desejável que tanto a mercadoria quanto a cédula não trazes quaisquer marcas que identifiquem seu atual possuidor. (…) Embora, de um lado, esta característica reduz a segurança dos que possuem a moeda em uso, de outro lado, facilita o processo de troca. (…). 6. Noção de Orçamento e seus elementos 6.1. Orçamento: Documento onde as receitas e as despesas se encontram previstas ou seja orçadas. Esta definição dá-nos os dois elementos de qualquer orçamento, seja público ou privado. Documento onde se prevêem as receitas e as despesas públicas autorizadas para o período financeiro. O orçamento é sempre um mapa de previsão. As receitas e as despesas que dele constam não são passadas, nem actuais, mas futuras; pelo facto de o 14 futuro ser incerto torna-se ilusório prever todo o futuro, daí que o orçamento tenha de confinar-se a determinado período. 6.2. Funções do orçamento do estado A primeira função do orçamento é a relacionação das receitas com as despesas. As receitas têm de cobrir as despesas, logo, tem que se fixar um montante para as despesas. A segunda função do orçamento é a fixação das despesas. Enquanto o orçamento das receitas é pura previsão de cobranças, o orçamento das despesas é previsão de gastos que os serviços não poderão ultrapassar. 6.3. Elementos do orçamento do estado. Elemento econômico – no que respeita o elemento económico, o orçamento consiste na previsão de receitas e despesas futuras; Elemento político – o orçamento configura um elemento político concedido pela Assembleia da República aos Executivos para que esses possam levar a cabo o seu projecto de gestão do Estado: Elemento Jurídico – juridicamente o orçamento é um instrumento que limita os poderes da administração financeiras do Estado. 6.4. Tipos de orçamento: ● Orçamento clássico ou tradicional Era aquele onde mostrava a fixação da despesa e a previsão da receita, sem qualquer espécie de planejamento das ações governamentais . Era simplesmente um instrumento contábil – financeira, um documento de previsão de receita e de autorização de despesas. Nesse orçamento, não havia preocupação com a realização dos programas de trabalho do governo, focava nas necessidades dos órgão públicos com finalidade de realização das suas tarefas, não necessitando questionamento dos objetivos e metas que seriam cumpridas pelo Governo. 15 ● Orçamento de desempenho ou por realizações . O Orçamento de desempenho por realizações , seria uma evolução do orçamento clássico. Neste orçamento, o gestor mostra alguma preocupação com o resultado dos gasto e não apenas com o gasto em si, sendo assim, procura se informa “o que o governo faz e não que o governo compra”. Mesmo assim , o orçamento de desempenho se encontra desvinculado de uma planejamento central das ações do governo. ● Orçamento- Programa O orçamento – programa é um plano de trabalho, uma ferramenta de planejamento da ação do governo, por meio da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, além dos estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados, bemcomo a previsão dos custos relacionados. ● Orçamento de base zero ou por estratégia. Sua finalidade é basicamente em uma análise crítica de todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais. Neste, a fase de elaboração da proposta orçamentária, mostra um questionamento acerca das reais necessidades de cada área, porém não ocorre o compromisso com qualquer montante inicial de dotação. Os órgão do governo devem justificar todo ano, durante a fase de elaboração da sua proposta orçamentária, a totalidade de seus gastos, não utilizando o ano anterior como valor inicial mínimo. 6.5. Natureza jurídica do orçamento: Existem várias divergências na doutrina, sobre a natureza jurídica do orçamento, bem,como a posição marcante neste contexto, que considera o orçamento como uma lei formal, que apenas prevê as receitas públicas e autoriza os gastos, não determinando direitos subjetivos , e tampouco, modificando as leis tributárias e financeiras. 16 O orçamento público é uma lei formal, porém a simples previsão de despesa na lei orçamentária anual dá o direito subjetivo, devido a esse fator é impossível se exigir, por via judicial, que uma despesa específica prevista no orçamento seja concretizada. 6.5.1. As características da lei orçamentária ● É uma lei formal De maneira formal o orçamento é uma lei, porém, conforme o caso acima citado, esta lei não compete obrigação ao Poder Público, que pode deixar de realizar uma despesa autorizada pelo legislativo. Desta maneira o orçamento é uma lei formal, porém determinada vezes deixa de possuir a característica essencial da leis: que é a coercibilidade.(que é a possibilidade de fazer valer o direito mediante a força). ● É uma lei temporária A lei orçamentária tem vigência determinada de limitada (durante um ano). É uma lei ordinária todas as leis orçamentárias são leis ordinárias, ou seja, é um ato normativo primário e contém, em regra, normas gerais e abstratas . Os créditos suplementares e especiais também são aprovados como leis ordinárias. É uma lei especial: possui processo legislativo diferenciado e trata de matéria específica. 6.6. Princípios orçamentários: Princípio orçamentário é “um conjunto de proposições orientadoras que balizam os processos e as práticas orçamentárias, com vistas a dar-lhe estabilidade e consistência, sobretudo ao que se refere a sua transparência e ao seu controle pelo Poder Legislativo e demais instituições da sociedade...”. ● Princípio da legalidade: 17 Todas as leis orçamentárias são encaminhadas pelo Poder Executivo para discussão e aprovação pelo Poder Legislativo. ● Princípio da anualidade/periodicidade: O orçamento deve ter vigência limitada a um exercício financeiro. ● Princípio da unidade/totalidade: O orçamento deve ser uno, ou seja, deve haver somente um orçamento para um exercício financeiro, com todas as receitas e despesas. As entidade de direito público devem possuir um orçamento, fundamentado em uma única política orçamentária e estruturado uniformemente. Desta maneira existe o orçamento da União, o de cada Estado e o de cada Município. ● Princípio da universalidade: A Lei orçamentária deve conter todas as receitas e despesas, ou seja, é vedado que qualquer empresa pública ficar fora do orçamento. O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta. ● Princípio da exclusividade/pureza A lei orçamentária atrelada e não deve ter matéria diferente à previsão das receitas e à fixação das despesas. Temos uma exceção, a qual damos para as autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive ARO(antecipação de receita orçamentária). ● Princípio da especificação/especialização/discriminação As receitas e despesas devem ser discriminadas, mostrando a origem e a aplicação dos recursos. As despesas neste princípio devem ser especificadas por modalidades de aplicação. 18 ● Princípio da publicidade Esse princípio prima pela garantia da transparência e total acesso a qualquer interessado às informações sobre o exercício da fiscalização , a utilização dos recursos arrecadados dos contribuintes. Este princípio é responsável pela divulgação por intermédio de veículos oficiais de comunicação , com o intuito de levar a conhecimento público, e também para gerar eficácia de sua validade enquanto ato oficial de autorização de arrecadação de receitas e execução de despesas, sendo assim, o orçamento deve ser divulgado quando aprovado e virado Lei. ● Princípio do equilíbrio Esse princípio vai fazer a observância das despesas, para que não serão superiores à previsão das receitas. Se formos avaliar o orçamento de maneira contábil este, está sempre equilibrado, pois se as receitas esperadas forem inferiores às despesas fixadas, e o governo resolver não cortar gastos, a diferença deve ser coberta por operações de crédito que, por lei, devem também constar do orçamento, ou seja, as despesas autorizadas no orçamento devem ser na medida do possível parecidas com as receitas previstas. O equilíbrio deve ser mantido em qualquer situação. ● Princípio do orçamento bruto orçamento pelo valor total, ou seja o valor bruto, sem quaisquer deduções . Esse princípio estabelece que todas as receitas e despesas devem constar do orçamento em seus valores brutos, sem qualquer tipo de dedução, de forma a permitir efetivo controle financeiro do orçamento e universalidade. ● Princípio da programação, tipicidade e atipicidade: Esse princípio vai estabelecer que o orçamento deve ter o conteúdo e a forma de programação. Durante a consolidação da proposta orçamentária, há uma tabela de classificação funcional de despesa, as diferentes funções dividem-se em subfunções, sendo a função o nível recurso maior de agregação de despesas, pois no primeiro momento temos que 19 identificar a que função pertence a despesa , se é da saúde, da educação, ciência e tecnologia, transporte e outros, sendo assim programar uma despesa no orçamento é classificá-la e informar onde vai ser empregado. ● Princípio da clareza: Esse princípio dispõe que o orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa, embora diga respeito ao caráter formal, tem grande importância para tornar o orçamento um instrumento eficiente de governo e administração. 7. ESTADO Estado é o Modo de estar, situação, condição) data do século XIII e se refere a qualquer país soberano , com estrutura própria e politicamente organizado, bem como designa o conjunto das instituições que controlam e administram uma nação . 7.1. Elementos Constitutivos Do Estado Três são os elementos do Estado: Povo ou população, o território e o governo. Alguns autores citam, como quarto elemento constitutivo do Estado, a soberania. Para os demais, no entanto, a soberania integra o terceiro elemento. O governo pressupõe a soberania. Se o governo não éindependente e soberano, não existe o Estado Perfeito. O Canadá, Austrália e África do Sul, por exemplo, não são Estados perfeitos, porque seus governos são subordinados ao governo britânico. ● POVO É a população do Estado, considerada pelo aspecto puramente jurídico. É o grupo humano encarado na sua integração numa ordem estatal determinada; é o conjunto de indivíduos sujeitos às mesmas leis, são os súditos, os cidadãos de um mesmo Estado, detentores de direitos e deveres. ● NAÇÃO (entidade moral) É um grupo de indivíduos que se sentem unidos pela origem comum, pelos interesses comuns, e principalmente, por idéias e aspirações comuns. É uma 20 comunidade de consciência, unidas por um sentimento complexo, indefinível e poderosíssimo: o patriotismo. ● TERRITÓRIO É a base espacial do poder jurisdicional do Estado onde este exerce o poder coercitivo estatal sobre os indivíduos humanos, sendo materialmente composto pela terra firme, incluindo o subsolo e as águas internas (rios, lagos e mares internos), pelo mar territorial, pela plataforma continental e pelo espaço aéreo. ● Estado liberal Estado organizado segundo os princípios do liberalismo. Liberalismo é forma ao mesmo tempo racional e intuitiva de organização social em que prevalece a vontade da maioria quanto à coisa pública, e que está livre de qualquer fundamento filosófico ou religioso capaz de limitar ou impedir a liberdade individual e a igualdade de direitos, e no qual o desenvolvimento e o bem estar social dependem da divisão do trabalho, do direito de propriedade, da livre concorrência e do sentimento de fraternidade e responsabilidade filantrópica frente à diversidade de aptidões e de recursos dos indivíduos. Em sua inteira expressão, o pensamento liberal contém um aspecto intuitivo, além do puramente racional. ● Significado do Liberalismo Liberalismo é uma doutrina baseada na defesa da liberdade individual, nos campos económico, político, religioso e intelectual, contra as ingerências e atitudes coercitivas do poder do Estado. O Liberalismo é muito sensível por isso aos direitos civis e às liberdades individuais. 7.2. Novo Estado Liberal Nas fases iniciais, o Estado Liberal tinha como marca a proposta da liberdade, num sentido bem preciso da liberdade, pois a luta pelas liberdades individuais não passava da defesa das liberdades individuais na vigência das ordens econômicas As fases iniciais do Estado Liberal correspondiam ao implemento econômico do capitalismo e os direitos individuais não passavam de incremento desse processo de 21 crescimento econômico. É como se dissesse que não havia liberdade fora da área econômica, Oque quer dizer que , não havia liberdade para questionar a propriedade privada. 8. O SURGIMENTO DA MACROECONOMIA COMO CIÊNCIA O surgimento da macroeconomia como ciência A macroeconomia é uma das divisões da ciência económica que dedica-se ao estudo e observação de uma economia regional ou nacional como um todo. A macroeconomia é um dos pilares da economia, sendo o outro a microeconomia. O estudo da macroeconomia surgiu como forma de oposição ao sistema mercantilista vigente na europa, que defendiam os ideais de Adam Smith que preconizava a não intervenção do estado no funcionamento da economia. A macroeconomia defendia o materialismo (a crença de que a riqueza de o poder de uma nação estava na acumulação de metais precioso) e a crença na necessidade da intervenção estatal para direcionar o desenvolvimento do sistema capitalista. 8.1. As principais correntes macroeconómicas ● Teoria clássica A Teoria clássica a macroeconomia clássica partia de dois pressupostos importantes: que os preços e salários eram sempre flexíveis e o que a moeda não era utilizada com fins de entesouramento. Estes dois pressupostos permitiam o desenvolvimento dos dois modelos centrais da macroeconomia clássica: a lei do mercado ou lei de Say, segundo a qual a oferta cria sua própria procura; a teoria quantitativa da moeda que partindo da equação de trocas, concluía que, sendo a velocidade da moeda constante, e dada uma determinada quantidade de moeda, a produção variava em relação inversa e proporcional aos preços. 22 Além destes dois modelos, para equilibrar a poupança e o investimento, a macroeconomia clássica fazia estas duas variáveis dependerem de taxa de juros, a qual era, por sua vez, determinada pela oferta de poupança e a procura de investimentos. O resultado de todo este processo era o pleno emprego no longo prazo, ou, o que dá no mesmo, impossibilidade de haver crises de longa duração, indefinidas, de subconsumo ou superprodução. O primeiro pressuposto, da existência de preços flexíveis, é importante para a macroeconomia clássica, embora não absolutamente essencial, porque este permite a garantia do pleno emprego sem qualquer intervenção do governo. O segundo pressuposto da macroeconomia clássica é o de que a moeda não é utilizada Para entesouramento. A moeda para os clássicos é uma unidade de conta e um meio de troca, além de servir para se somarem mercadorias diferentes, a moeda é fundamentalmente um meio de troca. Os homens só teriam interesse em mantê-la em seu poder na medida em que dela necessitasse para realizar suas transações. Segundo os clássicos, existiria apenas um motivo para a procura de moeda: o motivo transaccional. O outro possível uso do dinheiro, como um meio de reserva de activos líquidos, e portanto seu consequente entesouramento, era considerado irracional, para os clássicos se o capitalista entesoura-se o dinheiro estaria perdendo os juros que poderia ganhar se houvesse aplicado seu dinheiro em activos fixos ou em títulos, logo o entesouramento era considerado inexistente. ● A Teoria Keynesiana As ideias dos clássicos eram consideradas ilusionistas pois não adequaram-se a realidade vivida na época, os clássicos construíam um mundo económico perfeito onde as grandes crises eram impossíveis. Foi preciso que a grande depressão dos anos trinta destruísse as ilusões daquele mundo criado pelos economistas clássicos, e que surgisse uma economia real como a de Keynes, que aliava um profundo conhecimento da teoria neoclássica a uma grande, e uma enorme capacidade de análise teórica a uma vivência do mundo económico e financeiro e a uma decidida intenção de encontrar meios de política económica para nele intervir - foi preciso essa conjugação de factores para que afinal a economia neoclássica entrasse em colapso. 23 A teoria macroeconômica de Keynes previa que uma economia avançada podia permanecer com altas taxas de desemprego e outros factores de produção desequilibrados ao contrário do que previa a teoria clássica. Com Keynes o ênfase da análise económica passa da micro para a macroeconomia. Ao Invés de iniciar a análise partindo do comportamento dos agentes económicos individuais osprodutores e os consumidores Keynes faz a análise do processo económico partindo de conceitos econômicos agregados, passa a estudar os acontecimentos econômicos vividos na época como um todo. Isto não quer dizer que foi Keynes quem "inventou" a macroeconomia. Já havia uma macroeconomia clássica e neoclássica. Apenas não era dada especial ênfase a ela, perdida que estava no meio da análise microeconômica. John Maynard Keynes é considerado o maior economista do século XX e precursor da Macroeconomia, sem esquecermos de Adam Smith no século XVIII e de Marx no XIX. Keynes mostrou ser um homem de acção, sua competência, defendendo a intervenção do estado em benefício da economia, pois inovou com uma visão agregada, ou seja, ensinou a analisar o global, a macroeconomia. 9. A EVOLUÇÃO DA TEORIA TRADICIONAL DO EQUILÍBRIO DO PLENO EMPREGO 9.1. A concepção de equilíbrio da teoria clássica Os conceitos de estatística, de equilíbrio de cada estado estacionário As correntes clássicas utilizam três noções: ● Equilíbrio: Exprime que, num sistema económico, onde elementos quantitativos se encontram em relação, se produz entre eles um ajustamento estável ou instável. Exemplo: a quantidade de bens produzidos a determinado preço se ajusta, permanentemente ou temporariamente, à quantidade de bens oferecidos ao mesmo preço. Define-se tal relação como "Ajustamento de quantidade". 24 ● Estática: É o estudo das condições que presidem à realização do equilíbrio. Ou é simples construção do espírito, esquema abstrato, imagem usada na tentativa de alcançar a realidade; ou então exprime profunda e real tendência da actividade económica. Traduz desta forma um ideal para o qual tende esta actividade, sem jamais atingi-lo; ou um estado real, efectivamente atingido, no termo de uma evolução dirigida por um factor preponderante. ● Estado Estacionário: É o estado concreto, real, de um sistema económico que, em seguida de uma evolução, atingiu um ponto de repouso onde todos os elementos são estáveis e nenhuma mudança se produz na quantidade de elementos que compõe o sistema, nem na natureza e força dos movimentos que o animam. ● A história revela duas correntes de estudo: A primeira considera o estado estático como um estado da vida económica, estudando a formação do equilíbrio como se estivesse estudando um fenômeno concreto e mostra como a actividade económica se dirige para o estado estacionário. A segunda considera que o estado estático é um estado hipo lítico, utilizando o conceito de equilíbrio como um meio de análise e parte da hipótese estática para estudar uma actividade económica cuja realidade se aproxima desse esquema, sem lhe ser exactamente conforme; o equilíbrio é uma tomada de posição metodológica. Já a Teoria Geral de Keynes considera o equilíbrio uma situação concreta e encara a possibilidade de um estado estacionário. ● A determinação do Equilíbrio Estático e o Estado Estacionário. Sendo o equilíbrio um estado real da actividade económica, a teoria tradicional demonstra existirem duas espécies de equilíbrio: o correspondente a um estado em movimento e o realizado pelo estado estacionário, sendo que, estão sujeitos a acção de um elemento director: o salário; onde na teoria clássica existem três concepções de 25 salário: a do mínimo de existência, a do fundo dos salários e da produtividade. Recorremos as duas primeiras para explicar a realização do equilíbrio, tanto no estado estacionário quanto no estado progressivo. O salário não pode descer abaixo do necessário ao trabalhador para assegurar uma subsistência e a dos seus; por outro lado, a massa dos salários é paga pelos fundos destinados à manutenção do trabalho e que depende da acumulação de capital pelos empresários. A oferta do trabalho dependendo do tamanho da população e a procura dependendo do tamanho dos fundos determinam a taxa dos salários. Quanto ao lucro confundido com juro e sua taxa depende da abundância dos capitais. Portanto, o aumento desses faz subir os salários e baixar os lucros. No estado progressivo quando o montante das somas destinadas a acudir às necessidades dos trabalhadores aumenta mais depressa que a quantidade de trabalho, o salário se fixa acima do nível das subsistências; no estado regressivo produz-se o inverso. A baixa do lucro prejudica a acumulação de capital e, portanto, o desejo de empreender, chegando ao estado estacionário. ● O equilíbrio do pleno emprego na teoria clássica: Na teoria clássica, o equilíbrio resulta, portanto de um ajustamento do montante do capital e do nível da população; e esse equilíbrio se caracteriza pelo fato de acarretar a plena utilização de todos os factores de produção: capital e trabalho. ● As controvérsias entre a teoria clássica e Keynesiana A abordagem clássica era tida como o modelo económico que melhor explica sobre as forças subjacentes ao crescimento económico. Enquanto que a abordagem keynesiana, era tida como modelo económico que melhor explica sobre o ciclo económico nas economias de mercado. Para os clássicos na macroeconomia: 26 ✓ Há flexibilidade de preços e salários; ✓ A economia e estável; ✓ O pleno emprego e tido como o estado normal da economia; ✓ Os mecanismo de equilíbrio macroeconómico são automáticos entre a procura e a oferta agregada; Na visão clássica era seguro afirmar que: ✓ O estado abstém-se de investir na economia; ✓ a moeda e lubrificante, ou seja facilita as transacções e não influenciam o nível de produto; ✓ A lei de say a superprodução é impossível por que a oferta cria a sua própria procura ✓ Não há diferença entre a economia de escambo e monitorizada ✓ Não há crises prolongadas não há desperdícios de factores de produção, nem de produto ✓ As teorias de procura e oferta agregada não influenciam o desemprego enquanto que na abordagem keynesiana: ✓ Há rigidez de preços de salários ✓ O pleno emprego e apenas um nível possível (não de equilíbrio, pois este pode ser variável ) ✓ Não há mecanismos automáticos que conduzem ao equilíbrio ✓ O estado e actor activo e intervêm no processo económico ✓ A moeda pode ser utilizado pelo estado para financiar os seus gasto e influenciar o nível de produto 27 10. Conclusão Concluo que comércio internacional são negociações entre 2 ou mais países onde por intermédio de diplomatas, empresários e governos decidem o melhor para seu país de acordo com a demanda desse país. A Partir dessas negociações, bolsas de valores começam a operar para garantir um controle real das transações internacionais, visando a compra e venda de ações geradas pelos investidores, efetuando assim o comércio exterior, portanto que um país tenha vantagem comparativa na produção de um bem se tiver um curso de oportunidade menor que outro país na produção deste mesmo bem.o modelo ricardiano do comércio internacional tem como pressuposto a especializaçãode cada país na exportação do produto do qual tem vantagem comparativa melhor. Por termos abordado o tema da moeda, deixe realçar que a moeda como meio de troca, unidade de conta e reserva de valor, porque as pessoas em alguns momentos, demandam moeda, e noutro, a retém, e assimilado o significativo papel desempenhado pela taxa de juro que é o preço da moeda, isto é, o preço do dinheiro no mercado financeiro, onde se encontram a oferta e a demanda por dinheiro, o dinheiro se transforma numa mercadoria, cujo o preço e a taxa de juro no estabelecimento do equilíbrio macroeconômico. O orçamento do estado e a elaboração do acordo com as grandes opções do plano anual e tendo em conta as obrigações decorrentes da lei ou de contrato, as opções de plano são votadas pela assembleia da república sintetizam as directrizes em relação às quais o próprio plano e organizado. o período da elaboração do orçamento deve obedecer a duas condições ao mesmo tempo contraditórias, deve ser curto para que o momento da previsão se aproxime o mais possível de cobrança das receitas e do pagamento das despesas. A analisando o estudo da macroeconomia e a observação regional ou nacional..A Macroeconomia é um pilar da economia , sendo o outro a microeconomia. 28 11. Referências Bibliográficas BALTAZAR, Rui texto de apoio a introdução a economia política, 1900 LACOMBE (2004) BOBBIO, Norberto/ Michelangelo BOVERO. Sociedade e Estado na Filosofia Política https://conceto.de.taxa-de-cambio lacombe(2004) Moderna. SP, Brasiliense, 1987, 2ª ed. HEILMANN, Maria de Jesus Rodrigues Araújo. Globalização e o a nova economia. Curitiba, Editora Juruá, 2010 29 PAULO, Samuel son, economia 1 e a 2 Edição, 1999 PEREIRA, Fernando Fonseca Carnaval. O direito à participação dos interessados nos procedimentos administrativos. Dissertação de mestrado em Ciências Jurídico-Políticas apresentada à Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Coimbra: [s.n.], 2006 HOBBES, Thomas. Textos Escolhidos. SP, Abril Cultural, 1983, 3ª ed. Col. "Os Pensadores". WEFFORT, Francisco C. (org.) Os Clássicos da Política 1. SP, Ática, 1991, 2ª ed. 30
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