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sara ECONOMIA POLITICA

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Índice 
1. INTRODUÇÃO 1 
2. REVISÃO DA LITERATURA 2 
2.1. O comércio internacional 2 
2.2. Importância do Comércio Internacional 2 
2.3. Regulamentação do comércio internacional 2 
2.4. Riscos do Comércio Internacional 3 
2.5. Teoria do Comércio internacional 3 
3. Modelo Ricardiano 4 
3.1. Modelo de Heckscher-Ohlin 4 
4. Tarifas e cotas de importação como intervenção no comércio internacional 5 
4.1. Taxa de Câmbio 6 
5. EVOLUÇÃO HISTÓRIA DA MOEDA 6 
5.1. Origem 6 
5.2. Funções da Moeda 9 
6. Noção de Orçamento e seus elementos 10 
6.1. Orçamento: 10 
6.2. Funções do orçamento do estado 11 
6.3. Elementos do orçamento do estado. 11 
6.4. Tipos de orçamento: 11 
6.5. Natureza jurídica do orçamento: 12 
6.5.1As características da lei orçamentária 13 
6.6. Princípios orçamentários: 13 
7. ESTADO 16 
7.1. Elementos Constitutivos Do Estado 16 
7.2. Novo Estado Liberal 17 
8. O SURGIMENTO DA MACROECONOMIA COMO CIÊNCIA 18 
 
8.1. As principais correntes macroeconómicas 18 
9. A EVOLUÇÃO DA TEORIA TRADICIONAL DO EQUILÍBRIO DO PLENO 
EMPREGO 20 
9.1. A concepção de equilíbrio da teoria clássica 20 
10. Conclusão 24 
11. Referências Bibliográficas 25 
 
1. INTRODUÇÃO 
No presente trabalho abordaremos o tema referente ao comércio internacional, seus 
ganhadores e perdedores, bem como os argumentos a favor da restrição ao comércio. 
apresentando, ainda, noções de balanço de pagamento e o papel de taxa de câmbio 
mencionando a taxa de câmbio na alteração da economia. abordaremos também uma 
noção da economia monetária da importância da moeda como meio de troca, unidade de 
conta e reserva de valor para a economia, dar o conceito assim como a evolução e a 
função da moeda, falarei também do orçamento do estado no seu todo assim como irei 
trazer o conceito de estado mas no que diz respeito ao estado liberalista e por fim 
poderei abordar o tema referente a macroeconomia mencionando as principais correntes 
macro-económicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. REVISÃO DA LITERATURA 
2.1. ​O comércio internacional 
O comércio internacional é a troca de bens e serviços através de fronteiras 
internacionais ou territórios. Na maioria dos países, ele representa uma grande 
porcentagem do PIB (produto interno bruto). Ou por outras palavras o comércio 
internacional é uma disciplina da teoria econômica, que, juntamente com o estudo do 
sistema financeiro internacional , forma a disciplina da economia internacional . 
O comércio internacional é o conjunto de operações comerciais realizada entre países e 
que são regidas por normas estabelecidas em acordos internacionais. O conceito pode se 
referir tanto à circulação de bens e de serviços como ao movimento de capitais . 
O comércio internacional existe desde os primórdios da civilização. Um exemplo que 
podemos citar é a Rota da Seda. Nas últimas décadas, sua importância tem crescido com 
o avanço dos transportes, das comunicações e da indústria, sendo essa uma das 
características da globalização. 
2.2. ​Importância do Comércio Internacional 
O Comércio Internacional é de suma importância para os países a fim de vender seu 
excedente de produção e poder disponibilizar ao seu mercado consumidor mercadorias e 
serviços que o mesmo não produz. Esta relação também é composta de interesses e 
acordos políticos e econômicos, o que torna esta interação entre países ainda mais 
complexa. 
Outro fator importante é a diluição dos riscos por meio da diversificação de mercados, 
em caso de crise interna, os países podem continuar a comercializar seus produtos com 
parceiros comerciais e manter certo equilíbrio econômico. 
2 
 
 
2.3. Regulamentação do comércio internacional 
Tradicionalmente o comércio é regulamentado através de tratados bilaterais entre 
nações. Durante os séculos de crença no mercantilismo a maioria das nações mantinham 
altas tarifas e muitas restrições ao comércio internacional. No século 19, especialmente 
no Reino Unido , a crença no livre comércio tornou-se um paradigma e este pensamento 
tem dominado as nações ocidentais desde então. Nos anos seguintes à segunda guerra 
mundial , tratados multilaterais como o GATT e a OMC tentaram criar estruturas 
regulatórias de alcance mundial 
2.4. Riscos do Comércio Internacional 
Os riscos existentes no comércio internacional podem ser divididos em dois grandes 
grupos: 
● Riscos econômicos 
Insolvência do comprador; Atraso no pagamento - a falha do comprador em pagar o 
total em até seis meses; 
Flutuações cambiais ; Relacionados à soberania econômica. 
● Riscos políticos 
De cancelamento ou não renovação de licenças de exportação ou importação; 
Relacionados a conflitos armados; Expropriação ou confisco por companhias 
importadoras; 
De imposição de um banimento de algum bem após o embarque; De transferência: 
A imposição de controle de transferência de valores pelo país importador devido a 
crises de liquidez; Relacionados à soberania política. 
 
2.5. Teoria do Comércio internacional 
Vários modelos diferentes, como o modelo ricardiano e o de Heckscher-Ohlin, entre 
outros, foram propostos para prever os padrões de comércio e analisar os efeitos das 
políticas de comércio, como as tarifas. 
3. Modelo Ricardiano 
3 
 
 
● Clássica 
O modelo ricardiano foca nas vantagens comparativas (ou vantagens relativas), e é 
talvez o mais importante conceito de teoria de comércio internacional. Neste modelo, os 
países se especializam em bens ou serviços que produzem relativamente melhor. 
Diferentemente de outros modelos, o ricardiano prevê que países irão se especializar em 
poucos produtos em vez de produzir um grande número de bens. O modelo não 
considera diretamente as características naturais de um país, como disponibilidade 
relativa de mão de obra e de capital. E no modelo ricardiano, temos apenas um fator de 
produção, que se trata da mão de obra (trabalho). O diferencial de produtividade do 
trabalho e o custo de oportunidade nos países justificaria a especialização dos países, 
que realizaria, desta maneira, trocas internacionais depois da especialização. 
3.1. Modelo de Heckscher-Ohlin 
O modelo de Heckscher-Ohlin foi criado como uma alternativa ao modelo ricardiano. 
Apesar do seu poder de previsão maior e mais complexo, ele também tem uma missão 
ideológica : a eliminação da teoria do valor do trabalho e a incorporação do mecanismo 
neoclássico do preço na teoria do comércio internacional. 
A teoria defende que o padrão do comércio internacional é determinado pela diferença 
na disponibilidade de alguns fatores naturais. Ela prevê que um país irá exportar aqueles 
bens que fazem uso intensivo daqueles fatores ( insumos , por exemplo) que são 
abundantes neste país e irá importar aqueles bens cuja produção é dependente de fatores 
escassos localmente. Ou seja, o modelo expõe que um país abundante em capital 
exportará bens de capital, ao passo que um país em posição contrária, com escassez de 
capital, exportará bens ou serviços que sejam intensivos no uso do fatorde produção 
mão de obra. Ohlin, por meio de seu modelo, foi o primeiro a tratar diretamente do que 
hoje se conhece por Investimento externo direto - componente do ​Balanço de 
pagamentos ​pesquisado por organismos internacionais como, ​FMI,​etc. 
Balanço De Pagamento e o registro de transações entre as pessoas fisicas e juridicas de 
um país e o restante do mundo em determinado período ( fonte:lacombe 2004). 
O Resultado desse balanço é obtido através do somatório das contas: 
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● CONTA CORRENTE 
Formado por três subcontas: 
● Balança comercial ​:registra a movimentação de mercadoria.Seu saldo é dado 
pela entre vendas de mercadorias efetuadas pelo país ao exterior e compras de 
mercadorias efetuadas pelo país no exterior; 
● Balanca de servicos​:Registra as transações com os serviços. Essas transações 
sao consideradas intangíveis; 
● Transferências Unilaterais ​:Resultado das doações, remessa de dinheiro feita 
ou recebidas pelo país ; 
● Movimentos de capitais autônomos​:formados pela entrada ou saída de 
capitais. sendo representadas pelo capital de risco (investimento directo), de 
empréstimo ou especulativo; 
● Erros e omissões​:conta de ajuste devido às dificuldades de mensuração de 
algumas transações; for positivo, ampliam-se as reservas. 
● reservas(capital compensatório ou induzido):​quando o balanço de pagamento 
representa resultados negativos(deficitário), deve se cobrir essa lacuna com com 
as reservas.Do contrario , se o resultado. 
A importância do comércio internacional para a economia de um país se deve a diversos 
fatores. Entre eles está a garantia da venda do excedente de produção desse país, ao 
mesmo tempo em que permite que seu mercado consumidor tenha acesso a mercadorias 
não disponíveis localmente. 
4. Tarifas e cotas de importação como intervenção no comércio internacional 
É desnecessário comentar que o comércio entre as pessoas (também empresas) faz parte 
da vida social. Através do comércio se busca, principalmente, satisfazer as necessidades 
mais básicas do ser humano (alimentação, higiene, etc). Obviamente, o comércio 
também se presta para a obtenção de saciedade de necessidades não tão básicas, mas 
que, de qualquer sorte, assim se apresentam para a sociedade moderna (acesso a 
informação: jornal, rádio, internet, etc), e até mesmo para satisfazer necessidades 
ilícitas, tais como as referentes ao comércio de drogas. 
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Ocorre que o comércio, especialmente pelas atuais facilidades de comunicação entre 
pessoas e empresas do mundo, acaba se dando também “para além das fronteiras” de 
um país, e a partir daí passa a ser ainda mais regulado do que se estivesse ocorrendo no 
chamado “mercado interno”. 
Assim, quando se trata de comércio entre vendedor e consumidor de países diferentes, 
estamos diante do denominado “comércio internacional”. E uma das suas principais 
características é a sua fragilidade mediante os efeitos da adoção de “instrumentos de 
política comercial” por um dos governos de país em que esteja o vendedor ou o 
consumidor. 
Já na imposição de cotas de importação, que, na prática, restringem a quantidade 
possível de algum produto ser importada, é importante fixar a idéia de que também 
ocorre o aumento do preço ao consumidor doméstico. 
E nesse caso, o aumento se dá para, mais uma vez, comprovar a existência da mão 
invisível do mercado. Pois se é necessário limitar a importação, a tendência é que existe 
latente uma procura maior desse produto (e o Governo só permite o acesso a um número 
menor do que aquele que o mercado “quer comprar”). Sendo assim, o efeito imediato no 
mercado interno é que, existindo menos produtos do que o desejado para consumo, o 
vendedor consiga subir o seu preço até o ponto em que o mercado entre “novamente em 
equilíbrio” e que menos consumidores estejam dispostos (e em condições financeiras) 
de adquirir esse produto objeto de cota. 
4.1. Taxa de Câmbio 
A taxa de câmbio é uma relação entre moedas de dois países que resulta no preço de 
uma delas medido em relação à outra. 
Mas, além de expressar quantitativamente a condição de troca entre duas moedas, a taxa 
de câmbio expressa as relações de troca entre dois países. 
A taxa de câmbio é definida de forma direta quando exprime o preço de uma unidade de 
moeda estrangeira em moeda nacional - ou seja, exprime a quantidade de moeda 
nacional necessária para comprar uma unidade de moeda estrangeira. Por exemplo, a 
taxa de câmbio USD/EUR está definida de forma directa para os habitantes da zona 
euro. 
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A taxa de câmbio é definida de forma indireta quando exprime o preço de uma unidade 
de moeda nacional em unidades (ou frações) de moeda estrangeira - ou seja, quando 
expressa a quantidade de moeda estrangeira equivalente a uma unidade de moeda 
nacional. Por exemplo: a taxa de câmbio EUR/USD está definida indiretamente, para os 
habitantes da zona euro. 
 
O Sistema cambial ou regime cambial é definido pela regra estabelecida para a 
formação da taxa de câmbio. As de câmbio (compra e venda de divisas) pode realizar 
-se nos bancos e nas casa/agencias cambiais que quando a sua regra geral cotizam duas 
taxas de câmbio:uma para a compra e outra para a venda. 
EX:se quisermos comprar o dólares, o preço a pagar a casa de câmbio e de 0,74 eur por 
cada dólar. No entanto , se quisermos vender euros iremos receber 1,34 dólares por 
cada euro que entregamos. 
pode se mencionar duas taxas de câmbio: 
➢ A Taxa de Câmbio Real 
➢ e a Taxa de Câmbio Nominal. 
A Taxa de Câmbio Real 
E aquele que estabelece a relação pela qual o uma pessoa pode trocar bens e serviços 
de um país pelos outros. 
A Taxa de Câmbio Nominal 
E a relação directa entre uma moeda e outra estrangeira. E taxa de câmbio usada nos 
bancos e nas casa cambiais. 
O banco central pode optar por vários tipos de taxa de câmbio. a taxa de câmbio Fixa: e 
administrada pelo banco central( autoridade monetária) do país e a taxa de câmbio 
flutuante:regime cambial flexível, no qual a autoridade monetária não tem compromisso 
algum para apoiar determinada taxa (lei da oferta e procura). 
 
5. EVOLUÇÃO HISTÓRIA DA MOEDA 
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5.1. Origem 
Na Antiguidade, as mercadorias produzidas numa comunidade serviam como meio de 
pagamento para suas transações comerciais. 
Destacava-se sempre uma entre as demais. Como moedas, já circulou peles,fumo, óleo 
de oliva, sal, mandíbulas de porco, conchas, gado e até crânios humanos. O ouro e a 
prata ganham rapidamente preferência devido à beleza, durabilidade, raridade e 
imunidade à corrosão. 
Os primeiros registros do uso de moedas metálicas datam do século VII a. C., quando 
eram cunhadas na Lídia, reino da Ásia Menor e também na região do Peloponeso, ao sul 
da Grécia . O papel-moeda (as notas) surge no século IX na China. A Suécia é o 
primeiro país europeu a adotá-lo, no século XVII. Fácil de transportar e de manusear, oseu uso difundiu-se com rapidez. Até então, a quantidade de moedas correspondia ao 
volume de ouro ou prata disponível para cunhagem. O papel-moeda, por não ser feito de 
metal, permite o aumento arbitrário da quantidade de dinheiro. 
Para combater o desvio, institui-se o padrão ouro, em que o volume de dinheiro em 
circulação deve ser igual ao valor das reservas de ouro de um país depositado nos 
bancos. 
Mesmo assim, tornou-se comum a emissão de notas em quantidades desproporcionais às 
reservas e que não tinham, em conseqüência, o valor declarado. Tal prática leva à 
desvalorização da moeda, cuja credibilidade depende da estabilidade da economia 
nacional e da confiança junto aos órgãos internacionais. Hoje, as moedas são feitas de 
níquel e alumínio e o seu valor nominal é maior que o de facto. 
A Moeda tem como suas características em ser o mais, líquido dos ativos(liquidez e a 
sua capacidade de se transformar em dinheiro vivo ou facilidade com que o bem possa 
ser convertido em meio de troca da economia). 
A Moeda desempenha três funções: 
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* meio de troca :quando é aceito como pagamento por outros bens e serviços ou por 
outra, e aquele elemento que vai viabilizar de milhares de troca a cada momento; 
*reserva de valor:a moeda precisa guardar poder de compra ao longo tempo. Guardar 
poder de compra até hoje para amanhã; 
*Unidade de conta:o bem utilizado como base para medir o preço dos demais bens, 
isso quer dizer que é uma medida que as pessoas usam para estabelecer os preços de 
seus serviços e bens, e fazer seus cálculos econômicos. 
 
● O Escambo 
Os primeiros grupos humanos, em geral nômades, não conheciam a moeda e recorriam 
às trocas diretas de objetos (chamada de escambo) quando desejavam algo que não 
possuíam. Esses grupos, basicamente, praticavam uma exploração primitiva da natureza 
e se alimentavam por meio da pesca, caça e coleta de frutos. Num ambiente de pouca 
diversidade de produtos, o escambo era viável. 
Nos primeiros momentos históricos em que a divisão de trabalho começou a ser 
praticada, estruturaram-se primitivos sistemas de trocas, inicialmente baseados no 
escambo. Como ainda não haviam sido desenvolvidos sistemas monetários, as trocas 
realizavam-se em espécie –produto por produto, produto por serviço ou serviço por 
serviço. Praticando o escambo, um produtor que dispusesse de excedentes do produto A 
iria ao mercado para trocá-los por unidades de B,C ou D – outros produtos que, 
eventualmente, seriam mais importantes para a satisfação de suas necessidades do que 
os seus próprios excedentes disponíveis. 
No mercado, esse produtor deveria defrontar-se com outros produtores, que, dispondo 
de excedentes de B, C ou D, estariam dispostos a permutá-los por A. Assim, ele 
procuraria negociar com os que eventualmente tivessem necessidade dos excedentes de 
seu produto, realizando-se, então, as correspondentes trocas diretas em espécie. 
● O Papel-moeda 
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Mas a evolução dos instrumentos monetários não pararia com descoberta da 
operacionalidade da moeda-papel. Os certificados emitidos, devido à sua aceitação já 
generalizada, passaram a circular mais que as próprias peças metálicas. Seu valor não 
decorreria ainda da regulamentação oficial de sua emissão, mas simplesmente da 
confiança geral em sua plena conversibilidade. 
Essas emissões monetárias trariam vantagens para produtores, comerciantes e 
banqueiros. Os primeiros passaram a ter acesso a uma nova fonte de financiamento, os 
comerciantes obtinham créditos suficientes para a expansão de seus negócios e os 
banqueiros beneficiavam- se das receitas correspondentes aos juros. 
Evidentemente, essa passagem histórica das primeiras formas de moeda-papel 
(certificados emitidos mediante lastro metálico integral) para as primeiras formas de 
papel-moeda ou de moeda fiduciária (notas bancárias emitidas a partir de operações de 
crédito, sem lastro metálico) envolveria consideráveis margens de risco. Como o valor 
das notas em circulação passou a ser maior do que as garantias de conversibilidade. 
Originalmente, os certificados de depósito em circulação eram iguais ao valor total de 
metais custodiados. Mas, com o desenvolvimento das operações de crédito e emissão de 
moeda fiduciária, o lastro metálico tornara-se apenas parcial. Se as casas bancárias não 
exigem com prudência, todo o sistema poderia desmoronar, desde que os possuidores do 
papel-moeda em circulação reclamassem, por desconfiança generalizada, a reconversão 
metálica em grande escala e em curtos intervalos de tempo. A insuficiência de reservas 
desacreditaria essa nova forma de moeda – cuja aceitação se vinha processando 
lentamente, desde fins do século XVII e ao longo de todo o século XVIII. 
Os riscos então evidenciados conduziram os poderes públicos a regulamentar o poder de 
emissão de notas bancárias, já então entendidas como papel-moeda ou moeda fiduciária. 
O direito à emissão de notas, em cada país, seria confiado a uma única instituição 
bancária oficial, surgindo, assim, os Bancos Centrais. 
Tipos de moeda 
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● Moeda - Mercadoria 
E aquela que toma a forma de uma mercadoria com valor em si.Mesmo não sendo 
moeda, teria valor, seria aceita naturalmente. o exemplo clássico desta moeda e o ouro, 
ou por outra o cigarro nos campos de concentração; 
● Moeda de curso forçado 
E a moeda que não tem valor em si mesma.isto quer dizer que o meio utilizado para 
garantir sua circulação e por decreto governamental. 
 Demanda da moeda 
A moeda, como meio de troca, e a maneira mais eficaz de um indivíduo adquirir os bens 
e serviços de que necessita. A primeira razão e o facto de os pagamentos e os 
recebimentos não serem perfeitamente sincronizados. A segunda razão e a demanda da 
moeda para a precaução e por fim a terceira razão que é a demanda de moeda para 
especulação ou demanda especulativa. 
 
Taxas de juros 
E o valor da remuneração que o tomador de um empréstimo deve pagar ao proprietário 
do capital emprestado, geralmente expressa sob a forma de porcentagem do valor 
tomado emprestado por período definido no contrato de empréstimo. A taxa de juro e o 
preço cobrado pelos credores aos devedores pelo uso de suas poupanças durante certo 
período de tempo. 
 
 oferta da moeda 
Nas economias modernas, quem oferece moeda ao público são as autoridades 
monetárias(banco central), em função das necessidades dos agentes econômicos. O 
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conjunto de moeda manual(ou moeda corrente), depósito a vista(moeda escritural ou 
bancária) e quase moeda forma os meios de pagamento de uma economia. 
Meios de pagamento=moeda manual+depósitos a vista +quase moeda. 
Ou seja, a oferta também é chamada de meios de pagamento. Meios de pagamento nesse 
caso e o total da moeda à disposição do sector privado nao bancario, ou seja e a moeda 
escritural ou manual. 
● Moeda manual 
E o papel da moeda emitido pelos governos e carregado pelos indivíduos.Os 
pagamentos realizados em moeda manual(papel-moeda e moeda-)estão relacionadas , 
em geral, a transação de baixo valor. 
● A Moeda Escritural 
E o total de deposito a vista nos bancos, Desenvolve-se, juntamente com a moeda 
fiduciária, a chamada moeda bancária, escritural (porque corresponde a lançamentos a 
débito e crédito) ou invisível (por não ter existência física). O seu desenvolvimento foi 
acidental), uma vez que não houve uma conscientização de que os depósitos bancários, 
movimentáveis por cheques, eram uma forma de moeda. Eles ajudaram a expandir os 
meios de pagamento através da multiplicação de seu uso. Hoje em dia, a moeda 
bancária representa a maior parcela dos meios de pagamento existentes. 
Criada pelos bancos comerciais, essa moeda corresponde à totalidade dos depósitos à 
vista e a curto prazo e sua movimentação é feita por cheques ou por ordens de 
pagamento instrumentos utilizados para sua transferência e movimentação. 
Nessas condições, recorrendo a essa nova sistemática de pagamento, os agentes 
envolvidos passariam, em larga escala, a utilizar moeda escritural. E os depósitos a vista 
no sistema bancário, passariam a integrar os meios de pagamento do sistema. 
Quase-moeda são activos que têm alta liquidez-embora não tenha imediata-e que 
rendem juros, com os títulos públicos, as cadernetas de poupança, os depósitos a prazo e 
alguns títulos privados, como letras de câmbio e letras imobiliárias. 
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Existem vários conceitos de pagamento, dependendo das quase -moedas incluídas, 
como podemos verificar abaixo: 
● M1:​inclui dinheiro(papel-moeda) em poder do publico e os depositos a vista (ou 
moeda escritural) 
● M2:M1+​fundos do mercado monetário+títulos públicos; 
● M3:M2+​depósitos de poupança; 
● M4:M3+​títulos privados. 
 
5.2. Funções da Moeda 
Para aprofundar as utilizações da moeda escritas acima, quando foi feita a sua 
conceituação, estão, a seguir, as principais funções da moeda relacionadas por 
Cavalcanti e Rudge: 
“Intermediária de trocas: Superação do escambo, operação de economia monetária, 
melhor especialização e divisão social do trabalho, transações com menor tempo e 
esforço, melhor planejamento de bens e serviços”; 
Medida de valor: Unidade padronizada de medida de valor, denominador comum de 
valores, racionaliza informações econômicas constrói sistema agregado de contabilidade 
social, produção, investimento, consumo, poupança; 
Reserva de valor: Alternativa de acumular riqueza, liquidez por excelência, pronta 
aceitação consensual; 
Função liberatória :​ Liquida débitos e saldo dívidas, poder garantido pelo Estado; 
Padrão de pagamentos: Permite realizar pagamentos ao longo do tempo, permite 
crédito e adiantamento, viabiliza fluxos de produção e de renda; 
“Instrumento de poder: Instrumento de poder econômico, conduz ao poder político, 
permite manipulação na relação Estado-Sociedade” 
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A moeda apresenta, ainda, algumas características essenciais. Segundo Adam Smith, a 
moeda se caracterizaria principalmente por sua: 
“Indestrutibilidade e inalterabilidade: A moeda deve ser suficientemente durável, no 
sentido de que não se destrua ou se deteriora, à medida que é manuseada na 
intermediação das trocas”. (…) Além disso, a indestrutibilidade e a inalterabilidade são 
obstáculos à sua falsificação (…). 
Homogeneidade: Duas unidades monetárias distintas, mas de igual valor, devem ser 
rigorosamente iguais. (…). 
Divisibilidade: A moeda deve possuir múltiplo e submúltiplos em quantidade tal que 
tanto as transações de grande porte quanto as pequenas possam realizar-se de tal que 
tanto as transações de grande porte quanto as pequenas possam realizar-se sem 
dificuldade. (…). 
Transferibilidade: Outra característica essencial da moeda diz respeito à facilidade com 
que deve processar-se sua transferência, de um possuidor para outro. 
(…) é desejável que tanto a mercadoria quanto a cédula não trazes quaisquer marcas que 
identifiquem seu atual possuidor. (…) Embora, de um lado, esta característica reduz a 
segurança dos que possuem a moeda em uso, de outro lado, facilita o processo de troca. 
(…). 
6. Noção de Orçamento e seus elementos 
6.1. Orçamento: 
Documento onde as receitas e as despesas se encontram previstas ou seja orçadas. 
Esta definição dá-nos os dois elementos de qualquer orçamento, seja público ou 
privado. 
Documento onde se prevêem as receitas e as despesas públicas autorizadas para o 
período financeiro. O orçamento é sempre um mapa de previsão. As receitas e as 
despesas que dele constam não são passadas, nem actuais, mas futuras; pelo facto de o 
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futuro ser incerto torna-se ilusório prever todo o futuro, daí que o orçamento tenha de 
confinar-se a determinado período. 
6.2. Funções do orçamento do estado 
A primeira função do orçamento é a relacionação das receitas com as despesas. As 
receitas têm de cobrir as despesas, logo, tem que se fixar um montante para as despesas. 
A segunda função do orçamento é a fixação das despesas. Enquanto o orçamento das 
receitas é pura previsão de cobranças, o orçamento das despesas é previsão de gastos 
que os serviços não poderão ultrapassar. 
6.3. Elementos do orçamento do estado. 
Elemento econômico – no que respeita o elemento económico, o orçamento consiste na 
previsão de receitas e despesas futuras; 
Elemento político – o orçamento configura um elemento político concedido pela 
Assembleia da República aos Executivos para que esses possam levar a cabo o seu 
projecto de gestão do Estado: 
Elemento Jurídico – juridicamente o orçamento é um instrumento que limita os 
poderes da administração financeiras do Estado. 
 
6.4. Tipos de orçamento: 
● Orçamento clássico ou tradicional 
Era aquele onde mostrava a fixação da despesa e a previsão da receita, sem qualquer 
espécie de planejamento das ações governamentais . Era simplesmente um instrumento 
contábil – financeira, um documento de previsão de receita e de autorização de 
despesas. Nesse orçamento, não havia preocupação com a realização dos programas de 
trabalho do governo, focava nas necessidades dos órgão públicos com finalidade de 
realização das suas tarefas, não necessitando questionamento dos objetivos e metas que 
seriam cumpridas pelo Governo. 
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● Orçamento de desempenho ou por realizações ​. 
O Orçamento de desempenho por realizações , seria uma evolução do orçamento 
clássico. Neste orçamento, o gestor mostra alguma preocupação com o resultado dos 
gasto e não apenas com o gasto em si, sendo assim, procura se informa “o que o 
governo faz e não que o governo compra”. Mesmo assim , o orçamento de desempenho 
se encontra desvinculado de uma planejamento central das ações do governo. 
● Orçamento- Programa 
O orçamento – programa é um plano de trabalho, uma ferramenta de planejamento da 
ação do governo, por meio da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e 
atividades, além dos estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados, bemcomo a previsão dos custos relacionados. 
● Orçamento de base zero ou por estratégia​. 
Sua finalidade é basicamente em uma análise crítica de todos os recursos solicitados 
pelos órgãos governamentais. Neste, a fase de elaboração da proposta orçamentária, 
mostra um questionamento acerca das reais necessidades de cada área, porém não 
ocorre o compromisso com qualquer montante inicial de dotação. 
Os órgão do governo devem justificar todo ano, durante a fase de elaboração da sua 
proposta orçamentária, a totalidade de seus gastos, não utilizando o ano anterior como 
valor inicial mínimo. 
6.5. Natureza jurídica do orçamento​: 
Existem várias divergências na doutrina, sobre a natureza jurídica do orçamento, 
bem,como a posição marcante neste contexto, que considera o orçamento como uma lei 
formal, que apenas prevê as receitas públicas e autoriza os gastos, não determinando 
direitos subjetivos , e tampouco, modificando as leis tributárias e financeiras. 
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O orçamento público é uma lei formal, porém a simples previsão de despesa na lei 
orçamentária anual dá o direito subjetivo, devido a esse fator é impossível se exigir, por 
via judicial, que uma despesa específica prevista no orçamento seja concretizada. 
6.5.1. As características da lei orçamentária 
● É uma lei formal 
De maneira formal o orçamento é uma lei, porém, conforme o caso acima citado, esta 
lei não compete obrigação ao Poder Público, que pode deixar de realizar uma despesa 
autorizada pelo legislativo. 
Desta maneira o orçamento é uma lei formal, porém determinada vezes deixa de possuir 
a característica essencial da leis: que é a coercibilidade.(que é a possibilidade de fazer 
valer o direito mediante a força). 
● É uma lei temporária 
A lei orçamentária tem vigência determinada de limitada (durante um ano). 
É uma lei ordinária ​todas as leis orçamentárias são leis ordinárias, ou seja, é um ato 
normativo primário e contém, em regra, normas gerais e abstratas . Os créditos 
suplementares e especiais também são aprovados como leis ordinárias. 
É uma lei especial: possui processo legislativo diferenciado e trata de matéria 
específica. 
6.6. Princípios orçamentários: 
Princípio orçamentário é “um conjunto de proposições orientadoras que balizam os 
processos e as práticas orçamentárias, com vistas a dar-lhe estabilidade e consistência, 
sobretudo ao que se refere a sua transparência e ao seu controle pelo Poder Legislativo e 
demais instituições da sociedade...”. 
● Princípio da legalidade: 
17 
 
 
Todas as leis orçamentárias são encaminhadas pelo Poder Executivo para discussão e 
aprovação pelo Poder Legislativo. 
● Princípio da anualidade/periodicidade: 
O orçamento deve ter vigência limitada a um exercício financeiro. 
● Princípio da unidade/totalidade: 
O orçamento deve ser uno, ou seja, deve haver somente um orçamento para um 
exercício financeiro, com todas as receitas e despesas. 
As entidade de direito público devem possuir um orçamento, fundamentado em uma 
única política orçamentária e estruturado uniformemente. Desta maneira existe o 
orçamento da União, o de cada Estado e o de cada Município. 
● Princípio da universalidade: 
A Lei orçamentária deve conter todas as receitas e despesas, ou seja, é vedado que 
qualquer empresa pública ficar fora do orçamento. 
O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, 
seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta. 
● Princípio da exclusividade/pureza 
A lei orçamentária atrelada e não deve ter matéria diferente à previsão das receitas e à 
fixação das despesas. Temos uma exceção, a qual damos para as autorizações de 
créditos suplementares e operações de crédito, inclusive ARO(antecipação de receita 
orçamentária). 
● Princípio da especificação/especialização/discriminação 
As receitas e despesas devem ser discriminadas, mostrando a origem e a aplicação dos 
recursos. 
As despesas neste princípio devem ser especificadas por modalidades de aplicação. 
18 
 
 
● Princípio da publicidade 
Esse princípio prima pela garantia da transparência e total acesso a qualquer interessado 
às informações sobre o exercício da fiscalização , a utilização dos recursos arrecadados 
dos contribuintes. Este princípio é responsável pela divulgação por intermédio de 
veículos oficiais de comunicação , com o intuito de levar a conhecimento público, e 
também para gerar eficácia de sua validade enquanto ato oficial de autorização de 
arrecadação de receitas e execução de despesas, sendo assim, o orçamento deve ser 
divulgado quando aprovado e virado Lei. 
● Princípio do equilíbrio 
Esse princípio vai fazer a observância das despesas, para que não serão superiores à 
previsão das receitas. Se formos avaliar o orçamento de maneira contábil este, está 
sempre equilibrado, pois se as receitas esperadas forem inferiores às despesas fixadas, e 
o governo resolver não cortar gastos, a diferença deve ser coberta por operações de 
crédito que, por lei, devem também constar do orçamento, ou seja, as despesas 
autorizadas no orçamento devem ser na medida do possível parecidas com as receitas 
previstas. O equilíbrio deve ser mantido em qualquer situação. 
● Princípio do orçamento bruto 
orçamento pelo valor total, ou seja o valor bruto, sem quaisquer deduções . 
Esse princípio estabelece que todas as receitas e despesas devem constar do orçamento 
em seus valores brutos, sem qualquer tipo de dedução, de forma a permitir efetivo 
controle financeiro do orçamento e universalidade. 
● Princípio da programação, tipicidade e atipicidade: 
Esse princípio vai estabelecer que o orçamento deve ter o conteúdo e a forma de 
programação. 
Durante a consolidação da proposta orçamentária, há uma tabela de classificação 
funcional de despesa, as diferentes funções dividem-se em subfunções, sendo a função o 
nível recurso maior de agregação de despesas, pois no primeiro momento temos que 
19 
 
 
identificar a que função pertence a despesa , se é da saúde, da educação, ciência e 
tecnologia, transporte e outros, sendo assim programar uma despesa no orçamento é 
classificá-la e informar onde vai ser empregado. 
 
● Princípio da clareza: 
Esse princípio dispõe que o orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e 
completa, embora diga respeito ao caráter formal, tem grande importância para tornar o 
orçamento um instrumento eficiente de governo e administração. 
7. ESTADO 
Estado é o Modo de estar, situação, condição) data do século XIII e se refere a qualquer 
país soberano , com estrutura própria e politicamente organizado, bem como designa o 
conjunto das instituições que controlam e administram uma nação . 
7.1. Elementos Constitutivos Do Estado 
Três são os elementos do Estado: 
Povo ​ou ​população​, o ​território ​e o ​governo​. Alguns autores citam, como quarto 
elemento constitutivo do Estado, a soberania. Para os demais, no entanto, a soberania 
integra o terceiro elemento. O governo pressupõe a soberania. Se o governo não éindependente e soberano, não existe o Estado Perfeito. O Canadá, 
Austrália e África do Sul, por exemplo, não são Estados perfeitos, porque seus governos 
são subordinados ao governo britânico. 
● POVO 
É a população do Estado, considerada pelo aspecto puramente jurídico. 
É o grupo humano encarado na sua integração numa ordem estatal determinada; é o 
conjunto de indivíduos sujeitos às mesmas leis, são os súditos, os cidadãos de um 
mesmo Estado, detentores de direitos e deveres. 
 
● NAÇÃO 
​(entidade moral) É um grupo de indivíduos que se sentem unidos pela origem comum, 
pelos interesses comuns, e principalmente, por idéias e aspirações comuns. É uma 
20 
 
 
comunidade de consciência, unidas por um sentimento complexo, indefinível e 
poderosíssimo: o ​patriotismo​. 
● TERRITÓRIO 
​É a base espacial do poder jurisdicional do Estado onde este exerce o poder coercitivo 
estatal sobre os indivíduos humanos, sendo materialmente composto pela terra firme, 
incluindo o subsolo e as águas internas (rios, lagos e mares internos), pelo mar 
territorial, pela plataforma continental e pelo espaço aéreo. 
● Estado liberal 
Estado organizado segundo os princípios do liberalismo. Liberalismo é forma ao mesmo 
tempo racional e intuitiva de organização social em que prevalece a vontade da maioria 
quanto à coisa pública, e que está livre de qualquer fundamento filosófico ou religioso 
capaz de limitar ou impedir a liberdade individual e a igualdade de direitos, e no qual o 
desenvolvimento e o bem estar social dependem da divisão do trabalho, do direito de 
propriedade, da livre concorrência e do sentimento de fraternidade e responsabilidade 
filantrópica frente à diversidade de aptidões e de recursos dos indivíduos. Em sua inteira 
expressão, o pensamento liberal contém um aspecto intuitivo, além do puramente 
racional. 
● Significado do Liberalismo 
Liberalismo é uma doutrina baseada na defesa da liberdade individual, nos campos 
económico, político, religioso e intelectual, contra as ingerências e atitudes coercitivas 
do poder do Estado. O Liberalismo é muito sensível por isso aos direitos civis e às 
liberdades individuais. 
7.2. Novo Estado Liberal 
Nas fases iniciais, o Estado Liberal tinha como marca a proposta da liberdade, num 
sentido bem preciso da liberdade, pois a luta pelas liberdades individuais não passava da 
defesa das liberdades individuais na vigência das ordens econômicas 
As fases iniciais do Estado Liberal correspondiam ao implemento econômico do 
capitalismo e os direitos individuais não passavam de incremento desse processo de 
21 
 
 
crescimento econômico. É como se dissesse que não havia liberdade fora da área 
econômica, 
Oque quer dizer que , não havia liberdade para questionar a propriedade privada. 
 
 
8. O SURGIMENTO DA MACROECONOMIA COMO CIÊNCIA 
O surgimento da macroeconomia como ciência 
A macroeconomia é uma das divisões da ciência económica que dedica-se ao estudo e 
observação de uma economia regional ou nacional como um todo. A macroeconomia é 
um dos pilares da economia, sendo o outro a microeconomia. 
O estudo da macroeconomia surgiu como forma de oposição ao sistema mercantilista 
vigente na europa, que defendiam os ideais de Adam Smith que preconizava a não 
intervenção do estado no funcionamento da economia. 
A macroeconomia defendia o materialismo (a crença de que a riqueza de o poder de 
uma nação estava na acumulação de metais precioso) e a crença na necessidade da 
intervenção estatal para direcionar o desenvolvimento do sistema capitalista. 
8.1. As principais correntes macroeconómicas 
● Teoria clássica 
A Teoria clássica a macroeconomia clássica partia de dois pressupostos importantes: 
que os preços e salários eram sempre flexíveis e o que a moeda não era utilizada com 
fins de entesouramento. 
Estes dois pressupostos permitiam o desenvolvimento dos dois modelos centrais da 
macroeconomia clássica: a lei do mercado ou lei de Say, segundo a qual a oferta cria 
sua própria procura; a teoria quantitativa da moeda que partindo da equação de trocas, 
concluía que, sendo a velocidade da moeda constante, e dada uma determinada 
quantidade de moeda, a produção variava em relação inversa e proporcional aos preços. 
22 
 
 
Além destes dois modelos, para equilibrar a poupança e o investimento, a 
macroeconomia clássica fazia estas duas variáveis dependerem de taxa de juros, a qual 
era, por sua vez, determinada pela oferta de poupança e a procura de investimentos. O 
resultado de todo este processo era o pleno emprego no longo prazo, ou, o que dá no 
mesmo, impossibilidade de haver crises de longa duração, indefinidas, de subconsumo 
ou superprodução. O primeiro pressuposto, da existência de preços flexíveis, é 
importante para a macroeconomia clássica, embora não absolutamente essencial, porque 
este permite a garantia do pleno emprego sem qualquer intervenção do governo. 
O segundo pressuposto da macroeconomia clássica é o de que a moeda não é utilizada 
Para entesouramento. A moeda para os clássicos é uma unidade de conta e um meio de 
troca, além de servir para se somarem mercadorias diferentes, a moeda é 
fundamentalmente um meio de troca. Os homens só teriam interesse em mantê-la em 
seu poder na medida em que dela necessitasse para realizar suas transações. 
Segundo os clássicos, existiria apenas um motivo para a procura de moeda: o motivo 
transaccional. O outro possível uso do dinheiro, como um meio de reserva de activos 
líquidos, e portanto seu consequente entesouramento, era considerado irracional, para os 
clássicos se o capitalista entesoura-se o dinheiro estaria perdendo os juros que poderia 
ganhar se houvesse aplicado seu dinheiro em activos fixos ou em títulos, logo o 
entesouramento era considerado inexistente. 
● A Teoria Keynesiana 
As ideias dos clássicos eram consideradas ilusionistas pois não adequaram-se a 
realidade vivida na época, os clássicos construíam um mundo económico perfeito onde 
as grandes crises eram impossíveis. Foi preciso que a grande depressão dos anos trinta 
destruísse as ilusões daquele mundo criado pelos economistas clássicos, e que surgisse 
uma economia real como a de Keynes, que aliava um profundo conhecimento da teoria 
neoclássica a uma grande, e uma enorme capacidade de análise teórica a uma vivência 
do mundo económico e financeiro e a uma decidida intenção de encontrar meios de 
política económica para nele intervir - foi preciso essa conjugação de factores para que 
afinal a economia neoclássica entrasse em colapso. 
23 
 
 
A teoria macroeconômica de Keynes previa que uma economia avançada podia 
permanecer com altas taxas de desemprego e outros factores de produção 
desequilibrados ao contrário do que previa a teoria clássica. 
Com Keynes o ênfase da análise económica passa da micro para a macroeconomia. Ao 
Invés de iniciar a análise partindo do comportamento dos agentes económicos 
individuais osprodutores e os consumidores Keynes faz a análise do processo 
económico partindo de conceitos econômicos agregados, passa a estudar os 
acontecimentos econômicos vividos na época como um todo. Isto não quer dizer que foi 
Keynes quem "inventou" a macroeconomia. Já havia uma macroeconomia clássica e 
neoclássica. Apenas não era dada especial ênfase a ela, perdida que estava no meio da 
análise microeconômica. John Maynard Keynes é considerado o maior economista do 
século XX e precursor da Macroeconomia, sem esquecermos de Adam Smith no século 
XVIII e de Marx no XIX. 
Keynes mostrou ser um homem de acção, sua competência, defendendo a intervenção 
do estado em benefício da economia, pois inovou com uma visão agregada, ou seja, 
ensinou a analisar o global, a macroeconomia. 
9. A EVOLUÇÃO DA TEORIA TRADICIONAL DO EQUILÍBRIO DO 
PLENO EMPREGO 
9.1. A concepção de equilíbrio da teoria clássica 
Os conceitos de estatística, de equilíbrio de cada estado estacionário 
As correntes clássicas utilizam três noções: 
● Equilíbrio: 
Exprime que, num sistema económico, onde elementos quantitativos se encontram em 
relação, se produz entre eles um ajustamento estável ou instável. Exemplo: a quantidade 
de bens produzidos a determinado preço se ajusta, permanentemente ou 
temporariamente, à quantidade de bens oferecidos ao mesmo preço. Define-se tal 
relação como "Ajustamento de quantidade". 
24 
 
 
● Estática: 
É o estudo das condições que presidem à realização do equilíbrio. Ou é simples 
construção do espírito, esquema abstrato, imagem usada na tentativa de alcançar a 
realidade; ou então exprime profunda e real tendência da actividade económica. Traduz 
desta forma um ideal para o qual tende esta actividade, sem jamais atingi-lo; ou um 
estado real, efectivamente atingido, no termo de uma evolução dirigida por um factor 
preponderante. 
● Estado Estacionário: 
É o estado concreto, real, de um sistema económico que, em seguida de uma evolução, 
atingiu um ponto de repouso onde todos os elementos são estáveis e nenhuma mudança 
se produz na quantidade de elementos que compõe o sistema, nem na natureza e força 
dos movimentos que o animam. 
● A história revela duas correntes de estudo: 
A primeira considera o estado estático como um estado da vida económica, estudando a 
formação do equilíbrio como se estivesse estudando um fenômeno concreto e mostra 
como a actividade económica se dirige para o estado estacionário. 
A segunda considera que o estado estático é um estado hipo lítico, utilizando o conceito 
de equilíbrio como um meio de análise e parte da hipótese estática para estudar uma 
actividade económica cuja realidade se aproxima desse esquema, sem lhe ser 
exactamente conforme; o equilíbrio é uma tomada de posição metodológica. 
Já a Teoria Geral de Keynes considera o equilíbrio uma situação concreta e encara a 
possibilidade de um estado estacionário. 
● A determinação do Equilíbrio Estático e o Estado Estacionário. 
Sendo o equilíbrio um estado real da actividade económica, a teoria tradicional 
demonstra existirem duas espécies de equilíbrio: o correspondente a um estado em 
movimento e o realizado pelo estado estacionário, sendo que, estão sujeitos a acção de 
um elemento director: o salário; onde na teoria clássica existem três concepções de 
25 
 
 
salário: a do mínimo de existência, a do fundo dos salários e da produtividade. 
Recorremos as duas primeiras para explicar a realização do equilíbrio, tanto no estado 
estacionário quanto no estado progressivo. 
O salário não pode descer abaixo do necessário ao trabalhador para assegurar uma 
subsistência e a dos seus; por outro lado, a massa dos salários é paga pelos fundos 
destinados à manutenção do trabalho e que depende da acumulação de capital pelos 
empresários. A oferta do trabalho dependendo do tamanho da população e a procura 
dependendo do tamanho dos fundos determinam a taxa dos salários. Quanto ao lucro 
confundido com juro e sua taxa depende da abundância dos capitais. 
Portanto, o aumento desses faz subir os salários e baixar os lucros. 
No estado progressivo quando o montante das somas destinadas a acudir às 
necessidades dos trabalhadores aumenta mais depressa que a quantidade de trabalho, o 
salário se fixa acima do nível das subsistências; no estado regressivo produz-se o 
inverso. 
A baixa do lucro prejudica a acumulação de capital e, portanto, o desejo de empreender, 
chegando ao estado estacionário. 
● O equilíbrio do pleno emprego na teoria clássica: 
Na teoria clássica, o equilíbrio resulta, portanto de um ajustamento do montante do 
capital e do nível da população; e esse equilíbrio se caracteriza pelo fato de acarretar a 
plena utilização de todos os factores de produção: capital e trabalho. 
● As controvérsias entre a teoria clássica e Keynesiana 
A abordagem clássica era tida como o modelo económico que melhor explica sobre as 
forças subjacentes ao crescimento económico. 
Enquanto que a abordagem keynesiana, era tida como modelo económico que melhor 
explica sobre o ciclo económico nas economias de mercado. 
Para os clássicos na macroeconomia: 
26 
 
 
✓ Há flexibilidade de preços e salários; 
✓ A economia e estável; 
✓ O pleno emprego e tido como o estado normal da economia; 
✓ Os mecanismo de equilíbrio macroeconómico são automáticos entre a procura e 
a oferta agregada; 
Na visão clássica era seguro afirmar que​: 
✓ O estado abstém-se de investir na economia; 
✓ a moeda e lubrificante, ou seja facilita as transacções e não influenciam o 
nível de produto; 
✓ A lei de say a superprodução é impossível por que a oferta cria a sua própria 
procura 
✓ Não há diferença entre a economia de escambo e monitorizada 
✓ Não há crises prolongadas não há desperdícios de factores de produção, nem 
de produto 
✓ As teorias de procura e oferta agregada não influenciam o desemprego 
enquanto que na abordagem keynesiana: 
✓ Há rigidez de preços de salários 
✓ O pleno emprego e apenas um nível possível (não de equilíbrio, pois este 
pode ser variável ) 
✓ Não há mecanismos automáticos que conduzem ao equilíbrio 
✓ O estado e actor activo e intervêm no processo económico 
✓ A moeda pode ser utilizado pelo estado para financiar os seus gasto e 
influenciar o nível de produto 
 
 
 
 
27 
 
 
10. Conclusão 
Concluo que comércio internacional são negociações entre 2 ou mais países onde por 
intermédio de diplomatas, empresários e governos decidem o melhor para seu país de 
acordo com a demanda desse país. A Partir dessas negociações, bolsas de valores 
começam a operar para garantir um controle real das transações internacionais, visando 
a compra e venda de ações geradas pelos investidores, efetuando assim o comércio 
exterior, portanto que um país tenha vantagem comparativa na produção de um bem se 
tiver um curso de oportunidade menor que outro país na produção deste mesmo bem.o 
modelo ricardiano do comércio internacional tem como pressuposto a especializaçãode 
cada país na exportação do produto do qual tem vantagem comparativa melhor. 
Por termos abordado o tema da moeda, deixe realçar que a moeda como meio de troca, 
unidade de conta e reserva de valor, porque as pessoas em alguns momentos, 
demandam moeda, e noutro, a retém, e assimilado o significativo papel desempenhado 
pela taxa de juro que é o preço da moeda, isto é, o preço do dinheiro no mercado 
financeiro, onde se encontram a oferta e a demanda por dinheiro, o dinheiro se 
transforma numa mercadoria, cujo o preço e a taxa de juro no estabelecimento do 
equilíbrio macroeconômico. 
O orçamento do estado e a elaboração do acordo com as grandes opções do plano anual 
e tendo em conta as obrigações decorrentes da lei ou de contrato, as opções de plano são 
votadas pela assembleia da república sintetizam as directrizes em relação às quais o 
próprio plano e organizado. 
o período da elaboração do orçamento deve obedecer a duas condições ao mesmo tempo 
contraditórias, deve ser curto para que o momento da previsão se aproxime o mais 
possível de cobrança das receitas e do pagamento das despesas. 
A analisando o estudo da macroeconomia e a observação regional ou nacional..A 
Macroeconomia é um pilar da economia , sendo o outro a microeconomia. 
 
28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11. Referências Bibliográficas 
BALTAZAR, Rui ​texto de apoio a introdução a economia política​, 1900 
LACOMBE (2004) 
BOBBIO, Norberto/ Michelangelo BOVERO. Sociedade e Estado na Filosofia Política 
https://conceto.de.taxa-de-cambio 
lacombe(2004) 
Moderna. SP, Brasiliense, 1987, 2ª ed. 
HEILMANN, Maria de Jesus Rodrigues Araújo. Globalização e o a nova economia. 
Curitiba, Editora Juruá, 2010 
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PAULO, Samuel son, ​economia​ 1 e a 2 Edição, 1999 
PEREIRA, Fernando Fonseca Carnaval. O direito à participação dos interessados nos 
procedimentos administrativos. Dissertação de mestrado em Ciências Jurídico-Políticas 
apresentada à Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Coimbra: [s.n.], 2006 
HOBBES, Thomas. Textos Escolhidos. SP, Abril Cultural, 1983, 3ª ed. Col. "Os 
Pensadores". 
WEFFORT, Francisco C. (org.) Os Clássicos da Política 1. SP, Ática, 1991, 2ª ed. 
 
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