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Lei Orgânica do DF para Concurso de ACI/2014

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LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
PROFESSOR: MARCELO KESSLER 
 
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Olá amigos, 
 
Finalmente vamos iniciar nosso curso de LODF para o 
concurso de auditor de controle interno. Vocês que estão inteiramen-
te focados nesse concurso saem na frente daqueles que vão estudar 
para outras provas e só depois voltarão as armas para o controle in-
terno. 
Sendo assim, vamos aproveitar essa vantagem compe-
titiva e vamos aos estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aula 1 
Título I - Dos Fundamentos da Organização dos Poderes e do Distrito 
Federal 
Título II - Da Organização do Distrito Federal 
Capítulo I a IV – Disposições Gerais, Organização Administrativa do 
Distrito Federal, Competências do DF e Vedações. 
 
 
Antes de adentrarmos o estudo dos fundamentos da 
Organização dos Poderes e do Distrito Federal, acho interessante te-
cermos breves comentários sobre a origem e a natureza da LODF. 
A Constituição Federal reservou ao DF as competências 
destinadas aos Estados e aos Municípios, cumulativamente. Ocorre 
que os Estados possuem Constituições Estaduais, elaboradas com 
base no poder constituinte derivado decorrente, e os Municípios 
regem-se por Leis Orgânicas, as quais devem observância ao dis-
posto na CF e nas Constituições Estaduais. 
E o Distrito Federal? Bom, o DF é equiparado a um Es-
tado-membro em diversas situações, mas no que diz respeito à nor-
ma maior que disporá sobre sua organização, vejamos o que a CF 
determina para cada um dos entes federados: 
“Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas 
Constituições e leis que adotarem, observados os 
princípios desta Constituição.” 
“Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, vo-
tada em dois turnos, com o interstício mínimo de 
dez dias, e aprovada por dois terços dos membros 
da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos 
os princípios estabelecidos nesta Constituição, na 
Constituição do respectivo Estado e os seguintes 
preceitos.” 
“Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em 
Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em 
dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e 
aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, 
que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos 
nesta Constituição.” 
Notaram que a Constituição Federal, neste ponto espe-
cífico, colocou o DF em situação muito semelhante à dos Municípios? 
Tanto o rito quanto o 
nome “Lei Orgânica” são 
os mesmos previstos para 
a esfera municipal. Toda-
via, a LODF deve obser-
var apenas à CF. Não há 
Constituição Estadual a 
ser observada. 
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Ao dispor sobre o poder constituinte derivado decorrente, a CF reme-
te-se apenas aos Estados-membros, conforme art. 11 do ADCT: 
 “Art. 11. Cada Assembleia Legislativa, com poderes 
constituintes, elaborará a Constituição do Estado, no 
prazo de um ano, contado da promulgação da Consti-
tuição Federal, obedecidos os princípios desta.” 
 
Resumindo a situação: 
� Quanto à elaboração de sua norma maior, o DF 
foi constitucionalmente assemelhado aos Municí-
pios; 
� A CF destinou poderes constituintes derivados de-
correntes apenas aos Estados. 
Podemos então afirmar que não foi destinado poder 
constituinte derivado decorrente ao legislador do DF? NÃO!!! 
Ocorre que tanto a doutrina quanto o STF entendem 
que a Lei Orgânica do DF possui status de Constituição Estadual. Essa 
condição decorre basicamente de duas situações: 
i) A LODF está vinculada DIRETAMENTE à 
Constituição Federal, não havendo necessidade 
de observância de qualquer outra Constituição 
Estadual; 
ii) Embora o DF acumule as competências reser-
vadas a estados-membros e a municípios, asse-
melha-se muito mais à estruturação de um esta-
do. 
A similaridade do DF com os Estados-membros foi as-
sim resumida pelo Min. Carlos Britto, quando do julgamento da ADI 
3.756: 
“...conquanto submetido a regime constitucional dife-
renciado, o Distrito federal está bem mais próximo 
da estruturação dos Estados-membros do que da 
arquitetura constitucional dos Municípios.” 
Estão lembrados das aulas de Controle de Constitucio-
nalidade no âmbito de Direito Constitucional? Lá vocês aprenderam 
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que não é possível controle de constitucionalidade de leis municipais 
ante a lei orgânica do município! 
Pois bem... o TJDFT procede à analise de constituciona-
lidade de leis distritais tendo como parâmetro a LODF! Isso reforça a 
ideia de que a LODF tem status de Constituição Estadual (ou seja, 
sua elaboração decorreu do exercício do poder constituinte derivado 
decorrente). 
Resumindo: 
i) a LODF trata de quase todas as matérias exis-
tentes em uma Constituição Estadual (e tam-
bém de uma Lei Orgânica municipal); 
ii) a LODF decorre diretamente de dispositivo da 
CF, devendo observância apenas ao disposto na 
Carta Magna; 
iii) segundo jurisprudência dominante do STF e de 
acordo com a doutrina majoritária, o DF asse-
melha-se mais a um Estado-membro que a um 
Município. 
 
Logo, os argumentos acima apresentados são mais que 
suficientes para afirmarmos que o DF possui poder constituinte 
derivado decorrente, do qual decorreu a elaboração da LODF. 
ATENÇÃO 
Embora a CF não preveja, expressamente, o exercício do poder constituinte 
derivado decorrente ao DF, a LODF foi elaborada com base no poder 
constituinte derivado destinado à CLDF. 
 
Superada essa questão, passemos ao estudo da LODF 
propriamente dita. 
A LODF pode ser dividida em 3 partes: 
i) Preâmbulo; 
ii) Normas permanentes; 
iii) Ato das Disposições Transitórias 
Sobre o preâmbulo, importa apenas destacar que este 
não possui natureza de norma jurídica (seu conteúdo não tem 
caráter normativo, não sendo necessária a sua observância), servindo 
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apenas de introdução à LODF. Já o Ato das Disposições Transitórias 
caracteriza-se por conter normas especiais, normalmente temporá-
rias, em sua maioria visando regular situações transitórias. Nosso 
estudo focará apenas o corpo principal da LODF, composto pelas 
normas de caráter permanente. Vamos a elas! 
 
DOS FUNDAMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DOS 
PODERES E DO DISTRITO FEDERAL 
Art. 1º O Distrito Federal, no pleno exercício de sua au-
tonomia política, administrativa e financeira, observa-
dos os princípios constitucionais, reger-se-á por esta 
Lei Orgânica. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o 
exerce por meio de representantes eleitos ou direta-
mente, nos termos da Constituição Federal e desta Lei 
Orgânica. 
 
Logo no primeiro artigo da LODF já temos pontos im-
portantes a destacar. O DF é um ente da República Federativa do 
Brasil, que é composta pela união indissolúvel da União, dos Esta-
dos-membros, do Distrito Federal e dos Municípios. 
E o que isso significa? Significa que o DF, tal qual os 
outros membros da federação, possui autonomia política, adminis-
trativa e financeira (P-A-F) outorgada pela própria Constituição Fede-
ral. Essa autonomia caracteriza-se na capacidade de auto-
organização, autogoverno e autoadministração que os entes fe-
derados possuem. Vamos relembrar um pouco das aulas de Direito 
Constitucional e ver o que significa cada uma dessas capacidades: 
Auto-organização e autolegislação: decorre do art. 25 
da CF, que dispõe que “os Estadosorganizam-se e regem-se 
pelas Constituições e leis que adotarem, observados os 
princípios desta Constituição”. O mesmo vale para o DF, sua 
Lei Orgânica e as leis distritais, como vimos no começo da 
aula. Assim, concluímos que auto-organização é a capacida-
de que os Estados-membros e o DF detêm para elaborar su-
as próprias constituições. 
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Autogoverno: é a capacidade que os Estados-membros 
possuem para escolher seus próprios governantes e para 
organizar seus poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. 
Veremos que a capacidade de autogoverno do DF é 
limitada em função de não caber ao ente distrital a organi-
zação e manutenção de seu Poder Judiciário e de outros ór-
gãos atuantes no âmbito do DF. 
Autoadministração: é a capacidade que decorre da distri-
buição de competências previstas na Constituição Federal. 
Cada um dos entes federados detém competências definidas 
no texto constitucional federal e se autoadministram no 
exercício dessas competências (legislativas, administrativas 
e tributárias). 
 
Nas próximas aulas do nosso curso, estudaremos me-
lhor a limitação do DF na sua capacidade de autogoverno. Por hora, 
basta que vocês saibam que o DF é um ente dotado de AUTONO-
MIA, mas que a autonomia distrital é parcialmente tutelada pe-
la União, uma vez que existem peculiaridades referentes às polícias 
civil e militar, ao corpo de bombeiros militar e ao Poder Judiciário 
atuantes no DF que serão estudadas futuramente. 
 
IMPORTANTE 
O Distrito Federal é um ente autônomo (política, administrativa e fi-
nanceiramente) uma vez que possui capacidade de auto-
organização, autogoverno e autoadministração. 
 
Já o parágrafo único do art. 1º apenas confirma a ca-
racterística essencial de um estado democrático: O Poder emana do 
povo! 
Todavia, não seria razoável que toda a população do 
Distrito Federal fosse instada a se pronunciar sobre qualquer matéria 
de seu interesse. Por isso que a LODF prevê que o exercício deste 
poder se dará por meio de representantes eleitos ou diretamen-
te, por meio de plebiscito, referendo ou iniciativa popular. 
 
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Formas de exercício do Poder por parte do POVO 
INDIRETAMENTE DIRETAMENTE 
Por meio dos seus re-
presentantes eleitos 
(governador e deputa-
dos distritais). 
Plebiscito: forma de exercício da sobera-
nia popular pela qual, PREVIAMENTE AO 
ATO LEGISLATIVO, o povo expressamen-
te aprova ou rejeita a matéria em debate. 
Referendo: forma de exercício popular 
por meio da qual, APÓS O ATO LEGISLA-
TIVO, o povo referenda ou rejeita a delibe-
ração de seus representantes. 
Iniciativa Popular: meio pelo qual, obe-
decidas certas formalidades, a população 
deflagra o processo legislativo, apresentan-
do projeto de lei ou de emenda à LODF que 
será apreciado pela Câmara Legislativa. 
 
VALORES FUNDAMENTAIS 
Os valores fundamentais são os alicerces que susten-
tam a existência autônoma do DF, ou seja, uma espécie de dogma 
para o ente federado. Eles formam a base para as demais normas 
contidas na LODF e para os normativos vigentes no ordenamento ju-
rídico distrital. 
Os valores fundamentais previstos na LODF guardam 
grande simetria com os fundamentos previstos na Constituição Fede-
ral (lembram-se do So-Ci-Di-Va-Plu?). Comparemos então os Valo-
res Fundamentais do DF com os Fundamentos da República Federati-
va do Brasil: 
 
Valores Fundamentais do Distri-
to Federal (LODF) 
Fundamentos da República Fe-
derativa do Brasil (CF 88) 
I – preservação de sua autonomia 
como unidade federativa; 
 
II – a plena cidadania; 
 
III – Dignidade da pessoa huma-
na; 
 
IV – Valores sociais do trabalho e 
da livre iniciativa; 
 
I – Soberania; 
 
 
II – Cidadania; 
 
III – Dignidade da pessoa huma-
na; 
 
IV – Valores sociais do trabalho e 
da livre iniciativa; 
 
Não se esqueça 
que o cabimento 
de iniciativa 
popular para 
emendas à LODF 
só é possível em 
âmbito distrital. 
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V – Pluralismo político; 
 
Parágrafo único. Ninguém será 
discriminado ou prejudicado em ra-
zão de nascimento, idade, etnia, 
raça, cor, sexo, características gené-
ticas, estado civil, trabalho rural ou 
urbano, religião, convicções políticas 
ou filosóficas, orientação sexual, 
deficiência física, imunológica, sen-
sorial ou mental, por ter cumprido 
pena, nem por qualquer particular-
dade ou condição, observada a 
Constituição Federal. 
V – Pluralismo político; 
 
Parágrafo único. Todo o poder 
emana do povo, que o exerce por 
meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos desta 
Constituição. 
 
Entre os valores listados nos incisos I a V, percebe-se 
que os incisos II a V são reprodução da Constituição Federal, não 
sendo necessários maiores esclarecimentos. Já o valor elencado no 
inciso I, a autonomia, embora já discutida anteriormente, deve ser 
destacada por constituir uma diferença entre o disposto na carta 
Magna Federal. 
A razão para essa diferença decorre da Forma de Esta-
do brasileira: a FEDERAÇÃO. Em uma federação, os membros são 
dotados de autonomia (auto-organização, autogoverno e autoadmi-
nistração) enquanto o todo, o conjunto que forma a federação, é 
o único a possuir soberania. 
Essa é uma das principais características que diferenci-
am uma Federação de uma Confederação. Em uma Confederação, 
todos os seus membros mantém a sua soberania, sendo atribuído a 
cada um deles o direito de abandonar a Confederação, ou seja, aos 
membros das Confederações é reservado o direito de SECESSÃO. 
Já nas Federações, como o Brasil, a soberania é re-
servada apenas ao conjunto de membros, ao todo, ao país. Seus 
membros, individualmente, detém apenas a autonomia, o que 
não lhes permite abandonar a federação, ou seja, não é admitido o 
direito de secessão. 
Então, para memorizarmos os valores fundamentais do 
DF, o mnemônico é um pouquinho diferente: Au-Ci-Di-Va-Plu. 
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Por fim, notem que o parágrafo único busca reproduzir, 
de forma mais clara, o princípio da isonomia. Ao dispor que ninguém 
será prejudicado nem discriminado, o legislador possibilitou expres-
samente a adoção de ações de afirmação direcionadas àqueles que 
supostamente poderiam sofrer algum tipo de discriminação ou desi-
gualdade de condições em função das razões ali elencadas (exemplos 
dessas medidas são as vagas reservadas aos portadores de necessi-
dades especiais em concursos públicos e as cotas raciais previstas em 
vestibulares). 
 
OBJETIVOS PRIORITÁRIOS 
 
A LODF, assim como a CF, traz elencados os objetivos 
prioritários do DF. Estes objetivos descrevem as metas a serem per-
seguidas pelas políticas públicas adotadas pelos governantes. Veja-
mos o que dispõe o art. 3º da LODF: 
 
Art. 3º São objetivos prioritários do Distrito Fede-
ral: 
I - garantir e promover os direitos humanos assegura-
dos na Constituição Federal e na Declaração Universal 
dos Direitos Humanos; 
II - assegurar ao cidadão o exercício dos direitos de 
iniciativa que lhe couberem, relativos ao controle da le-
galidade e legitimidade dos atos do Poder Público e da 
eficácia dos serviços públicos; 
III - preservar os interesses gerais e coletivos; 
IV - promover o bem de todos; 
V - proporcionar aos seus habitantes condições de vi-
da compatíveis com a dignidade humana, a justiça so-
cial e o bem comum; 
VI - dar prioridade ao atendimento das demandasda 
sociedade nas áreas de educação, saúde, trabalho, 
transporte, segurança pública, moradia, saneamento 
básico, lazer e assistência social; 
VII - garantir a prestação de assistência jurídica 
integral e gratuita aos que comprovarem insufici-
ência de recursos; 
VIII - preservar sua identidade, adequando as 
exigências do desenvolvimento à preservação de 
sua memória, tradição e peculiaridades; 
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IX - valorizar e desenvolver a cultura local, de modo a 
contribuir para a cultura brasileira. 
X - assegurar, por parte do poder público, a pro-
teção individualizada à vida e à integridade física 
e psicológica das vítimas e testemunhas de infra-
ções penais e de sues respectivos familiares. 
XI - zelar pelo conjunto urbanístico de Brasília, 
tombado sob a inscrição nº 532 do Livro do Tom-
bo Histórico, respeitadas as definições e critérios 
constantes do Decreto nº 10.829, de 2 de outubro 
de 1987, e da Portaria nº 314, de 8 de outubro de 
1992, do então Instituto Brasileiro do Patrimônio 
Cultural - IBPC, hoje Instituto do Patrimônio His-
tórico e Artístico Nacional - IPHAN. 
 
Essa é uma daquelas situações em que é indispensável 
a leitura da LODF. Enquanto a CF traz objetivos prioritários mais ge-
rais, assemelhados a normas programáticas, a LODF apresenta obje-
tivos muito mais específicos. 
Os incisos VII, VIII, X e XI são aqueles menos intuiti-
vos, justamente por tratarem de normas menos gerais, assemelhan-
do-se mais a comandos diretos do que a metas a serem perseguidas. 
Mas como isso é cobrado em prova? 
Dificilmente uma questão que trate dos valores funda-
mentais e dos objetivos prioritários do DF cobrará conhecimentos que 
extrapolem o simples texto da LODF. Normalmente, as bancas exa-
minadoras buscam confundir o candidato transcrevendo um dos obje-
tivos prioritários e afirmando tratar-se de um valor fundamental, e 
vice versa. Também são comuns questões que misturam os objetivos 
prioritários do DF com os objetivos Fundamentais da República Fede-
rativa do Brasil (art. 3º da CF). 
Para evitar maiores confusões, guardem o nosso mne-
mônico dos valores fundamentais e não se esqueçam que os objeti-
vos prioritários SEMPRE começam com um verbo no infinitivo. 
DICA PARA A PROVA 
Valores Fundamentais: Au-Ci-Di-Va-Plu 
Objetivos Prioritários: verbo no infinitivo 
Notem que zelar pelo tomba-
mento de Brasília é um dos 
objetivos fundamentais previs-
tos na LODF. Observem tam-
bém que o tombamento refere-
se à Brasília, e não ao DF. Por 
fim, chamo atenção para o fato 
de o IPAHN, autarquia federal, 
ter sido o responsável por defi-
nir normas e critérios a serem 
observados no implemento des-
te objetivo de zelo e preserva-
ção do conjunto urbanístico de 
Brasília. 
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Finalizando o Título I da LODF, temos o arts. 4º e 5º, 
que tratam do direito de petição e das formas de exercício da sobera-
nia popular (direta e indireta, como visto no começo da aula), respec-
tivamente. 
 
Art. 4º É assegurado o exercício do direito de petição 
ou representação, independentemente de paga-
mento de taxas ou emolumentos, ou de garantia de 
instância. 
Art. 5º A soberania popular será exercida pelo sufrágio 
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual 
para todos e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
 
 
 
DA ORGANIZAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL 
 
Encerrado o Título I da LODF, vamos começar a estudar 
a Organização do Distrito Federal. Vocês verão que a partir daqui a 
matéria fluirá de forma mais natural, tratando de assuntos mais 
interessantes e presentes no cotidiano de vocês. 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Para início de conversa, vou fazer uma ressalva que 
provavelmente estará em todas as nossas aulas: não confunda 
BRASÍLIA com o DISTRITO FEDERAL! 
Brasília, que é a capital da República Federaltiva do 
Brasil, é a sede do governo do Distrito Federal! Para vocês terem 
uma ideia da importância desse dispositivo, trago uma curosidade 
que pode ser inclusive objeto de questão de prova: 
 O GDF firmou uma parceria público-privada para a 
construção e manutenção do Centro Administrativo do Distrito 
Decorre do direito fundamen-
tal previsto no art. 5º, XXXIV, 
da CF. Todavia, a LODF ado-
tou posicionamento do STF e 
deixou expressa a impossi-
bilidade de cobrança de 
taxas, emolumentos ou 
garantias. 
Formas do Povo exercer DI-
RETAMENTE a sua soberania 
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Federal, localizado entre Taguatinga e Ceilândia, que servirá de sede 
para diversas das secretarias de estado e para algumas autarquias 
distritais. Poderia a sede do governo também se transferir para o 
referido Centro Administrativo? NÃO! 
A LODF é clara ao dispor que a sede do governo do DF 
deve ser em Brasília, só podendo ser transferida 
TEMPORARIAMENTE e por meio de lei. Dessa forma, mesmo com a 
construção do Centro Administrativo do DF, o Palácio do Buriti 
continuará sendo a sede do governo distrital. 
Capital do Brasil: Brasília 
Sede do governo do DF: Brasília 
 
Como todo ente federativo, o DF tem seus símbolos. A 
LODF estabeleu como símbolos do DF a bandeira, o hino e o 
brasão. Entretato, esse rol de símbolos não é exaustivo, uma vez 
que nossa Lei Orgânica deixou aberta possibilidade para que novos 
símbolos sejam estabelecidos e tenham seu uso regulamentado 
por meio de lei. 
 
E a região do entorno pertence ao Distrito Federal? 
NÃO! O entorno é composto por municípios goianos, não estando sob 
dominio e jurisdição do DF. 
Todavia, por estarem geograficamente muito mais 
próximos do DF do que das capitais de seu estado, os habitantes do 
entorno tendem a utilizar os serviços públicos do Distrito Federal. 
Dessa forma, considerando que esses municípios estão na área de 
influência distrital, a própria LODF determinou que o DF, ao adotar 
políticas de desenvolvimento econômico-social, buscará a 
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integração com a região do entorno, não se limitando apenas ao 
seu território. 
 
DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO DF 
Enquanto os Estados-membros da federação 
subdividem-se em Municípios, a CF vedou tal possibilidade ao 
Distrito Federal. Dessa forma, a fim de melhor gerir administrativa 
e geograficamente seus recursos, a LODF permitiu que o DF fosse 
dividido em Regiões Administrativas. 
As Regiões Administrativas serão administradas por um 
Administrador Regional, o qual será escolhido pelo Governador 
e não receberá remuneração superior àquela percebida pelos 
Secretários de Estado. A LODF prevê também a possibilidade de 
que seja regulamentada, por meio de lei, uma forma de participação 
popular na escolha dos Administradores Regionais. 
Devemos ainda estar atendos para o fato de que a 
aludida lei ainda não foi editada. Dessa forma, caso a prova afirme 
que a escolha do Adminsitrador Regional tem que ser precedida de 
algum tipo de consulta à população, o item estará ERRADO. 
Atualmente, a escolha daqueles que exercerão os cargos de 
administração das Regiões Administrativas se dá por livre nomeação 
do Governador, devendo apenas ser observada a vedação à 
nomeação daqueles que tenham sido declarados inelegíveis pela 
justiça eleitoral. 
 
 
Art. 10. O Distrito Federal organiza-se em Regiões Ad-
ministrativas, com vistas à descentralização administra-
tiva, à utilização racional de recursos para o desenvol-
vimentosócio-econômico e à melhoria da qualidade de 
vida. 
§ 1º A lei disporá sobre a participação popular no pro-
cesso de escolha do Administrador Regional. 
§ 2º A remuneração dos Administradores Regionais não 
poderá ser superior à fixada para os Secretários de Go-
verno do Distrito Federal. 
Embora o caput fale em “descen-
tralização”, a questão aqui é de 
“desconcentração” administra-
tiva, uma vez que as RAs perten-
cem a pessoa jurídica Distrito 
Federal. Todavia, as questões 
sobre a LODF normalmente não 
entram nesse mérito, sendo indi-
cado considerar CORRETO item 
que fale em descentralização por 
meio de RAs. 
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§ 3° A proibição de que trata o art. 19, § 8°, aplica-se 
à nomeação de administrador regional. 
Art. 11. As Administrações Regionais integram a estru-
tura administrativa do Distrito Federal. 
Art. 12. Cada Região Administrativa do Distrito Federal 
terá um Conselho de Representantes Comunitários, 
com funções consultivas e fiscalizadoras, na forma 
da lei. 
Art. 13. A criação ou extinção de Regiões Administrati-
vas ocorrerá mediante lei aprovada pela maioria ab-
soluta dos Deputados Distritais. 
 
Além da possibilidade de participação da população na 
escolha do Administrador Regional (ainda inviável em função da falta 
de lei que a regulamente), a LODF prevê outro mecanismo de 
atuação popular na Organização Administrativa do DF. Trata-se dos 
Conselhos de Representantes Comunitários, compostos por 
representantes da população da respectiva RA. Todavia, tais 
Conselhos NÃO POSSUEM FUNÇÃO DELIBERATIVA, ou seja, eles 
não detêm o poder de decidir as políticas que serão adotadas no 
âmbito de sua RA. A LODF atribuiu aos Conselhos Representantes 
Comunitários as funções consultivas e fiscalizadoras. 
Por fim, temos o art. 13, que versa sobre a criação e 
extinção das RAs. Vocês perceberão que esse dispositivo é 
frequentemente cobrado em concursos. Então não ousem ir para a 
prova sem ter isso claro na mente de vocês: A criação e a extinção 
das RAs se dará por meio de lei aprovada pela maioria 
absoluta dos Deputados Distritais. E de quem é a iniciativa do 
projeto desse projeto de lei? Do Governador. 
 
 
DA COMPETÊNCIA DO DISTRITO FEDERAL 
Como vimos no começo da aula, a autonomia dos entes 
federados é exercida por meio das capacidades de auto-organização, 
autogoverno e autoadministração que lhes foram outorgadas pela 
Constituição Federal. 
Falamos também que autoadministração é a capacidade 
que deriva da distribuição de competências previstas na Constituição 
“É proibida a designação para 
função de confiança ou a nomea-
ção para emprego ou cargo em 
comissão, incluídos os de nature-
za especial, de pessoa que tenha 
praticado ato tipificado como 
causa de inelegibilidade prevista 
na legislação eleitoral.” 
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Federal, ou seja, a CF prevê a qual ente federado (União, Estado-
membro ou Município) compete disciplinar, administrar e explorar 
determinadas atividades. 
O Distrito Federal acumula quase que integralmente 
as competências atribuídas aos Estados e aos Municípios, uma vez 
que sua divisão em Municípios foi expressamente vedada pela Carta 
Magna. 
Dessa forma, a LODF possui três seções que, em 
atenção ao disposto na CF, elencam as competências privativas, 
as competências comuns e as competências concorrentes do 
Distrito Federal. Mas antes de falarmos das competências do DF, 
vamos entender qual foi o critério de repartição de competências 
utilizado pelo legislador constituinte e qual a diferença entre os tipos 
de competências, pois isso nos ajudará a compreender melhor os 
artigos da LODF. 
Qual foi o critério utilizado na repartição de 
competências? 
Existem diferentes critérios para a divisão de 
competência entre os entes de uma federação. No Brasil, foi utilizado 
o Princípio da Predominância do Interesse, por meio do qual são 
atribuídos a determinado ente da federação as competências cujo 
interesse seja predominantemente seu. Por esse critério, assuntos de 
interesse predominantemente local são de competência dos 
Municípios; temas de interesse predominantemente regional ficam a 
cargo dos Estados-membros; e tópicos de interesse 
preponderanetemente Nacional ficam sob responsabilidade da União. 
Valendo-se desse critério, a Constituição, via de regra, 
enumerou as competências da União e dos Municípios, cabendo aos 
Estados-membros as chamadas competências residuais ou 
remanescentes, ou seja, competem aos Estados-membros aquelas 
matérias cuja competência não é da União nem dos Municípios. E ao 
Distrito Federal? 
ATENÇÃO 
Ao DF foram outorgadas, em regra, as competências dos 
Estados-membros e dos Municípios 
.
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Quais são os tipos de competências? 
Dentro das competências constitucionalmente 
distribuídas, encontramos competências legislativas e 
competências administrativas. 
A depender da forma de exercício dessas competências 
com os demais entes da federação, ela são novamente classificadas. 
Para nós são importantes apenas as classificações presentes na 
LODF, quais sejam: as competências privativas, as competências 
comuns e as competências concorrentes do Distrito Federal. 
IMPORTANTE 
É muito difícil que vocês memorizem todas as competências do DF. 
Para que vocês aumentem suas chances de acerto nas questões que 
abordem a matéria, tenham bem claro o Princípio da 
Predominâcia do Interesse e também o CONCEITO por trás de 
cada tipo de competência (privativa, comum e concorrete). 
As competências privativas do Distrito Federal são, 
em sua grande maioria, de natureza administrativa/material. Mas 
também existem competências privativas de natureza legislativa, tais 
quais instituição de tributos e elaboração do PPA, LDO e LOA. Por 
serem privativas, apenas o DF pode concretizá-las, ou seja, não são 
delegáveis nem passíveis de serem exercídas em concorrência com 
outro ente da federação. Vocês vão reparar que as competências do 
DF, elencadas no art. 15 da LODF, são de interesse integralmente 
distrital: 
Art. 15. Compete privativamente ao Distrito Federal: 
I - organizar seu Governo e Administração; 
II - criar, organizar ou extinguir Regiões Administrati-
vas, de acordo com a legislação vigente; 
III - instituir e arrecadar tributos, observada a com-
petência cumulativa do Distrito Federal; 
IV - fixar, fiscalizar e cobrar tarifas e preços públicos 
de sua competência; 
V - dispor sobre a administração, utilização, aquisição e 
alienação dos bens públicos; 
VI - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de 
concessão ou permissão, os serviços de interesse lo-
cal, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter 
essencial; 
Instituir e arrecadar todos os 
tributos Municipais e Estadu-
ais serão de competência do DF 
(IPTU, IPVA, ISS, ITBI, etc) 
.
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VII - manter, com a cooperação técnica e financeira da 
União, programas de educação, prioritariamente de en-
sino fundamental e pré-escolar; 
VIII - celebrar e firmar ajustes, consórcios, convênios, 
acordos e decisões administrativas com a União, Esta-
dos e Municípios, para execução de suas leis e serviços; 
IX - elaborar e executar o plano plurianual, as diretrizes 
orçamentárias e o orçamento anual; 
X — elaborar e executar o Plano Diretor de Orde-
namento Territorial, a Lei de Uso e Ocupação do 
Solo e Planos de Desenvolvimento Local, para 
promover adequado ordenamentoterritorial, in-
tegrado aos valores ambientais, mediante plane-
jamento e controle do uso, parcelamento e ocu-
pação do solo urbano; 
XI - autorizar, conceder ou permitir, bem como regular, 
licenciar e fiscalizar os serviços de veículos de aluguéis; 
XII - dispor sobre criação, transformação e extinção de 
cargos, empregos e funções públicas; 
XIII - dispor sobre a organização do quadro de seus 
servidores; instituição de planos de carreira, na admi-
nistração direta, autarquias e fundações públicas do 
Distrito Federal; remuneração e regime jurídico único 
dos servidores; 
XIV - exercer o poder de polícia administrativa; 
XV - licenciar estabelecimento industrial, comer-
cial, prestador de serviços e similar ou cassar o 
alvará de licença dos que se tornarem danosos ao 
meio ambiente, à saúde, ao bem-estar da popula-
ção ou que infringirem dispositivos legais; 
XVI - regulamentar e fiscalizar o comércio ambulante, 
inclusive o de papéis e de outros resíduos recicláveis; 
XVII - dispor sobre a limpeza de logradouros públicos, 
remoção e destino do lixo domiciliar e de outros resí-
duos; 
XVIII - dispor sobre serviços funerários e administração 
dos cemitérios; 
XIX - dispor sobre apreensão, depósito e destino de 
animais e mercadorias apreendidas em decorrência 
de transgressão da legislação local; 
XX - disciplinar e fiscalizar, no âmbito de sua compe-
tência, competições esportivas, espetáculos, diversões 
públicas e eventos de natureza semelhante, realizados 
em locais de acesso público; 
XXI - dispor sobre a utilização de vias e logradouros 
públicos; 
A EC 14/96 incluiu o § 3º ao art. 
211 da CF: 
“§ 3º Os Estados e o Distrito 
Federal atuarão prioritaria-
mente no ensino fundamental 
e médio.” 
Notem que a LODF e CF diver-
gem quanto à área de atuação 
prioritária do DF. 
Veículos de aluguel são aqueles 
autorizados a fazer transporte 
remunerado, aqueles cuja placa 
é vermelha. 
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XXII - disciplinar o trânsito local, sinalizando as vias ur-
banas e estradas do Distrito Federal; 
XXIII - exercer inspeção e fiscalização sanitária, de 
postura ambiental, tributária, de segurança pública e 
do trabalho, relativamente ao funcionamento de esta-
belecimento comercial, industrial, prestador de serviços 
e similar, no âmbito de sua competência, respeitada a 
legislação federal; 
XXIV - adquirir bens, inclusive por meio de desa-
propriação, por necessidade, utilidade pública ou 
interesse social, nos termos da legislação em vi-
gor; 
XXV - licenciar a construção de qualquer obra; 
XXVI - interditar edificações em ruína, em condições de 
insalubridade e as que apresentem as irregularidades 
previstas na legislação específica, bem como fazer de-
molir construções que ameacem a segurança individual 
ou coletiva; 
XXVII - dispor sobre publicidade externa, em especial 
sobre exibição de cartazes, anúncios e quaisquer outros 
meios de publicidade ou propaganda, em logradouros 
públicos, em locais de acesso público ou destes visíveis. 
Notaram que as competências aqui elencadas não se 
confundem com interesses de outros membros da federação? Todas 
elas dispõe sobre a organização e administração do DF, de seus bens 
e serviços públicos. As matérias aqui elencadas são claramente de 
interesse distrital (ou alguem imaginaria que o estado de São Paulo 
ou a União teriam interesse em participar do processo de criação de 
novas Regiões Adminstrativas ou da elaboração de regras para a 
colocação de cartazes de propaganda nas ruas do DF?) 
 
IMPORTANTE 
No âmbito federal, as competências privativas versam apenas sobre 
matéria legislativa. Todavia, como vimos dos incisos do art. 15 da 
LODF, o DF possui competências privativas de natureza 
material/administrativa e de natureza legislativa. 
Já as competências comuns, previstas no art. 16 da 
LODF, são atribuições administrativas e materiais que o DF deve 
exercer em conjunto com a União. Trata-se de uma espécie de 
cooperação entre os entedes federados, sem qualquer hierarquia 
entre o disposto pela União e o disposto pelo DF. Vejamos essas 
competências: 
Não se confunde com a compe-
tência da União para legislar so-
bre trânsito. A “disciplina” dada 
pelo DF deve observar o disposto 
pela União no Código de Trânsito 
Brasileiro. Exemplo de disciplina 
cabível a municípios é o rodízio 
realizado na cidade de SP. 
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Art. 16. É competência do Distrito Federal, em comum 
com a União: 
I - zelar pela guarda da Constituição Federal, desta 
Lei Orgânica, das leis e das instituições democrá-
ticas; 
II - conservar o patrimônio público; 
III - proteger documentos e outros bens de valor his-
tórico e cultural, monumentos, paisagens naturais 
notáveis e sítios arqueológicos, bem como impedir 
sua evasão, destruição e descaracterização; 
IV - proteger o meio ambiente e combater a poluição 
em qualquer de suas formas; 
V - preservar a fauna, a flora e o cerrado; 
VI - proporcionar os meios de acesso à cultura, à 
educação e à ciência; 
VII -prestar serviços de assistência à saúde da popu-
lação e de proteção e garantia a pessoas portadoras 
de deficiência com a cooperação técnica e finan-
ceira da União; 
VIII - combater as causas da pobreza, a subnutrição 
e os fatores de marginalização, promovendo a integra-
ção social dos segmentos desfavorecidos; 
IX - fomentar a produção agropecuária e organizar o 
abastecimento alimentar; 
X - promover programas de construção de moradias e a 
melhoria das condições habitacionais e de saneamento 
básico; 
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de 
direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e 
minerais em seu território; 
XII - estabelecer e implantar política para a segu-
rança do trânsito. 
Preservar o meio ambiente, combater a pobreza, zelar 
pelo respeito da CF e da LODF, conservar patrimônio público... Todas 
essas competências são de natureza ampla, de interesse de todos os 
entes federados. Daí serem competências comuns à União e ao DF, 
ou seja, os dois entes federados atuarão conjuntamente visando a 
esses fins. 
Já o art. 17 elenca as competências concorrentes do 
DF. Neste caso, a LODF elenca competências de natureza legislativa, 
em que o DF atuará em concorrência a União. No âmbito das 
competências concorrentes, a União estabelece normas gerais 
sobre determinada matéria e o DF, observando as normas criadas 
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pela União, edita normas específicas, a fim de complementar a 
legislação federal. 
Art. 17. Compete ao Distrito Federal, concorrente-
mente com a União, legislar sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, 
econômico e urbanístico; 
II - orçamento; 
III - junta comercial; 
IV - custas de serviços forenses; 
V - produção e consumo; 
VI - cerrado, caça, pesca, fauna, conservação da natu-
reza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção 
do meio ambiente e controle da poluição; 
VII - proteção do patrimônio histórico, cultural, artísti-
co, paisagístico e turístico; 
VIII - responsabilidade por danos ao meio ambiente, ao 
consumidor e a bens e direitos de valor artístico, estéti-
co, histórico, espeleológico, turístico e paisagístico; 
IX - educação, cultura, ensino e desporto; 
X - previdência social, proteção e defesa da saúde; 
XI - assistência jurídica nos termos da legislação em vi-
gor; 
XII - proteção e integração social das pessoas portado-
ras de deficiência; 
XIII - proteção à infância e à juventude; 
XIV - manutenção da ordem e segurança internas; 
XV - procedimentos em matéria processual;XVI - organização, garantias, direitos e deveres da polí-
cia civil. 
§ 1º O Distrito Federal, no exercício de sua competên-
cia suplementar, observará as normas gerais estabele-
cidas pela União. 
§ 2º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, o Dis-
trito Federal exercerá competência legislativa plena, 
para atender suas peculiaridades. 
§ 3º A superveniência de lei federal sobre normas ge-
rais suspende a eficácia de lei local, no que lhe for 
contrário. 
As competências concorrentes são as únicas 
competências de natureza unicamente legislativa do DF 
(percebam que o caput do art. 17 já insere o termo “legislar”). Dessa 
forma, sempre que um item falar sobre uma competência 
Direito TUFiPE 
Pessoal, esse é o conceito de 
competência concorrente: A 
União dispõe sobre normas ge-
rais e o DF (ou o Estado-
membro) sobre normas especí-
ficas acerca de determinada 
matéria (cada estado edita suas 
próprias normas específicas). 
Inexistindo legislação nacional, 
o DF poderá estabelecer normas 
gerais e específicas a serem 
observadas em seu âmbito. 
Posteriormente, caso a União 
edite as normas gerais de sua 
competência, as normas gerais 
editadas pelo DF contrárias à lei 
nacional ficam suspensas. 
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concorrente do DF, ele deverá vir acompanhado da expressão 
“legislar” ou um sinônimo. Da mesma forma, se um item falar que 
compete ao DF legislar sobre algo, vocês saberão tratar-se de uma 
competência concorrente. 
 
Competência Natureza Quem? 
Privativa material/administrativa + 
legislativa 
DF 
Comum material/administrativa União + DF 
Concorrente legislativa 
União (normais gerais) + DF 
(normas específicas) 
 
 
DAS VEDAÇÕES 
Da mesma forma que a LODF elenca as competências 
do DF, ou seja, aquilo que o DF pode e deve fazer, a Lei Orgânica 
também elenca algumas vedações ao ente distrital. 
Como a própria CF elenca, em seu art. 19, proibições à 
União, DF, Estados e Municípios, a LODF pouco inovou nesse tópico. 
LODF: Art. 18. É vedado ao Dis-
trito Federal 
CF: Art. 19. É vedado à União, 
aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios: 
I - estabelecer cultos religiosos ou 
igrejas, subvencioná-los, embara-
çar-lhes o funcionamento ou manter 
com eles ou seus representantes 
relações de dependência ou aliança, 
ressalvada, na forma da lei, a cola-
boração de interesse público 
I - estabelecer cultos religiosos ou 
igrejas, subvencioná-los, embara-
çar-lhes o funcionamento ou manter 
com eles ou seus representantes 
relações de dependência ou aliança, 
ressalvada, na forma da lei, a cola-
boração de interesse público; 
 
II - recusar fé aos documentos pú-
blicos 
II - recusar fé aos documentos pú-
blicos; 
III - subvencionar ou auxiliar, de 
qualquer modo, com recursos públi-
cos, quer pela imprensa, rádio, tele-
visão, serviço de alto-falante ou 
qualquer outro meio de comunica-
ção, propaganda político-partidária 
ou com fins estranhos à administra-
ção pública 
III - criar distinções entre brasileiros 
ou preferências entre si. 
 
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IV - doar bens imóveis de seu pa-
trimônio ou constituir sobre eles 
ônus real, bem como conceder isen-
ções fiscais ou remissões de dívidas, 
sem expressa autorização da Câma-
ra Legislativa, sob pena de nulidade 
do ato. 
 
 
Os dois primeiros incisos são cópia integral da CF, não 
merecendo maiores explicações. O inciso III da CF, “criar distinções 
entre brasileiros ou preferências entre si”, não consta do rol de vedações 
da LODF. Todavia, dispõe de forma menos detalhada sobre o mesmo 
conteúdo do parágrafo único do art. 2º da LODF, que versa sobre os 
valores fundamentais, visto no início da aula: 
Parágrafo único. Ninguém será discriminado ou pre-
judicado em razão de nascimento, idade, etnia, raça, 
cor, sexo, características genéticas, estado civil, traba-
lho rural ou urbano, religião, convicções políticas ou fi-
losóficas, orientação sexual, deficiência física, imunoló-
gica, sensorial ou mental, por ter cumprido pena, nem 
por qualquer particularidade ou condição, observada a 
Constituição Federal. 
 
O inciso III é bem claro: não é permitida a utilização de di-
nheiro público a fim de patrocinar propagada político-partidária em 
qualquer meio de comunicação. 
Por fim, nosso inciso IV, que veda a doação de bens 
imóveis e concessão de isenções fiscais e remissões de dívida sem 
autorização legislativa, está plenamente de acordo com a Lei de Res-
ponsabilidade Fiscal e com a Lei de Licitações. Segundo esta vedação, 
apenas por meio de lei a Administração Distrital poderá dispor de 
seus imóveis, conceder benefícios fiscais a quaisquer categorias ou 
perdoar determinada dívida. 
 
 
 
 
 
 
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Então é isso, pessoal. A aula de hoje foi bacana porque 
conseguimos revisar alguns conceitos de direito constitucional que 
serão importantes pra vocês na hora da prova. Prometo que as pró-
ximas aulas serão um pouco mais tranquilas, ok? 
Passaremos agora ao resumo da aula e à resolução da 
nossa bateria de exercícios. 
Em caso de dúvidas, sugestões e críticas sobre a aula 
ou sobre o curso, utilizem nosso fórum ou entrem em contato por 
meio do e-mail: 
marcelo.kessler@pontodosconcursos.com.br 
 
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RESUMO 
O DF possui poder constituinte derivado decorrente? 
Embora a CF tenha expressamente previsto o exercício do poder constituin-
te derivado decorrente apenas aos Estados-membros, a LODF foi elabo-
rada com base no poder constituinte derivado destinado à CLDF. 
O DF possui autonomia PAF (política, administrativa e financeira). 
A autonomia do DF é parcialmente tutelada pela União, uma 
vez que o DF possui restrições em sua capacidade de autogo-
verno (a União é responsável por organizar e manter o Poder Judi-
ciário, o Ministério Público, a polícia civil, a policia militar e o corpo de 
bombeiros militar no âmbito do DF) 
 auto-organização: capacidade de organizar-se 
por constituição e leis próprias, observados os 
princípios da CF 
 + 
autonomia = autogoverno: capacidade de organizar seus 
Poderes e eleger seus governantes 
 + 
 autoadministração: capacidade de auto admi-
nistrar-se no exercício das competências previs-
tas na CF 
 Valores Fundamentais: Au-Ci-Di-Va-Plu 
Objetivos Prioritários: verbo no infinitivo 
Capital do Brasil: Brasília 
Sede do governo do DF: Brasília 
 
FORMAS DE MANIFESTAÇÃO DO PODER (O POVO É SOBERANO): 
 
 
Sufrágio
(direito decisão da condução 
politica do Estado)
Universal 
(ampla 
participação)
Diretamente
Referendo Plebiscito Iniciativa popular
Indiretamente
eleição de 
representantes
Restrito 
(participação 
lmitada)
.
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Símbolos do DF: 
 
+ 
Aqueles que venham a ser criados e disciplinados por meio de 
lei 
 
Organização do DF: 
É vedada a divisão do DF em Municípios. A fim de melhor gerir 
seus recursos, o DF divise-se em Regiões Administrativas. 
Região Administrativa: criadas e extintas por meio de lei aprovada 
por maioria absoluta dos deputados distritais. 
Administrador Regional: Escolhido pelo Governador e remunera-
ção não superior à dos Secretários de Estado. Participação popular 
na escolha depende de lei que a discipline. 
Conselhos: As Regiões Administrativaspossuem Conselhos de Re-
presentantes Comunitários (compostos pela população da própria 
RA) com funções fiscalizadoras e consultivas. Não possuem 
função deliberativa. 
 
COMPETÊNCIAS: 
Critério: Predominância do Interesse 
Ao DF foram outorgadas, em regra, as competências dos 
Estados membros e dos Municípios 
Competência Natureza Quem? 
Privativa 
material/administrativa + 
legislativa DF 
Comum material/administrativa União + DF 
Concorrente legislativa 
União (normais gerais) + DF 
(normas específicas) 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
1 – (IADES - PGDF/2011) Assinale a alternativa que não indica ob-
jetivo prioritário do Distrito Federal, de acordo com a Lei Orgânica. 
(A) garantir e promover os direitos humanos assegurados na 
Constituição Federal e na Declaração Universal dos Direitos 
Humanos. 
(B) proporcionar aos seus habitantes condições de vida compatí-
veis com a dignidade humana, a justiça social e o bem co-
mum. 
(C) a preservação de sua autonomia como unidade federativa. 
(D) garantir a prestação de assistência jurídica integral e gratuita 
aos que comprovarem insuficiência de recursos. 
(E) valorizar e desenvolver a cultura local, de modo a contribuir 
para a cultura brasileira. 
 
Letra C: Não há maiores comentários sobre as letras A, B, D e 
E, uma vez que os respectivos conteúdos estão previstos no art. 
3º da LODF como Objetivos Prioritários do DF. Já a letra C é um 
dos nossos Valores Fundamentais, lembram? Autonomia-
Cidadania-Dignidade da pessoa humada-Valores sociais do 
trabalho e da livre iniciativa-Pluralismo político. 
 
2 – (IADES - PGDF/2011) De acordo com a Lei Orgânica do Distri-
to Federal, compete privativamente ao Distrito Federal 
(A) dispor sobre serviços funerários e administração de cemité-
rios. 
(B) legislar sobre Previdência Social, proteção e defesa da saúde. 
(C) zelar pela guarda da Constituição Federal, da referida Lei Or-
gânica, das leis e das instituições democráticas. 
(D) legislar sobre desapropriação. 
(E) estabelecer e implantar políticas de educação para a segu-
rança do trânsito. 
 
Letra A: Quando formos falar de competências, tenham sempre 
em mente o Princípio da Predominância do Interesse. Com-
petências privativas são aquelas que não são delegáveis, que 
.
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tem que ser disciplinadas pelo ente. Das opções acima, a letra A 
é a correta. Afinal, quem mais deveria dispor sobre os cemitérios 
do DF? 
O item B trata de competência concorrente entre a Uni-
ão e o DF, em que a União deverá editar normas gerais sobre o 
tema e o DF criará suas normas específicas, sempre respeitando 
as normas gerais estabelecidas pela União. 
As letras C e E versam sobre competências comuns en-
tre o DF e a União, ou seja, são dispositivos que devem ser bus-
cados em cooperação, em conjunto, pelos entes federados. 
Já a legislação sobre desapropriação, constante do item 
D, é de competência privativa da União, conforme art. 22, inciso 
II, da CF. 
 
 
3 – (IADES - PGDF/2011) As Administrações Regionais integram a 
estrutura administrativa do Distrito Federal. A criação ou extinção 
dessas Regiões ocorrerá mediante 
(A) resolução da Câmara Legislativa. 
(B) decreto do governador do Distrito Federal. 
(C) lei aprovada por maioria simples dos deputados distritais. 
(D) resolução do Conselho de Representantes Comunitários de 
cada região. 
(E) lei aprovada por maioria absoluta dos deputados distritais. 
 
Letra E: A criação e a extinção de Regiões Administrativas deve-
rá ocorrer por meio de lei, de iniciativa do Governador, aprovada 
pela maioria absoluta dos deputados distritais. 
 
4 - (FUNIVERSA – SEPLAG/2010) A respeito dos fundamentos da 
organização do Distrito Federal (DF), assinale a alternativa correta. 
(A) A autonomia federativa assenta-se na posse de competên-
cias exclusivas e independe da existência de órgãos gover-
namentais próprios, isto é, é possível a dependência dos ór-
gãos federais quanto à seleção e à investidura. 
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(B) O valor fundamental da plena cidadania tem o significado de 
inclusão apenas do cidadão, com capacidade de votar e ser 
votado. 
(C) A dignidade da pessoa humana é um valor supremo que atrai 
o conteúdo de todos os direitos fundamentais do homem, 
desde o direito à vida. 
(D) O pluralismo político permite a adoção de partido local, com 
concepção ideológica do social-nacionalismo alemão. 
(E) A autonomia política permite o relacionamento direto entre o 
Distrito Federal e outros organismos de Direito Internacional 
Público. 
 
Letra C: A letra A porque a autonomia de um ente federado está 
assentada justamente na sua capacidade de criar, organizar e 
administrar seus órgãos e entidades. Uma eventual dependência 
dos órgãos federais no que diz respeito à seleção e à investidura 
seria uma forma de submissão, medida contrária a autonomia. 
No item B, o erro está em limitar a cidadania, enquanto 
valor fundamental, aos cidadãos (aqueles que possuem direitos 
políticos vigentes). Nesse contexto, a cidadania tem significado 
de inclusão plena, de todos aqueles que se encontram no territó-
rio do DF, detentores ou não de seus direitos políticos. 
O item C é a opção correta. Realmente a dignidade da 
pessoa humana é um valor supremo, diretamente interligado ao 
conteúdo de todos os demais direitos fundamentais do homem. 
O erro do item D está em generalizar a possibilidade de 
diversidade ideológica. Embora o pluralismo político seja sim 
fundamento que permite a coexistência de diversas ideologias, 
aquelas extremistas, que ferem o direito de parcelas da popula-
ção em função de seu caráter discriminatório, não poderão ser 
adotadas. 
A opção E versa sobre capacidade que apenas os entes 
soberanos detêm. O relacionamento direto com organismos do 
Direito Internacional só pode ser feito por entes soberanos, no 
caso, a República Federativa do Brasil. 
 
 
5 - (FUNIVERSA – SEPLAG/2010) Assinale a alternativa que apre-
senta objetivo prioritário do Distrito Federal. 
.
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(A) Garantir e promover os direitos humanos assegurados na 
Constituição Federal e na Declaração Universal dos Direitos 
Humanos. 
(B) Promover o bem de todos, em especial o dos eleitores. 
(C) Valorizar e desenvolver a cultura local, independentemente 
de contribuir para a cultura brasileira. 
(D) Assegurar, por parte do poder público, a proteção individua-
lizada à vida e à integridade física e psicológica dos autores e 
das testemunhas de infrações penais e de seus respectivos 
familiares. 
(E) Assegurar ao cidadão o exercício dos direitos de iniciativa 
que lhe couberem, relativos ao controle da legalidade e da 
legitimidade dos atos do poder público, cabendo exclusiva-
mente ao Ministério Público o controle da eficácia dos servi-
ços essenciais à população. 
 
Letra A: Questãozinha chata! O examinador não misturou obje-
tivos prioritários com valores fundamentais, como ocorre na 
maioria das vezes. Ele inventou opções, sempre começando com 
verbos no infinitivo, para complicar um pouco a vida dos concur-
seiros. Mas, por sorte, ele colocou expressões que não fazem 
muito sentido nas opções, como “em especial dos eleitores”, “in-
dependentemente de contribuir para a cultura brasileira”, “ca-
bendo exclusivamente ao Ministério Público”, etc. 
O item D apresentaum peguinha para aqueles que es-
tão desatentos (inclusive eu caí neste peguinha a primeira vez 
que fiz a questão). A LODF fala “das vítimas e das testemunhas” 
e não “dos autores e das testemunhas”, por isso também está 
errado. A letra A traz exatamente o objetivo prioritário elencado 
no inciso I do art. 3º da LODF, sendo, portanto, a opção correta. 
 
 
6 - (FUNIVERSA – SEPLAG/2009) Assinale a alternativa incorreta 
no tocante à organização do Distrito Federal (DF). 
 
(A) A criação ou extinção de regiões administrativas ocorrerá 
mediante lei aprovada por dois terços dos deputados distri-
tais. 
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(B) Cada região administrativa terá um conselho de representan-
tes. 
(C) Compete privativamente ao DF organizar seu governo e ad-
ministração. 
(D) O DF organiza-se em regiões administrativas, com vistas à 
descentralização administrativa. 
(E) A competência do DF para legislar sobre junta comercial não 
é privativa. 
 
Letra A: Mais uma vez é cobrado o conhecimento sobre o ins-
trumento e o quorum necessários a criação e extinção de RAs. 
Mas nós não temos nada a ver com a falta de criatividade das 
bancas examinadoras. O erro do item está no quórum de 2/3. As 
RAs só podem ser criadas e extintas por meio de lei aprovada 
pela maioria absoluta dos deputados distritais. 
 
 
(Cespe – DPDF/2013) Julgue os próximos itens, relativos à Lei Or-
gânica do DF. 
7) O DF organiza-se em regiões administrativas, com vistas à des-
centralização administrativa, cabendo ao Poder Executivo, me-
diante decreto, a criação ou extinção de novas regiões adminis-
trativas, conforme a conveniência e o interesse de ordem públi-
ca. 
Item ERRADO: Pessoal, esse tópico é muito cobrado em provas 
de todas as bancas. Não podemos nunca esquecer: as Regiões 
Administrativas são criadas e extintas por meio de LEI, aprovada 
pela maioria ABSOLUTA dos deputados, de iniciativa do GOVER-
NADOR. 
 
(Cespe – PCDF/2013) Tendo em vista a disciplina constitucional 
relativa ao DF, julgue o item subsequente 
8) É competência concorrente da União e do DF legislar sobre a 
organização do Poder Judiciário e do Ministério Público do Dis-
trito Federal e dos Territórios, cabendo à União, no âmbito des-
sa legislação concorrente, estabelecer normas de caráter geral. 
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Item ERRADO: Compete à União a organização do Poder Judiciá-
rio e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Trata-
se de competência privativa da União, prevista no art. 22 da CF, 
como vimos na nossa aula, as competências privativas são indele-
gáveis. Item incorreto por afirmar tratar-se de competência con-
corrente. 
 
(CESPE – PMDF/2009) Lúcio, que é oficial reformado da PMDF e 
exerceu o cargo de secretário de segurança pública por 2 anos, há 5 
meses ocupa o cargo de administrador regional de uma cidade-
satélite da capital e vem se destacando pela preocupação com o es-
tado físico de conservação das escolas e dos hospitais públicos. Lúcio 
não é filiado a partido político. Em seu discurso de posse, afirmou que 
aceitou o encargo em razão de as administrações regionais não inte-
grarem a estrutura administrativa do DF. Tendo essa situação hipoté-
tica como referência inicial, julgue os itens seguintes, relativos à Lei 
Orgânica do DF. 
9) A remuneração de Lúcio como administrador regional pode ser 
superior à dos secretários de Estado do DF, mas não pode ul-
trapassar o teto da remuneração do governador do DF. 
Item ERRADO: O art. 10, §2°, da LODF dispõe que a remunera-
ção dos administradores regionais não poderá exceder à dos Se-
cretários de Estado: 
“§ 2º A remuneração dos Administradores Regionais não pode-
rá ser superior à fixada para os Secretários de Governo do 
Distrito Federal.” 
Assim, o teto remuneratório dos Administradores Regi-
onais é a remuneração dos Secretários de Estado, podendo igua-
lá-la, mas não ultrapassá-la 
 
10) O exercício do direito de petição perante as administrações re-
gionais do DF depende do pagamento de taxas, ao contrário 
do que ocorre nos demais órgãos administrativos do DF. 
Item ERRADO: Essa distinção entre Administrações Regionais e 
demais não existe. A LODF, em consonância com a jurisprudência 
.
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do STF, determina que não podem ser cobradas taxas, emolumen-
tos ou garantia de instância daqueles que peticionarem ou repre-
sentarem junto a qualquer órgão da administração distrital. 
 
11) Lúcio equivocou-se no discurso de posse, pois as administra-
ções regionais integram a estrutura administrativa do DF e 
possuem um conselho de representantes comunitários, com 
funções consultivas e fiscalizadoras. 
Item CERTO: Exatamente. As Administrações Regionais fazem sim 
parte da estrutura administrativa do DF. Embora a LODF fale em 
“descentralização administrativa”, as RAs são órgãos da adminis-
tração direta distrital, criadas com vistas à melhor utilização dos 
recursos. Quanto aos conselhos comunitários, compostos por re-
presentantes comunitários, o item também trouxe de forma correta 
as funções a eles atribuídas: FISCALIZADORA e CONSULTIVA. 
Lembrem-se que os referidos conselhos não possuem função 
DELIBERATIVA. 
 
(Cespe – PMDF/2009) Ainda à luz da Lei Orgânica do DF, julgue os 
itens a seguir. 
12) O plebiscito popular é uma das formas do exercício da sobera-
nia popular, vedado àqueles que declararem conviver em uni-
ão homossexual, quando se tratar de matéria afeta a essa te-
mática. 
Item ERRADO: Item fácil, né? Não se pode sequer imaginar que 
tamanho preconceito constasse da LODF. O Plebiscito é uma das 
formas de exercício DIRETO da soberania popular, em que o po-
vo, previamente ao ato legislativo, expressamente aprova ou rejei-
ta a matéria em debate. Até aí a questão estaria correta... o erro 
foi limitar a participação no escrutínio à qualquer tipo de cidadão . 
Todos aqueles que tiverem com seus direitos eleitorais em dia, ou 
seja, todos os cidadãos poderão participar da consulta, indepen-
dentemente de raça, cor, opção sexual, condição física, etc. 
 
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(Cespe – TCDF/2012) De acordo com a Lei Orgânica do DF, julgue 
os itens a seguir, acerca da organização administrativa, da organiza-
ção dos poderes e da política urbana no DF. 
13) A criação ou extinção de regiões administrativas no DF so-
mente ocorre por lei aprovada pela maioria absoluta dos depu-
tados distritais, devendo cada região ter um conselho de repre-
sentantes com funções tanto consultivas, quanto fiscalizadoras, 
na forma da lei. 
Item Certo: Criação e extinção de Regiões Administrativas so-
mente se darão por meio de lei complementar, ou seja, aprova-
da pela maioria absoluta dos membros da CLDF, de iniciativa do 
Governador. A parte final do item respeita ao disposto na LODF, 
que determina a criação de um conselho de representantes com 
funções tanto consultivas, quanto fiscalizadoras. 
 
(Cespe – BRB/2010) Julgue os itens que se seguem a respeito da 
Lei Orgânica do Distrito Federal (LODF). 
14) Para a extinção de uma região administrativa, é necessária a 
aprovação de lei pela maioria absoluta dos deputados distritais. 
Item CERTO: Questão simples, sem maiores comentários. Apenas 
notem que a necessidade de aprovação de lei pela maioria absoluta 
dos deputados distritais não se dá apenas para a criação, mas tam-
bém para a extinção das RAs. E a iniciativa? Tem que ser do GOVER-NADOR! 
 
(Cespe – BRB/2011) No que se refere aos fundamentos da organi-
zação do Distrito Federal (DF), julgue o seguinte item à luz da Lei Or-
gânica do DF (LODF). 
15) Na execução de seu programa de desenvolvimento econômico-
social, o DF deve buscar a integração com a região do seu en-
torno, um de seus objetivos prioritários expressos na LODF. 
Item ERRADO: Pessoal, na hora da prova, vocês tem que ter muita 
calma e ler todos os itens até o fim. Esse item pega muita gente boa. 
Vejam que estava tudo certo, até o examinador afirmar que a inte-
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gração com a região do entorno é m dos objetivos prioritários expres-
sos na LODF. A busca pela integração com a região do entorno está 
expressa no Título II, que versa sobre a Organização do DF, enquanto 
que os objetivos prioritários está no Título I da LODF. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
 
1 – (IADES - PGDF/2011) Assinale a alternativa que não indica ob-
jetivo prioritário do Distrito Federal, de acordo com a Lei Orgânica. 
(A) garantir e promover os direitos humanos assegurados na 
Constituição Federal e na Declaração Universal dos Direitos 
Humanos. 
(B) proporcionar aos seus habitantes condições de vida compatí-
veis com a dignidade humana, a justiça social e o bem co-
mum. 
(C) a preservação de sua autonomia como unidade federativa. 
(D) garantir a prestação de assistência jurídica integral e gratuita 
aos que comprovarem insuficiência de recursos. 
(E) valorizar e desenvolver a cultura local, de modo a contribuir 
para a cultura brasileira. 
 
2 – (IADES - PGDF/2011) De acordo com a Lei Orgânica do Distri-
to Federal, compete privativamente ao Distrito Federal 
(A) dispor sobre serviços funerários e administração de cemité-
rios. 
(B) legislar sobre Previdência Social, proteção e defesa da saúde. 
(C) zelar pela guarda da Constituição Federal, da referida Lei Or-
gânica, das leis e das instituições democráticas. 
(D) legislar sobre desapropriação. 
(E) estabelecer e implantar políticas de educação para a segu-
rança do trânsito. 
 
3 – (IADES - PGDF/2011) As Administrações Regionais integram a 
estrutura administrativa do Distrito Federal. A criação ou extinção 
dessas Regiões ocorrerá mediante 
(A) resolução da Câmara Legislativa. 
(B) decreto do governador do Distrito Federal. 
(C) lei aprovada por maioria simples dos deputados distritais. 
(D) resolução do Conselho de Representantes Comunitários de 
cada região. 
(E) lei aprovada por maioria absoluta dos deputados distritais. 
 
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4 - (FUNIVERSA – SEPLAG/2010) A respeito dos fundamentos da 
organização do Distrito Federal (DF), assinale a alternativa correta. 
(A) A autonomia federativa assenta-se na posse de competên-
cias exclusivas e independe da existência de órgãos gover-
namentais próprios, isto é, é possível a dependência dos ór-
gãos federais quanto à seleção e à investidura. 
(B) O valor fundamental da plena cidadania tem o significado de 
inclusão apenas do cidadão, com capacidade de votar e ser 
votado. 
(C) A dignidade da pessoa humana é um valor supremo que atrai 
o conteúdo de todos os direitos fundamentais do homem, 
desde o direito à vida. 
(D) O pluralismo político permite a adoção de partido local, com 
concepção ideológica do social-nacionalismo alemão. 
(E) A autonomia política permite o relacionamento direto entre o 
Distrito Federal e outros organismos de Direito Internacional 
Público. 
 
5 - (FUNIVERSA – SEPLAG/2010) Assinale a alternativa que apre-
senta objetivo prioritário do Distrito Federal. 
 
(A) Garantir e promover os direitos humanos assegurados na 
Constituição Federal e na Declaração Universal dos Direitos 
Humanos. 
(B) Promover o bem de todos, em especial o dos eleitores. 
(C) Valorizar e desenvolver a cultura local, independentemente 
de contribuir para a cultura brasileira. 
(D) Assegurar, por parte do poder público, a proteção individua-
lizada à vida e à integridade física e psicológica dos autores e 
das testemunhas de infrações penais e de seus respectivos 
familiares. 
(E) Assegurar ao cidadão o exercício dos direitos de iniciativa 
que lhe couberem, relativos ao controle da legalidade e da 
legitimidade dos atos do poder público, cabendo exclusiva-
mente ao Ministério Público o controle da eficácia dos servi-
ços essenciais à população. 
 
6 - (FUNIVERSA – SEPLAG/2009) Assinale a alternativa incorreta 
no tocante à organização do Distrito Federal (DF). 
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(A) A criação ou extinção de regiões administrativas ocorrerá 
mediante lei aprovada por dois terços dos deputados distri-
tais. 
(B) Cada região administrativa terá um conselho de representan-
tes. 
(C) Compete privativamente ao DF organizar seu governo e ad-
ministração. 
(D) O DF organiza-se em regiões administrativas, com vistas à 
descentralização administrativa. 
(E) A competência do DF para legislar sobre junta comercial não 
é privativa. 
 
(Cespe – DPDF/2013) Julgue os próximos itens, relativos à Lei Or-
gânica do DF. 
7) O DF organiza-se em regiões administrativas, com vistas à des-
centralização administrativa, cabendo ao Poder Executivo, me-
diante decreto, a criação ou extinção de novas regiões adminis-
trativas, conforme a conveniência e o interesse de ordem públi-
ca. 
(Cespe – PCDF/2013) Tendo em vista a disciplina constitucional 
relativa ao DF, julgue o item subsequente 
8) É competência concorrente da União e do DF legislar sobre a 
organização do Poder Judiciário e do Ministério Público do Dis-
trito Federal e dos Territórios, cabendo à União, no âmbito des-
sa legislação concorrente, estabelecer normas de caráter geral. 
(CESPE – PMDF/2009) Lúcio, que é oficial reformado da PMDF e 
exerceu o cargo de secretário de segurança pública por 2 anos, há 5 
meses ocupa o cargo de administrador regional de uma cidade-
satélite da capital e vem-se destacando pela preocupação com o es-
tado físico de conservação das escolas e dos hospitais públicos. Lúcio 
não é filiado a partido político. Em seu discurso de posse, afirmou que 
aceitou o encargo em razão de as administrações regionais não inte-
grarem a estrutura administrativa do DF. Tendo essa situação hipoté-
tica como referência inicial, julgue os itens seguintes, relativos à Lei 
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9) A remuneração de Lúcio como administrador regional pode ser 
superior à dos secretários de Estado do DF, mas não pode ul-
trapassar o teto da remuneração do governador do DF 
10) O exercício do direito de petição perante as administrações re-
gionais do DF depende do pagamento de taxas, ao contrário do 
que ocorre nos demais órgãos administrativos do DF. 
11) Lúcio equivocou-se no discurso de posse, pois as administra-
ções regionais integram a estrutura administrativa do DF e pos-
suem um conselho de representantes comunitários, com fun-
ções consultivas e fiscalizadoras. 
(Cespe – PMDF/2009) Ainda à luz da Lei Orgânica do DF, julgue os 
itens a seguir. 
12) O plebiscito popular é uma das formas do exercício da sobera-
nia popular, vedado àqueles que declararem conviver em união 
homossexual, quando se tra(Cespe – TCDF/2012) De acordo com a Lei Orgânica do DF, julgue 
os itens a seguir, acerca da organização administrativa, da organiza-
ção dos poderes e da política urbana no DF. 
13) A criação ou extinção de regiões administrativas no DF so-
mente ocorre por lei aprovada pela maioria absoluta dos depu-
tados distritais, devendo cada região ter um conselho de repre-
sentantes com funções tanto consultivas, quanto fiscalizadoras, 
na forma da lei. 
(Cespe – BRB/2010) Julgue os itens que se seguem a respeito da 
Lei Orgânica do Distrito Federal (LODF). 
14) Para a extinção de uma região administrativa, é necessária a 
aprovação de lei pela maioria absoluta dos deputados distritais. 
 
(Cespe – BRB/2011) No que se refere aos fundamentos da organi-
zação do Distrito Federal (DF), julgue o seguinte item à luz da Lei Or-
gânica do DF (LODF). 
15) Na execução de seu programa de desenvolvimento econômico-
social, o DF deve buscar a integração com a região do seu en-
torno, um de seus objetivos prioritários expressos na LODF. 
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GABARITO 
1 – letra C 5 – letra A 9 - E 13 - C 
2 – letra A 6 – letra A 10 - E 14 - C 
3 – letra E 7 - E 11 - C 15 - E 
4 – letra C 8 - E 12 - E

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