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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 02 VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE FORTALEZA
 Processo número: 2007.01.11376-6
 
 JOCELINO DA SILVA LIMA, brasileiro,solteiro,autonômo,
portador do documento de identidade RG. N 910150152017, e inscrito
no CPF sob o N 47986670304,domiciliado e residente na rua
Campeões, n° 06, bairro Dionisio Torres Município de Fortaleza/Ce,
vem mui respeitosamente por meio de seu advogado que este
subscreve (procuração em anexo), a presença de Vossa Excelência, 
apresentar com fundamento no artigo 406 do Código de Processo 
Penal a sua 
RESPOSTA Á ACUSAÇÃO 
pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:
I-DOS FATOS
 No dia 27 sede janeiro de 2007, por volta das 20:25 horas o acusado que se encontrava em um bar vizinho bebendo algumas cervejas bar esse vizinho casa onde moravam com a vitima,quando já ia embora, a vitima chegou, que foi conversar com a mesma, mas esta disse que não queria conversa, o acusado queria apenas que a vitima devolvesse objetos que seria dele que a mesma levou tudo quando abandonou a casa onde os dois moravam, a mesma informou que não devolveria nada porque as coisas eram dela,o acusado a vitima que iria pegar suas coisas de qualquer jeito,nem que fosse na justiça nesse momento a vitima foi até um rapaz, desconhecido do acusado, que em seguida veio até o acusado e disse que era melhor ficar quieto e deixar pra lá, não ir mais atrás de confusão, o acusado então disse a ele que iria atrás que o rapaz ficou com raiva e lhe deu um murro o acusado então pegou um casco de cerveja,quebrou e foi em cima do rapaz, que a vitima se meteu no meio e foi atingida,que nessa ocasião Abel proprietário do estabelecimento o levou para a casa dele que passou mais ou menos uma hora na casa de Abel e depois foi embora a para a casa de sua mãe, que não sabe quantos golpes acertou na vitima pois foi tudo muito rápido e não viu sangue na mesma .
II- DAS PRELIMINARES
 1 – Da Legítima Defesa
 A legítima defesa está prevista no Código Penal Brasileiro, mais especificamente nos artigos 23, II e 25, a defesa necessária empreendida contra agressão injusta, atual ou iminente, contra direito próprio ou de terceiro, usando, para tanto, moderadamente, os meios necessários. Trata-se do mais tradicional exemplo de justificação para a prática de fatos típicos. Por isso, sempre foi acolhida, ao longo dos tempos, em inúmeros ordenamentos jurídicos, desde o direito romano (...). Valendo-se da legítima defesa, o indivíduo consegue repelir agressões indevidas a direito seu ou de outrem, substituindo a atuação da sociedade ou do Estado, que não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo, através dos seus agentes. A ordem jurídica precisa ser mantida, cabendo ao particular assegurá-la de modo eficiente e dinâmico.
Ora, emérito julgador, a presente definição não poderia adequar-se melhor ao caso em tela. É sabido que o Estado tomou para si a responsabilidade de aplicar a justiça, retirando esta prerrogativa dos particulares. No entanto, é também notório que a legítima defesa é um instituto milenar, exceção à regra, exatamente pela impossibilidade de a justiça do Estado se fazer onipresente, e, assim, evitar tragédias iminentes. 
No caso em análise, seria impossível exigir que o acusado agisse de maneira diversa, pois o mesmo querendo apenas conversa com a vitima quando um rapaz estranho a ele aparece e lhe dar um murro o mesmo só tentou se defende das agressões que o rapaz poderia comente á ele, o mesmo não tinha em nenhum momento a intenção de machuca a vitima quando a mesma entrou no meio para defende o rapaz.
 LEGÍTIMA DEFESA – Uso moderado dos meios necessários – Caracterização – Inexigibilidade da proporcionalidade no revide à agressão injusta – Agente que, em tal instante dramático, não pode dispor de ânimo calmo e refletido para medir aritmeticamente a sua reação em relação ao ataque – Hipótese em que o meio empregado era o único existente no momento que tornava possível a repulsa à violência”
b) Agressão injusta: a vitima em nenhum momento agiu com violência quando injustamente esse rapaz a mando da vitima lhe deferiu um murro o mesmo apenas tentou se defende das agressões que o rapaz estranho a ele vinha comentendo.
c) Atualidade ou iminência: atual é o que está acontecendo (presente), enquanto iminência é o que está em vias de acontecer (futuro imediato)- Já que a vitima não conhecia o rapaz que veio a lhe agrendir sem ao menos ter motivo ou até a lhe conhecer, não sabendo de quem se tratava sua índole podemos o mesmo se trata de uma pessoa perigosa só agiu em defesa própria.
d) Direito próprio ou de terceiro: indubitavelmente, o acusado defendia sua própria vida, o mais importante bem jurídico tutelado pelo Direito. 
 RECURSO CRIMINAL. CRIME DE LESÃO CORPORAL. LEGÍGIMA DEFESA. I- DEMONSTRADOS OS REQUISITOS DA LEGÍTIMA DEFESA ESTABELECIDAS NO ART. 25 DO CÓDIGO PENAL, IMPÕE-SE A ABSOLVIÇÃO. II - CORRETA POIS A SENTENÇA FUSTIGADA AO JULGAR IMPROCEDENTE O PEDIDO CONSTANTE DA DENUNCIA E ABSOLVER O RÉU. III- RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
III- MÉRITO 
 O acusado no caso teve apenas a intenção de se defende das agressões feitas por terceiro alheio a situação, não tendo a intenção de machuca a vitima muito menos a intenção de pratica o homicídio da mesma, não caracterizando a tentativa de homicídio tipificada no art. 121, parágrafo segundo,inciso I do Código Penal Brasileiro.
 A Jurisprudência é mansa e pacífica e tem decidido que:
 "É a reação imediata à ameaça iminente ou agressão atual a direito próprio ou de outrem (TJSP, RT 518/349)".
 "Em face da agressão injusta, a vítima tem a faculdade legal e o dever moral de obstá-la, mesmo recorrendo ao exercício de violência (TJSP, RT 624/303, TACrSP, JULGADOS 75/406)".
 "A LEGÍTIMA DEFESA PRÓPRIA: QUANDO A LEI FALA EM LEGÍTIMA DEFESA ESTREME DE DÚVIDA, O ENTENDIMENTO QUE SE TEM EM CONTA A TAL RESPEITO É O QUE RESULTA DA PROVA APURADA NO PROCESSO, NO FATO REAL, TUDO QUE RESPEITA O SEU CONTEÚDO. É UMA CONOTAÇÃO TÉCNICO-JURÍDICA DE NATUREZA ESPECÍFICA, EXCEPCIONAL, COMPREENDENDO EM SEUS EXTREMOS A APRECIAÇÃO DA PROVA PRODUZIDA, AINDA QUE MINGUADA E FALHA, MAS QUE PROJETE UM ACONTECIMENTO E SEU DESENROLAR DE MANEIRA TAL QUE OUTRA FORMA NÃO PODE SER ADMITIDA, A NÃO SER EM MERA CONJECTURA, EM DECORRÊNCIA DE PRESUNÇÃO. DAR OUTRA INTERPRETAÇÃO À EXPRESSÃO LEGAL IMPORTA EM ESTABELECER UMA ACUSAÇÃO DECORRENTE DE PRONÚNCIA E IMPOR AO JÚRI UM JULGAMENTO QUE, DESDE LOGO, SERIA INÚTIL, RECONHECIDA QUE POSSA SER, DE PRONTO, A EXCLUDENTE DA LEGÍTIMA DEFESA OU OUTRA QUALQUER" (TJSP - Rec. - Rel. Des. Hoeppner Dutra - RJTJSP 43/351). É do entendimento de nossos Doutrinadores:
 "A legítima defesa na opinião de ALCÂNTARA MACHADO, apresenta-se sem certos requisitos de que se reveste na legislação em vigor. Na defesa de um direito, seu ou de outrem injustamente atacado ou ameaçado, omnis civis est miles, ficando autorizado à repulsa imediata. Também é dispensada a rigorosa propriedade dos meios empregados, ou sua precisa proporcionalidade com a agressão. Uma reação ex improviso não permite uma escrupulosa escolha dos meios, nem comporta cálculos dosimétricos: o que se exige é apenas a moderação do revide, o exercício da defesa no limite razoável da necessidade.
 O acusado comenteu Erro de Tipo Essencial Evitável,indesculpável contra a vitima= o agente tem afastado apenas o dolo por ser erro de tipo essencial,ele teve a intenção de machuca o rapaz não a vitima em questão.
IV- DOS PEDIDOS 
 Diante de todo exposto:
a) Requer-se a Vossa Excelência que decrete a absolvição sumária do acusado, nos termos do art. 397 do Código de Processo Penal, como medida de preservação da mais lídima justiça 
b)Apenas por cautela, no caso de não ser acolhida a tese de absolvição sumária, requer que seja decretada a anulação do recebimento da peça acusatória em razão da visível nulidade,por conta do acusado apenas ter agindo deLegitima defesa.
c) Requer sejam intimados, na qualidade de informantes elencadas no rol abaixo. 
d) A rejeição da denúncia de tentativa de homicídio de acordo com o artigo 395 do Código de Processo Penal. 
Termos em que,
Pede deferimento.
Fortaleza- CE , 04 de Maio de 2018
Advogado
OAB n°
ROL DE INFORMANTES
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