Buscar

APS DIREITOS HUMANOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INSTITUTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
 CURSO DE DIREITO – 2017
PRIVATIZAÇÃO PRISIONAL NO BRASIL
DANIELE DUARTE FONTES
RA: D25CDG-9
VIVIAN BENAVIDES MARTINS
RA: T2890D-7
VIVIAN FERREIRA
RA:
SOROCABA 2017
UNIVERSIDADE PULISTA – UNIP
ÍNDICE
Resumo da Entrevista de Americo Incalterra à revista Exame...Pág 03
Privatização do Sistema Carcerário do Brasil..............................Pág 04
2.1 Como os presídios lucram..................................................Pág06
Conclusão......................................................................................Pág 07
Argumentação favorável à privatização carcerária....................Pág 07
Argumentação contrária à privatização carcerária.....................Pág 08
Bibliografia.....................................................................................Pág 09
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
A IMPUNIDADE E TORTURA NOS PRESÍDIOS BRASILEIROS – ENTREVISTA DA REVISTA EXAME
Resumo da Entrevista de Americo Incalterra à revista Exame
O Subcomitê sobre a Prevenção da Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos e Degradantes (SPT) da ONU, entregou no fim do ano passado um relatório ao Ministério da Justiça do Brasil sobre o que foi apurado em 22 prisões do país.
Em uma entrevista realizada com o representante regional para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Americo Incalcatera, diz que “O clima de impunidade nas prisões do Brasil alimenta a continuação de violações de direitos humanos nas prisões e a tortura é generalizada desde o momento da detenção, durante interrogatórios e em presídios”. 
Atualmente o Brasil possui a quarta maior população carcerário do mundo – 622.202 pessoas atrás das grades. De acordo com o último Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), divulgado pelo Ministério da Justiça em abril de 2016. 
A superpopulação do sistema carcerário, faz com que tenhamos um aumento da taxa de violações de direitos e tortura praticados em presídios brasileiros. Em 2015 os especialistas alertaram o Brasil sobre a gravidade dos casos de violência nos presídios e o risco de novas rebeliões. Incalterra afirmou também que a superlotação dos presídios, o déficit de vagas, casos de tortura e rebeliões, o controle feito pelo crime organizado e a política de encarceramento são alguns pontos que o Brasil precisa ajustar.
No Brasil, o que impulsiona a tortura carcerária, é a falta de impunidade a quem comete esses atos, assim, o Estado deverá assegurar que suas autoridades competentes procedam imediatamente uma investigação imparcial, sempre que houver motivos razoáveis para crer que um ato de tortura tenha sido cometido em qualquer território sob sua jurisdição. Mas para que isto ocorra o Brasil requer um forte compromisso político, precisa enfrentar a crise carcerária, através de políticas públicas e legislação em linha com os padrões internacionais. 
Incalterra deixa claro que o Brasil já conta com um sistema de combate e prevenção à tortura, que inclui o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura onde alguns estados do país já criaram mecanismos preventivos contra a tortura, porém outros estados, que ainda não o fizeram, devem estabelecer esse tipo de mecanismo, para que os problemas carcerários do Brasil, sigam as orientações Internacionais de Direitos humanos. 
A ONU recomenda aos governantes brasileiros, que não basta criar esses mecanismos de prevenção à tortura, eles devem ser implementados efetivamente e as autoridades responsáveis, devem garantir sua autonomia operacional e os recursos adequados, para que seu trabalho de fiscalização possa impactar e se tornar verdadeiro, dessa maneira, apresentando uma evolução do sistema penitenciário do Brasil. 
Privatização do Sistema Carcerário do Brasil
Em 2013 foi realizado o primeiro anuncio sobre privatização carcerária no Brasil, o presídio de Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais. Porém, prisões “terceirizadas” já existem em pelo menos outras 22 localidades no País. 
Hoje existem no mundo aproximadamente 200 presídios privados, sendo metade deles nos Estados Unidos. O modelo começou a ser implantado naquele país ainda nos anos 1980, seguindo a lógica de aumentar o encarceramento e reduzir os custos, e hoje atende a 7% da população carcerária. O modelo também é bastante difundido na Inglaterra e foi fonte de inspiração da privatização em Minas Gerais, segundo o governador do estado Antônio Anastásia.
O slogan do complexo penitenciário de Ribeirão das Neves é “menor custo e maior eficiência”, mas especialistas questionam sobretudo o que é tido como “eficiência”. Para Robson Sávio, coordenador do Núcleo de Estudos Sociopolíticos (Nesp) da PUC-Minas e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, essa eficiência pode caracterizar um aumento das prisões ou uma ressocialização de fato do preso. Entre as vantagens anunciadas está, também, a melhoria na qualidade de atendimento ao preso e na infraestrutura dos presídios.
Bruno Shimizu e Patrick Lemos Cacicedo, coordenadores do Núcleo de Situação Carcerária da Defensoria Pública de São Paulo questionam a legalidade do modelo. Para Bruno “do ponto de vista da Constituição Federal, a privatização das penitenciárias é uma excrescência”, totalmente inconstitucional, afirma, já que o poder punitivo do Estado não é delegável. “Acontece que o que tem impulsionado isso é um argumento político e muito bem construído. Primeiro se sucateou o sistema penitenciário durante muito tempo, como foi feito durante todo um período de privatizações, para que então se atingisse uma argumentação que justificasse que esses serviços fossem entregues à iniciativa privada”, completa.
Patrick afirma que o maior perigo desse modelo é o encarceramento em massa. Em um país como o Brasil, com mais de 550 mil presos, quarto lugar no ranking dos países com maior população carcerária do mundo e que em 20 anos (1992-2012) aumentou essa população em 380%, segundo dados do DEPEN, só tende a encarcerar mais e mais.
Como os presídios lucram
O que mais se questiona é como ocorre o “retorno ao investidor”, afinal, são empresas que passaram a cuidar do preso e empresas buscam o lucro. Mas como se dá esse retorno? Um preso “custa” aproximadamente R$ 1.300,00 por mês, podendo variar até R$ 1.700,00, conforme o estado, numa penitenciária pública. No presidio de Minas Gerais, o consórcio de empresas recebe do governo estadual R$ 2.700,00 reais por preso por mês e tem a concessão do presídio por 27 anos, prorrogáveis por 35. Especialistas afirmam que o lucro se dá sobretudo no corte de gastos nas unidades, como por exemplo no Presidio de Minas Gerais, os presos têm 3 minutos para tomar banho e os que trabalham, 3 minutos e meio. Ainda, no marketing do complexo, essa é uma das bandeiras: “assistência médica, odontológica e jurídica”. Dentre esses pontos, os encarcerados que “Diante de uma situação de tortura ou de violação de direitos” irão buscar um advogado contratado pela empresa e que, de fato terá que demandar contra a empresa, assim, evidentemente tudo já estará arquitetado para que o preso, permaneça por mais tempo encarcerado e consequentemente, gerando lucro para os investidores do sistema carcerário privatizado. A lógica é a seguinte: se o país mudar muito em três décadas, parar de encarcerar e tiver cada dia menos presos, pessoas terão de ser presas para cumprir a cota estabelecida entre o Estado e seu parceiro privado.
Conclusão
Como conclusão desta pesquisa, entendemos que a privatização carcerária no Brasil, apresenta os dois lados da moeda, pois a questão da “melhor” qualidade de vida aos presidiários, que é relativo, traria a população carcerária uma vantagem em manter os direitos de dignidade humana, exigidos pela ONU, como: infraestrutura, aprendizagem profissional, reabilitação à sociedade, educação, saúde, etc. Mas, de outro ladoda mesma moeda, teríamos o aumento dos gastos dos cofres públicos, corrupção política e policial para manter os números necessários de presos nas cadeias privatizadas, as torturas aos presos (realizadas às escondidas), etc. 
Dessa maneira, fica o assunto ainda um tanto controverso, dividindo opiniões de estudiosos, população e políticos, sobre manter nossas cadeias públicas, superlotadas, com uma péssima infraestrutura, mas com gastos dos cofres públicos mais acessíveis, ou manter cadeias com uma apresentação física mais “dignas e estruturadas”, porém com gastos exacerbados, e ainda com uma péssima dignidade aos seus frequentadores.
Argumentos Favoráveis à Privatização Carcerária
A melhoria da infraestrutura das prisões, como as instalações de Escolas, postos médicos equipados, Oficinas de trabalhos, Monitorização por câmeras, portões eletrônicos e maior segurança aos seus usuários e funcionário;
A diminuição dos maus tratos aos usuários do sistema carcerário, fazendo com que sigam as orientações e recomendações dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos;
Revitalização do preso à Sociedade, garantindo a ele uma profissão.
Argumentos Contrários à Privatização Carcerária
Aumento significativo aos cofres públicos, tendo um aumento de aproximadamente R$ 1.200,00 por preso;
Aumento da corrupção, política e policial, para manter as celas sempre cheias, para poder gerar lucro aos investidores. 
A seletividade de presos para usufruir das cadeias privadas, separadas pelos seus crimes, para que não se corra o risco de gerar rebeliões e destruição das penitenciarias privadas, recebendo apenas aqueles que cometeram crimes brandos, e assim, as empresas investidoras são deixariam seu marketing “manchado” pelos crimes hediondos. 
Bibliografia
ONU – Impunidade por torturas nas prisões é regra no Brasil - https://exame.abril.com.br/brasil/onu-impunidade-por-tortura-nas-prisoes-e-regra-no-brasil/
Do Carandiru a Manaus, Brasil lota presídios para combater tráfico sem sucesso - São Paulo, 03.01.2017 - Revista ElPaís http://brasil.elpais.com/brasil/2017/01/03/politica/1483466339_899512.html?id_externo_rsoc=FB_BR_CM
Lobistas do massacre - Leandro Fortes - Revista Fórum, 05/01/2017 - http://www.revistaforum.com.br/2017/01/05/leandro-fortes/
Quanto mais presos, maior o lucro - Paula Sacchetta - Agência de reportagem e jornalismo investigativo, 27.05.2014 http://apublica.org/2014/05/quanto-mais-presos-maior-o-lucro/

Outros materiais