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Tributação e Orçamento do DF

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LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
PROFESSOR: MARCELO KESSLER 
 
1 
www.pontodosconcursos.com.br 
Grandes concurseiros, 
 
Finalmente chegamos à nossa última aula! Mas esta-
mos concluindo nosso curso com muita antecedência em relação á 
prova. 
A aula de hoje tratará da tributação, do orçamento e da 
ordem econômica do DF. É uma aula que tem muitos conceitos rela-
cionados a AFO, e por isso eles serão abordados de forma resumida, 
uma vez que o professor daquela matéria encontra-se mais prepara-
do para tratar do tema. 
Então é isso... vamos direto à aula porque eu sei que 
vocês estão loucos para “matar” mais uma das matérias do edital. Só 
não se esqueçam de dar aquela revisada mais perto da prova, hein! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
PROFESSOR: MARCELO KESSLER 
 
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Aula 04 
Título IV – Da Tributação e do Orçamento do Distrito Federal 
Título V - Da Ordem Econômica do Distrito Federal 
 
 
 
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO DO DF 
 
Dos Princípios Gerais 
Para que possamos compreender melhor esse Título da 
LODF, vamos buscar no art. 3º do Código Tributário Nacional o con-
ceito de tributos: 
“tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em 
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não 
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e co-
brada mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada.” 
Embora haja razoável controvérsia acerca dos elemen-
tos que estariam abarcados pela definição de tributos, a LODF parece 
ter adotado a escola tricotômica, a qual estabelece existirem três ti-
pos de tributos (impostos, taxas e contribuições de melhoria). Vamos 
definir cada uma dessas três modalidades de tributos: 
� Impostos: tributo não vinculado cuja obrigação 
tem por fato gerador uma situação independente 
de qualquer atividade estatal específica, relativa 
ao contribuinte, ou seja, o imposto não é devido 
em função de uma contraprestação estatal 
específica. Segundo a doutrina, a hipótese legal 
de incidência dos impostos descreve um fato eco-
nômico concernente ao contribuinte. Para exem-
plificar, o cidadão não paga IPVA porque o Estado 
mantém conservadas as vidas públicas (contra-
prestação estatal específica), e sim porque possui 
um carro (fato econômico concernente ao contri-
buinte). 
� Taxas: diferentemente dos impostos, as taxas 
constituem espécie de tributo vinculado, cujo 
LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
PROFESSOR: MARCELO KESSLER 
 
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pagamento decorre de uma atividade estatal es-
pecífica relativa ao contribuinte. Dessa forma, o 
cidadão pagará taxas em função de um serviço 
público colocado a sua disposição (taxas de servi-
ço, como aquela paga para tirar a carteira de mo-
torista, taxa para expedição de certidões, etc.) ou 
em razão do poder de polícia do DF (taxa de ins-
peção sanitária, taxa de alvará de funcionamento, 
etc). 
� Contribuição de Melhoria: modalidade extre-
mamente específica que, assim como as taxas, é 
classificada como uma espécie vinculada de tri-
buto. Sua cobrança só poderá ser efetuada quan-
do houver valorização de imóveis particulares em 
função da realização de obras públicas. Como 
exemplo, suponhamos a situação em que a cons-
trução de uma ponte valorize sobremaneira os 
imóveis de determinado bairro (situação total-
mente hipotética para os moradores do final do 
lago sul, rsrsrs). Nesse caso, o ente da federação 
responsável pela obra poderia cobrar contribuição 
de melhoria dos donos dos imóveis valorizados. 
Importante ressaltar que a parcela paga por cada 
um dos beneficiados não poderia exceder à valo-
rização percebida pelo seu imóvel e que a soma 
das contribuições também não poderia ser maior 
que o montante investido na obra. 
Agora que já temos conhecimento das três espécies de 
tributos tratadas na LODF, vejamos o que o art. 125 da Lei Distrital 
dispõe sobre elas: 
Art. 125. Compete ao Distrito Federal instituir os seguintes 
tributos: 
I – impostos de sua competência previstos na Constituição 
Federal; 
II – taxas em razão do exercício do poder de polícia ou pela 
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos de sua 
atribuição, específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte 
ou postos a sua disposição; 
LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
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III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públi-
cas. 
§ 1º A função social dos impostos incorpora o princípio de 
justiça fiscal e o critério de progressividade a ser observados 
na legislação. 
§ 2º Sempre que possível, os impostos terão caráter pes-
soal e serão graduados segundo a capacidade econômi-
ca do contribuinte, facultado à administração tributária, 
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, 
identificar o patrimônio, rendimentos e atividades econômi-
cas do contribuinte, respeitados os direitos individuais e nos 
termos da lei. 
§ 3º As taxas não poderão ter base de cálculo própria 
de impostos. 
§ 4º Nenhuma taxa, à exceção das decorrentes do exercício 
do poder de polícia, poderá ser aplicada em despesas estra-
nhas aos serviços para os quais foi criada. 
§ 5º O Distrito Federal poderá, mediante convênio com a 
União, Estados e Municípios, delegar ou deles receber encar-
gos de administração tributária. 
§ 6º O Distrito Federal poderá instituir contribuição cobrada 
de seus servidores para custeio, em benefício destes, de 
sistema de previdência e assistência social. 
 
Encerrando a seção que cuida dos princípios gerais, 
temos aquela que talvez seja a informação mais importante da aula: 
ao DF competem os impostos reservados aos Estados e aos 
Municípios. Esse dispositivo é consectário lógico da lição que vimos 
em aulas anteriores, a respeito das competências do DF – o DF acu-
mula as competências de Estados e Municípios. 
Ao DF competem, cumulativamente, os impostos reservados 
aos Estados e aos Municípios 
Impostos estaduais 
ITCD – imposto por transmissão 
causa mortis e doação de quaisquer 
bens e direitos; 
ICMS – imposto sobre operações 
relativas à circulação de mercadorias 
e sobre prestações de serviços de 
Impostos Municipais 
IPTU – imposto sobre propriedade 
predial e territorial urbana; 
ITBI – imposto sobre transmissão 
inter vivos, por ato oneroso, de bens 
imóveis e de direitos reais sobre 
imóveis, exceto os de garantia, bem 
Delegação da capaci-
dade tributária (ativi-
dade de arrecadar 
tributos) 
Notem que se aplica 
à previdência de ser-
vidores, e não previ-
dências privadas! 
LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
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transporte interestadual e intermu-
nicipal e de comunicação; 
IPVA – imposto sobre propriedade 
de veículos automotores. 
como cessão de direitos a sua aqui-
sição; 
ISS – imposto sobre serviços de 
qualquer natureza. 
 
 
Das Limitações do Poder de Tributar 
O art. 128 da LODF elenca diversos princípios que re-
gem a atividade de tributação, bem como limitações ao poder de tri-
butar. Podemos também considerar que esses princípios e limites ao 
poder de tributar consubstanciam-se em direitos e garantias ao con-
tribuinte, uma vez que foram criados para evitar que o legislador, de 
forma arbitrária, majorasse ou instituísse novos tributos pegando o 
contribuinte “desprevenido” e interferindo em muitos de seus direitos 
fundamentais, sobremaneira no direito de propriedade. 
Vejamos os princípios expressos da LODF: 
� Princípio da legalidade (art. 128, I, da LODF): é vedada a insti-
tuição ou majoração de tributos senão por meiode lei. Alguns au-
tores preferem chamá-lo de princípio da reserva-legal tributária, 
uma vez que é exigida lei em sentido formal; 
� Princípio da isonomia (art. 128, II, da LODF): é vedado instituir 
tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em si-
tuação equivalente. Percebam que, caso os contribuintes não 
se encontrem em situação equivalente, será permitido ao DF ofe-
recer tratamento diferenciado a eles – ideia central do princípio 
da isonomia: igualdade entre iguais e desigualdade entre desi-
guais, no limite de suas desigualdades. 
� Princípio da irretroatividade tributária (art. 128, III, a, da 
LODF): princípio fundado no corolário da segurança jurídica. Se-
gundo a norma, lei que institua tributo (ou aumente sua alíquota) 
não poderá incidir sobre fato gerador anterior à sua entrada em 
vigência. Para ilustrar a situação, vamos a um exemplo bobo: o 
governo decide instituir um imposto para aquisição de carros no-
vos. Tal imposto só poderá ser cobrado daqueles que adquirirem 
o carro a partir da entrada em vigor da nova lei, não sendo possí-
vel cobrá-lo de quem comprou carro anteriormente. 
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� Princípio da anterioridade do exercício financeiro (art. 128, 
III, b, da LODF): Princípio que impede que lei que majore ou crie 
novos tributos produza efeitos no exercício em que foi editada. 
Assim, não há restrições à publicação e à vigência da lei, mas a 
norma só poderá produzir efeitos em exercício financeiro posteri-
or. Existem tributos que não precisam observar esse princípio, 
mas como nenhum deles é de competência do DF, não vamos de-
talhar a matéria. 
� Princípio do não-confisco (art. 128, IV, da LODF): princípio 
bem simples, que veda o caráter confiscatório dos tributos, ou se-
ja, proíbe que os valores dos tributos cobrados sejam muito altos, 
a ponto de caracterizar o confisco dos bens do contribuinte. De 
acordo com o princípio do não-confisco, haveria um limite máxi-
mo (porém indeterminado) que pode ser cobrado do cidadão con-
tribuinte a título de tributo. 
� Princípio da liberdade de tráfego (art. 128, V, da LODF): a 
nossa Constituição estabelece o direito de livre locomoção. Dessa 
forma, qualquer tributo que tenha como fato gerador a simples 
travessia de fronteiras intermunicipais ou interestaduais não será 
permitido, posto que produziria efeitos impeditivos à livre circula-
ção de pessoas e objetos. Esse princípio não veda a tributação 
em operações econômicas interestaduais, tal qual se dá com a 
cobrança de ICMS. 
� Princípio da não discriminação tributária (art. 128, VII, da 
LODF): veda que sejam instituídas diferentes alíquotas sobre 
bens e serviços em função de sua origem ou destino. Tal princípio 
tem por objetivo evitar a guerra fiscal entre os Estados, o que 
ocasionaria a existência de zonas preferenciais de trânsito de 
mercadorias em detrimento de outras, ferindo o princípio federa-
tivo. 
� Princípio da anterioridade nonagesimal (art. 128, § 5º, da 
LODF): segundo esse princípio, a majoração e instituição de no-
vos tributos só poderá gerar efeito sobre os contribuintes após 
decorrido o prazo de 90 dias da publicação da lei que instituiu as 
novas regras. No caso específico das contribuições para a seguri-
dade social – de que trata o art. 128, § 5º, da LODF –, aplica-se 
apenas o princípio da anterioridade nonagesimal. Todavia, para 
os demais tributos, ressalvadas as exceções que vocês estudarão 
no âmbito do curso de Direito Constitucional, o princípio da ante-
rioridade nonagesimal é aplicado em conjunto com o princípio da 
anterioridade do exercício financeiro. 
LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
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Ainda na seção que cuida das limitações ao poder de 
tributar, temos também as hipóteses de imunidades. Da mesma for-
ma que os princípios acima estudados, vocês perceberão que as imu-
nidades contidas na LODF são, em essência, as mesmas que a CF 
prevê em seu bojo. 
E não poderia ser diferente, uma vez que as imunida-
des nada mais são do que limitações ao poder de tributar, ou seja, 
estão relacionadas às competências tributárias, as quais estão delimi-
tadas pela CF. Dessa forma, considerando que a matéria será deta-
lhadamente abordada no curso de Direito Constitucional, veremos o 
tema de forma resumida: 
Art. 128. Sem prejuízo de outras garantias assegura-
das ao contribuinte, é vedado ao Distrito Federal: 
(...) 
VI – instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços da União, Estados e 
Municípios; 
b) templos de qualquer culto; 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, 
inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos 
trabalhadores, das instituições de educação e assistên-
cia social sem fins lucrativos, atendidos os requisitos 
da lei; 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua 
impressão 
 
Primeiramente, notem que o inciso VI não fala em tri-
butos, limitando-se a dispor sobre impostos. Daí concluímos que as 
imunidades tributárias constantes da CF e reproduzidas na LODF im-
pedem a cobrança de IMPOSTOS de determinadas entidades ou so-
bre determinados produtos, não havendo restrições à cobrança de 
taxas ou contribuições de melhoria. 
As imunidades sobre patrimônio, renda ou serviços de 
templos de qualquer culto, de partidos políticos e suas fundações, de 
entidades sindicais e de instituições de educação e assistência social 
sem fins lucrativos também estão limitadas às suas atividades fina-
lísticas. Assim, se determinada igreja presta, no estacionamento de 
sua propriedade, serviços de lava-jato ou se um partido político pos-
A chamada imunidade recíproca. 
Estende-se às autarquias e às 
fundações dos respectivos entes 
da federação. A citada imunidade 
alcança patrimônio, renda e ser-
viços vinculados a suas finalida-
des essenciais ou delas decor-
rentes. Não alcança patrimônio, 
renda e serviços relacionados 
com a exploração de atividades 
econômicas. 
Não alcan-
ça os sin-
dicatos 
patronais, 
apenas os 
de traba-
lhadores 
LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
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sui um imóvel alugado para um particular, os impostos cabíveis inci-
dirão normalmente sobre o serviço/patrimônio diverso da atividade 
precípua da entidade possuidora de isenção. 
Já no que diz respeito à imunidade que recai sobre li-
vros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão, impor-
tante ressaltar que se restringe aos produtos elencados na 
LODF, não podendo ser estendida à tinta utilizada na impressão ou a 
mídias digitais de conteúdo literário, por exemplo. 
IMUNIDADES (apenas para IMPOSTOS) 
Imunidade Recíproca: alcança o patrimônio, renda ou serviços da União, 
Estados e Municípios, inclusive das autarquias e fundações do Poder Públi-
co, desde que relacionados às suas atividades precípuas. Patrimônio, renda 
e serviços ligados à exploração econômica não são contemplados com a 
isenção. 
Imunidade Religiosa: incide sobre templos de qualquer culto. Também 
está adstrita ao patrimônio, renda ou serviços essenciais relacionados à 
atividade religiosa exercida pelo templo. 
Imunidade dos partidos políticos, das entidades sindicais dos tra-
balhadores, das instituições de educação e assistência social sem 
fins lucrativos: abrange o patrimônio, renda ou serviços dos partidos polí-
ticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, 
das instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos, aten-
didos os requisitos da lei. Notem que existem requisitos a serem atendidos 
para que as entidades sejam beneficiadas pela imunidade. Assim como nos 
demais casos, apenaso patrimônio, a renda e os serviços essenciais à ati-
vidade finalística das entidades serão alcançados pela imunidade. 
Imunidade cultural: imunidade sobre livros, jornais, periódicos e o papel 
destinado a sua impressão. Limita-se aos produtos elencados, não alcan-
çando tinta de impressão ou mídias digitais, por exemplo 
 
 
Além das imunidades, a LODF também prevê a possibi-
lidade de que sejam concedidas isenções, reduções ou aumentos de 
tributos, desde que decorrentes de lei. Essas medidas são instru-
mentos de fomento do Estado, que poderá isentar ou reduzir a carga 
tributária incidente sobre determinados serviços que deseja incenti-
var, ou aumentar os tributos que incidem sobre determinada prática 
que pretende desestimular. 
LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
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Com exceção à isenção relacionada às operações de 
transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária, 
a qual já possui amparo na LODF, as demais isenções, anistias e remissões de-
verão obedecer a alguns requisitos, quais sejam: 
I – só poderão ser concedidos ou revogados por meio de 
lei específica, aprovada por dois terços dos membros 
da Câmara Legislativa, obedecidos os limites de prazo e 
valor; 
II – não serão concedidos no último exercício de cada 
legislatura, salvo os benefícios fiscais relativos ao imposto 
sobre operações relativas à circulação de mercadorias e so-
bre prestações de serviços de transporte interestadual e in-
termunicipal e de comunicação, deliberados na forma do in-
ciso VII do § 5º do art. 135, e no caso de calamidade pú-
blica, nos termos da lei; 
III – não serão concedidos às empresas que utilizem em 
seu processo produtivo mão-de-obra baseada no trabalho de 
crianças e de adolescentes, em desacordo com o disposto no 
art. 7°, XXXIII, da Constituição Federal. 
Parágrafo único. Os convênios celebrados pelo Distrito Fede-
ral na forma prescrita no art. 155, § 2º, XII, g, da Constitui-
ção Federal, deverão observar o que dispõe o texto constitu-
cional e legislação complementar pertinente. 
 
Dos Impostos do DF 
Pessoal, os arts. 132 a 141 da LODF versam sobre os 
impostos que competem ao Distrito Federal e algumas particularida-
des sobre eles. Não acho proveitoso tratar individualmente cada um 
dos impostos, visto que não existem pontos relevantes em relação à 
legislação existente nas demais unidades da federação. Ademais, não 
encontrei nenhuma prova que abordasse esses tópicos. Dessa forma, 
pedirei que vocês deem uma olhada em tais artigos e, havendo dúvi-
das, utilizem o nosso fórum de perguntas. 
Acredito que o mais relevante sobre esse assunto seja 
que vocês saibam que o DF terá competência para instituir os tributos 
estaduais e municipais, conforme visto no início da aula. São eles: 
 
Art. 135 (...) 
5º Observar-se-á a lei com-
plementar federal para: 
(...) 
VII – regular a forma como, 
mediante deliberação dos 
Estados e do Distrito Fede-
ral, isenções, incentivos e 
benefícios fiscais serão 
concedidos e revogados. 
ICMS 
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Ao DF competem, cumulativamente, os impostos reservados 
aos Estados e aos Municípios 
Impostos estaduais 
ITCD – imposto por transmissão 
causa mortis e doação de quaisquer 
bens e direitos; 
ICMS – imposto sobre operações 
relativas à circulação de mercadorias 
e sobre prestações de serviços de 
transporte interestadual e intermu-
nicipal e de comunicação; 
IPVA – imposto sobre propriedade 
de veículos automotores. 
Impostos Municipais 
IPTU – imposto sobre propriedade 
predial e territorial urbana; 
ITBI – imposto sobre transmissão 
inter vivos, por ato oneroso, de bens 
imóveis e de direitos reais sobre 
imóveis, exceto os de garantia, bem 
como cessão de direitos a sua aqui-
sição; 
ISS – imposto sobre serviços de 
qualquer natureza. 
 
 
Da Repartição das Receitas Tributárias 
Além das taxas, das contribuições de melhoria – se 
existentes – e do resultado da arrecadação dos impostos acima elen-
cados, constituem receita tributária do DF: 
� 100% do imposto de renda incidente na fonte sobre os ren-
dimentos pagos, a qualquer título, pelo Distrito Federal, 
suas autarquias e pelas fundações que instituir e mantiver; 
� 20% do produto da arrecadação do imposto residual que 
a União instituir (art. 154, I, da Constituição Federal, que atribui 
competência tributária residual à União); 
� 50% do produto da arrecadação do imposto da União sobre a 
propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis nele situ-
ados. Caso o DF opte por fiscalizar e arrecadar tal imposto, terá 
direito a 100% da arrecadação. 
� a parcela que lhe couber do Fundo de Participação dos Municí-
pios – FPM – e do Fundo de Participação dos Estados e do DF – 
FPE; 
� a parcela que lhe couber, proporcional a exportação de produtos 
industrializados, do montante de 10% do IPI; 
� 100% do IOF sobre o ouro. 
 
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Das Finanças Públicas 
Nas são muitos os pontos importantes relacionados às 
finanças públicas para a nossa prova. 
Quando vocês estudam AFO, aprendem a diferença do 
orçamentário para o financeiro. Enquanto o aspecto orçamentário es-
tá mais ligado ao planejamento e à autorização, a questão financeira 
está relacionada à concretização, ao dinheiro propriamente dito. Se 
estamos falando de financeiro, precisamos saber de onde vem o di-
nheiro que será utilizado pela Administração Distrital, ou seja, o que 
compõe a receita pública. Segundo a LODF, a receita pública será 
constituída por: 
I – tributos; 
II – contribuições financeiras e preços públicos; 
III – multas; 
IV – rendas provenientes de concessão, permissão, 
cessão, arrendamento, locação e autorização de uso; 
V – produto de alienação de bens móveis, imóveis, 
ações e direitos, na forma da lei; 
VI – doações e legados com ou sem encargos; 
VII – outras definidas em lei. 
Vejam que o dispositivo da LODF que elenca as parce-
las que compõem a receita pública prescinde de maiores comentários. 
Observem apenas que o inciso I, ao elencar “tributos” se refere à to-
do aquele montante que vimos anteriormente, o qual engloba os tri-
butos arrecadados pelo DF e aqueles outros (100% do imposto de 
renda sobre os rendimentos pagos pelo DF, 20% dos impostos resi-
duais, etc.) 
Além disso, acredito ser suficiente que temos três pon-
tos importantes: 
1 - O Banco de Brasília – BRB – é o agente finan-
ceiro do tesouro do DF e o organismo fundamental de fomento 
da região. É lá que ficará depositado todo o produto da arrecadação 
de toda e qualquer receita do DF. Também será no BRB que deposi-
tadas e movimentadas as disponibilidades de caixa e os recursos co-
locados à disposição das Administrações Direta e Indireta distritais. E 
os pagamentos dos servidores e empregados? “(...) serão efetuados 
LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
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pelo Banco de Brasília – BRB –, para concretizar-lhe e preservar-lhe a fun-
ção social.” Para facilitar, podemos considerar que toda a movimenta-
ção financeira do DF será realizada pelo BRB; 
2 – Os recursos financeiros correspondentes às dota-
ções orçamentárias da CLDF e do TCDF serão repassados aos respec-
tivos órgãos em duodécimos, até o dia 20 de cada mês – por isso 
vocês receberão o salário de vocês no dia 20 de cada mês!; 
3 – Serão objeto de Lei complementar, observada a CF, 
a legislação federal e as resoluções do Senado Federal, os normativos 
que versem sobre:I – finanças públicas; 
II – emissão e resgate de títulos da dívida pública; 
III – concessão de garantia pelas entidades públicas do 
Distrito Federal; 
IV – fiscalização das instituições financeiras do Distrito 
Federal 
 
Do Orçamento 
 Pessoal, não iremos abordar detalhadamente a ma-
téria relativa ao orçamento constante da LODF porque a grande mai-
oria de seus dispositivos é mera reprodução do que é veiculado pela 
Constituição Federal. Dessa forma, o assunto será abordado de forma 
completa pelo professor de Administração Financeira e Orçamentária, 
pessoa muito mais preparada para dispor sobre o tema do que esse 
que vos fala (ou escreve, rsrs). 
Dessa forma, especialmente nesse tópico, nos atere-
mos realmente apenas às peculiaridades da LODF, que são poucas. 
Sob esse prisma, gostaria de ressaltar os arts. 147 e 148, que trazem 
uma definição do que seria o orçamento e uma consideração impor-
tante sobre as Administrações Regionais: 
Art. 147. O orçamento público, expressão física, social, 
econômica e financeira do planejamento governamental, se-
rá documento formal de decisões sobre a alocação de recur-
sos e instrumento de consecução, eficiência e eficácia da 
ação governamental. 
Art. 148. Na elaboração de seu orçamento, o Distrito Federal 
destinará anualmente às Administrações Regionais recur-
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sos orçamentários em nível compatível, com critério a ser 
definido em lei, prioritariamente para o atendimento de des-
pesas de custeio e de investimento, indispensáveis a sua 
gestão. 
Parágrafo único. Para os fins preconizados no caput, as 
Regiões Administrativas constituem-se individualmen-
te em órgãos. 
 
Achei interessante ressaltar o art. 147 porque, ao con-
trário do que acontece na CF, a LODF traz explicitamente um conceito 
de orçamento, o qual poderia ser tranquilamente objeto de cobrança 
em prova. 
O mesmo acontece com o parágrafo único do art. 148. 
Segundo o dispositivo, ao elaborar o orçamento, o Governo deverá 
destinar recursos às Administrações Regionais e, para esse fim, elas 
deverão ser consideradas como órgãos. Esse dispositivo vai ao en-
contro do que tratamos em aula pretérita, em que falamos que, em 
função da vedação à divisão do DF em Municípios, foi realizada a 
desconcentração territorial da Administração, mediante a criação 
das Regiões Administrativas. OBS: não se esqueçam que o termo uti-
lizado pela LODF é “descentralização administrativa”, embora tra-
te-se de hipótese de desconcentração. 
Por falar em Administrações Regionais, peço licença pa-
ra fugir um pouco do tema da aula. Lembram que quando estudamos 
as Administrações Regionais, vimos que a LODF prevê que a escolha 
dos Administradores deveria ser realizada com alguma forma de par-
ticipação popular, nos termos de lei (que ainda não foi editada)? 
Lembram também que comentamos que isso, de fato, não ocorria, 
uma vez que os Administradores Regionais eram simplesmente no-
meados pelo Governador, sem nenhum tipo de consulta ou participa-
ção da população interessada? 
Pois bem... recentemente o TJDFT proferiu decisão fi-
xando prazo para que o Governo edite a lei a que a LODF se refere, 
normatizando a participação popular no processo de escolha dos Ad-
ministradores Regionais. Essa informação dificilmente será cobrada 
na nossa prova do TCDF, visto que é posterior à publicação do edital. 
Mas valeu para relembrar o tema e ajudará aqueles que pretendem 
continuar a fazer concursos distritais. 
LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
PROFESSOR: MARCELO KESSLER 
 
14 
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Apenas para finalizar, lembro que o STF já se pronunci-
ou pela proibição de que a participação popular se dê por meio de es-
colha direta (eleições), pois isso caracterizaria uma tentativa de divi-
dir o DF em espécies similares aos Municípios. 
Feita essa consideração, voltemos ao Orçamento. Leis 
de iniciativa do Governador estabelecerão: 
� Plano Plurianual – PPA; 
� Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO; 
� Lei Orçamentária Anual – LOA. 
O PPA, o qual conterá as diretrizes, objetivos e metas 
(DOM) da Administração Pública do DF no horizonte de 4 anos, 
possui uma peculiaridade em relação ao âmbito Federal. Vejamos o 
que dispõe o §2º do art. 149: 
§ 2º A lei que aprovar o plano plurianual, compatível 
com o plano diretor de ordenamento territorial, 
estabelecerá, por região administrativa, as diretri-
zes, objetivos e metas, quantificados física e financei-
ramente, da administração pública do Distrito Federal, 
no horizonte de quatro anos, para despesas de capital e 
outras delas decorrentes, bem como as relativas a pro-
gramas de duração continuada, a contar do exercício 
financeiro subseqüente. 
 
A LDO, a qual deverá ser compatível com o PPA, conte-
rá as metas e prioridades (MP) da Administração Pública Distrital para 
o exercício financeiro subsequente, não havendo nenhuma peculiari-
dade da LDO distrital em face da LDO federal que mereça ser resal-
vada. Dessa forma, a LDO distrital, tal qual a federal, deverá: 
� incluír as despesas de capital para o exercício finan-
ceiro subseqüente; 
� orientar a elaboração da lei orçamentária anual; 
� dispor sobre as alterações da legislação tributária; 
� estabelecer a política tarifária das entidades da admi-
nistração indireta e a política de aplicação das agên-
cias financeiras oficiais de fomento; 
� definir a política de pessoal a curto prazo da adminis-
tração direta e indireta do Governo. 
Leis Ordinárias, de inicia-
tiva do Poder Executivo. 
O PPA deverá: 
1 – ser compatível com o 
Plano Diretor de Orde-
namento Territorial; 
2 – dispor, de forma regio-
nalizada, por região admi-
nistrativa, sobre as diretri-
zes, os objetivos e as metas 
da administração pública 
distrital. 
LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
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Já a LOA distrital, assim como a federal, será composta 
pelos: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes do Distri-
to Federal, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas 
ou mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em 
que o Distrito Federal, direta ou indiretamente, detenha 
a maioria do capital social com direito a voto; 
III - o orçamento de seguridade social, abrangidas 
todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da admi-
nistração direta e indireta, bem como os fundos e fun-
dações instituídos ou mantidos pelo Poder Público. 
 
Tal qual o PPA, a LOA possui peculiaridades em função 
da divisão do DF em Regiões Administrativas. Vejamos o que dispõe 
§ 7º do art. 149: 
§ 7º Integrarão o projeto de lei orçamentária, além da-
queles definidos em lei complementar, demonstrativos 
específicos com detalhamento das ações governamen-
tais, dos quais constarão: 
I - objetivos, metas e prioridades, por Região Admi-
nistrativa; 
II - identificação do efeito sobre as receitas e despesas, 
decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e 
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, 
referidos no art. 131; 
III - demonstrativo da situação do endividamento, no 
qual se evidenciará para cada empréstimo o saldo de-
vedor e respectivas projeções de amortização e encar-
gos financeiros correspondentes a cada semestre do 
ano da proposta orçamentária. 
(...) 
§ 10. O orçamento anual deverá ser detalhado por 
Região Administrativa e terá entre suas funções a 
redução das desigualdades inter-regionais 
 
Outra peculiaridade do processo orçamentário distrital 
em relação ao federal está na matéria atinente às datas de envio e 
devolução dos projetos de lei. Parafacilitar a comparação, vamos re-
sumir a matéria na tabela a seguir: 
 
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 Distrito Federal União 
 envio devolução envio devolução 
PPPA 1º/08 15/12 31/08 22/12 
PLDO 15/05 30/06 15/04 17/07 
PLOA 15/09 15/12 31/08 22/12 
 
IMPORTANTE 
Enquanto na União, a sessão legislativa não será interrompida sem a vota-
ção do projeto de LDO, no Distrito Federal regra similar se aplica à votação 
do projeto de LOA. Assim, no DF a sessão legislativa não será inter-
rompida sem a votação do projeto de LDO e também não será en-
cerrada sem a votação do projeto de LOA. 
 
Por fim, considerando os grandes problemas já verificados 
em todas as esferas da federação relacionadas às verbas de publicidade, a 
LODF trouxe dispositivo que, ao consagrar o princípio da transparência, 
busca mitigar a malversação dos recursos públicos: 
§ 9º As despesas com publicidade do Poder Legisla-
tivo e dos órgãos ou entidades da administração direta 
e indireta do Poder Executivo deverão ser objeto de 
dotação orçamentária específica. 
 
 
DA ORDEM ECONÔMICA DO DF 
 
Dos Princípios Gerais 
O artigo 158 elenca traz informações importantes sobre 
a ordem econômica. Observemos o seu enunciado: 
Art. 158. A ordem econômica do Distrito Federal, fun-
dada no primado da valorização do trabalho e das 
atividades produtivas, em cumprimento ao que esta-
belece a Constituição Federal, tem por fim assegurar 
a todos existência digna, promover o desenvolvi-
mento econômico com justiça social e a melhoria 
da qualidade de vida, observados os seguintes 
princípios: 
I - autonomia econômico-financeira; 
II - propriedade privada; 
Apenas no pri-
meiro ano do 
mandato 
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III - função social da propriedade; 
IV - livre concorrência; 
V - defesa do consumidor; 
VI - proteção ao meio ambiente; 
VII - redução das desigualdades econômico-sociais; 
VIII - busca do pleno emprego; 
IX - integração com a região do entorno do Distrito Fe-
deral. 
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício 
de qualquer atividade econômica, independentemente 
de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos pre-
vistos em lei. 
Vejam que o mesmo dispositivo elenca os fundamen-
tos, os objetivos (ou fins) e os princípios que regem a atividade eco-
nômica. Vamos separá-los para facilitar o entendimento de todo o 
artigo: 
ORDEM ECONÔMICA 
Fundamentos Objetivos (fins) Princípios 
valorização do trabalho e 
das atividades produtivas 
assegurar a todos exis-
tência digna; 
promover o desenvolvi-
mento econômico com 
justiça social; 
melhoria da qualidade de 
vida 
autonomia econômico-
financeira; 
propriedade privada; 
função social da proprie-
dade; 
livre concorrência; 
defesa do consumidor; 
proteção ao meio ambien-
te; 
redução das desigualda-
des econômico-sociais; 
busca do pleno emprego; 
integração com a região 
do entorno do Distrito 
Federal. 
 
Não vejo como necessários maiores esclarecimentos 
acerca dos fundamentos e dos objetivos da ordem econômica do DF. 
No que diz respeito aos princípios, chamo atenção para o princípio da 
autonomia econômico financeira, uma vez que este diverge do esta-
belecido pela CF, que elenca a soberania nacional como um de seus 
princípios. Inclusive, vocês já devem ter percebido uma questão que 
relacione qualquer tipo de soberania com o DF provavelmente estará 
errada. 
LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
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Também é importante que vocês tenham atenção para 
o princípio da integração o com a região do entorno do DF. Não é a 
primeira vez que vimos dispositivo que verse sobre a matéria, sendo 
imprescindível que vocês tenham em mente que, embora não perten-
ça ao território do DF, o entorno deve ser considerado quando da 
elaboração das políticas públicas em âmbito distrital. 
Feitas essas considerações iniciais, vamos às formas de 
atuação do Estado na economia. O Poder Público poderá atuar de 
forma direta (por meio de pessoas jurídicas por ele constituídas) ou 
de forma indireta (exercendo atividade de incentivo – positivo ou 
negativo -, fiscalização e planejamento) na economia. A atuação de 
forma direta é menos comum, uma vez que o Estado não é (ou não 
deveria ser) um empresário. Todavia, por vezes é necessária a atua-
ção direta do Poder Público na economia e, no do DF, o art. 159 da 
LODF elenca as situações em que isso se faz necessário: 
Art. 159. O Poder Público só participará diretamente na 
exploração da atividade econômica nos casos previs-
tos na Constituição Federal e, na forma da lei, como 
agente indutor do desenvolvimento sócio-econômico do 
Distrito Federal, em investimentos de caráter estra-
tégico ou para atender relevante interesse coleti-
vo. 
§ 1º A empresa pública, a sociedade de economia mista 
e outras entidades que explorem atividade econômica 
sujeitam-se ao regime jurídico próprio das em-
presas privadas, inclusive quanto às obrigações tra-
balhistas e tributárias. 
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia 
mista não poderão gozar de privilégios fiscais que 
não sejam extensivos às do setor privado. 
§ 3º Na aquisição de bens e serviços, os órgãos da ad-
ministração direta e indireta, sem prejuízo dos princí-
pios da publicidade, transparência das contas públicas, 
legitimidade e economicidade, darão tratamento pre-
ferencial, nos termos da lei, a atividades econômi-
cas exercidas em seu território e, em especial, a 
empresas brasileiras de capital nacional. 
 
Dessa forma, sempre que o setor privado não se inte-
ressar por determinada área necessária ao bem estar da população 
ou quando determinado setor for estrategicamente interessante para 
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19 
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o poder público, este poderá atuar diretamente na economia (exem-
plos no DF: BRB, Terracap, Novacap, etc.) 
Notem que nos casos em que o Estado optar por atuar 
diretamente na ordem econômica por meio de suas empresas, estas 
estarão submetidas às mesmas obrigações e deveres que as empre-
sas privadas, não gozando de benefícios que não sejam extensíveis 
às demais. Isso ocorre porque, caso as empresas do governo possu-
íssem vantagens não percebidas pelas empresas privadas, seria cria-
da um cenário de quebra de isonomia e desestímulo à participação do 
setor privado na economia nacional. 
Na verdade, o que acontece é que as empresas públi-
cas e sociedades de economia mista que atuam no mercado acabam 
sofrendo certa desvantagem em relação às empresas do setor priva-
do que com elas competem. Isso porque o regime jurídico observado 
pelas empresas integrantes da Administração Pública é predominan-
temente privado, sendo ainda impostas, ainda que de forma menos 
rigorosa, algumas regras do setor público (licitação e admissão por 
concurso público, por exemplo). 
Para finalizar a questão da atuação direta do Estado na 
economia, vejamos duas regras que devem ser observadas pelas 
empresas públicas e sociedades de economia mista constituídas pela 
Administração Distrital: 
I - composição de pelo menos um terço da diretoria 
executiva por representantes de seus servidores, 
escolhidos pelo Governador entre os indicados em lista 
tríplice para cada cargo, mediante eleição pelos servi-
dores, atendidas as exigências legais para o preenchi-
mento dos referidos cargos; 
II - assinatura de contratos de gestão que estabe-
leçam metas de desempenho e responsabilidade, bem 
como assegurem a autonomia necessária ao alcance 
dos resultadosestabelecidos. 
No que diz respeito à atuação indireta do Estado na 
economia exercendo as funções de planejamento, incentivo e fiscali-
zação. Nesse contexto, lei deverá dispor sobre as diretrizes do plane-
jamento governamental do DF, o qual deverá incorporar e compatibi-
lizar os seguintes instrumentos/ações: 
Essa regra não é aplicável às 
instituições FINANCEIRAS 
controladas pelo DF. Nesse 
caso específico, será FACUL-
TADA a participação de um 
empregado público no Con-
selho de Administração. 
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20 
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� o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) e 
os Planos de Desenvolvimento Local (PDLs); 
� as ações de integração com a região do entorno do 
Distrito Federal; 
� o plano plurianual; 
� as diretrizes orçamentárias; 
� o orçamento anual. 
 Bom... já vimos em tópico precedente aspectos sobre 
o PPA, a LDO e a LOA. No que diz respeito ao PDOT e aos PDLs, em-
bora a LODF reserve grande atenção ao tema, os artigos que deta-
lham os referidos instrumentos não constam do nosso edital. Dessa 
forma, não precisamos saber detalhes sobre os citados planos, bas-
tando para a nossa prova o seguinte: 
� O PDOT é o instrumento básico da política de ex-
pansão e desenvolvimento urbanos, de longo prazo 
(vigência de 10 anos, com possibilidade de revisão a 
cada 5 anos) e natureza permanente; 
� Os PDLs são instrumentos complementares da 
política de expansão e desenvolvimento urbanos do 
DF 
� As ações de integração com a região do entorno do 
Distrito Federal são constituídas pelo conjunto de 
políticas para o desenvolvimento das áreas do 
entorno, com vistas a integração e harmonia com 
o Distrito Federal, em regime de co-
responsabilidade com as unidades da Federação 
às quais pertencem, preservada a autonomia admi-
nistrativa e financeira das unidades envolvidas. 
Pessoal, encerramos por aqui a nossa aula. Os arts. 
176 a 199, embora constem do nosso edital, prescindem de maiores 
esclarecimentos (e para ser bem sincero, são de menor relevância, 
sendo raríssimamente abordados em provas de LODF e também de 
Direito Constitucional). Dessa forma, a fim de poupar o precioso tem-
po de vocês, sugiro que façam uma rápida leitura desses dispositivos 
na véspera da prova, só para saber que eles existem. 
 
 
Leis Complementa-
res 
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21 
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Enfim, acabamos! Espero que vocês tenham gostado do 
curso, quem tenham achado que realmente valeu a pena permitir que 
eu os ajudasse nessa caminhada. 
Não falei isso no começo da aula para que vocês não 
deixassem de estudá-la, mas tenham certeza de que essa é a parte 
da matéria menos importante. A parte que cuida do orçamento é bas-
tante relevante para AFO, mas não para LODF! Vocês notarão isso na 
nossa bateria de exercícios de hoje, que mesmo contendo exercícios 
de outras bancas, é de longe a menor de todo o curso. 
Agradeço por todos os elogios, críticas e sugestões que 
recebi durante esse período. Com certeza levarei tudo em considera-
ção e buscarei preparar cursos cada vez melhores. 
Fora isso, saibam que estou torcendo para que vocês 
tenham um ótimo desempenho na prova e cheguem logo à nossa 
parceiro, a Secretaria de Transparência e Controle, para nos ajudar 
com os processos e fiscalizações, a fim de tornar nossa cidade um 
lugar ainda melhor para se viver. Não tenho dúvidas de que vocês 
serão muito felizes lá 
A partir de agora, nosso contato será apenas pelo fó-
rum de dúvidas e pelo email que vocês já conhecem: 
 
marcelo.kessler@pontodosconcursos.com.br 
 
Abraços, bons estudos e boa prova! 
 
 
 
 
 
 
 
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RESUMO 
 
Ao DF competem, cumulativamente, os impostos reservados 
aos Estados e aos Municípios 
Impostos estaduais 
ITCD – imposto por transmissão 
causa mortis e doação de quaisquer 
bens e direitos; 
ICMS – imposto sobre operações 
relativas à circulação de mercadorias 
e sobre prestações de serviços de 
transporte interestadual e intermu-
nicipal e de comunicação; 
IPVA – imposto sobre propriedade 
de veículos automotores. 
Impostos Municipais 
IPTU – imposto sobre propriedade 
predial e territorial urbana; 
ITBI – imposto sobre transmissão 
inter vivos, por ato oneroso, de bens 
imóveis e de direitos reais sobre 
imóveis, exceto os de garantia, bem 
como cessão de direitos a sua aqui-
sição; 
ISS – imposto sobre serviços de 
qualquer natureza. 
 
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS (apenas para IMPOSTOS) 
Imunidade Recíproca: alcança o patrimônio, renda ou serviços da União, 
Estados e Municípios, inclusive das autarquias e fundações do Poder Públi-
co, desde que relacionados às suas atividades precípuas. Patrimônio, renda 
e serviços ligados à exploração econômica não são contemplados com a 
isenção. 
Imunidade Religiosa: incide sobre templos de qualquer culto. Também 
está adstrita ao patrimônio, renda ou serviços essenciais relacionados à 
atividade religiosa exercida pelo templo. 
Imunidade dos partidos políticos, das entidades sindicais dos tra-
balhadores, das instituições de educação e assistência social sem 
fins lucrativos: abrange o patrimônio, renda ou serviços dos partidos polí-
ticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, 
das instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos, aten-
didos os requisitos da lei. Notem que existem requisitos a serem atendidos 
para que as entidades sejam beneficiadas pela imunidade. Assim como nos 
demais casos, apenas o patrimônio, a renda e os serviços essenciais à ati-
vidade finalística das entidades serão alcançados pela imunidade. 
Imunidade cultural: imunidade sobre livros, jornais, periódicos e o papel 
destinado a sua impressão. Limita-se aos produtos elencados, não alcan-
çando tinta de impressão ou mídias digitais, por exemplo 
 
 
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Datas de envio/devolução das leis orçamentárias 
 Distrito Federal União 
 envio devolução envio devolução 
PPPA 1º/08 15/12 31/08 22/12 
PLDO 15/05 30/06 15/04 17/07 
PLOA 15/09 15/12 31/08 22/12 
 
IMPORTANTE 
Enquanto na União, a sessão legislativa não será interrompida sem a vota-
ção do projeto de LDO, no Distrito Federal regra similar se aplica à votação 
do projeto de LOA. Assim, no DF a sessão legislativa não será inter-
rompida sem a votação do projeto de LDO e também não será en-
cerrada sem a votação do projeto de LOA. 
 
ORDEM ECONÔMICA 
Fundamentos Objetivos (fins) Princípios 
valorização do trabalho e 
das atividades produtivas 
assegurar a todos exis-
tência digna; 
promover o desenvolvi-
mento econômico com 
justiça social; 
melhoria da qualidade de 
vida 
autonomia econômico-
financeira; 
propriedade privada; 
função social da proprie-
dade; 
livre concorrência; 
defesa do consumidor; 
proteção ao meio ambien-
te; 
redução das desigualda-
des econômico-sociais; 
busca do pleno emprego; 
integração com a região 
do entorno do Distrito 
Federal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apenas no pri-
meiro ano do 
mandato 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
(Cespe – PGDF/2013) Considerando que uma autarquia federal que não 
vise à exploração da atividade econômica e não cobre tarifa ou preço por 
serviços prestados tenha adquirido um prédio para instalação de sua admi-
nistração no DF,julgue os itens que se seguem, relativos a essa situação 
hipotética, à competência tributária e às regras de limitação dessa compe-
tência. 
1) Caso o prédio em questão seja vendido para uma pessoa física, essa 
operação ficará sujeita ao pagamento de ITBI, uma vez que a limita-
ção do poder de tributar não mais se aplicará. 
Item Certo: Pessoal, vimos na aula que a CF prevê, e a LODF reproduz, 
a chamada imunidade tributária recíproca, por meio da qual fica ve-
dada a cobrança de impostos sobre patrimônio, renda ou serviços dos 
demais entes da federação. Ocorre que n ocaso em análise, quando a 
autarquia federal vende o imóvel para pessoa física, o mesmo deixa de 
ser um bem da autarquia federal. Ademais, o ITBI é um imposto cobrado 
do comprador do imóvel, ou seja, não há que se falar em cobrança de 
imposto da União, uma vez que quem arcará com a despesa será a pes-
soa física que está adquirindo o imóvel. 
 
2) O DF pode instituir contribuições parafiscais, inclusive destinadas à 
intervenção no domínio econômico, desde que o faça por lei comple-
mentar. 
Item Errado: Pessoal, no âmbito do direito tributário, a competência 
residual é da União, ou seja, compete à União instituir novos tributos 
além daqueles por ela elencados. Assim, ao DF cabem os tributos de 
competência dos Estados e Municípios já constantes do Texto Constituci-
onal. Já no caso de novos tributos (como aquele de uma contribuição pa-
ra intervenção no domínio econômico – CIDE), compete à União a sai 
instituição, conforme dispõe o art. 149 da CF: 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir con-
tribuições sociais, de intervenção no domínio econômi-
co e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, 
como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, ob-
servado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem 
prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às con-
tribuições a que alude o dispositivo 
3) Na hipótese considerada, o DF não poderá cobrar IPTU do prédio da 
autarquia federal em razão do princípio da uniformidade. 
LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
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Item Errado: De fato o DF não poderia cobrar o IPTU da referida autar-
quia federal. Ocorre que essa vedação encontrara amparo no Princípio 
da imunidade tributária recíproca, e não no princípio da uniformidade, 
conforme afirma o item. 
 
4 - (Esaf – PGDF/2007 - adaptada) O Distrito Federal, entidade inte-
grante da República Federativa do Brasil, pode instituir contribuição para o 
custeio de sistemas de previdência e assistência social de seus servidores; 
imposto sobre serviços de qualquer natureza; e taxas, em razão do exercí-
cio do poder de polícia. 
Item Certo: É exatamente isso! Vimos que o ISS e as taxas cobradas 
em razão do exercício do poder de polícia exercido pelos seus ór-
gãos/entidades são de competência do DF. Alguma dúvida poderia resi-
dir na hipótese de instituição de contribuição para o custeio de sistemas 
de previdência e assistência social de seus servidores, mas essa é a úni-
ca contribuição cuja instituição não compete exclusivamente à União. 
Vejamos o que estabelece a LODF: 
art. 125: (...) 
§ 6º O Distrito Federal poderá instituir contribuição cobrada 
de seus servidores para custeio, em benefício destes, de sis-
tema de previdência e assistência social. 
 
5 - (Funiversa – ADASA/2009 – adaptada) O imposto sobre proprieda-
de rural será fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem, na 
forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer for-
ma de renúncia fiscal. 
Item Certo: É isso o que dispõe a LODF, em reprodução do texto cons-
titucional. O Imposto sobre propriedade territorial rural – ITR – comporá 
a receita do DF. Caso seja fiscalizado e arrecadado pela União, 50% do 
montante arrecadado referente aos imóveis em seu território será parte 
de sua receita. Caso opte por fiscalizar e arrecadar ele próprio o referido 
imposto, terão direito a 100% do valor arrecadado. Mas o DF só poderá 
fazer a opção de se responsabilizar pelo imposto se isso não implicar 
redução ou qualquer forma de renúncia fiscal, conforme dispõe o art. 
art. 153, § 4º, III, c/c o art. 158, II, da CF: 
Art. 158. Pertencem aos Municípios: 
(...) 
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do im-
posto da União sobre a propriedade territorial rural, relativa-
mente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na 
hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; 
 
CF, art. 153, § 4º, III: será 
fiscalizado e cobrado pelos 
Municípios que assim optarem, 
na forma da lei, desde que 
não implique redução do 
imposto ou qualquer outra 
forma de renúncia fiscal. 
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6 - (Funiversa – ADASA/2009 – adaptada) É vedado ao DF delegar sua 
capacidade tributária. 
Item Errado: Pessoal, aqui é simples. O DF não poderá delegar sua ca-
pacidade tributária (capacidade de cobrar tributos) àqueles cuja persona-
lidade jurídica não seja de pessoa pública. Todavia, poderá sim delegá-la 
a outros entes federados e até mesmo às suas autarquias (todos com 
personalidade jurídica de direito público). Vejamos o que dispõe a LODF: 
Art. 125 
§ 5º O Distrito Federal poderá, mediante convênio com a 
União, Estados e Municípios, delegar ou deles receber en-
cargos de administração tributária. 
 
 
7 - (Cespe – CLDF/2006) O princípio da anterioridade tributária significa 
que nenhum tributo pode ser instituído ou majorado no mesmo exercício 
que venha a ser cobrado pelo fisco; a razão desse princípio deriva da neces-
sidade de que as receitas tributárias decorrentes dessa cobrança estejam 
previstas na lei orçamentária, a fim de se ordenarem a receita e a despesa 
do poder público. 
Item Errado: Embora existam tributos que não precisam observar o 
princípio da anterioridade tributária, isso não tornaria o item errado, 
uma vez que ele fala da regra geral. O erro da afirmativa está em sua 
parte final: o princípio da anterioridade tributária é uma garantia ao 
contribuinte de que ele não será pego de surpresa com o aumento de 
um tributo, nada tendo a ver com a necessidade de previsão em lei or-
çamentária, uma vez que essa pode ser alterada no decorrer do exercí-
cio financeiro. 
 
8 - (Funiversa – ADASA/2009 – adaptada) A imunidade tributária diz 
respeito aos impostos, não alcançando as contribuições. 
Item Certo: Foi exatamente isso que vimos na aula. A propósito, va-
mos aproveitar para relembrar as imunidades previstas na LODF: 
IMUNIDADES (apenas para IMPOSTOS) 
Imunidade Recíproca: alcança o patrimônio, renda ou serviços da União, 
Estados e Municípios, inclusive das autarquias e fundações do Poder Públi-
co, desde que relacionados às suas atividades precípuas. Patrimônio, renda 
e serviços ligados à exploração econômica não são contemplados com a 
isenção. 
Imunidade Religiosa: incide sobre templos de qualquer culto. Também 
está adstrita ao patrimônio, renda ou serviços essenciais relacionados à 
atividade religiosa exercida pelo templo. 
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Imunidade dos partidos políticos, das entidades sindicais dos tra-
balhadores, das instituições de educação e assistência social sem 
fins lucrativos: abrange o patrimônio, renda ou serviços dos partidos polí-
ticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, 
das instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos, aten-
didos os requisitos da lei. Notem que existem requisitos a serem atendidos 
para que as entidades sejam beneficiadas pela imunidade. Assim como nos 
demais casos, apenaso patrimônio, a renda e os serviços essenciais à ati-
vidade finalística das entidades serão alcançados pela imunidade. 
Imunidade cultural: imunidade sobre livros, jornais, periódicos e o papel 
destinado a sua impressão. Limita-se aos produtos elencados, não alcan-
çando tinta de impressão ou mídias digitais, por exemplo 
 
 
 
9 - (Esaf – PGDF/2007 - adaptada) Não há incidência de qualquer im-
posto quando há doação apenas de direitos. 
Item Errado: Pessoal... esse é um tipo de questão que eu acho pratica-
mente impossível que caia na nossa prova. Mas mesmo assim coloquei 
aqui, para mostrar que pode ser que aconteça, e por isso pedi que vocês 
leiam rapidamente o que a LODF apresenta sobre cada um dos impostos. 
Como o item fala sobre qualquer imposto, basta que achemos um que in-
cida sobre doação de direitos que a afirmativa estará errada. Então va-
mos à definição de ITCD que apresentei na aula: 
ITCD – imposto por transmissão causa mortis e doação 
de quaisquer bens e direitos 
 
10 - (Cespe – PGR/2004) A Lei de Diretrizes Orçamentárias deve com-
preender as metas e prioridades da administração pública, incluindo as des-
pesas de capital para o exercício financeiro seguinte, orientar a elaboração 
da lei orçamentária anual e, ainda, dispor sobre critérios e a forma de limi-
tação de empenho nas hipóteses previstas na lei de responsabilidade fiscal. 
Item Certo: O item elenca alguns dos elementos que devem estar pre-
sentes na LDO. Questão típica de uma prova de AFO. 
 
11 - (Cespe – DFTRANS/2008) A LODF estabelece que o orçamento anu-
al do DF deve ser detalhado por região administrativa. 
Item Certo: Exatamente! Ressaltamos na aula que essa é uma das par-
ticularidades da LOA do DF em relação à LOA federal. O orçamento anual 
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distrital deverá ser detalhado por região administrativa, tendo como uma 
de suas finalidades reduzir as desigualdades inter-regionais. 
 
12 - (Cespe – DFTRANS/2008) À administração pública do DF é vedada a 
concessão de subvenções ou auxílios a entidades de previdência privada. 
Item Certo: Notem que o item faz menção às entidades de previdência 
privada! A afirmativa retirada das vedações constantes do art. 151 da 
LODF, senão vejamos: 
Art. 151. São vedados: 
(...) 
X - a concessão de subvenções ou auxílios do Poder Público a 
entidades de previdência privada. 
 
13 - (Cespe – DFTRANS/2008) A ordem econômica do DF deve observar 
os princípios da propriedade privada, livre concorrência, da proteção ao 
meio ambiente e da reserva de quotas aos afro-descendentes nas universi-
dades públicas. 
Item Errado: Essa era fácil, né? Reserva de quotas aos afro descenden-
tes, embora prevista em lei, está longe de ser um princípio constante da 
LODF. E se assim o fosse, não seria um prncípio norteador da ordem 
econômica, não é? 
 
14 - (Cespe – DFTRANS/2008) A exploração da atividade econômica é 
vedada ao poder público, mesmo na condição de agente indutor do desen-
volvimento socioeconômico do DF. 
Item Errado: Vimos durante a aula que o Poder Público poderá exercer 
direta e indiretamente a atividade econômica. A forma direta de exercíci-
da atividade econômica caracteriza-se pela existência de um Estado Em-
presário, o qual atua por meio de empresas e sociedades de economia 
mista em áreas cujo desenvolvimento precisa de algum tipo de indução, 
em áreas de caráter estratégico ou para atender relevante interesse cole-
tivo. 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
 
(Cespe – PGDF/2013) Considerando que uma autarquia federal que não 
vise à exploração da atividade econômica e não cobre tarifa ou preço por 
serviços prestados tenha adquirido um prédio para instalação de sua admi-
nistração no DF, julgue os itens que se seguem, relativos a essa situação 
hipotética, à competência tributária e às regras de limitação dessa compe-
tência. 
1) Caso o prédio em questão seja vendido para uma pessoa física, essa 
operação ficará sujeita ao pagamento de ITBI, uma vez que a limita-
ção do poder de tributar não mais se aplicará. 
2) O DF pode instituir contribuições parafiscais, inclusive destinadas à 
intervenção no domínio econômico, desde que o faça por lei comple-
mentar. 
3) Na hipótese considerada, o DF não poderá cobrar IPTU do prédio da 
autarquia federal em razão do princípio da uniformidade. 
 
4 - (Esaf – PGDF/2007 - adaptada) O Distrito Federal, entidade inte-
grante da República Federativa do Brasil, pode instituir contribuição para o 
custeio de sistemas de previdência e assistência social de seus servidores; 
imposto sobre serviços de qualquer natureza; e taxas, em razão do exercí-
cio do poder de polícia. 
5 - (Funiversa – ADASA/2009 – adaptada) O imposto sobre proprieda-
de rural será fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem, na 
forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer for-
ma de renúncia fiscal. 
6 - (Funiversa – ADASA/2009 – adaptada) É vedado ao DF delegar sua 
capacidade tributária. 
7 - (Cespe – CLDF/2006) O princípio da anterioridade tributária significa 
que nenhum tributo pode ser instituído ou majorado no mesmo exercício 
que venha a ser cobrado pelo fisco; a razão desse princípio deriva da neces-
sidade de que as receitas tributárias decorrentes dessa cobrança estejam 
previstas na lei orçamentária, a fim de se ordenarem a receita e a despesa 
do poder público. 
8 - (Funiversa – ADASA/2009 – adaptada) A imunidade tributária diz 
respeito aos impostos, não alcançando as contribuições. 
9 - (Esaf – PGDF/2007 - adaptada) Não há incidência de qualquer im-
posto quando há doação apenas de direitos. 
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10 - (Cespe – PGR/2004) A Lei de Diretrizes Orçamentárias deve com-
preender as metas e prioridades da administração pública, incluindo as des-
pesas de capital para o exercício financeiro seguinte, orientar a elaboração 
da lei orçamentária anual e, ainda, dispor sobre critérios e a forma de limi-
tação de empenho nas hipóteses previstas na lei de responsabilidade fiscal. 
11 - (Cespe – DFTRANS/2008) A LODF estabelece que o orçamento anu-
al do DF deve ser detalhado por região administrativa. 
12 - (Cespe – DFTRANS/2008) À administração pública do DF é vedada a 
concessão de subvenções ou auxílios a entidades de previdência privada. 
13 - (Cespe – DFTRANS/2008) A ordem econômica do DF deve observar 
os princípios da propriedade privada, livre concorrência, da proteção ao 
meio ambiente e da reserva de quotas aos afro-descendentes nas universi-
dades públicas. 
14 - (Cespe – DFTRANS/2008) A exploração da atividade econômica é 
vedada ao poder público, mesmo na condição de agente indutor do desen-
volvimento socioeconômico do DF. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
1 – C 5 – C 9 – E 13 – E 
2 – E 6 – E 10 – C 14 – E 
3 – E 7 – E 11 – C 
4 – C 8 – C 12 – C

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