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Aula 1 - A Comunicação e seus elementos.

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A comunicação, seus elementos 
e as funções da linguagem
Comunicação e Expressão | EAD
01
 A comunicação, seus elementos e as funções da linguagem - Aula 01
A Comunicação, seus elementos e 
suas funções
Na origem da palavra, o verbo Comunicar (Communicare em latim) significa “tornar 
comum”. Quando você transmite uma ideia ou informação para outra pessoa, 
preocupa-se com que ela entenda, não é? Se o que você transmite é compreendido 
por quem recebe a informação, ocorreu o que chamamos de Comunicação. Ou 
seja, a informação que antes era apenas sua passou a ser comum a outra pessoa. 
Todas as relações humanas são regidas pela comunicação: no meio familiar, no 
ambiente de trabalho, até aqui, no Ambiente Virtual de Aprendizagem; apenas 
assim é possível trocar conhecimentos e vivências. Estes conduzirão o homem a 
observar e entender o mundo em que vive para que possa transformá-lo. É assim 
que eu e você construímos nossa cultura e a transmitimos de geração em geração. 
Vivemos em um mundo repleto de signos. Quando você anda pela rua de uma 
cidade grande qualquer, depara-se com muitos deles: sinais luminosos, setas de 
trânsito, letreiros outdoors e outbus, cartazes, grafites... São tantos que até criou-
se lei para não haver excesso e, consequentemente, ocorrer a chamada poluição 
visual. Todos esses signos foram divididos em tipos diferentes: 
Leia o que disse o filósofo Aristóteles, para continuarmos nossa discussão:
O homem é o ser que constitui a sociedade e isso acontece porque ele se 
comunica. Você já tinha pensado nisso? Como é importante essa sua capacidade 
de se comunicar! Você é coresponsável pela existência da sociedade em que vive. 
Essa sua característica só é possível porque você possui a Linguagem!
 
Somente o homem é um animal político, isto é, social e 
cívico, porque somente ele é dotado de linguagem. A 
linguagem permite ao homem exprimir-se e é isso que torna 
possível a vida social.
Dela (da linguagem) não fazem parte apenas ícones ou índices, mas também símbolos. 
Basta pensarmos no alfabeto dos surdos-mudos, conjunto de signos, pré-estabelecido 
por um grupo, que representam letras, que, por sua vez, também são estabelecidas por 
convenção e representam sons ou grupos de sons da fala.
(MESQUITA, Roberto Melo. Gramática da língua portuguesa. 9.ed. São Paulo: Saraiva, 2007. Pág.15)
 SAIBA MAIS
Aristóteles (384 
a.C. – 322 a.C.) além 
de filósofo grego 
lembrado até hoje, foi 
discípulo de Platão 
e responsável por 
importantes estudos 
sobre a linguagem! 
Seu livro “Política” 
continua sendo 
referência para os 
estudiosos de diver-
sas áreas.
Comunicação e Expressão | EAD
02
 A comunicação, seus elementos e as funções da linguagem - Aula 01
Então, você deve ter entendido que a Linguagem é a capacidade que o homem 
tem de se comunicar (por meio de signos). E dela faz parte a língua. A Língua é um 
código formado por símbolos que seguem algumas regras de organização para que 
um grupo social possa utilizá-la e se entender. A Língua Portuguesa, por exemplo, 
é um código cujas regras de utilização estão determinadas na gramática. Eu e você 
só conseguimos nos entender utilizando a língua porque conhecemos esse código 
e estudamos suas regras para conseguirmos ser compreendidos pelos outros 
usuários da Língua Portuguesa. 
É importante ressaltar que toda língua é abstrata, porque só existe verdadeiramente 
quando a colocamos em prática. A maneira mais primitiva e imediata de colocar a 
língua em prática é o que nós chamamos de Fala.
Outra observação que você precisa fazer sobre a comunicação é que ela é tão 
presente, constante em nosso cotidiano, que muitas vezes não percebemos alguns 
de seus detalhes. Estudando a comunicação, o linguista russo Roman Jakobson 
criou um Modelo Comunicativo, no qual demonstra a relação entre os elementos 
que constituem nosso ato comunicacional. Segundo Jakobson, só ocorrerá 
comunicação se todos os elementos abaixo estiverem presentes:
Elementos da Comunicação Definição
Mensagem informações que se deseja compartilhar
Emissor ou remetente aquele que transmite a mensagem
Receptor ou Destinatário aquele para quem a mensagem é enviada
Código conjunto de signos linguísticos (palavras e 
significados) que constituem a mensagem
Canal meio físico ou virtual por onde é enviada a 
mensagem
Referente ou Contexto assunto da mensagem
Imagine que a senhora Jussara Porto é secretária em uma empresa brasileira e 
escreve um e-mail para o seu chefe, o senhor Armando Borba, solicitando uma 
reunião para discutir a folha de pagamento dos funcionários. Veja:
EMISSOR Sra. Jussara Porto
RECEPTOR Sr. Armando Borba
MENSAGEM Reunião para discutir a folha de pagamento
REFERENTE A solicitação
CÓDIGO Língua Portuguesa
CANAL Computador
Para que ocorra comunicação, todos esses elementos devem estar presentes. Se 
um deles faltar, não ocorrerá comunicação. 
 
 SAIBA MAIS
É importante você ler 
o primeiro capí-
tulo da Gramática de 
Roberto 
 Melo Mesquita, 
citada acima. Estude 
da página 14 à 
página 38.
Comunicação e Expressão | EAD
03
 A comunicação, seus elementos e as funções da linguagem - Aula 01
 
Um importante aspecto do processo comunicacional é o feedback - o retorno que 
recebemos do receptor após enviarmos uma mensagem. Na situação descrita 
anteriormente, o Sr. Armando respondeu a mensagem e confirmou a reunião. 
Consideramos então que o feedback foi positivo. Mas se ele não concordasse em 
se reunir com a secretária, o feedback seria negativo. Assim podemos identificar 
acertos e falhas em nossa comunicação. Se o feedback é negativo, algum 
elemento foi mal empregado. Imagine o que aconteceria se enviasse uma carta... 
Sua mensagem não chegaria tão rápido ao chefe. Seria um péssimo canal. E se 
sua mensagem fosse escrita em língua japonesa e seu chefe não conhecesse o 
idioma? Erro de código.
1. As Funções da Linguagem
Cada emissor tem seus objetivos, aquilo que deseja conseguir do receptor, 
com sua comunicação. Quando falamos ou escrevemos temos intenções, 
logo, a nossa linguagem é sempre acompanhada de uma ou mais funções. 
Você pode compartilhar uma notícia de jornal, pedir para um amigo emprestar 
um livro, escrever poemas para quem ama. Todas essas comunicações têm a 
mesma intenção, ou função? Não. Jakobson explica essas diferentes intenções 
conceituando seis funções da linguagem. Por que seis? Porque são seis os 
elementos do modelo comunicativo que já estudamos e cada um deles será 
destacado em uma das funções. A partir do quadro abaixo você poderá ver essa 
relação entre os elementos da comunicação e a função da linguagem.
Elementos da Comunicação Funções da Linguagem
Contexto ou referente Referencial
Emissor ou remetente Emotiva
Mensagem Poética
Receptor ou destinatário Conativa
Canal Fática
Código Metalinguística
1.1 Função Referencial
Leia o texto:
Em 2014, será extinta a Declaração de Informações Econômico-Fiscais de Pessoa 
Jurídica (DIPJ). As medidas fazem parte de um pacote de medidas anunciadas 
nesta segunda-feira (12), pelo fisco para facilitar a vida dos contribuintes.
Você pode ler o texto na íntegra em (http://sereduc.com/EpeZmC)
Note que o texto tem como principal função informar sobre as novas regras do 
imposto de renda. Assim como nas notícias de jornal, nas bulas de remédio, nas 
comunicações empresariais, a intenção principal é informar de maneira objetiva e 
o principal elemento é o referente, por isso predomina o uso da terceira pessoa do 
singular (ele/ela) para imprimir um caráter impessoal. A função desses textos é a 
referencial ou denotativa.
 SAIBA MAIS
SENTIDO REAL é 
aquele que pode 
ser tomado como 
o sentido “básico, 
usual” da palavra 
ou expressão, esse 
pode ser compreen-
dido sem ajuda do 
contexto.
Quando uma palavraou enunciado se 
apresenta em seu 
sentido usual, adquire 
valor denotativo.
Fonte: 
www.brasilescola.
com/gramatica/
sentido-literal-
sentido-figurado.html
Comunicação e Expressão | EAD
04
 A comunicação, seus elementos e as funções da linguagem - Aula 01
A função referencial aponta para o sentido real dos seres e das coisas. As 
mensagens da função referencial transmitem conhecimentos sobre objetos, de 
forma transparente, informacional, simples e convencional.
1.2 Função Emotiva
É a função centrada no sujeito emissor ou remetente e tenta passar a impressão 
de um sentimento verdadeiro ou simulado. A função emotiva traduz sua emoção a 
respeito do que “ele”, o emissor, fala. Corresponde à primeira pessoa (eu). Como 
exemplo, temos as interjeições – palavras invariáveis que exprimem estados 
emocionais, sensações ou servem como auxílio para expressar o que o emissor 
sente. Podem ser de alegria (oba!, que bom!), de saudação (oi, olá), de admiração 
(oh, puxa, caramba, céus), de medo (cruzes, socorro), entre outras.
Leia os quatro primeiros parágrafos da página 107 do texto de Fernando Pessoa “O 
Eu profundo e os outros Eus”
Fonte : http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/vo000009.pdf
Você certamente percebeu que o emissor fala sobre si mesmo, suas ideias e 
sensações. O uso da primeira pessoa é frequente, transparecendo claramente 
a intenção do emissor em descrever-se. O uso de verbos na primeira pessoa do 
singular “SEI”, “DESPERTEI”, “durmo”, “Sinto”, “Sou”; os pronomes “meu”, “eu”, 
“me”, “minha” são todos propositalmente usados pelo poeta para descrever o 
emissor.
NA FLORESTA DO ALHEAMENTO
SEI QUE DESPERTEI e que ainda durmo. O meu corpo antigo,
moído de eu viver, diz-me que é muito cedo ainda. . . Sinto-me
febril de longe. Peso-me não sei por quê. ..
Num torpor lúcido, pesadamente incorpóreo, estagno, entre
um sono e a vigília, num sonho que é uma sombra de sonhar.
Minha atenção bóia entre dois mundos e vê cegamente a profundeza
de um mar e a profundeza de um céu; e estas profundezas
interpenetram-me, misturam-se, e eu não sei onde estou nem o
que sonho.
Um vento de sombras sopra cinzas de propósitos mortos sobre
o que eu sou de desperto. Cai de um firmamento desconhecido
um orvalho morno de tédio. Uma grande angústia inerte manuseia-
me a alma por dentro, c incerta, altera-me como a brisa
aos perfis das copas.
Na alcova mórbida e morna a antemanhã de lá fora é apenas
um hálito de penumbra. Sou todo confusão quieta. . . Para que
há de um dia raiar?. . . Custa-me o saber que ele raiará, como
se fosse um esforço meu que houvesse de o fazer aparecer.
Comunicação e Expressão | EAD
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 A comunicação, seus elementos e as funções da linguagem - Aula 01
No ambiente profissional temos alguns outros exemplos: um candidato a uma 
vaga de emprego que fala suas competências na entrevista, o novo chefe que se 
apresenta aos funcionários descrevendo seu modo de trabalho e suas experiências 
profissionais.
1.3 Função Poética
Centra-se na mensagem e há a predominância da conotação e do subjetivismo. 
Trabalha principalmente com os signos, o discurso, independente dos objetos. 
Segundo Jakobson, o emissor se preocupa tanto com a maneira de dizer como se 
importa com o que é dito, por isso seleciona cada palavra e a maneira de combiná-
las para formar a mensagem. 
Figura 01 – Ronaldo Azeredo: Velocidade, 1958 - Fonte: http://sereduc.com/hzk8X9
Atenção: apesar do nome, a função poética não existe apenas na poesia. Ocorre 
na linguagem coloquial, na música, na linguagem publicitária, entre outras.
1.4 Função Conativa ou Apelativa
É centrada no sujeito receptor ou destinatário e tem como principal característica 
a persuasão, sendo muito utilizada na Propaganda. Segundo Jakobson, a 
função conativa encontra sua expressão mais pura no vocativo e no imperativo. 
O imperativo é o modo verbal que expressa uma ordem, um pedido, uma 
recomendação, ou ainda, um convite. Outro exemplo é o vocativo, termo da oração 
por meio do qual chamamos ou interpelamos o interlocutor, real ou imaginário.
Todos os dias somos convidados a comprar e experimentar em vários comerciais 
de tv. A Garoto popularizou um de seus chocolates com o slogan “Compre baton... 
Compre baton...” A empresa de vestuário C&A repete a frase “Abuse e Use C&A”. 
Jornais e revistas buscam vender seus produtos fazendo uso do verbo: Assine. 
Todos esses exemplos utilizam o verbo no imperativo, chamando o consumidor 
(receptor) a adquirir seus produtos.
Outro belo exemplo de função conativa é a música Tente outra vez, de Raul Seixas.
 Dica!
Veja outros 
exemplos de função 
poética 
na poesia concreta 
em:
http://sereduc.com/Ch3xrV
Comunicação e Expressão | EAD
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 A comunicação, seus elementos e as funções da linguagem - Aula 01
Leia um trecho e observe os verbos no imperativo e como o compositor (emissor) 
se dirige diretamente ao ouvinte (receptor).
Novamente os verbos são importantíssimos para percebermos como o emissor 
conversa com o receptor.
Enquanto lemos esse texto, podemos imaginar alguém apontando o dedo para nós, 
gesticulando como quem nos chama atenção e dá orientações. São os verbos que 
pedimos para você prestar atenção,antes do texto, que expressam essa ideia de 
orientação, de pedido, de alguém conversando conosco, os leitores (receptores).
Você pode assistir ao vídeo dessa música copiando e colando esse link no seu 
navegador: http://sereduc.com/o28iw6
Ou esta outra opção: http://sereduc.com/WOCswQ
1.5 Função Fática
Procura estabelecer, interromper ou prolongar a comunicação e serve para testar a 
eficiência do canal. As mensagens da função fática testam a eficiência de contato 
do canal. Exemplo: Em uma conversa telefônica, o emissor dirige-se ao receptor 
dizendo “alô, certo?, né, ahã”.
TENTE OUTRA VEZ
Veja!
Não diga que a canção
Está perdida
Tenha fé em Deus
Tenha fé na vida
Tente outra vez!... 
Beba! (Beba!)
Pois a água viva
Ainda tá na fonte
(Tente outra vez!)
Você tem dois pés
Para cruzar a ponte
Nada acabou!
Não! Não! Não!... 
Tente!
Levante sua mão sedenta
E recomece a andar
Não pense
Que a cabeça aguenta
Se você parar
Não! Não! Não!
Não! Não! Não!...
SEIXAS, Raul; COELHO, Paulo; MOTTA, Marcelo. LP Novo Aeon. Philips, 1975.
SINAL FECHADO
Olá, como vai?
Eu vou indo e você, tudo bem?
Tudo bem eu vou indo correndo
Pegar meu lugar no futuro, e você?
Tudo bem, eu vou indo em busca
De um sono tranquilo, quem sabe...
Quanto tempo... pois é...
Quanto tempo...
Me perdoe a pressa
É a alma dos nossos negócios
Oh! Não tem de quê
Eu também só ando a cem.
VIOLA, Paulinho da. LP Foi um rio que passou em minha vida, EMI, 1970
Comunicação e Expressão | EAD
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 A comunicação, seus elementos e as funções da linguagem - Aula 01
Você deve ter percebido, na canção de Paulinho da Viola, que o compositor 
descreve as falas de uma conversa. Perceba que as expressões “Olá”, “Pois é...” 
são utilizadas pelos participantes da conversa (interlocutores) para demonstrar um 
ao outro que estão atentos ao que estão dizendo, que ainda estão “do outro lado da 
linha”.
Você pode ouvir e ver a apresentação dessa música no link: http://sereduc.com/X8C9m0
1.6 Função Metalinguística
Também chamada de metalinguagem. É a língua (código) que tenta explicar ou 
trata de alguma forma a própria língua. Ou é um discurso linguístico usado para 
descrever sobre outras linguagens. A metalinguagem transmite reflexões sobre as 
mais variadas formas de utilização da linguagem.
Para exemplificar a função metalinguística, analisemos uma Gramática da Língua 
Portuguesa, usada por você na escola em praticamente todo o Ensino Médio. A 
Gramática possui centenas de discursos (conceitos, regras, análises, explicações) 
usados para descrever a Língua Portuguesa. Aulas de línguas estrangeiras 
também sãoum ótimo exemplo de função metalinguística. Um dicionário também 
se enquadra como exemplo dessa função, pois apresenta milhares de verbetes de 
análise das utilizações da linguagem.
Até mesmo nas artes plásticas há diversos exemplos de função metalinguística.
Através dessa busca do Google para “van gogh auto retrato”, você observa que 
o pintor pós-impressionista holandês Vicent Van Gogh pintou 35 autorretratos de 
1886 a 1889, introduzindo, dessa forma, o próprio corpo e reflexões sobre seu 
estado de saúde como forma de se expressar artisticamente. Analise a figura 
abaixo.
Figura 02 - “Autoretrato diante do Cavalete”
 Dica!
Encontre mais 
autorretratos
na busca do 
Google para
 “van gogh 
auto retrato”
em:
http://sereduc.com/9mkZRH
Comunicação e Expressão | EAD
08
 A comunicação, seus elementos e as funções da linguagem - Aula 01
Há duas maneiras de analisarmos a metalinguagem na obra acima. Em primeiro 
lugar, trata-se de um autorretrato, onde o próprio pintor retratado é o autor e 
modelo da obra artística. Em segundo lugar, vemos Van Gogh manuseando uma 
série de pincéis e uma paleta com tintas sobre o braço direito, de frente para 
uma tela. Agora nos aprofundamos um pouco na função metalinguística. Não é 
apenas o pintor. A própria arte da pintura torna-se elemento constitutivo do discurso 
metalinguístico desse quadro. O pintor pinta a si mesmo em plena atividade. 
Metalinguagem pura.
É importante ressaltar que você poderá encontrar mais de uma função num mesmo 
texto, porque podemos ter mais de uma intenção ao escrever. Segundo Souza e 
Carvalho (2005, p. 11), “a divisão de tipos básicos de comunicação não ocorre de 
forma pura, ou seja, o uso de qualquer uma das funções não implica o anulamento 
de outras. Um sermão, por exemplo, de caráter predominante conativo, desde que 
busca persuadir os receptores para um determinado comportamento, pode também 
manifestar e despertar emoções, cumprindo então função emotiva. Poderá ainda 
incluir referências, ao narrar, por exemplo, fatos históricos”.
Agora que já conhece o modelo comunicativo de Roman Jakobson, os elementos 
da comunicação e as funções da linguagem, você pode aprofundar seus 
conhecimentos com o livro Português Instrumental que está em nossa bibliografia 
(MARTINS, D. S. e ZILBERKNOP, L. S. Português Instrumental. São Paulo: Atlas, 
2010).
Realize a atividade proposta com atenção. Essas informações são imprescindíveis 
para acompanharmos as próximas aulas.
No próximo encontro trataremos das Variedades Linguísticas. Você sabe o que elas 
são? Será que você utiliza todas elas? E onde nós podemos encontrá-las?
Até breve!

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