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Aula 10_Dom+¡nio Nutricional

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Universidade Federal do Rio de Janeiro
Centro de Ciências da Saúde
Escola de Enfermagem Anna Nery
Programa Curricular Interdepartamental VII
Processo de Enfermagem:
Domínio Nutricional
Profª. Anna Brunet de F. Monteiro
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Anatomia do Aparelho Gastrointestinal
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Aspectos iniciais
A nutrição é fonte de energia para o metabolismo celular e o reparo, funcionamento dos órgãos, crescimento e movimento do corpo.
Necessidades energéticas especiais: carboidratos, proteínas, gorduras, água, vitaminas e minerais.
Alimentação: necessidade humana básica!
Nutrientes
Fornecedores de energia
Materiais constituintes essenciais
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Aspectos iniciais
Florence Nightingale (1820 – 1910): “A alimentação é essencial ao processo de cura, deve ser minuciosamente observada pela enfermeira.”
Aspectos éticos: Decreto – lei 94.406/87 e RDC 63/2000.
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Tipos de nutrientes
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Tipos de nutrientes
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Taxa Metabólica Basal (TMB)
Energia necessária que um indivíduo possui para manter suas atividades de sustento à vida (respiração, circulação...), por um período específico de tempo em repouso.
Fatores que alteram a TMB: idade, gênero, febre, infecção etc.
Atentar para sinais e sintomas de nutrição inadequada nos pacientes.
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Nutrição no ambiente hospitalar
Dieta hospitalar:
Garantir o aporte de nutrientes;
Preservar o estado nutricional do paciente;
Papel co-terapêutico.
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Nutrição no ambiente hospitalar
A Nutrição Adequada possibilita:
1. Preservar as defesas do organismo;
2. Impedir a perda de massa magra;
3. Evitar deficiências de nutrientes;
4. Melhorar o resultado clínico.
Desnutrição: realidade no cenário hospitalar; a alimentação é considerada um fator circunstancial, pelas mudanças alimentares, troca de hábitos e horários alimentares.
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Tipos de dieta
Quanto à consistência:
1)Dieta líquida (sem fibras insolúveis): pós-operatório, intolerância a alimentos sólidos, transição para dieta pastosa e outros;
2) Dieta Semi-líquida: Preparo de exames, função gastrointestinal alterada (TGI superior) e outros;
3) Dieta pastosa: Doenças agudas, patologias infecciosas, dificuldades de mastigação e outros;
4) Dieta Branda: Dieta de transição para dieta normal, facilitar o trabalho digestivo em certos pós-operatórios e outros;
5) Dieta normal: alimentos saudáveis (normolipídica, normoproteica e normoglicídica).
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Tipos de dieta
Quanto à característica química:
Adição de fibra: constipação severa.
2) Restrição lipídica: doença hepática,biliar e outros.
3) Hipocalórica: perda de peso.
4) Hipercalórica: desnutrição, ganho de massa corpórea.
5) Hipossódica: HAS, IRC.
6) Restrição de proteínas: uremia crônica, doença renal, doença hepática e outros.
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Tipos de dieta
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Tipos de desnutrição
 Marasmo: Insuficiência de calorias e proteínas totais.
Kwashiorkor: Deficiência proteica que se desenvolve quando o paciente recebe gorduras e carboidratos adequados na dieta, mas pouca ou nenhuma proteína.
Kwashiorkor marasmático: Resulta da síntese proteica inadequada combinada com uma depleção das reservas de gorduras e dos músculos esqueléticos.
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Indicadores de desnutrição
Antropométricos
Estatura, peso, IMC, circunferência do braço, prega cutânea.
Laboratoriais
Uréia (8 a 20 mg/dl);Hemoglobina (13,5 a 18);Hematócrito (H: 42 a 52% e M: 37 a 47%); Albumina (3,5 A 5,0 g/%).
Clínicos
Apatia, caquexia, fraqueza, fadiga, enfraquecimento de unhas e cabelos, diminuição da força de complacência pulmonar, aumento da FC, imunossupressão.
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Interação entre alimentos e medicamentos
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Interação entre alimentos e medicamentos
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Manifestações gastrointestinais
Anorexia: refere-se a inapetência, aversão aos alimentos.
Dispepsia (Indigestão): é um desconforto associado à alimentação. Pode resultar do controle conturbado do estômago pelo sistema nervoso ou de um distúrbio no TGI.
Gás intestinal: Pode resultar em eructação ou flatulência. Relaciona-se a queixa de distensão abdominal.
Acalasia: Refere-se a peristalse ausente ou ineficaz da porção distal do esôfago, acompanhada pela falha do relaxamento do esfíncter esofágico em resposta à deglutição. Sintomas: disfagia, regurgitação (espontânea ou intencional), dor torácica e pirose (azia).
Refluxo Gastroesofágico
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Manifestações gastrointestinais
Disfagia: é um sintoma comum da doença esofágica, sendo: desde uma sensação desconfortável de que um bolo alimentar está preso na porção superior do esôfago até a odinofagia (dor aguda na deglutição).
Pirose (azia): desconforto ou sensação de queimação atrás do esterno que irradia para o epigástrico e pescoço.
Dor abdominal/desconforto: Surge da estimulação dos nervos viscerais; normalmente é difusa e mal localizada, muitas vezes no abdome inferior ou central.
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Manifestações gastrointestinais
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Nutrição no ambiente hospitalar
Exemplos de Diagnósticos de Enfermagem Associados:
1. Deglutição Prejudicada;
2. Nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais
3. Risco de nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais
4. Disposição para nutrição melhorada
5. Risco de função hepática prejudicada
6. Risco de glicemia instável
7. Risco de Lesão
8. Déficit no autocuidado para alimentação
9. Constipação
10.Diarreia
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Nutrição no ambiente hospitalar
Fatores fisiopatológicos – Nutrição desequilibrada
- Exigência calórica aumentada e dificuldade na ingestão (Câncer e infecção);
- Disfagia;
- Absorção diminuída (doença de Crohn e intolerância a lactose);
- Diminuição de apetite;
- Anorexia nervosa;
- Digestão prejudicada (Pancreatite);
- Metabolismo prejudicado (Cirrose hepática).
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Nutrição no ambiente hospitalar
A anotação de Enfermagem deve ser objetiva e completa;
O “jejum para exames ou procedimentos”, por dias consecutivos, é muito prejudicial para estes usuários (risco nutricional). Verificar, com o médico responsável, a real necessidade de jejum, solicitar que libere a dieta logo que possível e planejar os procedimentos de forma a evitar períodos desnecessários de jejum;
Quando o acompanhante auxilia o paciente nas refeições, deve receber orientações de enfermagem sobre como e quando oferecer os alimentos, favorecendo o conforto do usuário e do acompanhante durante a refeição;
Verificar se o usuário não se adaptou bem à dieta hospitalar e registrar;
Sempre que necessário, solicitar avaliação nutricional do paciente e discutir os casos com o nutricionista responsável.
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Tipos de nutrição
Gástrica
Enteral ou entérica
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Resíduo gástrico
Excesso de líquido ou secreção que permanece no estômago após a alimentação e/ou procedimentos cirúrgicos. O volume e o aspecto do resíduo gástrico determinam se há ou não tolerância aos alimentos e a capacidade de digeri-los. Também pode indicar se há algum problema na secreção de bile e/ou ácido do estômago. 
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Nutrição enteral
Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar,ambulatorial ou domiciliar.
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Nutrição enteral
Métodos de administração: intermitente ou contínua.
Método intermitente
- Localização no estômago: Início com volume de 100 a 250 ml por vez e com aumento gradativo de 50 ml por dose, até o volume máximo de 350 ml em intervalos de 3 a 4 horas;
Localização no jejuno ou duodeno: Velocidade inicial não deve ultrapassar 60 ml/h.
Método contínuo
-Localização no estômago: Início da dieta com velocidade de 25 a 30 ml/h e aumentar gradativamente até a velocidade máxima de 100ml a 150ml/h;
- Localização no jejuno ou duodeno: A velocidade inicial pode ser de 25 a 30 ml/h,
devendo ser aumentada dependendo da aceitação pelo paciente, até 100 a 125 ml/h.
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Nutrição enteral
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Nutrição enteral
Quando a sonda está localizada pós-piloro, o gotejamento da dieta deve ser controlado com certo rigor, devido ao escoamento rápido desta, que pode ocasionar cólicas e diarreia, acarretando um prejuízo no aproveitamento nutricional.
Refluxo Gastroesofágico: Sonda de grosso calibre (maior efeito no esfíncter esofágico) > uso de sondas flexíveis e de fino calibre; se houver grande quantidade de dieta no estômago > checar posicionamento; suspender a dieta para detecção do problema.
Constipação  Dieta muito fria (provoca alterações no trato gastrointestinal) > retirar a dieta do refrigerador 1h antes de ser administrada.
As fórmulas podem permanecer, em geral, até quatro horas em temperatura ambiente e até 24 horas no refrigerador. Trocar equipo a cada 24 horas.
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Nutrição enteral
Monitorar: balanço hídrico, glicose, eletrólitos, uréia, creatinina sérica, albumina, fósforo, cálcio, magnésio, hemoglobina/hematócrito, contagem de leucócitos.
Nutrição Enteral em Sistema Aberto: permanece até 8 horas.
Nutrição Enteral em Sistema Fechado: permanece até 24 horas.
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Complicações
Sangramentos (trauma de trajeto), desvio de trajeto (cavidade pulmonar), desposicionamento.
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Referências:
BARE, B.G,; SUDDARTH, D.S.. Brunner - Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 12ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
POTTER, P.A.; PERRY,A.G.. Fundamentos de Enfermagem. 7ª Ed. São Paulo: Elsevier, 2009.
Procedimento Operacional Padrão. Sondagem nasogástrica. Enfermarias. UERJ/HUPE. 2013.
Procedimento Operacional Padrão. Sondagem nasoentérica. Enfermarias. UERJ/HUPE. 2013.
UNAMUNO,M.R.D.L. Sonda nasogástrica/nasoentérica: cuidados na instalação, na administração da dieta e prevenção de complicações. Medicina, Ribeirão Preto,35: 95-101, jan./mar. 2002.

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