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Apostila DC Controle Interno Municipal

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UNIPÚBLICA - ESCOLA DE GESTÃO PÚBLICA
2017
1 
 
1 CONTROLE INTERNO MUNICIPAL 
 
 
1 O QUE É CONTROLE INTERNO? 
 
 
É o plano da organização, todos os métodos e medidas coordenadas 
adotadas pela empresa para salvaguardar seus ativos, verificar a adequação e 
confiabilidade de seus dados contábeis, promover a eficiência operacional e 
estimular o respeito e obediência às políticas administrativas fixadas pela gestão 
(AICPA – American Institute of Certified Public Accountants). 
O Controle começa pelas Unidades Administrativas e não podem funcionar 
isoladamente, essas estruturas damos o nome de “Sistema de Controle Interno”. 
 
FIGURA 1 – PAIVA, Rodrigo. Significados do controle. Disponível em:< 
https://pt.slideshare.net/clairleitao/rodrigo-importncia-sistema-controle-interno-municipal>.Acesso em: 
25 maio 2017. 
 
“Controle Interno” significa na Administração Pública, que o controle será 
exercido por servidores da própria entidade auditada, conforme as normas, 
regulamentos e procedimentos por ela própria determinada, em consonância, com 
os objetivos e os preceitos gerais da Constituição Federal e das leis que regem o 
setor público. 
O “Controle Interno” em essência deve ser realizado por todo servidor 
público, em especial os que ocupam postos de chefia. Já, o instituído Sistema de 
Controle Interno checa, de forma articulada, a eficiência de todos aqueles controles 
setoriais, sobre estruturação apresentada em lei local. 
O “Controle Interno” não é a mesma coisa que Sistema de Controle Interno. 
O Sistema de Controle Interno pode ser conceituado como o conjunto de unidades 
2 
 
técnicas articuladas a partir de um órgão central de coordenação, orientadas para o 
desempenho das atribuições de Controle Interno indicadas na Constituição e nas 
diretrizes definidas pela entidade e normatizadas em cada nível de governo. 
O Controle Externo tem como titular a Câmara de Vereadores, que fiscaliza 
basicamente as mesmas atividades financeiras e operacionais, devendo sempre 
apoiar aquele controle a cargo dos Tribunais de Contas (art. 74, IV e § 1º da CF), no 
Controle Interno, a sua amplitude de atuação pode ser maior. O responsável pela 
coordenação do Sistema de Controle Interno é o Interlocutor com o Controle 
Externo. 
 
FIGURA 3 – CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO. Sistemas de Controle Interno. Disponível 
em:< http://slideplayer.com.br/slide/373968/>.Acesso em: 25 maio 2017. 
 
 
As Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público - 
NBCASP, publicadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) específica para 
o Sistema de Controle Interno Governamental, a NBC T 16.81, se desdobra em três 
categorias: 
 
 
 Operacional – relacionada às ações que propiciam o alcance dos objetivos 
da entidade governamental. 
 
 Contábil – relacionado à veracidade e à fidedignidade dos registros e das 
demonstrações contábeis. 
3 
 
 Normativa – relacionada à observância da regulamentação pertinente. 
 
O Projeto de Lei Complementar aprovado pelo Senado nº 229/09, intitulado 
“Projeto de Lei da Qualidade Fiscal”, trará maiores atribuições ao Sistema de 
Controle Interno, além daquelas previstas no art. 74 da Constituição Federal. Novas 
atribuições ao Sistema de Controle Interno: 
 Proteger o Patrimônio Público. 
 Promover a confiabilidade das informações contábeis, financeiras e 
operacionais. 
 Estimular a aderência às políticas da administração pública. 
 Suprimir controles e demais ritos administrativos que se evidenciem como 
meramente formais, como duplicação ou superposição de esforços, ou ainda 
cujo custo exceda os benefícios alcançados – locação e alienação de bens. 
 Mitigar os riscos inerentes à gestão, racionalizando os procedimentos e 
“otimizando” a alocação dos recursos humanos, materiais e financeiros. 
 Apoiar o aperfeiçoamento das práticas administrativas do respectivo órgão, 
contribuindo para a identificação antecipada de riscos e para a adoção de 
medidas e estratégias de gestão voltadas à correção de falhas, ao 
aprimoramento de procedimentos e ao atendimento do interesse público. 
 Orientar os gestores quanto à utilização e à prestação de contas de recursos 
transferidos a entidades públicas e privadas por meio de convênios, acordos 
ou termos de parceria. 
 Assessorar os gestores quanto ao cumprimento das normas de natureza 
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e das normas 
referentes a aposentadorias e pensões. 
 Prestar informações ao superior hierárquico do órgão ao qual está vinculado 
administrativamente sobre o andamento e os resultados das ações e 
atividades de sua unidade, bem como sobre possíveis irregularidades 
encontradas no âmbito da gestão pública. 
A proposta legislativa define que o Sistema de Controle Interno abrangerá 
as seguintes funções específicas, integradas entre si: 
 
4 
 
 OUVIDORIA, que fomentará o controle social e a participação popular, por 
meio do recebimento, registro e tratamento de denúncias e manifestações 
do cidadão sobre os serviços prestados à sociedade e sobre a adequada 
aplicação de recursos públicos. 
 
 CONTROLADORIA, que subsidiará a tomada de decisão governamental e 
propiciará à melhoria contínua da qualidade do gasto público, a partir da 
modelagem, sistematização, geração, comparação e análise de informações 
relativas a custos, eficiência, desempenho e cumprimento de objetivos. 
 
 AUDITORIA, como instrumento visando à prestação de contas, que avaliará 
ações implantadas pela administração pública segundo critérios previamente 
definidos e adequados, com o fim de expressar uma conclusão quanto ao 
funcionamento de políticas públicas para a gestão responsável e para a 
sociedade. 
 
 CORREIÇÃO, que terá a finalidade de apurar os indícios de ilícitos 
praticados no âmbito da administração pública e de promover a 
responsabilização dos envolvidos, por meio dos processos e instrumentos 
administrativos tendentes à identificação dos fatos apurados, à 
responsabilização dos agentes e à obtenção do ressarcimento de eventuais 
danos causados ao erário. 
 
FIGURA 4 – PAIVA, Rodrigo. A importância do sistema de controle interno – características. 
Disponível em:< https://pt.slideshare.net/clairleitao/rodrigo-importncia-sistema-controle-interno-
municipal>.Acesso em: 25 maio 2017. 
5 
 
 
A Proposta de Emenda Constitucional – PEC nº 45/09, por sua vez, tem o 
objetivo de organizar as atividades do Sistema de Controle Interno, estabelecendo 
ainda o desempenho das ações por órgãos de natureza permanente e por 
servidores concursados organizados em carreiras específicas, aplicável à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. 
Esse cenário normativo em transformação reafirma a importância do 
Sistema de Controle Interno como instituto de gestão na Administração Pública e de 
função essencial de Estado. 
 
1.2 PRINCIPAIS MOTIVOS DA NÃO IMPLANTAÇÃO DO CONTROLE INTERNO 
NAS ENTIDADES PÚBLICAS 
 
 Dificuldades em formatar uma estrutura básica de controle. 
 Vínculo do controlador com o ente controlado e nível hierárquico. 
 Metodologia de controle a ser implantada. 
 Dificuldades em definir as rotinas de controle interno. 
 
1.3 ORGANIZAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
O Controle Interno na Administração Pública é a verificação da conformidade 
da atuação desta a um padrão, possibilitando ao agente controlador a adoção de 
medida ou proposta em decorrência do juízo formado. 
 
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 5 – Estrutura organizacional do Controle Interno na Administração Pública. Disponívele:< http://slideplayer.com.br/slide/2861522/>.Acesso em: 25 maio 2017. 
6 
 
 
O Controle Interno não pode por si só, garantir e assegurar o alcance dos 
objetivos e metas da instituição. É necessário que todos cumpram com suas 
responsabilidades, o controle interno poderá exigir alterações e novas metodologias 
para diminuir riscos e fraudes. 
O Controle Interno é responsável pela: 
 Profissionalização da administração pública. 
 Transparência dos atos financeiros da gestão pública. 
 Responsabilização de agentes públicos. 

1.4 GARANTIAS BÁSICAS PARA O PLENO FUNCIONAMENTO DO CONTROLE 
INTERNO 
 
 Hierarquização adequada na estrutura organizacional. 
 Apoio irrestrito da autoridade competente. 
 Existências de procedimentos e rotinas. 
 Acesso irrestrito as unidades administrativas bem como todas as 
informações. 
 Conhecimento e capacidade para programar e executar as funções de 
fiscalização e auditoria. 
 Liberdade para relatar resultados sem restrições ou interferências 
políticas. 
 Capacidade para julgar imparcialmente as ocorrências e inconsistências 
 Capacidade para encontrar soluções. 
 
2 NORMAS DE CONDUTA DE CONTROLE INTERNO 
 
 Agir com humildade. 
 Agir sempre com energia, não com arrogância. 
 Não aceite presentinhos com objetivo de criar um canal de suborno ou 
conluio. 
 Respeite os limites de ação do seu cargo. 
7 
 
 Ao perceber o entrave dos trabalhos por algum servidor, passe a 
estabelecer regras claras – por escrito. 
 Demonstre que o seu trabalho tem como objetivo principal atestar a 
legalidade dos fatos. 
 Agir cuidadosamente zelando pela conduta e nome do órgão que 
representa. 
 Procure ter informações preliminares do daquilo que vai fazer, a fim de 
evitar questionamentos irrelevantes. 
 Pronunciar sobre determinado assunto, somente quando tiver certeza e 
segurança sobre o que estiver falando. 
 Ser flexível quando puder, não permita a política do jeitinho. 
 Agir com entusiasmo, demonstrando gosto pelo que faz. 
 Elaborar procedimentos e rotinas. 
 Leia muito. 
 O cargo de controlador exige uma remuneração digna. 
 
2.1 QUALIFICAÇÃO DO CONTROLADOR INTERNO 
 
Aos servidores designados para cargos de Controle Interno não se exige, 
mas orienta-se a que possuam grau superior de escolaridade. Preferencialmente, 
nas seguintes áreas de conhecimento: direito, administração, economia ou 
contabilidade. 
De toda forma, tendo ou não essas qualificações, o Controlador Interno 
deverá dominar, mesmo por capacitação posterior à nomeação, as seguintes áreas 
de conhecimento: 
 
1.1 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
1.2 CONTABILIDADE 
1.2.1 Auditoria 
1.2.2 Contabilidade de Custo 
1.2.3 Contabilidade Geral 
1.3 DIREITO 
1.3.1 Direito Administrativo 
8 
 
1.3.2 Direito Civil 
1.3.3 Direito Comercial 
1.3.4 Direito Constitucional 
1.3.5 Direito do Trabalho 
1.3.6 Direito Financeiro 
1.3.7 Direito Penal 
1.3.8 Direito Previdenciário 
1.3.9 Direito Processual Penal 
1.3.10 Direito Tributário 
1.4 ECONOMIA E FINANÇAS 
1.4.1 Estatística 
1.4.2 Matemática Financeira 
1.4.3 Orçamento Público 
1.5 INFORMÁTICA E LINGUAS 
1.5.1 Informática 
1.5.2 Língua Inglesa 
1.5.3 Língua Portuguesa 
 
2 - NORMAS LEGAIS 
2.1 - CONSTITUIÇÕES 
2.1.1 - Constituição da República Federativa do Brasil 
2.1.2 - Constituição do Estado do Paraná 
2.2 – PRINCIPAIS LEIS LOCAIS 
2.2.1 - Lei Orgânica Municipal 
2.2.1 - Lei do Estatuto dos Servidores Públicos 
2.2.3 – Lei da Estrutura Administrativa do Poder respectivo 
2.2.4 - Lei do Plano de Carreiras do Poder respectivo 
2.2.5 – Lei do Sistema Municipal de Controle Interno 
2.2.6 - Lei n° 8.666/93 – Normas Para Licitações e Contratos 
2.2.6 - Lei n° 10.520/02 – Regulamento do Pregão 
2.2.7 - Lei Complementar n° 101/00 – LRF 
2.2.8 - Lei n° 4.320/64 – Normas Gerais de Contabilidade Pública 
2.2.8 - Lei do Código Tributário Municipal 
2.2.9 - Lei n° 10.406/02 – Novo Código Civil 
9 
 
2.3 OUTROS 
2.3.1 - Legislação Municipal (leis, decretos, resoluções, portarias) sobre: patrimônio, 
recursos humanos, tesouraria, tributação, licitações, contabilidade e outros atinentes 
à fiscalização e controle. 
2.3.2 - Lei Orgânica, Regimento Interno, Instruções e Normativas do Tribunal de 
Contas do Estado do Paraná. 
2.3.3 - Normativas - Estadual e Federal sobre celebração de Convênios. 
 
2.4 O EXERCÍCIO DO CONTROLE INTERNO 
 
Assim, o controle é exercido de forma irrestrita e ilimitada em todos e por 
todos os Poderes de Estado, estendendo-se a toda a Administração e abrangendo 
todas as suas atividades e agentes, sendo classificadas em variados tipos e formas 
de atuação para atingir os seus objetivos. 
Essas classificações indicam que: 
 
1. O controle administrativo ou executivo é aquele exercido pela própria 
Administração sobre seus atos e agentes. 
 
2. O controle legislativo ou parlamentar diz respeito ao que o Poder 
Legislativo imprime ao sobre atos e agentes do Poder Executivo. 
 
3. O controle judiciário é o referente à correção dos atos ilegais de qualquer 
dos Poderes pelo Judiciário, quando lesivos de direito individual ou do 
patrimônio público. 
 
Quanto à forma o controle pode ser sintetizado: 
 
 De acordo com seu fundamento, pode ser hierárquico ou 
finalístico. 
 Em razão da localização do órgão que o exercita, pode ser 
interno ou externo. 
 Em virtude do momento em que é exercido, pode ser prévio ou 
preventivo ou a priori, concomitante ou sucessivo e subsequente 
ou corretivo ou a posteriore. 
10 
 
Conforme o aspecto controlado, pode ser de legalidade ou de legitimidade e 
de mérito. 
Outra abordagem do Direito Administrativo é apresentada, segundo a qual o 
controle da Administração Pública é poder de fiscalização e correção, que sobre ela 
exercem os órgãos dos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, com o objetivo 
de garantir a conformidade de sua atuação com os princípios que lhe são impostos 
pelo ordenamento jurídico. 
Dentre os pontos comuns observados, é importante registrar as visões sobre 
os chamados - Controle Externo e Controle Interno, decorrentes das classificações 
relativas à localização do órgão que o realiza e quanto à integração do órgão que o 
executa e à estrutura do órgão objeto de sua execução. 
 
2.5 OBJETO DA FUNÇÃO DO CONTROLE INTERNO 
 
O objetivo geral do Controle Interno é “assegurar que não ocorram erros 
potenciais, por meio do controle de suas causas”. 
Os objetivos específicos são: 
 Observar as normas legais, instruções normativas, estatutos e 
regimentos. 
 Assegurar, nas informações contábeis, financeiras, administrativas e 
operacionais sua exatidão, confiabilidade, integridade e oportunidade. 
 Antecipar-se, previamente, ao cometimento de erros, desperdícios, 
abusos, práticas antieconômicas e fraudes. 
 Propiciar informações oportunas e confiáveis, inclusive de caráter 
administrativo/operacional, sobre os resultados e efeitos atingidos. 
 Salvaguardar os ativos financeiros e físicos quanto a sua boa e 
regular utilização e assegurar a legitimidade do passivo. 
 Permitir a implantação de programas, projetos, atividades, sistemas e 
operações, visando à eficácia, eficiência e economicidade dos 
recursos. 
 Assegurar aderência às diretrizes, planos, normas e procedimentos 
do órgão/entidade. 
11 
 
 
FIGURA 6 - PEREIRA, Eduardo. Funções do Controle Interno. Disponível 
em:<http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/09/19/>.Acesso em: 25 maio 2017. 
 
 
Por sua vez, os elementos que compõem o conjunto referido são exercidose 
utilizados com observância a certos princípios, que congregam regras, diretrizes e 
sistemas, com a finalidade de viabilizar o alcance dos seguintes objetivos: 
 
a) Relação custo/benefício: pelo reconhecimento de que o custo de um 
controle não deve exceder o benefício por ele propiciado. 
 
b) Qualificação adequada, treinamento e rodízio de funcionários: de 
modo a assegurar a manutenção do nível de competência necessário à eficácia do 
exercício dos controles internos. 
 
c) Delegação de poderes e determinação de responsabilidades: por 
meio de atos que indiquem precisamente a autoridade que delegou o poder ou 
responsabilidade, e a pessoa que recebeu a correspondente delegação e o próprio 
objeto delegado, suportados por normas internas e estrutura organizacional 
adequado. 
 
d) Segregação de funções: implicando a separação de funções 
complementares que devem ser exercidas por pessoas diferentes. 
 
e) Instruções devidamente formalizadas: por meio de instrumentos 
baixados por pessoas que detêm a competência específica e cercados de 
características de clareza e objetividade. 
 
f) Controles sobre as transações: nos níveis - contábil, financeiro 
operacional. 
12 
 
g) Aderência às diretrizes e normas legais: apresentando conformidade e 
critérios formais previamente definidos. 
 
Nesse contexto, e considerando a “escassez de recursos, o aumento da 
responsabilidade e a cobrança cada vez maior da sociedade”. 
Ressalte-se que as atribuições da função de controle interno são delegadas 
“a um técnico ou uma unidade da administração, normalmente chamada de controle 
interno ou de auditoria interna, para coordenar as ações relacionadas com o controle 
interno” com a responsabilidade maior de “avaliar e propor melhorias no sistema de 
controle interno”, auxiliando a administração. 
Nesse sentido, a função de controle passou a considerar aspectos próprios e 
inerentes a esses modelos, como os de que os servidores são incentivados a 
assumir atitudes mais profissionais e de autorresponsabilidade, a serem focados em 
abordagens relativas à qualidade, produtividade, eficiência, economicidade, eficácia 
e efetividade, e, em consequência, a adotarem o uso de indicadores de desempenho 
associado a padrões definidos. 
As atividades do sistema de controle interno são exercidas mediante a 
utilização de técnicas de fiscalização e auditoria, as quais consistem no conjunto de 
processos que viabilizam o alcance dos macrobjetivos do sistema. 
Fiscalizar consiste na aplicação de um conjunto de procedimentos pontuais 
que permitam o exame dos atos da administração pública, visando avaliar à 
execução de políticas públicas, atuando sobre os resultados efetivos dos programas 
governamentais. 
 
A fiscalização é uma técnica de controle que visa comprovar-se: 
• O objeto dos programas de governo existe. 
• Corresponde às especificações estabelecidas. 
• Atende às necessidades para as quais foi definido. 
• Guarda coerência com as condições e características pretendidas. 
• Os mecanismos de controle da administração pública são eficientes. 
 
Os procedimentos e as técnicas de fiscalização consistem em métodos de 
investigação, que tomados em conjunto, permitem a formação de opinião 
fundamentada por parte dos responsáveis pelo controle interno. 
13 
 
Auditoria é o conjunto de técnicas para avaliar processos e resultados da 
gestão pública, a aplicação de recursos públicos por entidades de direito público e 
privado, mediante a confrontação entre uma situação encontrada com um 
determinado critério técnico, operacional ou legal. 
Sua finalidade básica é comprovar a legalidade e a legitimidade dos atos e 
fatos administrativos e avaliar os resultados alcançados, quanto aos aspectos de 
eficiência, eficácia e economicidade da gestão orçamentária, financeira, patrimonial, 
operacional e contábil dos órgãos e entidades da administração pública. 
Constitui uma importante técnica de controle do Estado na busca da melhor 
alocação dos recursos públicos. Tradicionalmente a auditoria governamental 
classifica-se em: 
 
• Avaliação da Gestão. 
• Acompanhamento da Gestão. 
• Contábil. 
• Operacional. 
• Especial. 
 
A Auditoria Preventiva terá focos em riscos, com o objetivo de atuar não só 
para corrigir os desperdícios, a improbidade, a negligência e a omissão, mas, 
sobretudo, para buscar antecipar-se a essas ocorrências, garantindo os resultados 
pretendidos, além de destacar os impactos e os benefícios sociais da ação 
governamental. 
Além disso, por força de determinação constitucional, os responsáveis 
pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou 
ilegalidade, devem dar ciência ao Tribunal de Contas, sob pena de responsabilidade 
solidária. 
Todo cidadão pode exercer seu papel fiscalizador, utilizando os canais 
disponíveis e buscando informações que possam subsidiar sua atuação. 
 
2.5 AS INSTRUÇÕES NORMATIVAS DO CONTROLE INTERNO 
Até por força da legislação fundamental do Sistema de Controle Interno, e 
para o desempenho de suas atribuições constitucionais, o Sistema de Controle 
Interno poderá emitir instruções normativas, de observância obrigatória no Município, 
14 
 
com a finalidade de estabelecer a padronização sobre a forma de controle interno e 
esclarecer dúvidas sobre procedimentos de controle interno. 
 
FIGURA 7 – ASSUMPÇÃO, Marcio José. Controle e Sistema de Controle interno. Disponível em:< 
http://slideplayer.com.br/slide/1615983/..Acesso em: 25 maio 2017. 
 
 
É mister que o órgão de Controle Interno das Prefeituras, Câmaras e os 
órgãos da Administração Indireta, elabore Atos Orientativos e até normativos, que 
possam ser assinados em conjunto com o Chefe do Poder e/ou outros agentes 
públicos encarregados de áreas específicas e complexas, como a Procuradoria, 
Secretários, entre outros, a fim de normatizar atos, ações, processos e 
procedimento, almejando evitar irregularidades, ilegalidades e responsabilizações. 
 
2.6.1 Controle Preventivo 
 
A institucionalização e implantação do Sistema de Controle Interno não é 
somente uma exigência das Constituições Federal e Estadual, mas também uma 
oportunidade para dotar a administração pública de mecanismos que assegurem, 
entre outros aspectos, o cumprimento das exigências legais, a proteção de seu 
patrimônio e a otimização na aplicação dos recursos públicos, garantindo maior 
tranquilidade aos gestores e melhores resultados à sociedade. 
Segundo Botelho (2006), o Sistema de Controle Interno tem o dever de 
garantir o cumprimento dos princípios constitucionais que regem a Administração 
Pública na qualidade de órgão fiscalizador e auxiliar do Poder Legislativo e da Corte 
de Contas. 
15 
 
Como órgão auxiliar poderá ser convocado à Casa Legislativa, para prestar 
informações sobre todos os assuntos pertinentes ao ente. Em caso de omissão, 
responderá solidariamente, podendo sofrer penalidades e sanções. 
 A criação do Sistema de Controle Interno tem o dever de garantir o 
cumprimento dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade 
e eficiência nos termos do art. 37 da Constituição Federal de 1988. 
Além disso, tem por objetivo fazer cumprir o art. 31 da Constituição Federal 
de 1988, que estatui ser a fiscalização do Município exercida pelo Sistema de 
Controle Interno, o que hierarquicamente é recepcionado pelas Leis Orgânicas 
Municipais. 
Acrescenta-se, ainda, o fato de que a Lei Complementar 101 de 04 de maio 
de 2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a 
responsabilidade na gestão fiscal, reforçando ainda mais a urgência de se implantar 
e organizaros sistemas de controle interno no Brasil. 
 
FIGURA 8 – ASSUMPÇÃO, Marcio José. Áreas de atuação do Controle interno. Disponível em:< 
http://slideplayer.com.br/slide/1615983/..Acesso em: 25 maio 2017. 
 
2.6.2 Controle Externo do Legislativo 
 
Segundo Botelho (2006), um bom Sistema de Controle Interno é sinônimo de 
“boa administração”, que também é o objetivo de todo gestor público. O 
gerenciamento do patrimônio público exige um eficiente Sistema de Controle Interno. 
16 
 
Diante desta realidade podemos afirmar que não existe Sistema de Controle 
Interno sem um instrumento, que possam possibilitar os procedimentos e rotinas. As 
Instruções Normativas expedidas pelo Sistema de Controle Interno disciplinam os 
procedimentos a serem adotados e rotinas a serem seguidas. 
Os dispositivos constitucionais que sustentam toda legislação produzida 
acerca do assunto estão previstos nos artigos 31, 74 e 75 da Constituição 
Federal/88, in verbis: 
 
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo 
Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno 
do Poder Executivo Municipal, na forma da lei. 
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma 
integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: 
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a 
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; 
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e 
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e 
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos 
públicos por entidades de direito privado; 
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem 
como dos direitos e haveres da União; 
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 
§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de 
qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de 
Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária. 
§ 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte 
legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades 
perante o Tribunal de Contas da União. 
Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à 
organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos 
Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de 
Contas dos Municípios [grifos nossos]. 
 
 
A função fiscalizadora da Câmara Municipal diz respeito ao 
acompanhamento regular e permanente dos atos da Administração. Para isso, 
podem os Vereadores requerer informações ao Chefe do Executivo, Secretários 
Municipais, dentre eles o responsável pelo Sistema de Controle Interno, inclusive 
convocá-lo para esclarecer dúvidas ou relatar fatos que mereçam apuração. 
A fiscalização comporta ainda o controle dos gastos municipais para verificar 
se são realizados de acordo com as Leis, e especialmente, com as normas 
orçamentárias. Essa forma de acompanhamento tem seu ponto crucial nos 
procedimentos de controle implantados pelo Executivo no momento em que a 
Câmara recebe a prestação de contas, esta deverá estar acompanhada do relatório 
anual do Sistema de Controle Interno, cujo conteúdo é o exame do controle da 
legalidade, da fidelidade e da execução. 
17 
 
O Controle Interno da legalidade é exercido sobre os atos pertinentes à 
arrecadação e à realização das despesas, bem como, sobre os que acarretem os 
possam acarretar nascimento ou extinção de direito e obrigações. O Controle Interno 
da fidelidade visa à conduta funcional dos agentes responsáveis por bens e valores 
públicos. 
A edição da Lei Complementar nº 101 de 04 de maio de 2000, trouxe 
encargos para a Câmara Municipal quanto ao exercício da fiscalização. Seu controle 
sobre a administração encontra limites na própria Constituição da República e 
implica a interferência daquele Poder sobre o Executivo. 
A legislação infraconstitucional, como é o caso da Lei de Responsabilidade 
Fiscal, não pode prever outras formas de controle além dos que contidos na 
Constituição Federal para não ofender o princípio da Separação dos Poderes. No 
entanto, o art. 59 da referida lei atribui responsabilidade ao Poder Legislativo com 
auxílio do Sistema de Controle Interno de cada poder, para o cumprimento das 
normas por ela estabelecido, com ênfase no cumprimento de limites e metas fiscais: 
 
Art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de 
Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder e do Ministério 
Público, fiscalizarão o cumprimento das normas desta Lei Complementar, 
com ênfase no que se refere a: 
I - atendimento das metas estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias; 
II - limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição 
em Restos a Pagar; 
III - medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao 
respectivo limite, nos termos dos arts. 22 e 23; 
IV - providências tomadas, conforme o disposto no art. 31, para recondução 
dos montantes das dívidas consolidada e mobiliária aos respectivos limites; 
V - destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos, tendo em 
vista as restrições constitucionais e as desta Lei Complementar; 
VI - cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, 
quando houver. 
§ 1o Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou órgãos referidos no 
art. 20 quando constatarem: 
I - a possibilidade de ocorrência das situações previstas no inciso II do art. 
4o e no art. 9o; 
II - que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% (noventa 
por cento) do limite; 
III - que os montantes das dívidas consolidada e mobiliária, das operações 
de crédito e da concessão de garantia se encontram acima de 90% 
(noventa por cento) dos respectivos limites; 
IV - que os gastos com inativos e pensionistas se encontram acima do limite 
definido em lei; 
V - fatos que comprometam os custos ou os resultados dos programas ou 
indícios de irregularidades na gestão orçamentária. 
§ 2o Compete ainda aos Tribunais de Contas verificarem os cálculos dos 
limites da despesa total com pessoal de cada Poder e órgão referido no art. 
20. 
18 
 
§ 3o O Tribunal de Contas da União acompanhará o cumprimento do 
disposto nos §§ 2o, 3o e 4o do art. 39[grifos nossos]. 
 
 
 
3 ABRANGÊNCIA E ASPECTOS GERAIS DO CONTROLE INTERNO 
 
3.1 ABRANGÊNCIA DO CONTROLE INTERNO 
 
Controle Interno sob o enfoque contábil compreende o conjunto de recursos, 
métodos, procedimentos e processos adotados pela entidade do setor público, com 
a finalidade de: 
(a) salvaguardar os ativos e assegurar a veracidade dos componentes 
patrimoniais; 
(b) dar conformidade ao registro contábil em relação ao ato 
correspondente; 
(c) propiciar a obtenção de informação oportuna e adequada; 
(d) estimular adesão às normas e às diretrizes fixadas; 
(e) contribuir para a promoção da eficiência operacional da entidade; 
(f) auxiliar na prevenção de práticas ineficientes e antieconômicas, erros, 
fraudes, malversação, abusos, desvios e outras inadequações. 
O Controle Interno deve ser exercido em todos os níveis da entidade do 
setor público, compreendendo: 
(a) a preservação do patrimônio público; 
(b) o controle da execução das ações que integram os programas; 
(c) a observância às leis, aos regulamentos e às diretrizes estabelecidas. 
 
3.2 OBJETIVOS GERAIS 
 
O Sistema de Controle Interno visa à avaliação da ação governamental, da 
gestão dos administradores públicos e da aplicação de recursos públicos, por 
intermédio da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional epatrimonial. 
19 
 
A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, 
para atingir as finalidades constitucionais, consubstancia-se nas técnicas de trabalho 
desenvolvidas no âmbito do Sistema de Controle Interno, denominadas de 
Normativa de auditoria e fiscalização. 
Segundo Botelho (2006), para desenvolver os objetivos gerais do controle 
interno, todas as operações devem ser primeiramente agrupadas por categorias. Em 
seguida, as operações de cada categoria devem ser agrupadas em conjuntos de 
atividades regulares e necessárias ao processo de registro de uma transação ou fato 
específico. Estes agrupamentos devem estar compatíveis com a estrutura 
organizacional de unidade orçamentária e sua divisão de atribuições, enfocando as 
seguintes atividades: 
 
 Salvaguardar os interesses econômicos, patrimoniais e sociais da 
municipalidade; 
 
 Prevenir e detectar fraudes e erros ou situações de desperdícios, práticas 
administrativas abusivas, antieconômicas ou corruptas e outros atos de 
caráter ilícito; 
 
 Precisar e dar confiabilidade aos informes e relatórios contábeis, financeiros e 
operacionais; 
 
 Assegurar o acesso aos bens e informações, e que a utilização desses ocorra 
com a autorização de seu responsável; 
 
 Estimular a eficiência operacional, sugerindo formas eficazes e instituindo 
procedimentos por meio de instruções; 
 
 Salvaguardar o ativo e assegurar a legitimidade do passivo; 
 
 Avaliação do cumprimento das metas do Plano Plurianual que visa a 
comprovar a conformidade da sua execução; 
 
20 
 
 Avaliação da execução dos programas de governo que visa a comprovar o 
nível de execução das metas, o alcance dos objetivos e a adequação do 
gerenciamento; 
 
 Avaliação da execução dos orçamentos que visa a comprovar a 
conformidade da execução com os limites e as destinações estabelecidas na 
legislação pertinente; 
 
 Avaliação da gestão dos administradores públicos que visa comprovar a 
legalidade e a legitimidade dos atos e examinar os resultados quanto à 
economicidade, eficiência e eficácia da gestão orçamentária, financeira, 
patrimonial, de pessoal e demais sistemas administrativos e operacionais; 
 
 Controle das operações de crédito, avais, garantias, direitos e haveres que 
visa a aferir a sua consistência e a adequação; 
 
 Avaliação da aplicação de recursos públicos por entidades de Direito Privado 
que visa à verificação do cumprimento do objeto avençado; 
 
 Avaliação das aplicações das subvenções que visa avaliar o resultado da 
aplicação das transferências de recursos concedidas às entidades, públicas e 
privadas, destinadas a cobrir despesas com a manutenção dessas entidades, 
de natureza autárquica ou não, e das entidades sem fins lucrativos; e 
 
 Avaliação das renúncias de receitas que visa avaliar o resultado da efetiva 
política de anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de 
isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base 
de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e 
outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. 
 
Competem ao Sistema de Controle Interno as seguintes ações: 
 
 Normatizar, sistematizar e padronizar os procedimentos operacionais dos 
órgãos e das unidades do Sistema de Controle Interno; 
21 
 
 
 Coordenar as atividades que exijam ações integradas dos órgãos e das 
unidades do Sistema de Controle Interno, com vistas à efetividade das 
competências que lhe são comuns; 
 
 Exercer a supervisão técnica das atividades desempenhadas pelos órgãos 
e pelas unidades integrantes do Sistema de Controle Interno; 
 
 Consolidar os planos de trabalho das unidades de auditoria interna das 
entidades municipais; 
 
 Instituir e manter sistema de informações para o exercício das atividades 
finalísticas do Sistema de Controle Interno; 
 
 Avaliar, no seu âmbito, o desempenho dos dirigentes e acompanhar a 
conduta funcional dos servidores da carreira de Finanças e Controle; 
 
 Verificar a consistência dos dados contidos no Relatório de Gestão Fiscal, 
conforme estabelecido no art. 54 da Lei Complementar n.º 101, de 04 de 
maio de 2000; 
 
 Exercer o controle das operações de crédito, avais, garantias, direitos e 
haveres; 
 
 Avaliar o desempenho das auditorias internas das entidades da 
Administração Pública Indireta; 
 
 Planejar, coordenar, controlar e avaliar as atividades de controle interno de 
suas unidades administrativas; 
 
 Verificar a observância dos limites e das condições para realização de 
operações de crédito e inscrição em Restos a Pagar; 
 
 Verificar e avaliar a adoção de medidas para o retorno da despesa total 
com pessoal ao limite de que tratam os arts. 22 e 23 da Lei Complementar 
n.º 101/2000; 
 
 Verificar a adoção de providências para recondução dos montantes das 
dívidas consolidada e mobiliária aos limites de que trata o art. 31 da Lei 
Complementar n.º 101/2000; 
 
 Verificar a destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos, tendo 
em vista as restrições constitucionais e as da Lei Complementar n.º 
101/2000; 
22 
 
 
 Avaliar o cumprimento das metas estabelecidas no Plano Plurianual e na 
Lei de Diretrizes Orçamentárias; 
 
 Avaliar a execução dos orçamentos; 
 
 Fiscalizar e avaliar a execução dos programas de governo, inclusive ações 
descentralizadas realizadas à conta de recursos oriundos dos orçamentos, 
quanto ao nível de execução das metas e dos objetivos estabelecidos e à 
qualidade do gerenciamento; 
 
 Fornecer informações sobre a situação físico-financeira dos projetos e das 
atividades constantes dos orçamentos; 
 
 Criar condições para o exercício do controle social sobre os programas 
contemplados com recursos oriundos dos orçamentos; 
 
 Aferir a adequação dos mecanismos de controle social sobre os programas 
contemplados com recursos oriundos dos orçamentos; 
 
 Realizar auditorias sobre a gestão dos recursos públicos sob a 
responsabilidade de órgãos e entidades públicos e privados, bem como 
sobre a aplicação de subvenções e renúncia de receitas; 
 
 Realizar auditorias e fiscalizações nos sistemas contábil, financeiro, 
orçamentário, de pessoal e demais sistemas administrativos e 
operacionais; 
 
 Manter atualizado o cadastro com a tipificação dos gestores públicos, a fim 
de subsidiar a composição do rol de responsáveis; 
 
 Apurar os atos ou fatos inquinados de ilegais ou irregulares, praticados por 
agentes públicos, na utilização de recursos públicos, dando ciência ao 
controle externo e ao Ministério Público Estadual e, quando for o caso, 
comunicar à unidade responsável pela contabilidade, para as providências 
cabíveis; 
 
 Orientar os administradores de bens e recursos públicos nos assuntos 
pertinentes à área de competência do Sistema de Controle Interno, 
inclusive sobre a forma de prestar contas, conforme disposto no parágrafo 
único do art. 70 da Constituição. 
 
23 
 
3.3 DISPOSIÇÕES GERAIS DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO 
 
Nenhum processo, documento ou informação poderá ser sonegado aos 
servidores do Sistema de Controle Interno, no desempenho de suas atribuições 
inerentes às atividades de auditoria e fiscalização, devendo seus servidores guardar 
o sigilo das informações conforme previsto na legislação, usando nos relatórios 
apenas informações de caráter consolidado sem identificação de pessoa física ou 
jurídica quando essas informações estiverem protegidas legalmente por sigilo. 
Os órgãos e as unidadesdo Sistema de Controle Interno, nos seus trabalhos 
de fiscalização e auditoria, verificarão se o objeto pactuado, nos instrumentos em 
que o Município assume compromissos, com previsão de transferência de recursos 
financeiros de seus orçamentos para entidades municipais, foi executado, 
obedecendo aos respectivos projetos e plano de trabalho, conforme conveniado, e 
se sua utilização obedece à destinação prevista no termo pactual. 
Os órgãos e as unidades do Sistema de Controle Interno, ao desempenhar 
os trabalhos, constatando indícios de irregularidades, comunicarão os órgãos de 
fiscalização ou entidade repassadora dos recursos e aos respectivos órgãos de 
controle interno e externo, para que sejam tomadas as providências de suas 
competências. 
Quando ocorrer prejuízo ao Município, os órgãos e as unidades do Sistema 
de Controle Interno adotarão as providências de sua competência, com vistas ao 
ressarcimento ao erário. 
No apoio ao controle externo, os órgãos e unidades integrantes do Sistema 
de Controle Interno do deverão realizar auditorias nas contas dos responsáveis sob 
seu controle, emitindo relatório, certificado ou parecer, e recomendar formalmente à 
autoridade administrativa competente para que instaure tomada de contas especial 
sempre que tiver conhecimento de qualquer das seguintes ocorrências: 
 
 Desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos; 
 Prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que 
resulte dano ao erário; e a 
 Falta de prestação de contas. 
 
24 
 
Os responsáveis pelo Sistema de Controle Interno, ao tomarem 
conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência de 
imediato ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidária. 
Nessa comunicação ao Tribunal de Contas do Estado, bem como naquelas 
encaminhadas ao Ministério Público Estadual, o dirigente do órgão do Sistema de 
Controle Interno indicará as providências adotadas pelas unidades e entidades 
responsáveis pelo ato irregular ou ilegal. 
Para o cumprimento de suas atribuições e alcance de suas finalidades, o 
Sistema de Controle Interno deve realizar suas atividades com foco nos resultados 
da ação governamental, para o qual utilizará de metodologia de planejamento 
específica, com ênfase na visão dos programas de governo como fator básico de 
organização da função pública, e na gestão pública como mobilização 
organizacional para o alcance desses resultados. 
 
3.5 OBJETOS SUJEITOS À ATUAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO 
 
Constituem objetos de exames realizados pelo Sistema de Controle Interno, 
nos órgãos da Administração Direta, entidades da Administração Indireta: 
 
1. Os sistemas administrativos e operacionais de Controle Interno Administrativo 
utilizado na gestão orçamentária, financeira, patrimonial, operacional e de pessoal. 
2. A execução dos planos, programas, projetos e atividades que envolvam aplicação 
de recursos públicos. 
3. A aplicação dos recursos do Tesouro transferidos a entidades públicas ou 
privadas. 
4. Os contratos firmados por gestores públicos com entidades públicas para 
prestação de serviços, execução de obras e fornecimento de materiais. 
5. Os processos de licitação, sua dispensa ou inexigibilidade. 
6. Os instrumentos e sistemas de guarda e conservação dos bens e do patrimônio 
sob responsabilidade das unidades da Administração Direta e entidades da 
Administração Indireta. 
7. Os atos administrativos que resultem direitos e obrigações para o Poder Público, 
em especial, os relacionados com a contratação de empréstimos internos ou 
externos, assunção de dívidas, securitizações e concessão de avais. 
25 
 
8. A arrecadação, a restituição e as renúncias de receitas de tributos municipais. 
9. Os sistemas eletrônicos de processamento de dados, suas informações de 
entrada e de saída, objetivando constatar: 
a) segurança física do ambiente e das instalações do centro de 
processamento de dados; 
b) segurança lógica e a confidencialidade nos sistemas desenvolvidos em 
computadores; 
c) eficácia dos serviços prestados pela área de informática; 
d) eficiência na utilização dos diversos computadores existentes na entidade. 
 
10. Verificação do cumprimento da legislação pertinente. 
11. Os processos de Tomadas de Contas Especiais como, sindicância, inquéritos 
administrativos e outros atos administrativos de caráter apuratório. 
12. Os processos de admissão e desligamento de pessoal e os de concessão de 
aposentadoria nas modalidades - reforma e pensão. 
 
3.6 PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO 
 
O planejamento das ações de controle adotado pelo Sistema de Controle 
Interno deve observar os procedimentos e sequência abaixo: 
1. Mapear as políticas públicas afetas a cada órgão ou equivalente, com 
identificação dos macros objetivos, dos recursos previstos, dos agentes 
responsáveis e interfaces, de modo a evidenciar a importância estratégica, de cada 
uma delas, inclusive em relação ao projeto global de governo. 
2. Promover a hierarquização dos diversos programas/programações 
governamentais, baseada em critérios políticos e estratégicos definidos, bem como 
riscos baseados em materialidade, relevância e criticidade. Na conformação atual da 
classificação orçamentária, esse exercício de hierarquização se faz em nível de 
programa por ser esse o que apresenta, em geral, a definição consistente de limites 
e abrangência. 
3. Detalhar as informações envolvendo a descrição dos programas essenciais, e a 
identificação das Ações que os compõem. 
4. Promover a hierarquização no nível das Ações de cada Programa, segundo 
critérios definidos com bases estratégicas. 
26 
 
5. Elaborar o relatório de situação das ações selecionadas, identificando, dentre 
outros itens: 
 
a) os objetivos e as metas; 
b) os órgãos responsáveis; 
c) a documentação legal que lhes dá suporte; 
d) as razões de implantação; 
e) as formas de execução e os mecanismos de implementação; 
f) a clientela e o público alvo; 
h) os critérios para a seleção dos beneficiários. 
 
6. Elaborar o plano estratégico da ação selecionada, incluindo levantamento dos 
pontos críticos e frágeis, capazes de impactar a execução e a definição da 
abordagem de controle a ser adotada, que terá por foco os pontos críticos 
identificados. 
7. Elaborar o plano operacional de cada divisão de trabalho definida na abordagem 
da Ação, com identificação das ações de controle a serem realizadas, definição de 
instrumentos e do período de realização dos trabalhos. 
 
A metodologia de trabalho adotada abrange os aspectos pertinentes ao 
conhecimento das Ações de cada Secretaria, à percepção sobre as principais áreas 
de atuação e pauta política específica, à compreensão sobre o funcionamento dos 
programas e respectivas ações ou equivalentes, bem como avaliação sobre as 
unidades responsáveis pelas diferentes etapas do processo gerencial de 
implantação da Política Pública, e o planejamento das ações de controle a serem 
implementadas para avaliação da execução dos Programas de Governo e da 
Gestão Pública. 
Este processo permanente de trabalho permite, por meio da reavaliação, 
efetuada a cada novo conjunto de dados e informações obtidas, manter o controle 
sempre atualizado e atuante. 
27 
 
 
3.7 CLASSIFICAÇÃO 
 
A Resolução do CFC nº 1135/08 que aprova a NBC T 16.8, classifica o 
Controle Interno nas seguintes categorias: 
(a) operacional – relacionado às ações que propiciam o alcance dos 
objetivos da entidade; 
(b) contábil – relacionado à veracidade e à fidedignidade dos registros e 
das demonstrações contábeis; 
(c)normativo – relacionado à observância da regulamentação pertinente. 
 
3.7.1 Estrutura e Componentes 
 
Estrutura de Controle Interno compreende ambiente de controle, 
mapeamento e avaliação de riscos, procedimentos de controle, informação e 
comunicação, e monitoramento. 
 
3.7.2 Ambiente de Controle 
 
O ambiente de controle deve demonstrar o grau de comprometimento em 
todos os níveis da administração, com a qualidade do controle interno em seu 
conjunto. 
 
3.7.3 Mapeamento e Riscos 
 
Mapeamento de riscos é a identificação dos eventos ou das condições, que 
podem afetar a qualidade da informação contábil. 
 
3.7.4 Avaliação de Riscos 
 
Avaliação de riscos corresponde à análise da relevância dos riscos 
identificados, incluindo: 
28 
 
(a) A avaliação da probabilidade de sua ocorrência. 
(b) A forma como serão gerenciado. 
(c) A definição das ações a serem implementadas para prevenir a sua 
ocorrência ou minimizar seu potencial; e 
(d) A resposta ao risco, indicando a decisão gerencial para mitigar os riscos, 
a partir de uma abordagem geral e estratégica, considerando as hipóteses 
de eliminação, redução, aceitação ou compartilhamento. 
Entende-se por riscos ocorrências, circunstâncias ou fatos imprevisíveis que 
podem afetar a qualidade da informação contábil. 
 
3.7.5 Procedimentos de Controle 
 
Procedimentos de Controle são medidas e ações estabelecidas para 
prevenir ou detectar os riscos inerentes ou potenciais à tempestividade, à 
fidedignidade e à precisão da informação contábil, classificando-se em: 
 
a)Procedimentos de Prevenção 
 
São medidas que antecedem o processamento de um ato ou um fato, para 
prevenir a ocorrência de omissões, inadequações e intempestividade da informação 
contábil. 
 
b) Procedimentos de Detecção 
 
São medidas que visem à identificação, concomitante ou a posteriori, de 
erros, omissões, inadequações e intempestividade da informação contábil. 
 
c) Monitoramento 
 
Monitoramento compreende o acompanhamento dos pressupostos do 
Controle Interno, visando assegurar a sua adequação aos objetivos, ao ambiente, 
aos recursos e aos riscos. 
29 
 
3.7.6 Sistema de Informação e Comunicação da Entidade 
 
O sistema de informação e comunicação da entidade do setor público deve 
identificar, armazenar e comunicar toda informação relevante, na forma e no período 
determinados, a fim de permitir a realização dos procedimentos estabelecidos e 
outras responsabilidades, orientar a tomada de decisão, permitir o monitoramento de 
ações e contribuir para a realização de todos os objetivos de controle interno. 
 
3.7.7 Atividades de Apoio ao Controle Externo 
 
O Sistema de Controle Interno prestará apoio ao órgão de Controle Externo 
no exercício de sua missão institucional. O apoio ao Controle Externo, sem prejuízo 
do disposto em legislação específica, consiste no fornecimento de informações e dos 
resultados das ações do Sistema de Controle Interno. 
 
3.7.8 Atividades de Orientação 
 
Compete ao Sistema de Controle Interno fazer a orientação aos 
administradores de bens e recursos públicos, nos assuntos pertinentes à área de 
competência do Sistema de Controle Interno, inclusive sobre a forma de prestar 
contas. Essa atividade não se confunde com as de consultoria e assessoramento 
jurídico que competem à procuradoria local. 
 
3.7.9 Atividades Subsidiárias 
 
As atividades a cargo do Sistema de Controle destinam-se, 
preferencialmente, a subsidiar: 
 
 Supervisão aos níveis de órgãos da administração. 
 
 Aperfeiçoamento da gestão pública nos aspectos de formulação, 
planejamento, coordenação, execução e monitoramento das políticas 
públicas. 
 
30 
 
 Os órgãos responsáveis pelas ações de planejamento, orçamento, finanças 
e contabilidade, no ciclo de gestão governamental. 
 
3.7.10 Controle Social 
 
A criação de condições para o exercício do controle social sobre os 
programas, contemplados com recursos oriundos dos orçamentos visam fortalecer 
este mecanismo complementar de controle público, por intermédio da 
disponibilização de informações sobre as atividades desenvolvidas, particularmente 
no que se refere à avaliação da execução dos programas e avaliação da gestão. 
O Sistema de Controle Interno deve avaliar os mecanismos de controle social 
previstos nos respectivos programas de governo, particularmente naqueles casos 
em que a execução das ações se realiza de forma descentralizada. Dessa forma, 
deve destacar se os mesmos estão devidamente constituídos, estão operando 
adequadamente, têm efetiva representatividade dos agentes sociais e realizam suas 
atividades de forma efetiva e independente. 
 
FIGURA 9 – SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO. Ciclo da gestão. Disponível em:< 
http://slideplayer.com.br/slide/373968/>.Acesso em: 25 maio 2017. 
 
3.7.11 NBC T 16.8 – Controle Interno 
 
Em decorrência da internacionalização das normas contábeis, que vem 
levando diversos países ao processo de convergência, bem como da Portaria nº. 
184/08, editada pelo Ministério da Fazenda, que dispõe sobre as diretrizes a serem 
31 
 
observadas no setor público quanto aos procedimentos, práticas, elaboração e 
divulgação das demonstrações contábeis, de forma a torná-las convergentes com as 
Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público. 
Considerando a criação do Comitê Gestor da Convergência no Brasil, que 
está desenvolvendo ações para promover a convergência das Normas Brasileiras de 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público, às normas internacionais, até 2012, sendo 
facultativa para 2010. 
O Conselho Federal de Contabilidade editou a NBC T. 16.8 estabelecendo 
referenciais para o controle interno como suporte do sistema de informação contábil, 
no sentido de minimizar riscos e dar efetividade às informações da contabilidade, 
visando contribuir para o alcance dos objetivos da entidade do setor público. 
 
4 TÉCNICAS DE CONTROLE INTERNO 
 
 
As atividades sob a responsabilidade do Sistema de Controle Interno são 
desenvolvidas mediante a utilização de técnicas próprias de trabalho, que se 
constituem em: 
a) auditoria; 
b) inspeção; 
c) fiscalização; e 
d) avaliação de resultados. 
 
4.1 AUDITORIA 
 
A auditoria é o instrumento de trabalho que compreende as técnicas 
necessárias ao exame analítico dos atos da administração e à avaliação dos 
sistemas contábil, financeiro, de pessoal, administrativo e de operação. Mediante a 
confrontação entre uma situação encontrada com um determinado critério técnico, 
operacional ou legal, para fim de comprovação da regularidade e dos resultados na 
gestão total ou parcial dos recursos públicos. 
32 
 
 
FIGURA 10 – SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO. Algumas técnicas para a 
realização das ações do Sistema de Controle Interno. Disponível em:< 
http://slideplayer.com.br/slide/373968/>.Acesso em: 25 maio 2017. 
 
 
Trata-se, portanto, de uma importante técnica de controle da Administração 
Pública na busca da melhor alocação de seus recursos, não só atuando para corrigir 
os desperdícios, a improbidade administrativa, a negligência e a omissão, mas, 
principalmente, antecipando-se a essas ocorrências, para garantir os resultados 
pretendidos, além de destacar os impactos e benefícios sociais alcançados. 
A auditoria tem por objetivo primordial o de garantir resultados operacionais 
na gerência da coisa pública. Essa auditoria é exercida nos meandros da máquina 
pública, em todos os órgãos e entidades públicas estaduais e municipais, 
observando os aspectos relevantes relacionados à avaliação dos programasde 
governo e da gestão pública. 
O Sistema de Controle Interno deve observar o conjunto de procedimentos e 
técnicas previsto na Resolução CFC nº 986, de 21 de novembro de 2003, que 
aprovou a NBC TI 01 – Da Auditoria Interna, para a realização dos seus trabalhos. 
 
4.1.1 Modalidades de Auditoria 
 
4.1.1.1 Auditoria de Gestão 
 
É a técnica de avaliação periódica que abrange a totalidade dos atos de 
gestão dos recursos e dos serviços públicos a cargo de um órgão ou entidade, para 
comprovação da legalidade, avaliação dos resultados econômicos, eficientes, 
33 
 
eficazes e efetivos ou para apuração e quantificação de dano contra o patrimônio 
público. 
 
4.1.1.2 Auditoria de Sistemas 
 
É a técnica de avaliação periódica que abrange determinados sistemas, 
programas, ações de governo, operações e serviços a cargo de um órgão ou 
entidade, para comprovação da legalidade, avaliação dos resultados econômicos, 
eficientes, eficazes e efetivos ou para apuração e quantificação de dano contra o 
patrimônio público. 
 
4.1.2 Processo de Auditoria 
 
O Processo de Auditoria envolve cinco fases que são essenciais para o 
sucesso do trabalho, conforme são descritas a seguir: 
 
4.1.2.1 Instauração 
 
O procedimento de auditoria, embasado em critérios e programação própria 
da fiscalização interna, será iniciado com abertura de processo administrativo, 
devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo o requerimento do órgão 
de controle interno e a aprovação prévia da respectiva autoridade. Tem por objetivo 
examinar os sistemas de gestão e apurar denúncias ou representações quanto à 
legalidade, legitimidade, economicidade, a aplicação das subvenções e renúncia de 
receitas, além de outros fatos da administração e de atos administrativos praticados 
por qualquer responsável sujeito à fiscalização do Sistema de Controle Interno. 
 
4.1.2.2 Planejamento 
 
As auditorias devem ser planejadas de modo a proporcionar uma razoável 
segurança acerca do cumprimento das leis e regulamentos específicos para 
alcançar os seus objetivos. Dessa forma, as equipes devem definir adequadamente 
os trabalhos a serem realizados, considerando que os recursos humanos e materiais 
são escassos e limitados, devendo, ainda, direcionar esforços e talentos para 
34 
 
aquelas áreas nas quais possam ser utilizados com eficácia, a fim de atender aos 
objetivos estabelecidos. 
A fase de planejamento deve ser participativa, envolvendo diversos níveis 
funcionais, afim de que seja alcançado o maior volume possível de informações que 
possam subsidiar a tomada de decisão. 
Cabem aos auditores e líderes de equipe analisar essas informações, 
agregando, sobretudo, a sua experiência e visão de conjunto dos órgãos, entidades, 
sistemas, atividades, projetos e programas de governo a serem auditados, sugerindo 
uma hierarquização e estabelecendo a sequência dos trabalhos. 
 
4.1.2.2.1 Projeto de Auditoria 
 
Ao final da fase de planejamento procede-se à elaboração do Projeto de 
Auditoria, que deve apresentar o detalhamento dos trabalhos a serem 
desenvolvidos, contemplando os seguintes itens: 
 
 Objetivo da auditoria; 
 Período de realização dos exames; 
 Escopo ou alcance do exame; 
 Questões de auditoria; 
 Critérios de auditoria; 
 Estratégias metodológicas a serem utilizadas (estudo de caso, pesquisa, 
dentre outras); 
 Métodos e técnicas de obtenção de dados (entrevistas, questionário, 
observação direta, dados secundários, outros); 
 Métodos e técnicas de análise de dados (estatística, análise qualitativa, 
análise de conteúdo, outros); 
 Pessoal técnico envolvido; 
 Concurso de especialistas; 
 Cronograma de atividades; 
 Material necessário; 
 estimativa de custos. 
 
35 
 
O Projeto de Auditoria deve contemplar as decisões-chave tomadas no que 
concerne aos objetivos, escopo e metodologia, assim como os fundamentos que 
respaldam as decisões, devendo ser atualizado de maneira que reflita qualquer 
mudança significativa efetuada durante a sua implantação. 
 
4.1.2.2.2 Matriz de Planejamento 
 
Trata-se de uma esquematização das informações relevantes do 
planejamento de uma auditoria. O propósito da matriz de planejamento é auxiliar na 
elaboração conceitual do trabalho, e na orientação da equipe na fase de execução. 
É uma ferramenta de auditoria que torna o planejamento mais sistemático e dirigido, 
facilitando a comunicação de decisões sobre metodologia entre a equipe e os 
superiores hierárquicos e auxiliando na condução dos trabalhos de campo. 
A matriz de planejamento é um instrumento flexível e o seu conteúdo pode 
ser atualizado ou modificado pela equipe, à medida que o trabalho de auditoria se 
desenvolve. 
Os elementos abaixo compõem a Matriz de Planejamento de Auditoria, e 
demonstra um exemplo contendo todos esses elementos. 
 
• Questão de Avaliação: é o elemento central na determinação de 
direcionamento dos trabalhos de auditoria, das metodologias e técnicas a 
serem adotadas e dos resultados que se pretende atingir. Ao formular as 
questões e quando necessário, as subquestões de auditoria, a equipe está, 
ao mesmo tempo, estabelecendo com clareza o foco de sua investigação e 
os limites e dimensões que deverão ser observadas durante a execução dos 
trabalhos. 
 
• Informações Requeridas: para se determinar o tipo de informação que se 
pretende obter na coleta de dados, os termos-chave empregados na questão 
de auditoria devem ser definidos e suas dimensões ou variáveis 
identificadas. Por exemplo, ao formular uma questão envolvendo o impacto 
de uma iniciativa governamental voltada para a melhoria do nível de ensino 
deve-se definir o que se entende por “melhoria do nível de ensino”, 
identificando-se as dimensões envolvidas nesse conceito. Pode-se 
considerar, entre outras variáveis, o número de aprovações por série ou a 
redução da evasão escolar. A tarefa de traduzir conceitos abstratos em 
variáveis mensuráveis, definindo indicadores apropriados, é indispensável 
para que se possa medir o alcance dos objetivos perseguidos pela 
administração. 
 
36 
 
• Fontes de Informação: podem ser primárias ou secundarias. As fontes 
primárias são aquelas nas quais a equipe tem controle sobre a forma de 
coleta de dados. As fontes de informações secundárias são aquelas 
coletadas e sistematizadas por outros meios. 
 
• Estratégias Metodológicas: a equipe de auditoria deve especificar a 
estratégia metodológica a ser adotada, ou seja, os métodos de investigação 
requeridos pelas questões ou subquestões formuladas. É importante 
considerar que a estratégia metodológica está diretamente relacionada com 
a qualidade técnica das evidências que podem ser obtidas, o que, por sua 
vez, influirá na confiabilidade das conclusões do trabalho. Qualquer que seja 
a estratégia metodológica a ser adotada, cada questão de auditoria deve ser 
analisada segundo os quatro elementos que consubstanciam as conclusões 
ou achados de auditoria: 1)critério: objetivos ou metas fixadas por lei, por 
regulamento ou pela administração; 2)condição: a situação existente, 
identificada e documentada durante os trabalhos; 3)causa: razões do mau 
ou bom desempenho observado; 4)efeito: as reais consequências da 
diferença constatada pela equipe entre condição e critério. 
 
• Métodos de Coleta de Dados: os métodos mais utilizados são: entrevista, 
questionário enviado pelo correio, observação direta e utilização de dados 
secundários. Ao se optar por um método de coleta de dados deve-se 
considerar, primeiramente, a conveniência de que sejam utilizados 
instrumentos que obedeçam ou não aum padrão reelaborado (estruturado). 
 
• Métodos de Análise de Dados: alguns métodos analíticos têm sido 
desenvolvidos para examinar questões relativas ao processo de gestão 
organizacional e inserem-se, portanto, no contexto das auditorias em 
programas. A verificação das metas de desempenho, por exemplo, é um 
aspecto essencial de uma auditoria em programas. 
 
• Limitações: a equipe de auditoria deve especificar as limitações inerentes 
à estratégia metodológica adotada, às características das informações que 
se pretende coletar e às condições operacionais de realização dos trabalhos. 
Quanto à estratégia metodológica, deve-se considerar que não há uma 
estratégia ótima ou ideal, mas apenas aquela que, dadas as circunstâncias, 
melhor se adapta à questão que se pretende investigar. 
 
• O que a análise vai permitir dizer: esse elemento da Matriz de 
Planejamento de Auditoria está intrinsecamente relacionado com o anterior, 
pois o que se espera obter da análise está, naturalmente, condicionado 
pelas limitações previamente identificadas. O propósito dessa informação é 
restabelecer o objeto inicial da questão de auditoria, ou seja, esclarecer 
precisamente quais conclusões ou resultados pretende-se alcançar com a 
estratégia metodológica adotada. 
37 
 
4.1.2.3 Execução 
 
A Execução compreende a realização de provas, a reunião de evidências 
em quantidade e qualidade, o desenvolvimento dos achados de causa e efeito e a 
discussão com a administração, baseando-se nos objetivos, critérios e na 
metodologia selecionada durante o planejamento, como demonstramos na 
sequência: 
 
• Realização das Provas - consiste em confrontar a situação encontrada 
com os critérios definidos, objetivando recolher evidências adequadas sobre 
o desempenho das atividades-chave dos sistemas identificados durante o 
planejamento. 
 
• Reunião de Evidências - compreendem as provas obtidas pelo auditor, 
em face da aplicação dos procedimentos definidos para avaliar se os 
critérios estabelecidos estão sendo atendidos. 
 
• Desenvolvimento dos Achados de Causa e Efeito – os achados de 
auditoria são fatos significativos a serem relatados, devendo ser relevantes, 
objetivos e suficientemente fundamentados para sustentar as conclusões do 
auditor. 
 
• Discussão com a Administração - reunião com o objetivo de apresentar 
e discutir os achados e as recomendações pertinentes aos levantamentos e 
trabalhos realizados. 
 
4.1.2.4 Relatório 
 
Concluídos os trabalhos de campo, o auditor deve avaliar os resultados, 
apoiando-se nos documentos de trabalho elaborados, deles constando as 
informações recolhidas e as verificações efetuadas. A avaliação consistirá na 
verificação das explicações sobre todas as questões importantes, levantadas 
quando da realização do trabalho, bem como na apreciação dos seus efeitos sobre a 
conclusão geral. 
Os aspectos mais importantes a considerar, nesse momento, são os 
seguintes: 
• efetuar uma avaliação global dos resultados da auditoria; 
• formular observações baseadas no trabalho realizado e nas provas obtidas; 
38 
 
• relatar com base em um conjunto de papéis de trabalho bem organizado e 
referenciado. 
A elaboração do Relatório é a fase do processo de auditoria que consiste em 
uma descrição dos trabalhos e exames realizados, dos fatos apurados com base em 
evidências concretas, das conclusões, recomendações e opiniões da equipe de 
auditoria. 
Constituindo um espelho dos trabalhos realizados, o Relatório deve refletir 
todos os aspectos considerados importantes para comunicação aos usuários, afim 
de que sejam adotadas, quando necessário, as medidas corretivas para a solução 
dos problemas detectados. 
Nas auditorias que envolvem programas finalísticos, o Relatório deve estar 
especialmente voltado para o aprimoramento da ação governamental, contribuindo 
para que sejam atingidos os objetivos de economicidade, eficiência, eficácia e 
efetividade. 
É importante, na fase de elaboração do Relatório, desde quando possível e 
conveniente, promover uma reunião com a administração da organização auditada 
para apresentar e discutir os achados e as recomendações. 
Dessa forma, o Relatório é aprimorado, já que são verificadas a adequação 
e a fundamentação de todos os achados e se as recomendações são factíveis e 
suficientes. 
 
FIGURA 11 – SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO. A elaboração do relatório no 
Sistema de Controle Interno. Disponível em:< http://slideplayer.com.br/slide/373968/>.Acesso em: 
25 maio 2017. 
39 
 
4.1.2.5 Acompanhamento 
 
Após o Relatório, os auditores devem acompanhar a aceitação e 
implantação de suas recomendações pelo auditado, com vistas a garantir a eficácia 
do seu trabalho. O Acompanhamento tem o propósito de verificar a implantação das 
recomendações pelo auditado, podendo ser realizado mediante designação 
específica ou no transcurso da auditoria subsequente e consiste na ação proativa do 
auditor, objetivando contribuir para o aprimoramento das operações realizadas pelo 
auditado. 
No Acompanhamento devem ser adotados os seguintes procedimentos: 
 
• revisão sistemática das ações administrativas, confrontando com as 
recomendações dos auditores; 
• verificação dos efeitos das ações na correção das deficiências; 
• análise quanto à dificuldade ou facilidade de implantação das 
recomendações; 
• determinação da necessidade de qualquer trabalho adicional, como 
acompanhamento posterior ou auditoria subsequente; 
• revisão dos aspectos que deixaram de ser relevantes; 
• inclusão dos resultados do Acompanhamento nos relatórios de auditoria 
subsequentes. 
 
De todo modo, a efetividade da auditoria será medida nesta última fase, 
quando são verificados o grau de adoção das providências recomendadas e os 
efeitos produzidos. Na medida do possível deve ser indicada a expressão monetária 
desses efeitos, como forma de quantificar e prover sua periódica consolidação e 
divulgação pelo Tribunal. 
 
4.2 INSPEÇÃO 
 
A Inspeção é um instrumento de trabalho que constata o funcionamento 
regular dos sistemas de gestão, a integridade dos bens públicos, a existência, 
consistência ou procedência de fatos ou indícios de irregularidades. Dessa forma, 
supri omissões e lacunas de informações, esclarecendo dúvidas ou verificando 
40 
 
denúncias ou representações quanto à legalidade, à legitimidade e a economicidade 
dos recursos públicos, bem como quanto aos atos administrativos praticados por 
qualquer responsável sujeito à fiscalização dos órgãos de controle. 
Na execução da Inspeção são usualmente aplicadas as seguintes 
modalidades: 
 
a) Inspeção Física. 
b) Observação das Atividades e Condições. 
c) Teste laboratorial. 
d) Exame dos Registros. 
 
4.2.1 Inspeção Física 
 
É o exame usado para testar a efetividade dos controles, particularmente 
daqueles relativos a quantidades físicas ou qualidade de bens tangíveis e 
especificação técnica. 
 
4.2.2 Observação das Atividades e Condições 
 
É a verificação das atividades que exigem a aplicação de testes flagrantes, 
com a finalidade de revelar erros, problemas ou deficiências que de outra forma 
seriam de difícil constatação. São os elementos da observação: 
 
a) identificação da atividade específica a ser observada; 
b) observação da sua execução; 
c) comparação do comportamento observado com os padrões; 
d) avaliação e conclusão. 
 
4.2.3 Teste Laboratorial 
 
Aplicados nos itens/materiais objeto de fiscalização para evidenciar a 
integridade, a exatidão, o tipo, a qualidade e a validade desses objetos. 
De um modo geral, é demandada a um terceiroa execução desta técnica. 
 
41 
 
4.2.4 Exame dos Registros 
 
É a verificação dos registros constantes de controles regulamentares, 
relatórios sistematizados, mapas e demonstrativos formalizados. 
 
4.3 FISCALIZAÇÃO 
 
É a técnica que examina o processo de empenho e pagamento da despesa 
pública, bem como a formalização da tomada de contas especial ou das contas 
prestadas ex-ofício por qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que 
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos 
ou pelos quais o Estado responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de 
natureza pecuniária. 
Essa Técnica de Fiscalização é desenvolvida por meio dos seguintes tipos 
básicos de investigação: 
 
a) Indagação Escrita ou Oral - uso de entrevistas junto ao pessoal da 
unidade/entidade fiscalizada para obtenção de evidências e informações. 
 
b) Análise Documental – exame de processos, atos formalizados e 
documentos avulsos. 
 
c) Conferência de Cálculos - revisão das memórias de cálculos ou a 
confirmação de valores por meio do cotejamento de elementos numéricos 
correlacionados, de modo a constatar a adequação dos cálculos 
realizados. 
 
d) Confirmação Externa - confirmar junto à fonte diversa da fonte original 
dos dados a fidedignidade das informações obtidas internamente. 
 
e) Correlação das Informações Obtidas - cotejamento de diferentes 
amostras de evidencia obtidas de fontes independentes ou autônomas. 
 
 
 
 
42 
 
4.3.1 Processos de Contas 
 
O processo de contas, como meio de verificação da correta aplicação dos 
recursos públicos, envolve a Prestação de Contas, a Tomada de Contas e a 
Tomada de Contas Especial, conforme já visto anteriormente. 
 
4.4 AVALIAÇÃO DE RESULTADOS 
 
A avaliação de resultados é um instrumento de acompanhamento técnico 
permanente que consiste na aplicação de critérios, métodos, parâmetros e 
procedimentos orientados para tratamento, medição e transformação de dados em 
informações gerenciais, analisando a estrutura da organização, o desempenho 
funcional dos sistemas operacionais administrativos e dos automatizados, a 
execução dos programas e das ações de governo, bem assim os indicadores de 
qualidade dos processos, serviços e produtos ofertados pela Administração Pública 
aos seus clientes interno e externo. 
 
 
FIGURA 12 – PEREIRA, Dayan Rios. Administração Pública. Disponível 
em:<http://slideplayer.com.br/slide/10372655/.Acesso em: 25 maio 2017. 
 
 
Uma avaliação de resultados permite informar ao governo se os órgãos 
administram os recursos considerando a efetividade, a eficiência, a eficácia e 
economicidade. Pode igualmente ajudar os órgãos, direta ou indiretamente, a 
identificar as possibilidades de oferecer serviços melhores e maiores a um custo 
idêntico ou inferior. 
Mais especificamente, uma avaliação de resultados pode: 
43 
 
a) tornar os administradores e servidores/empregados mais sensíveis à obrigação de 
ter sempre em mente a eficiência; 
 
b) definir a necessidade de melhoria nos controles, sistemas operacionais e nos 
procedimentos de trabalho estabelecidos a fim de se utilizar os recursos; 
 
c) chamar atenção para a importância de se medir a eficiência, mesmo nas 
operações onde este fator é difícil de ser medido; 
 
d) reduzir o custo de execução dos programas sem reduzir a quantidade ou a 
qualidade dos produtos ou o nível de serviço; 
 
e) aumentar a quantidade ou aperfeiçoar a qualidade dos produtos e do nível de 
serviço sem aumentar as despesas. 
 
4.4.1 Aplicação 
 
Aplica-se essa técnica com a realização de levantamento diagnóstico e 
avaliação da estrutura organizacional, compreendendo o mapeamento para 
identificação de departamentos, sistemas, serviços, processos, programas, ações, 
produtos, diretrizes e funções estratégicas, por meio da ordenação e agrupamento 
das atividades e recursos, com vistas ao alcance de objetivos e resultados 
estabelecidos. 
Na sequência, faz-se a coleta de dados sobre o desempenho real, mediante 
o levantamento das bases que sistematizam os padrões, parâmetros, indicadores e 
suas metas, fontes de pesquisa, estatísticas, datas e prazos de aferição ou de testes 
de aplicação das fórmulas aritméticas e memórias de cálculos utilizadas na apuração 
de resultados. 
 
4.4.2 Finalidade 
 
A finalidade dessa técnica é observar o cumprimento das metas 
institucionais e das normas programáticas, destacando os níveis e graus de 
resultados quantitativos e qualitativos, em obediência às leis do PPA, da LDO, da 
LOA e aos regulamentos que estabelecem os produtos e os padrões de qualidade. 
Trata-se, portanto, de um processo participativo, que deve envolver e 
mobilizar os atores para aperfeiçoar a técnica de planejamento, planos, programas, 
44 
 
ações e serviços públicos, com vistas aos modelos de gerenciamento que permitem 
maior efetividade e vantagens financeiras, administrativas e socioeconômicas. 
 
5 PROCEDIMENTOS DE CONTROLE INTERNO 
 
Procedimentos e Rotinas para o Departamento de Recursos Humanos 
 
Instrução Normativa nº____/____ 
 
Ementa: Recomenda procedimentos para o 
Departamento de Recursos Humanos dos Órgãos 
da Administração Direta e Indireta. 
 
Art. 1º. Sem prejuízo das atribuições estabelecidas na Lei de Estrutura 
Organizacional do Município, na Lei do Plano de Cargos e Salários, o Sistema de 
Controle Interno recomenda ao Departamento de Recursos Humanos a adoção dos 
procedimentos constantes desta Instrução Normativa na prática de suas atividades: 
 
1. Confecção individual de pasta funcional dos servidores. 
2. Manter arquivo próprio de toda a legislação e documentos pertinentes ao setor de 
pessoal, tais como: Estatuto dos Servidores; Leis Municipais de Reajuste e 
Revisão Geral; Tabelas e Instruções do INSS; Pareceres Jurídicos; Constituição 
Federal; Constituição Estadual e Lei Orgânica Municipal. 
3. Manter controle mensal das informações ao Regime Previdenciário. 
4. Manter controle da admissão e demissão dos servidores municipais. 
5. Manter a ficha financeira atualizada de cada servidor, por meio eletrônico ou 
manual. 
6. Manter pesquisa de assiduidade do servidor por meio de modelo específico; 
7. Manter controle sobre a lotação do pessoal em seus setores específicos. 
8. Manter controle e acompanhamento de aposentadorias em todas as suas fases. 
9. Manter controle de afastamento de servidores em gozo de benefício 
previdenciário. 
10. Manter controle das exigências contidas em Instruções Normativas do Tribunal 
de Contas. 
45 
 
11. Incentivar a criação do sistema de avaliação periódica do Servidor Público 
Municipal nos termos do Inciso III, § 1º, do art. 41 da Constituição Federal de 1988. 
12. Incentivar o programa de reciclagem e treinamento permanente do servidor 
público municipal, objetivando a profissionalização, em conjunto com os demais 
setores da administração. 
13. Manter controle e elaboração da folha de pagamento mensal, vistando todas as 
folhas, anexando periodicamente à folha de pagamento certidão dos chefes de 
setores atestando que todos os servidores que constam na folha estão em efetivo 
exercício de suas funções. 
14. Manter controle da folha dos agentes políticos. 
15. Manter acompanhamento dos gastos com pessoal, tendo em vista os limites 
permitidos pela legislação vigente. 
16. Viabilizar a aplicação das normas pertinentes ao departamento contido na Lei de 
Responsabilidade Fiscal. 
17. Manter controle de recolhimento das contribuições previdenciárias dos 
servidores, fazendo constar nas GFIPs os nomes dos prestadores de serviços que 
tiverem

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