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Direito Civil III caso concreto 1 7

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Direito Civil III
Caso Concreto – Semana 01
O professor Antônio José começou a aula de Direito Civil III com a seguinte afirmação: - A vontade é um dos principais elementos para a formação dos contratos. Deve ser valorizada. Porém dentro de toda a lógica normativa que envolve os deveres e obrigações contratuais. Assim o contrato se tornou um instituto funcionalizado, isto é, uma vez não cumprida a sua função, não possui efeitos jurídicos. Nesse contexto a autonomia de vontade das partes dentro da relação negocial existente está condicionada ao cumprimento da função social. A seguir, o professor colocou as seguintes perguntas no quadro: 
a) Quais as condições de validade do contrato? 
Resp.: Segundo o Art. 104 do Código Civil, a validade do negócio jurídico requer: agente capaz; objeto lícito, possível, determinado ou determinável; forma prescrita ou não defesa em lei.
b) O que significa e qual a relevância da autonomia da vontade das partes numa relação contratual? 
Resp.: A autonomia da vontade confere as partes da relação contratual liberdade para fixar o conteúdo dos contratos e decidir sobre as cláusulas que são convenientes, ou seja, permite às partes estipularem os termos contratuais da melhor maneira para ambos envolvidos no contrato.
c) O que vem a ser a função social do contrato?
Resp.: A função social do contrato é a relação dos contratantes com a sociedade, pois produz efeitos perante terceiros. Logo, visa regulamentar a liberdade contratual em observância aos valores constitucionais, é uma limitação da autonomia privada, pois impõe aos contratantes deveres, harmonizando os interesses públicos com interesses privados. 
Caso Concreto – Semana 02
Manoel, prestador de serviços em Curitiba, após troca de e-mails com informações sobre o serviço (via Internet) com Maria (residente em Colombo, região metropolitana de Curitiba) apresenta-lhe on-line (também via Internet/Messenger) proposta para realizar pintura de sua residência, indicando o preço que cobraria pela empreitada e o material necessário. Responda as questões abaixo: 
i. Pode-se afirmar que houve negociação preliminar? Se afirmativa a resposta, de que forma? 
Resp.: Sim, houve negociação preliminar, haja visto que existiu a troca de e-mails com intuito de averiguar melhor as condições do serviço a ser contratado ou não.
ii. A proposta feita on-line por Manoel vincula? Justifique sua resposta e destaque, em caso afirmativo, o que significaria a obrigatoriedade da oferta. 
Resp.: Sim, vincula, logo Manoel fica obrigado a cumprir o serviço ofertado a Maria, caso esta aceite a proposta.
iii. Qual o prazo de validade da oferta feita por Manoel? 
Resp.: Não há prazo de validade determinado, contudo, segundo o Código Civil, art. 428, inciso I, a proposta deixa de ser obrigatória se não foi imediatamente aceita.
iv. Em que momento poderia ser considerada aceita a proposta e formado finalmente o contrato? 
Resp.: A partir da aceitação expressa feita por Maria, tem-se considerada aceita a proposta e firmado o contrato.
v. Identifique o lugar da celebração do contrato.
Resp.: Conforme o Art. 435 do Código Civil, reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto, portanto, no caso concreto em questão o lugar de celebração do contrato entre Manoel e Maria é a cidade de Curitiba.
Caso Concreto – Semana 03
Lúcia promete à sua Comissão de Formatura que trará para cantar em uma festa, destinada a arrecadar fundos para a Comissão, sua tia, Ivete Sangalo. Os membros da Comissão, conhecedores do relacionamento próximo que Lúcia possui com sua tia, com razões concretas e objetivas para acreditar na promessa, não contratam nenhuma banda e iniciam os preparativos de divulgação do evento que, então, terá como uma das principais atrações a mencionada cantora. Ocorre que um dia antes do início da festa, Lúcia telefona para o presidente da Comissão e o comunica que embora tenha realizado inúmeros esforços não conseguirá trazer a tia para cantar na festa. Diante dessa situação, responda: 
a) Qual é o tipo de obrigação (utilize pelo menos duas classificações) assumida por Lúcia em face da Comissão de formatura e que espécie contratual pode ser identificada? 
Resp.: Promessa de fato de terceiro.
b) Lúcia poderá ser de alguma forma responsabilizada, mesmo tendo empreendido todos os seus esforços para que a tia cumprisse promessa por ela feita?
Resp.: Sim, ela responderá por perdas e danos, segundo o Art. 439 do Código Civil.
c) Suponha que por intermédio de Lúcia, a representante da cantora entrou em contato com o Presidente da Comissão e, anuindo com a indicação do promitente, combina que a cantora cantará na festa no dia e horários marcados. No entanto, no dia do evento a cantora é convidada a receber um prêmio e não comparece ao evento. Quem responderá pelos prejuízos causados por essa ausência? Fundamente sua resposta.
Resp.: Conforme disposto no Art. 440 do Código Civil, quem responderá pelos prejuízos causados nesta hipótese será a cantora Ivete (representada), pois se comprometeu a cantar na festa no dia e horários marcados.
Caso Concreto – Semana 04
Caio ajuizou uma demanda buscando o ressarcimento de danos materiais e morais advindos da perda da propriedade de dois lotes de terra urbanos adquiridos da empresa “Da Terra Ltda.", no ano de 2004, decorrentes da evicção. Alega Caio que, tão logo se imitiu na posse dos bens adquiridos, foi deles retirado por credor do alienante. O credor do alienante apresentou escritura particular demonstrando que os lotes que Caio acabara de adquirir lhe foram entregues em dação em pagamento. Considerando os dados fornecidos, esse pedido será julgado procedente ou improcedente? Por quê? Fundamente sua resposta. 
Resp.: No caso concreto em questão, o pedido de Caio será julgado improcedente, haja visto que não houve Evicção. 
Caso Concreto – Semana 5
Arnaldo contratou, por telefone, serviço de TV a cabo por meio do qual recebeu, em comodato, aparelho de recepção de sinal. Passado algum tempo, informou, também por telefone, que desejava realizar distrato, além de ser indenizado pelo que gastou nas despesas com o uso da coisa, consistentes em aquisição de televisor compatível com a tecnologia do aparelho de recepção de sinal. A prestadora de serviço informou que, para realização do distrato, Arnaldo deveria assinar um instrumento escrito. Além disto, recusou-se a indenizar Arnaldo e exigiu de volta o aparelho de recepção de sinal. A prestadora de serviço tem ou não tem razão? Explique sua resposta
Resp.: Conforme o Art. 472 do Código Civil, o distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato, logo a prestadora de serviço não tem razão em exigir que a realização do distrato seja por escrito, haja visto que o contrato foi feito por telefone. Contudo, a prestadora tem o direito de pedir de volta o aparelho de recepção de sinal recebido por Arnaldo, bem como, possui razão em recusar-se a indenizá-lo pelos gastos com despesa para uso da coisa. 
Caso Concreto – Semana 6
(CESPE-DPE-Adaptado) Em 19/12/2012, Elias, divorciado, e sua irmã, por parte de pai, Joana, solteira, procuraram a DP para saber o que poderia ser feito a respeito da venda de um imóvel urbano, realizada pelo pai de ambos, Aldair, a seu neto, Miguel, filho de Cláudio, irmão dos assistidos, o qual havia passado a residir no imóvel com o pai alienante após a morte da companheira deste, Vilma. Afirmaram que não haviam consentido com a venda, muito embora dela tivessem sido notificados previamente, sem que, contudo, apresentassem qualquer impugnação. A alienação consumou-se em escritura pública datada de 18/10/2002 e registrada no dia 11/11/2002. Considerando aspectos relativos a defeitos, validade, invalidade e nulidade do negócio jurídico, com referência à situação hipotética acima descrita, que é necessário para sua anulação?.
Resp.: Segundo entendimento doutrinário e jurisprudencial majoritário, a alienação feita por ascendente à descendente é, desde o regime originário do Código Civil de 1916 (art.1132), ato jurídico anulável. Tal orientação veio a se consolidar de modo expresso no novo Código Civil (CC/2002, art. 496). Além da iniciativa da parte interessada, para a invalidação desse ato de alienação é necessário: a) fato da venda; b) relação de ascendência e descendência entre vendedor e comprador; c) falta de consentimento de outros descendentes (CC/1916, art. 1132), d) a configuração de simulação, consistente em doação disfarçada (REsp 476557/PR, Rel. Min. NANCY ANDRIGHI, 3ª T., DJ 22.3.2004) ou, alternativamente, e) a demonstração de prejuízo (EREsp 661858/PR, 2ª Seção, Rel. Min. FERNANDO GONÇALVES, Dje 19.12.2008; REsp 752149/AL, Rel. Min. RAUL ARAÚJO, 4ª T., 2.10.2010).
Caso Concreto – Semana 7
Germano vendeu a Juca uma chácara localizada a poucos quilômetros do centro de Curitiba. Neste contrato fixaram as partes que se Juca quiser vender o imóvel deverá oferecê-lo previamente a Germano em igualdade de condições da oferta feita a terceiros. Sobre este contrato, pergunta-se:
Pode-se identificar algum tipo de cláusula especial neste contrato de compra e venda? Em caso afirmativo, qual é a cláusula e qual seu conceito? 
Resp.: Sim, a preempção, impõe ao comprador a obrigação de oferecer ao vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use de seu direito de prelação na compra, tanto por tanto (art. 513 do CC).
Não havendo prazo estipulado para o exercício do direito previsto na cláusula especial, qual será o limite temporal máximo? Quando tem início a contagem desse prazo? Esses prazos podem ser alterados pela vontade das partes? 
Resp.: O prazo para exercer o direito de preferência não poderá exceder a cento e oitenta dias, se a coisa for móvel, ou a dois anos, se imóvel (Art. 513, parágrafo único do CC). Trata-se de prazo de decadência legal (imposto por Lei), logo não poderá ser alterado pelas partes.
Caso a cláusula não seja observada por Juca, que medidas Germano poderá tomar? Explique sua resposta.
Resp.: Conforme o Art. 518 do Código Civil, responderá por perdas e danos o comprador, se alienar a coisa sem ter dado ao vendedor ciência do preço e das vantagens que por ela lhe oferecem. Responderá solidariamente o adquirente, se tiver procedido de má-fé.

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