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DELINEAMENTO EM BLOCOS COMPLETOS ALEATORIZADOS Também chamado de Delineamento em Blocos Casualizados (DBC). Em muitos planejamentos experimentais, é necessário que a variabilidade proveniente de um fator de ruído (nuisance factor) possa ser controlada. Este delineamento é utilizado quando não houver homogeneidade nas condições experimentais (material de diferentes corridas, diferentes fornecedores, etc...). Em relações as condições experimentais, podemos enteder como qualquer fator que possa influênciar na variável resposta de forma indesejável. Sendo assim, estebelece-se sub-ambientes homogêneos e instala-se, em cada um deles, todos os tratamentos, igualmente repetidos. Este experimento leva em consideração os três princípios básicos da experimentação, repetição, casualização e controle local. Principais características a) As unidade experimentais u.e. são distribuídas em grupos ou blocos, de tal forma que elas sejam o mais uniforme possível. b) os tratamentos são designados às u.e. de forma aleatória, sendo esta casualização feita dentro do bloco. Vantagens a) controla as diferenças que ocorrem nas condições experimentais, de bloco para bloco. b) permite, dentro de um certo limite utilizar qualquer número de tratamentos e de blocos. c) conduz a uma estimativa mais exata para a variância residual, pois a variação ambiental é controlada. d) a análise é relativamente simples. Desvantagens a) a utilização do princípio do controle local, reduz o número de graus de liberdade do resíduo. b) exigência de homogeneidade dentro do bloco. TABELA 1 – Planejamento em blocos completos aleatorizados com I tratamento e J blocos. Tratamentos Blocos 1 2 J 1 y11 y12 y1j 2 y21 y22 y2j I yI1 yI2 yIJ Modelo I em que : valor observado na parcela que recebeu o tratamento i no bloco j; μ: parâmetro comum a todos os tratamentos, média global; : efeito do i-ésimo tratamento; : efeito o j-ésimo bloco : componente do erro aleatório. são variáveis aleatória independente e identicamente distribuídas com distribuição Normal com média zero e variância Os efeitos dos tratamentos e blocos são definidos como desvios de média global, de modo que as restrições e São necessária para a obtenção dos parâmetros dos modelos, por meio do método dos mínimos quadrados. Hipóteses para o tratamento (para pelo menos um i) TABELA 2 – Análise de variância (Anava) para delineamento em blocos casualizados F.V. G.L. S.Q. Q.M. Fcal Tratamentos (I – 1) Blocos (J – 1) Resíduo (I – 1) (J – 1) Total IJ - 1 em que F.V.: fonte de variação G.L.: graus de liberdade S.Q.: soma de quadrados Q.M.: quadrado médio em que IJ = N em que : quadrado da soma do tratamento i; : quadrado da soma do bloco j. Exemplo 1 - Um experimento foi feito para determinar o efeito de quatro produtos químicos diferentes sobre a resistência de um tecido. Esses produtos químicos são usados como parte do processo de acabamento, sob prensagem permanente. Cinco amostras de tecido foram selecionadas e um planejamento com blocos completos aleatorizados foi corrido, testando cada tipo de produto químico uma vez, em uma ordem aleatória, em cada amostra de tecido. Faça a Anava utilizando 5% de significância. Produtos químicos Tecidos (blocos) 1 2 3 4 5 Totais Médias 1 1,3 1,6 0,5 1,2 1,1 5,7 1,14 2 2,2 2,4 0,4 2,0 1,8 8,8 1,76 3 1,8 1,7 0,6 1,5 1,3 6,9 1,38 4 3,9 4,4 2,0 4,1 3,4 17,8 3,56 Totais dos blocos 9,2 10,1 3,5 8,8 7,6 39,2 Média dos blocos 2,30 2,53 0,88 2,2 1,9 TABELA 3 – Anava para os para o dados de resistência em tecidos. F.V. G.L. S.Q. Q.M. Fcal Tratamentos Blocos Resíduo Total
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